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Japão vai transformar ‘lixo’ em concreto para construções

Pesquisadores japoneses encontraram uma solução para diminuir as emissões causadas pelo setor de construção. Eles desenvolveram um solidificador de solo feito exclusivamente a partir de resíduos industriais. Basicamente, eles vão transformar ‘lixo’ em concreto para ser reutilizado em construções.

Tudo isso sem deixar a segurança de lado: a equipe garantiu que o desempenho do cimento se mantém, podendo ser usado em estradas, edifícios e pontes como uma alternativa aos materiais poluentes mais tradicionais.

Concreto criado por equipe japonesa passaria com folga em padrões de segurança (Imagem: Professor Shinya Inazumi/Reprodução)

Concreto japonês é feito a partir de resíduos industriais

A invenção é um solidificador de solo que usa resíduos industriais com propriedades aglutinantes e de alta resistência, eliminando a necessidade de cimento. Em palavras mais simples: eles vão usar o ‘lixo’ industrial para criar um novo concreto.

A principal vantagem desta fórmula é que ela não precisa de cimento, material que é um dos maiores emissores de carbono na engenharia civil. Ao mesmo tempo, dá uma nova utilidade aos resíduos que seriam descartados: o composto é formado por uma combinação de pó de construção e vidro reciclado, dois materiais que normalmente acabariam em aterros.

Após serem ativados e tratados termicamente, os elementos utilizados no processo formam uma mistura com resistência à compressão superior a 160 kN/m². Esse número atende (com folga) todos os padrões técnicos de segurança exigidos para infraestrutura pesada, o que o torna ideal para estabilizar o solo sob estradas, edifícios e pontes.

Invenção pode ser usada em estradas e prédios (Imagem: Fuzzz/Shutterstock)

Material ajuda a limpar setor de construções

O cimento mais comum no setor de construções é conhecido por ser um grande emissor de carbono. A alternativa criada pela equipe japonesa evita o uso desse material poluente ao recorrer à chamada geoengenharia de resíduos.

Veja como foram os testes:

  • Durante os testes iniciais, a equipe detectou a presença de arsênio na formulação, um elemento poluente e que ameaça a água potável;
  • No entanto, ao adicionar hidróxido de cálcio, foi possível neutralizar esse risco ambiental e garantir que o novo concreto fosse limpo;
  • Além disso, o processamento térmico da mistura em temperaturas controladas (110 °C e 200 °C) aumentou sua reatividade química e eliminou a necessidade do cimento tradicional.

Além da pegada ecológica reduzida, o solidificador oferece vantagens operacionais: endurece rapidamente, é fácil de aplicar e apresenta alta resistência a condições ambientais adversas, como ciclos de congelamento e descongelamento, além da exposição a sulfatos e sais. Segundo o site Interesting Engineering, ele pode ser usado tanto em obras permanentes em terrenos instáveis quanto em respostas emergenciais em áreas afetadas por desastres naturais.

Testes iniciais produziram resíduos tóxicos, que puderam ser eliminados na sequência (Imagem: Professor Shinya Inazumi/Reprodução)

Para o professor Shinya Inazumi, líder do estudo publicado na Cleaner Engineering and Technology, a proposta une desempenho e responsabilidade ambiental:

Ao transformar dois tipos de resíduo em um estabilizador eficaz, conseguimos enfrentar simultaneamente os desafios do descarte industrial e das emissões de carbono.

Shinya Inazumi, líder do estudo

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Escavações revelam uma nova “Grande Muralha” na Ásia

A Grande Muralha da China é um dos monumentos mais famosos do mundo. Esta é, sem dúvidas, uma das construções mais extensas já feitas pelo homem, levando até mesmo a criação do mito de que a estrutura pode ser avistada do espaço, o que não é verdade.

Mas você sabia que este enorme muro teve um rival à altura no passado? Escavações revelaram ruínas do antigo Sistema de Muralhas Medievais, uma rede que se estendia por quatro mil quilômetros e percorria partes da China, Mongólia e Rússia modernas.

Seção mongol da construção foi analisada por pesquisadores

  • De acordo com os pesquisadores, a estrutura foi construída entre 826 e 1.125 anos atrás por um conjunto de dinastias em guerra, principalmente a dinastia Jin, fundada pelo povo Jurchen da Sibéria e do nordeste da China.
  • No mais recente trabalho, arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Universidade Nacional da Mongólia estudaram uma parte da construção conhecida como seção mongol, que se estende por 405 quilômetros.
  • O objetivo era entender como uma cultura há muito perdida conseguiu tamanho feito.
  • Além disso, a ideia era desvendar se o objetivo da muralha era apenas militar ou se servia para interligar regiões distantes.
  • O estudo foi publicado na revista Antiquity.
Construção teria rivalizado com a Grande Muralha da China no passado (Imagem: aphotostory/Shutterstock)

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Estrutura servia para administrar a região

De acordo com o novo trabalho, a seção mongol da estrutura não foi construída para fins militares. A maior parte do também chamado Arco Mongol não era uma parede impenetrável, mas uma vala relativamente rasa acompanhada por uma pilha de terra.

Isso levou os pesquisadores a acreditar que ela não poderia ter efetivamente impedido o avanço de invasores. Em vez disso, eles acreditam que a construção serviu como um símbolo, marcando a área sob o controle direto da dinastia Jin.

Mapa mostra a localização do Sistema de Muralhas Medievais (Imagem: Antiquity)

Outra opção é que a muralha tenha servido para direcionar o movimento de pessoas em direção a portões onde a travessia era mais administrável. Os fortes espaçados ao longo da linha de trincheira teriam permitido que os governantes monitorassem e, se necessário, restringissem a migração de pessoas.

Apesar de sua grandiosidade, as fortificações acabaram caindo nas mãos de invasores mongóis. Com a conquista, o impressionante sistema de muralhas foi desativado até cair no esquecimento quase que completo.

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Resistente e portátil: conheça o prédio impresso em 3D mais alto do mundo

O prédio impresso em 3D mais alto do mundo ficou pronto. O Tor Alva, localizado na Suíça, levou cerca de cinco meses para ser erguido e em breve estará aberto para visitações e eventos.

O edifício contou com mais de 900 horas de impressão e a ajuda de um robô de construção. O resultado foram impressionantes 30 metros de altura.

Cúpula no topo do Tor Alva receberá apresentações e eventos (Imagem: Tor Alva/Reprodução)

Prédio 3D mais alto do mundo tem 30 metros de altura

O edifício fica na pequena vila de Mulegns, nos alpes suíços. A população atual da região é de cerca de 11 habitantes.

Agora, esses moradores terão uma nova atração: o Tor Alva, ou Torre Branca. O prédio foi criado por pesquisadores da ETH Zurique em parceria com a fundação cultural Fundaziun Origen, com objetivo de demonstrar as possibilidades e capacidades técnicas da impressão 3D.

O resultado foi um edifício de 30 metros de altura, com uma estrutura formada por 32 colunas de concreto branco que se estendem por quatro andares. No topo, as colunas se estreitam para formar uma cúpula. O interior inclui escadas em todos os andores e espaço para apresentações no topo.

A capacidade é para 32 visitantes.

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Impressora 3D produziu concreto em camadas (Imagem: Tor Alva/Reprodução)

Como o edifício foi construído

Segundo o New Atlas, foram cerca de 900 horas de impressão, o equivalente a cerca de cinco meses de construção.

Veja como foi o processo:

  • Foram apenas duas máquinas envolvidas em toda a produção e construção;
  • Primeiro, a impressora 3D criou uma mistura especial semelhante a cimento em camadas;
  • Então, uma segunda máquina, um robô, inseriu pedaços de aço para servir como reforço à estrutura. O aço foi encaixado nas colunas como se fosse um anel, a cada 26 centímetros de altura;
  • Essas barras de aço permitem a construção de colunas complexas, que seriam difíceis de produzir apenas com concreto tradicional.

De acordo com a ETH Zurique, “o que torna o Tor Alva especial é que os elementos impressos em 3D são resistentes”. Agora que a torre está pronta, será possível participar de visitações guiadas a partir de julho e apresentações teatrais no andar superior.

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A ideia é que o prédio 3D mais alto do mundo fique por lá por apenas cinco anos. Depois, ele pode ser desmontado e movido para outros lugares com certa facilidade.

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Concreto vivo se regenera e pode revolucionar a construção civil

Pesquisadores da Universidade Estadual de Montana, nos Estados Unidos, criaram um concreto vivo composto por fungos e bactérias, capaz de se regenerar e durar por mais tempo que materiais semelhantes. A novidade foi detalhada em um estudo publicado na Cell Reports Physical Science.

Entenda:

  • Pesquisadores criaram um novo concreto vivo feito de fungos e bactérias;
  • O material consegue se regenerar e possui vida útil de até um mês;
  • Além disso, a novidade também permanece viável por mais tempo que materiais de construção tradicionais;
  • Ao substituir materiais como o cimento – responsável por 8% das emissões de carbono de origem humana –, o concreto vivo pode ajudar a tornar a construção civil mais sustentável e adaptável.
Cimento tradicional emite 8% do CO2 de origem humana. (Imagem: Bannafarsai_Stock/Shutterstock)

Além da capacidade de regeneração, o novo concreto vivo também consegue permanecer viável por várias semanas – o que não acontece com os materiais de construção tradicionais. As vantagens ainda incluem o baixo impacto ambiental do concreto, visto que, como aponta a equipe, o cimento está por trás de até 8% das emissões de CO₂ em atividades humanas.

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Concreto vivo foi criado com fungos e bactérias

Produzido em baixas temperaturas, o concreto vivo é feito com micélios do fungo Neurospora crassa e células bacterianas. Ainda que outros biomateriais do tipo já tenham sido desenvolvidos antes, eles não são tão resistentes e sua vida útil chega a apenas dias ou semanas. O novo concreto, entretanto, pode durar até um mês com suas funções preservadas.

Concreto vivo é feito com fungos e bactérias. (Imagem: MakroBetz/Shutterstock)

“Materiais biomineralizados não têm resistência suficiente para substituir o concreto em todas as aplicações, mas estamos trabalhando para melhorar suas propriedades para que tenham maior utilização”, diz Chelsea Heveran, autora correspondente do estudo, no comunicado.

Novo concreto pode apoiar sustentabilidade na construção civil

Os pesquisadores destacam que, ao substituir outros materiais com altas taxas de emissão de CO₂, o novo concreto pode ajudar a tornar a construção civil mais sustentável e adaptável. Atualmente, a equipe trabalha para estender ainda mais a vida útil e encontrar métodos para produzir o concreto vivo em larga escala.

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Enorme canal construído pelos romanos pode ter sido encontrado

Relatos históricos apontam que os romanos construíram um canal há cerca de 2.100 anos no delta do rio Ródano, na atual França. A obra teria sido feita a mando do tio de Júlio César durante batalhas travadas contra os celtas.

Conhecida como Canal Marius, esta foi uma das principais construções hidráulicas da época, precedendo barragens, moinhos de água e aquedutos. No entanto, a obra acabou sendo perdida com o passar do tempo.

Construção tinha propósito militar

  • Historiadores acreditam que a construção teria ocorrido entre 104 e 102 a.C.
  • As obras foram realizadas pelas tropas do tio de Júlio César, o general Caio Mário.
  • O canal ajudaria nas Guerras Cimbrianas, uma série de conflitos entre a República Romana e as tribos celtas, que estavam migrando para o sul da atual Dinamarca.
  • As possíveis invasões dos povos do norte colocariam todo o território romano em risco.
  • Por conta disso, Caio Mário ordenou que o canal fosse construído para abastecer suas tropas, o que ajudou no sucesso das batalhas.
  • Apesar de todas as pesquisas realizadas nos últimos séculos, no entanto, o Canal Marius nunca foi encontrado.
Tio de Júlio César teria sido responsável pela construção (Imagem: Jule_Berlin/Shutterstock)

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Local do canal romano pode ter sido descoberto

Um novo estudo realizado em um delta nos pântanos de Vigueirat, ao sul de Arles, revelou uma característica subaquática que os cientistas levantaram a hipótese de ser um antigo canal. O trabalho foi publicado no Journal of Archaeological Science: Reports.

Escavações desenterraram 69 peças de cerâmica romana, duas estacas de madeira antigas e duas extensas plataformas de paralelepípedos. A datação por radiocarbono apontou que os materiais eram da mesma época em questão.

Construção auxiliou em vitória militar romana (Imagem: Stasia04/Shutterstock)

No entanto, ainda não há evidências para confirmar se esta área realmente abriga o canal antigo romano. Novos estudos devem ser realizados no local para tentar colocar um ponto final no assunto. De qualquer forma, ninguém dúvida da capacidade dos romanos de construir algo com tamanha dimensão mesmo na antiguidade.

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