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Menos atendimento, mais conversão: por que as marcas seguem errando?

Por Samir Ramos, co-CEO e co-Founder do smarters
O e-commerce está passando por uma revolução silenciosa, mas profunda. O foco deixou de ser o atendimento tradicional ao cliente e passou a ser uma experiência mais integrada e fluida. Nesse contexto, o chatbot vai muito além de um simples suporte, tornando-se um hub de possibilidades para marketing conversacional e conversão.

Ele conecta marcas e consumidores de maneira mais intuitiva e eficiente, funcionando como uma poderosa ferramenta de engajamento, personalização e vendas dentro do ecossistema digital. A questão que se impõe é: estamos realmente explorando todo o potencial deste canal?

A pesquisa do Google FlashBlack 2025 levantou um ponto crucial: a personalização é a espinha dorsal do comércio conversacional, mas seu verdadeiro impacto só acontece quando há uma integração estratégica e transacional ao longo de toda a jornada do cliente.

Ou seja, não basta um chatbot bem programado ou uma interação amigável – o sucesso dessa estratégia depende de alinhar cada canal e ponto de contato ao momento certo da experiência de compra, garantindo que a tecnologia atue como um facilitador real das decisões do consumidor.

Os dados do estudo mostram que, apesar dos avanços na digitalização, ainda há um longo caminho até que as marcas consigam transformar suas interações conversacionais em alavancas reais de conversão e fidelização.

Apenas 2 dos 31 e-commerces analisados utilizaram IA para resumos automáticos de avaliações, por exemplo. Já os agentes conversacionais, muitas vezes celebrados como o futuro do atendimento, ainda engatinham: nenhum dos 26 analisados conseguiu atuar como um verdadeiro assistente de compras.

A expectativa dos consumidores, por outro lado, é clara: eles querem mais do que um chatbot que apenas responde perguntas. Eles esperam interações que antecipem suas necessidades, recomendem produtos no momento certo e facilitem decisões de compra. No entanto, a pesquisa revelou que 20 dos 31 e-commerces não notificaram clientes sobre itens esquecidos no carrinho e 16 não recomendaram produtos complementares.

A inovação no e-commerce começa com conversas inteligentes (Imagem: Chay_Tee/Shutterstock)

O grande desafio, portanto, é garantir que o comércio conversacional esteja alinhado às diferentes fases da jornada do cliente. É aqui que o transacional entra em cena de forma estratégica: desde o primeiro contato até a conversão e a retenção, cada canal precisa estar ajustado ao momento certo da experiência. É um delicado jogo de xadrez.

Precisamos de um chatbot que não apenas tira dúvidas sobre um produto, mas também sugere um item complementar com base no histórico do consumidor e oferece um desconto exclusivo para fechar a compra ali mesmo, no canal conversacional.

Ou um agente que compreende linguagem natural e detecta insatisfação no tom de voz do cliente, conectando-o automaticamente a um atendente humano para resolver o problema antes que a frustração vire abandono de marca.

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O comércio conversacional não pode ser apenas sobre conveniência; precisa ser sobre inteligência. Para avançarmos nesse jogo, a personalização deve se unir à integração transacional e à otimização da experiência do cliente. Somente assim o e-commerce poderá transformar interações em conversões e clientes em verdadeiros embaixadores da marca.

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Iraque tem um plano de bilhões para mudar o comércio global

O Oriente Médio sempre foi uma das regiões mais importantes do planeta. Para além de questões religiosas, esta área é considerada fundamental para o comércio, uma vez que fica entre a Europa e o restante da Ásia.

Com o passar das décadas, no entanto, este ponto perdeu importância e as transações comerciais feitas via Pacífico ganharam cada vez mais destaque. Um cenário que pode ser modificado agora a partir de um plano ambicioso.

Importância econômica e geopolítica do projeto

O governo do Iraque quer investir US$ 17 bilhões (cerca de R$ 96 bilhões) para criar uma rota comercial entre a Ásia e a Europa. Ela competiria diretamente com o Canal de Suez, que há anos domina o fluxo de mercadorias entre os continentes.

Projeto poderia diminuir o tempo de transporte de mercadorias (Imagem: David G40/Shutterstock)

O projeto prevê a construção de uma ferrovia e uma rodovia de 1.200 km que ligarão um novo porto no sul do país à fronteira com a Turquia. A expectativa é que as cargas cheguem até 15 dias mais rápido ao mercado europeu através deste novo trajeto.

No total, aproximadamente US$ 2 trilhões (R$ 11 trilhões) em produtos são comercializados entre os continentes. Se a iniciativa sair do papel, os iraquianos poderão gerar uma grande receita a partir da cobrança de tarifas de transporte, bem como um aumento da relevância geopolítica do país.

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Nova rota seria uma alternativa ao Canal de Suez (Imagem: Andrew Ly/Shutterstock)

Uma solução para o comércio entre Ásia e Europa

  • A proposta iraquiana agrada porque evitaria que navios passem pelo estreito de Bab al-Mandab, antes de chegar ao Mar Vermelho e ao Canal de Suez.
  • Esta é uma região conturbada do planeta.
  • Nos últimos meses, os Houthis tem feito diversos ataques contra embarcações comerciais nesta área.
  • O grupo rebelde iemenita quer atrapalhar o comércio global em uma manifestação de apoio aos palestinos em meio à guerra na Faixa de Gaza.
  • Apenas em 2024, o Egito “perdeu” US$ 7 bilhões por conta do menor tráfego de cargueiros na região.
  • Apesar de ser vista com bons olhos, há também descrédito em relação ao projeto, uma vez que o Iraque enfrenta graves problemas internos, inclusive com conflitos armados, além de uma forte concorrência de países mais ricos, caso da Arábia Saudita e Irã.

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