mosca-animal-1

Qual o papel das moscas na natureza? Veja por que esses insetos são importantes

A mosca-doméstica (Musca domestica) é um inseto bastante comum para os seres humanos, podendo ser encontrado em todas as áreas do planeta onde há população de pessoas.

A presença desses animais é bastante incômoda na maior parte das vezes, pois além de serem inconvenientes, ainda podem transmitir doenças. Isso faz com que possamos questionar: para que as mocas existem?

Bom, acredite: por mais irritantes que sejam, as moscas também possuem seu papel determinado no planeta. O inseto faz parte da família Muscidae, e estima-se que cerca de 90% de todas as moscas em residências humanas são domésticas, de acordo com a Encyclopaedia Britannica, uma plataforma de conhecimentos gerais do Reino Unido.

Leia mais:

Confira na matéria abaixo mais informações a respeito desses insetos que, apesar de serem um incômodo, são importantes para o ecossistema assim como outros animais.

Ainda que causem incômodo, as moscas também desempenham um papel importante na natureza. (Imagem: giansu/Shutterstock)

Qual o papel das moscas na natureza?

Além do incômodo, as moscas também oferecem um grande risco à saúde das pessoas, uma vez que podem transmitir diversas doenças perigosas. Entretanto, elas também desempenham um importante papel no nosso planeta.

O Animal Diversity Web (ADW), um banco de dados on-line da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, descreve com detalhes o inseto: “sua estrutura física conta com antenas curtas, tórax cinza com quatro listras longitudinais mais escuras, abdômen cinza ou amarelo com uma linha mediana mais escura, uma mancha irregular amarelada pálida nas margens laterais anteriores e asas transparentes.”

As moscas-domésticas, assim como outros tipos de moscas, são responsáveis por uma função importante na natureza, de acordo com um texto publicado na Universidade de La Serena, no Chile.

Jaime Pizarro, entomologista da entidade chilena, diz no artigo: “elas atuam como decompositoras, ajudando a quebrar os detritos orgânicos e a reciclar os nutrientes no solo.” Sendo assim, podemos perceber que a presença do inseto na natureza ajuda a manter o equilíbrio dos compostos orgânicos.

Ainda assim, o pesquisador deixa claro que esse inseto pode ser perigoso e disseminar enfermidades, especialmente em lugares onde as condições sanitárias são precárias.

Com isso, reforça a importância de termos cuidado para evitar problemas maiores causados por sua presença. Veja abaixo algumas curiosidades sobre esses insetos.

As moscas atuam como decompositoras, ajudando a quebrar os detritos orgânicos e a reciclar os nutrientes no solo. (Imagem: Diaz Aragon – Shutterstock)

Moscas-domésticas podem produzir centenas de ovos em poucos dias

Uma fêmea de mosca-doméstica consegue colocar mais de 100 ovos de cada vez, podendo produzir entre 600 e 1 mil durante sua vida. O inseto costuma colocar seus ovos em materiais em decomposição, como grama, lixo e excrementos humanos e animais.

Especificamente, esses insetos vivem por aproximadamente 15 a 30 dias em condições favoráveis, mas “podem sobreviver um pouco mais em ambientes controlados”, de acordo com o artigo da Universidade de La Serena.

As moscas-domésticas estão em todo o mundo

Não pense que esses insetos são exclusividade de lugares específicos: eles estão por todo lugar. Isso porque as larvas da mosca-doméstica se desenvolvem principalmente no lixo e nas fezes humanas, materiais que são encontrados pelo mundo todo. Entretanto, elas são encontradas principalmente em áreas urbanas.

As moscas vivem principalmente nas regiões temperadas e, mesmo que tenham a tendência de se desenvolverem durante as estações quentes, alguns dos adultos podem sobreviver durante o inverno em áreas temperadas. Segundo a ADW, as moscas-domésticas são mais ativas e vivem por mais tempo em temperaturas entre 10 ºC e 26,6 ºC, e as temperaturas extremas são prejudiciais à espécie.

São uma ameaça à saúde pública

Pode parecer impressionante, mas esses pequenos insetos voadores são capazes de carregar milhões de micro-organismos em suas pernas que, em grandes doses, podem causar muitas doenças. Por conta disso, as moscas são consideradas uma ameaça potencial à saúde pública.

A Universidade da Pensilvânia detalha que as moscas-domésticas conseguem transmitir uma diversidade de doenças por conta do conteúdo de seu estômago que é regurgitado, e também excretam onde pousam para descansar. Com isso, elas passam adiante os organismos microscópicos que causam as enfermidades.

Entretanto, a velocidade e o nível de contaminação dos alimentos por esses insetos dependem de muitos fatores, como a concentração de bactérias que carregam, o tempo de contato com o alimento e a atração que exercem sobre ele. Seja como for, diversas fontes científicas são unânimes ao ressaltar que é preciso evitar, ao máximo, o contato das moscas com os alimentos.

Ainda que não seja possível eliminar por completo as moscas-domésticas, podemos adotar medidas que ajudem que elas se tornem um problema de saúde pública, como o controle de resíduos e a manutenção da higiene em casa e em espaços públicos.

mosca
Esses pequenos insetos voadores são capazes de carregar milhões de micro-organismos em suas pernas que, em grandes doses, podem causar muitas doenças. (Imagem: Danny Radius/Shutterstock)

O post Qual o papel das moscas na natureza? Veja por que esses insetos são importantes apareceu primeiro em Olhar Digital.

Plantas-atrs-do-vidro

Plantas são fofoqueiras? Entenda o comportamento bizarro

Você sabia que as plantas terrestres conseguem se comunicar? E o fato vai além disso: elas não só se comunicam, como também são capazes de usar essa habilidade de forma “ruim”.

Em vez de serem altruístas e avisarem as vizinhas sobre possíveis ameaças, elas usam a comunicação para esconder sinais de sofrimento e disseminar informações falsas sobre perigos inexistentes.

Essa novidade foi descoberta por um estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e da Universidade Livre de Amsterdã, na Holanda, depois de criar modelos matemáticos que simulam cenários de comunicação botânica. Neles, eram raras as situações onde as plantas se ajudavam.

Isso acontece porque as plantas competem por luz solar e nutrientes, então, provavelmente as espécies se adaptaram evolutivamente para se comunicar com sinais mentirosos e enganosos, que podem ser benéficos só para elas.

Os resultados dessa pesquisa foram publicados no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) no começo de 2025, em 21 de janeiro.

É mesmo verdade que plantas fazem fofoca?

De certa forma, sim. De acordo com o estudo publicado, as plantas são mais propensas a mentir, “fofocando” sobre um perigo que não existe, em vez de avisarem umas às outras a respeito de uma catástrofe iminente, por exemplo.

Estudo publicado diz que as plantas são mais propensas a mentir, “fofocando” sobre um perigo que não existe, em vez de avisarem umas às outras a respeito de uma catástrofe iminente, por exemplo. (Imagem: olrat / Shutterstock)

O autor principal da pesquisa, Thomas Scott, do Departamento de Biologia de Oxford, explicou em um comunicado:

As plantas podem sinalizar que um ataque de herbívoro está ocorrendo, mesmo quando nenhum herbívoro está presente. As plantas podem obter um benefício da sinalização desonesta porque ela prejudica seus concorrentes locais, enganando-os a investir em mecanismos de defesa de herbívoros dispendiosos.

— Thomas Scott: principal autor do estudo e membro do Departamento de Biologia de Oxford

Como as plantas se comunicam?

Essa comunicação acontece entre uma complexa rede subterrânea de fungos, chamada popularmente de “rede ampla da madeira” – Wood Wide Web, um trocadilho com World Wide Web, a rede mundial de computadores.

Pesquisadores descobriram que elas podem se beneficiar de algumas “fofocas” e notícias falsas para confundir suas concorrentes. (Imagem: Mesve79/Shutterstock)

São os fungos micorrízicos que formam parcerias com as raízes das plantas em uma relação de mutualismo simbiótico, onde os fungos recebem carboidratos e as plantas ganham nutrientes em troca. Então, é por meio das micorrizas que as plantas podem se comunicar.

Se um herbívoro ou patógeno ataca uma planta, por exemplo, outras plantas conectadas à mesma rede fúngica vão ativar seus mecanismos de defesa.

Entretanto, ainda não se sabe se as plantas que estão sendo atacadas contam as outras sobre esse ataque. Antes desse estudo, existiam algumas dúvidas a respeito da comunicação do perigo nessa rede de comunicação botânica.

Isso porque esse fato seria contraintuitivo do ponto de vista evolutivo, uma vez que não traria benefício nenhum para a planta que avisa a respeito do perigo.

Leia mais:

Como a pesquisa foi desenvolvida

Para o estudo, os pesquisadores analisaram situações hipotéticas utilizando modelos matemáticos, criando modelos computadorizados para investigar as diferentes hipóteses a respeito do comportamento de comunicação das plantas.

Os fungos conectados às raízes das plantas também seriam fofoqueiros, ouvindo o “segredo” de uma planta e espalhando-o para todas as outras da rede. (Imagem: lovelyday12/Shutterstock)

Durante a pesquisa, os especialistas encontraram dificuldade em achar cenários em que as plantas eram selecionadas evolutivamente para avisar as outras, porque elas competem entre si por luz solar e nutrientes, podendo ter benefícios com sinais desonestos.

Em outras palavras, as simulações matemáticas fizeram os pesquisadores perceberem que é improvável que uma planta avise as outras a respeito de ataques ou perigos possíveis.

Com isso, eles descobriram que elas podem se beneficiar de algumas “fofocas” e notícias falsas para confundir suas concorrentes. E elas fazem isso para enganar as outras e levá-las a gastar energia e recursos com mecanismos de defesa sem necessidade.

Como as plantas sabem quando o ataque é verdadeiro?

Com essas informações a respeito da tendência do comportamento desonesto e egoísta de algumas plantas, como as que estão na mesma rede de micorrizas podem saber quando uma delas está sendo atacada de verdade? Para essa questão, os pesquisadores desenvolveram duas hipóteses.

Parede de plantas (Imagem: Mesve79/Shutterstock)

A primeira diz que há a chance de que as plantas não conseguem conter um sinal que revela que elas estão sendo atacadas de verdade, assim como nós não conseguimos impedir que nosso rosto fique corado quando estamos com vergonha, por exemplo.

A segunda tem a ver com os fungos conectados às raízes das plantas: quando eles notam algum ataque, são capazes de enviar um sinal para outras plantas na rede.

E esse comportamento faz sentido evolutivo, uma vez que os fungos se beneficiam ao proteger todas as plantas para manter a interação mutualística com elas. E isso mostra que os fungos também seriam fofoqueiros, ouvindo o “segredo” de uma planta e espalhando-o para todas as outras da rede.

Para comprovar experimentalmente que as plantas realmente enviam mensagens ativamente para as outras, verdadeiras ou mentirosas, ainda são necessários mais estudos na área.

O coautor do estudo, Toby Kiers, da Universidade Livre de Amsterdã, afirma que não há dúvida de que existe uma transferência de informações.

A questão é se as plantas estão enviando sinais ativamente para avisar umas às outras. Talvez, assim como vizinhos fofoqueiros, uma planta esteja simplesmente bisbilhotando a outra“, diz ele.

O post Plantas são fofoqueiras? Entenda o comportamento bizarro apareceu primeiro em Olhar Digital.

image-347

Ilha de Páscoa: 5 curiosidades e mistérios sobre o local e suas estátuas

A Ilha de Páscoa, famosa por seus icônicos moais, é um território especial do Chile e a única província do país com apenas um município. O local está situado a 3.700 km de distância da costa oeste do país, sendo um dos lugares mais isolados do planeta. A ilha surgiu de erupções vulcânicas que aconteceram há 3 milhões de anos, sendo que 4 vulcões foram os responsáveis e que hoje estão inativos.

Já os moais são estátuas polinésias monumentais feitas de pedras, que foram construídas pelo povo Rapa Nui entre os séculos XIII e XV. A estimativa é que existem mais de 800 moais na ilha, sendo que alguns estão completos e outros inacabados. Acredita-se que eles representavam ancestrais e líderes, sendo construídos em locais sagrados.

Além dos moais e de seu isolamento, a Ilha de Páscoa é um local fascinante e que possui outras curiosidades e mistérios. Conheça abaixo cinco deles, que ajudam a mostrar um pouco da história desse território chileno.

Leia mais:

5 curiosidades e mistérios sobre a Ilha de Páscoa

Colonização polinésia

O povo polinésio é considerado nativo da Ilha de Páscoa, porém sua chegada é de difícil definição. A estimativa mais recente foi feita com datação por radiocarbono, e detectou a data de 1200 d.C..

São considerados os polinésios mais ao sudeste do mundo, e os pesquisadores acreditam que os colonizadores da região chegaram no local em canoas ou catamarãs, que saíram das Ilhas Gambier, em Mangareva, a 2.600 km, ou das Ilhas Marquesas, a 3.200 km.

O nome Rapa Nui surgiu após eventos de 1860, quando as populações da ilha foram escravizadas. Com isso, os nativos conheceram a polinésia francesa, percebendo a semelhança da Ilha de Páscoa com Rapa, localizada nas Ilhas de Bass.

No ano de 1999, foram reconstruídos barcos polinésios antigos com os instrumentos de época, para fazer uma viagem saindo de Mangareva até a Ilha de Páscoa, para provar a possibilidade da jornada.

(Imagem: Phil Uhl/CC-BY-S.A-3.0)

Alfabeto misterioso

O sistema de escrita é um dos fatos mais misteriosos de Rapa Nui, chamado de rongorongo. Foi descoberto em 1864 pelo missionário francês Eugène Eyraud, e seu significado continua desconhecido.

Na época da descoberta, alguns nativos diziam que entendiam a escrita, mas a tradição dizia que apenas os governantes e sacerdotes podiam lê-la. Contudo, nenhum deles sobreviveu à escravização e às epidemias que acabaram com a população nativa.

Existem apenas duas dezenas de exemplares de textos na ilha, que são parecidos com petroglifos. Um estudo descobriu, em 2014, que o rongorongo foi criado antes do contato com os europeus, com evidências da escrita pelo menos 200 anos antes de sua chegada.

 Recriação do alfabeto rongorongo em uma das tabuletas encontradas na Ilha de Páscoa. (Imagem: Ferrara et al./Scientific Reports/INSCRIBE 3D)

As estátuas da Ilha de Páscoa

Esse é o símbolo mais famoso da ilha. Os moais são estátuas de pedra grandes e robustas, e estima-se que foram criadas entre os séculos XIII e XV, feitas de enormes pedras vulcânicas, escória vermelha e basalto. Diversas hipóteses defendem que primeiro as pedras grandes foram escolhidas, para depois começarem a ser esculpidas frontalmente.

Um dos maiores mistérios em torno desses monumentos é a respeito do porquê eles foram construídos. A maioria das versões sugere que a motivação era fins religiosos, sendo que os moais poderiam representar os deuses de Rapa Nui ou os primeiros habitantes da ilha. Eles seriam um tributo aos antepassados que, segundo o mito, lançaram um poder espiritual para proteger seus clãs após a morte.

Entretanto, a falta de registro e tradição oral limitada dificulta ter alguma certeza. De acordo com relatos dos séculos XVIII e XIX, grupos rivais derrubavam e tentavam quebrar os moais como forma de destruir a mana (energia) dos ancestrais inimigos, para garantir sua hegemonia na ilha. Nos tempos modernos, cerca de 50 moais foram reerguidos para preservar sua aparência antiga.

zoom em duas estátuas de pedra na Ilha de Páscoa
(Imagem: Danita Delimont on Offset/Shutterstock)

Outro ponto que de mistério é como eles mudaram de lugar. Por conta do enorme tamanho e peso das estátuas, é difícil pensar como foi possível movê-las.

Contudo, a maioria das teorias afirma que os moais de Rapa Nui estavam reclinados em um tipo de trenó de madeira, que foi puxado com cordas em toras e deslocado pela área.

Ainda assim, existem outras versões mais imaginativas que asseguram que os sacerdotes do clã usaram poderes telecinéticos para mudá-los de lugar, e existem até mesmo mitos que dizem que as esculturas caminharam sozinhas em direção a seus locais.

A origem do nome e a Páscoa

Na língua nativa, Rapa começou a ser chamada de Rapa Iti, ou “pequena rapa”, e a Ilha de Páscoa de Rapa Nui, “grande Rapa”.

Já o nome em português e no espanhol oficial (“Isla de Pascua”) é por conta do navegador holandês Jacob Roggeveen, que chegou na ilha em abril de 1722, um domingo de Páscoa. Isso fez com que o homem nomeasse o local em homenagem à data, e o Chile só anexou a ilha no ano de 1888.

Cerimônia do Homem-Pássaro

Segundo a tradição oral, um dos aspectos mais interessantes do povo rapanui foi o Culto do Homem-Pássaro. Depois do crescimento populacional dos polinésios após a colonização, o culto aos ancestrais mudou, e o conceito de mana dos líderes hereditários passou para o homem-pássaro em cerca de 1540.

De acordo com a tradição, o homem-pássaro seria o avatar pelo qual o poder ancestral era canalizado através do deus Makemake, e a escolha dele era feita através de uma competição. Nela, os guerreiros precisavam nadar até a ilha de Moto Nui, a cerca de 1,6 km, para coletar o primeiro ovo de gaivina-de-dorso-preto da estação.

Quando voltava, o competidor ainda tinha de subir pelas falésias e apresentar o ovo para um grupo de juízes, que lhe concediam poder sobre a ilha por um ano. Os registros do último evento do tipo datam de 1888.

A ilha de Moto Nui, onde era realizada a Cerimônia do Homem-Pássaro. (Imagem: kallerna/CC-BY-SA-4.0)

O post Ilha de Páscoa: 5 curiosidades e mistérios sobre o local e suas estátuas apareceu primeiro em Olhar Digital.

image-207

Titanic: o que é verdade e o que é ficção no filme?

A história trágica do naufrágio do Titanic aconteceu há mais de um século, e ainda atrai a curiosidade e comove muitas pessoas.

Algumas delas, inclusive, chegam a investir dinheiro alto para tentar chegar próximo da embarcação, que agora está localizada no Oceano Atlântico Norte, a cerca de 600 km a sudeste da costa da Terra Nova, no Canadá. Seus destroços estão a cerca de 3,8 mil metros de profundidade.

Quem não quer ou não pode pagar pela experiência de visitar o navio de perto, pode assistir ao filme lançado em 1997, com direção de James Cameron.

O longa consegue contar o que aconteceu com a embarcação, seus passageiros e tripulação de forma detalhada e bastante realista. Por conta de sua produção, Titanic rendeu diversos prêmios e um successo que dura até os dias atuais.

Contudo, nem todos os acontecimentos retratados no filme são totalmente fiéis ao que ocorreu na vida real.

Confira abaixo alguns dos acontecimentos que seguem à risca o que houve em 1912, além de outros que foram colocados na história apenas para enriquecer a trama do filme.

Veja quais acontecimentos são reais no filme Titanic

1 – Os músicos tocaram até o naufrágio

A cena em que o grupo de músicos continua tocando enquanto o navio segue afundando é uma das mais lembradas do filme.

Músicos tocando durante o naufrágio do navio Titanic (Divulgação: Lightstorm Entertainment, 20th Century Studios e 20th Century Studios)

Isso aconteceu de fato: haviam oito músicos contratados na embarcação para acompanhar os passageiros durante a viagem.

Não se tem informação de quanto tempo exato a banda permaneceu tocando, mas existem indícios de que eles seguiram até pouco tempo antes do Titanic afundar por completo.

Também não existe uma certeza a respeito da música escolhida para ser a última melodia da embarcação, mas especula-se que tenha sido “Songe d’automne” ou “Nearer, My God, to Thee”.

2 – Molly Brown realmente existiu

Molly Brown, interpretada por Kathy Bates, é uma personagem do filme que reflete exatamente o que a passageira viveu na vida real, sendo inspirada na socialite americana Margaret Brown.

Personagem Molly Brown no filme Titanic (Divulgação: Lightstorm Entertainment, 20th Century Studios e 20th Century Studios)

Molly passava férias na Europa com a filha, e decidiu embarcar no navio para Nova York após receber a notícia de que seu neto estava doente.

Quando a embarcação colidiu com o iceberg e começou a afundar, Brown ajudou diversos passageiros a embarcar nos botes salva-vidas.

Quando ocupou seu lugar em um deles, ainda fez de tudo para que o tripulante voltasse e resgatasse mais gente, ameaçando jogá-lo no mar caso não retornasse, uma vez que ainda havia espaço no bote.

Quando teve acesso ao navio Carpathia, que resgatou sobreviventes do Titanic, ela também organizou um comitê para ajudar passageiros da segunda e terceira classe.

3 – Jack e Rose foram inventados

Sabemos que a história central do filme é o romance impossível entre Rose (Kate Winslet), uma jovem de classe alta, e Jack (Leonardo DiCaprio), um rapaz pobre que embarcou no navio por acaso.

Cena de Jack e Rose flutuando sobre a água gelada (Divulgação: Lightstorm Entertainment, 20th Century Studios e 20th Century Studios)

Contudo, mesmo que a história tenha emocionado os fãs, os personagens não são reais, tendo sido criados por James Cameron.

Porém, é importante lembrar que Rose foi inspirada em uma mulher real. De acordo com Cameron, quando ele construía o roteiro, estava lendo a autobiografia da ceramista Beatrice Wood, grande representante do dadaísmo.

No livro, a artista conta sobre sua relação complicada com a mãe e sua relação com seu trabalho.

4 – Herói retratado como vilão

No longa, o marinheiro britânico William Murdoch é retratado de uma forma diferente do que é considerado na vida real.

Marinheiro retratado no filme (Divulgação: Lightstorm Entertainment, 20th Century Studios e 20th Century Studios)

Em uma cena, ele aparece atirando em dois passageiros que tentavam embarcar nos últimos botes salva-vidas, atirando na própria cabeça em seguida. Murdoch realmente existiu, contudo, foi visto como um herói, lançando dez bote salva-vidas para ajudar no desembarque dos passageiros, antes de morrer afogado.

No lançamento do filme, sua família não gostou de vê-lo retratado como alguém ruim, e pediu uma retratação do diretor James Cameron.

Após isso, a produtora 20th Century Fox, por meio de seu vice-presidente, soltou uma nota dizendo: “o oficial era um herói decente, responsável e muito humano e deve permanecer uma fonte de orgulho para Dalbeattie, e nas memórias de todos os que sabem de sua vida”.

5 – Referências reais

Como já se sabe, James Cameron usou o romance fictício entre Jack e Rose para contar a história real da tragédia.

Detalhe da decoração do interior do navio Titanic (Divulgação: Lightstorm Entertainment, 20th Century Studios e 20th Century Studios)

Para isso, ele usou referências de fatos ocorridos com a embarcação, juntamente com sua criatividade e licença poética. Sabemos que o navio afundou depois de colidir com um iceberg, em abril de 1912.

Naquela noite, mais de 1500 pessoas morreram no acidente, e o navio afundou durante a madrugada, por volta das 2h20.

Pensando nisso, o diretor faz referência ao fato sobre o horário em cenas do filme, como no destaque do relógio que aparece quando a água toma boa parte da embarcação. Nela, é possível ver o objeto marcando o horário 2:15.

Leia mais:

6 – Casal que permanece no navio

Essa é mais uma história baseada em fatos a respeito da tragédia. Esse é, provavelmente, o segundo casal mais famoso do filme, composto por Isidor Straus, dono das lojas Macy’s, e sua esposa, Ida.

Cena do filme Titanic que mostra dois idosos deitados na cama enquanto o navio afunda (Divulgação: Lightstorm Entertainment, 20th Century Studios e 20th Century Studios)

No longa, eles foram retratados como a dupla que escolheu permanecer em seu quarto durante a inundação, abraçados em sua cama enquanto o quarto se enchia de água.

Na vida real, os dois tinham um lugar garantido no bote salva-vidas de número 8, contudo, Isidor preferiu ficar na embarcação até que todas as mulheres fossem resgatadas. Com isso, Ida também se recusou a deixar o marido.

De acordo com testemunhas, a mulher disse que eles viveriam juntos por muitos anos, então aonde ele fosse, ela também iria. Há relatos de que o casal foi visto pela última vez no deck do navio.

7 – A forma pelo qual o navio afundou

Cameron também se preocupou bastante em se aproximar o máximo possível da realidade sobre o momento em que o navio afunda, mas sem deixar de imprimir o drama das produções cinematográficas.

Navio Titanic afundando (Divulgação: Lightstorm Entertainment, 20th Century Studios e 20th Century Studios)

O diretor fez alguns testes com a ajuda de engenheiros e cientistas para confirmar que a cena que reproduz a parte em que o navio se parte ao meio e afunda de vez foi verdadeiro, mesmo depois do filme ter sido lançado.

O Titanic realmente se partiu ao meio depois que a parte de trás do navio, a popa, já estava quase toda submersa.

No longa, a quebra acontece quando o navio já está quase a 90 graus em relação ao mar. Entretanto, de acordo com estudos, para acontecer essa ruptura na vida real a embarcação não precisa mais do que 23 graus de inclinação.

Sendo assim, o filme mostra a realidade, mas de uma forma um pouco mais dramática. De acordo com Cameron, não dá pra saber exatamente o que aconteceu em relação a isso, então, ele tentou ser o mais fiel possível na época.

8 – Instalações inspiradas no verdadeiro Titanic

O diretor já disse que usou de base várias coisas do Titanic real para criar o enredo do filme, entre elas, a grande diferença entre a primeira, a segunda e a terceira classes da embarcação, considerada a mais luxuosa que existia na época.

Enquanto na primeira classe havia toda riqueza possível, com decoração moderna, suítes (uma novidade na época), ginásio, quadra de squash e restaurantes, na terceira classe, as cabines contavam com beliches para quatro a oito pessoas, que tinham que dividir o espaço.

Ainda que fossem bastante simples, essas instalações ainda eram melhores do que as existentes em grande parte dos navios do período.

O post Titanic: o que é verdade e o que é ficção no filme? apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_2530704215-1024x667

Esse foi o dia mais chato da história

Você já deve ter tido um dia chato, monótono, em que nada de importante ou interessante aconteceu. Mas sabia que o mundo pode ter tido um dia assim? E nem faz tanto tempo. O dia 11 de abril de 1954 é frequentemente citado como o “dia mais chato da história“. Mas será que é verdade? Vem que eu te explico.

Essa classificação surgiu a partir de uma análise feita pelo cientista da computação britânico William Tunstall-Pedoe. Ele criou um algoritmo chamado “True Knowledge” (posteriormente integrado à Alexa) para avaliar a importância relativa de eventos históricos.

Segundo o algoritmo, nada de significativo ou notável aconteceu nessa data:

  • Não houve grandes nascimentos, mortes ou eventos políticos relevantes.
  • Nenhum acontecimento esportivo, cultural ou científico marcante foi registrado.
  • Até mesmo os jornais da época não destacaram eventos importantes nesse dia.
Calendário antigo (Imagem: Hadrian/Shutterstock)

Como o algoritmo funcionava?

O sistema desenvolvido por Tunstall-Pedoe analisava a importância histórica de datas por meio de inteligência artificial, coletando e processando informações de diversas fontes digitais, como enciclopédias, arquivos de jornais e registros governamentais.

Esses dados eram organizados em um banco de dados estruturado, que estabelecia conexões entre eventos, datas e personalidades históricas. O sistema atribuía uma pontuação a cada evento com base em critérios como:

  • Número de fontes que o mencionavam;
  • Alcance geográfico;
  • Relevância das pessoas envolvidas;
  • Impacto a longo prazo.

Então, foi realmente o dia mais chato da história?
É óbvio que, para alguém, algo importante deve ter acontecido naquele dia. Mas, em escala global, nenhum evento de grande destaque foi registrado. A classificação é baseada nos critérios específicos do algoritmo, que prioriza fatos amplamente documentados e impactantes.

Leia mais:

Além disso, o algoritmo dependia dos dados disponíveis em fontes digitais, principalmente ocidentais. Portanto, eventos locais ou menos documentados podem ter escapado da análise.

Por isso, trata-se mais de uma curiosidade estatística do que de uma afirmação absoluta. O próprio Tunstall-Pedoe admitiu que, se algum fato relevante for descoberto sobre essa data no futuro, o título terá de ser revisto.

O post Esse foi o dia mais chato da história apareceu primeiro em Olhar Digital.

Vectorjuice-Freepik-1024x683

Sabia que a origem do Bluetooth tem a ver com um líder viking? Conheça os detalhes

O Bluetooth é uma tecnologia de comunicação de curto alcance que está presente em muitos produtos no mercado: de smartphones a caixas de som, passando por fones de ouvidos e pulseiras fitness, além de outros dispositivos. Ela é muito vantajosa, já que permite a conexão entre muitos aparelhos sem a necessidade de fios..

Hoje em dia, estamos acostumados a ver o símbolo e a função de Bluetooth em todos os lugares e, por isso, muitas vezes não paramos para pensar a respeito do seu surgimento e o significado de seu nome. Ele foi desenvolvido nos anos 90 pela Ericsson, tendo forte influência da cultura nórdica, o que inclui seu nome e até mesmo sua logo.

Essa história é bastante curiosa e envolve uma série de coisas que nem parecem ter muita ligação. Conheça abaixo na matéria.

Qual a relação entre vikings, a Dinamarca e o surgimento da tecnologia Bluetooth?

Em algum momento, você já se deu conta de que, na tradução literal, Bluetooth significa “dente azul”? Esse nome pode parecer totalmente aleatório e sem um motivo específico, no entanto, a história por trás dessa escolha é muito interessante.

O nome Bluetooth significa, literalmente, “dente azul” (Imagem: Vectorjuice/Freepik)

A tecnologia de comunicação foi batizada como uma homenagem ao antigo rei viking Harald I da Dinamarca. Ele é conhecido como Harald “Blatand” Gormsson nos países nórdicos, que pode ser traduzido como Dente Azul.

Há diversas versões sobre as origens desse apelido, mas a mais famosa é que seus dentes eram tão podres que acabavam tendo uma coloração azul escura.

Conheça o rei do dente azul

Seu nome real era Harald Gormsson. Ele nasceu no ano de 911, e se tornou rei da Dinamarca em 958 aos 47 anos de idade. A característica física mais marcante que o fez receber o apelido de Blåtand (sendo Blå traduzido para dente tand para azul), como o próprio nome sugere, eram seus dentes.

ilustração com simbolo blueooth
A tecnologia capaz de unir diversos dispositivos é uma homenagem ao rei que uniu nações (Imagem: Rawpixel.com/Freepik)

A história diz que Harald possuía um dente danificado que se destacava, uma vez que, naquela época, havia escassez de acesso a tratamentos dentários adequados, mesmo entre os membros da aristocracia. Isso acabava resultando em uma ocorrência comum de problemas dentários entre as pessoas.

Seu principal feito durante seu reinado foi a unificação da Dinamarca com os países que hoje são a Noruega e a Suécia, além de conseguir converter toda a Escandinávia ao cristianismo, se tornando o primeiro rei cristão do seu país. Ele foi responsável por unir tribos vikings que antes eram inimigas, unindo a Dinamarca e a Noruega.

Curiosamente, centenas de anos depois, o nome do rei foi lembrado durante uma conversa entre dois engenheiros do Vale do Silício, que nem ao menos sabiam que estavam a ponto de causar uma revolução no mundo tecnológico para sempre.

Leia mais:

Nascimento do Bluetooth

A história mais conhecida é que, nos anos 90, dois engenheiros da Intel e da Ericsson, chamados Jim Kardach e Sven Matheson, estavam em um bar na cidade de Toronto, no Canadá, conversando sobre um projeto que estava sendo idealizado por grandes empresas de tecnologia.

O rei viking Harald Gormssom, que unificou as tribos nórdicas e serviu de inspiração para o nome Bluetooth da tecnologia
O rei viking Harald Gormssom, que unificou as tribos nórdicas e serviu de inspiração para o nome Bluetooth da tecnologia (Imagem: Reprodução/Wikimedia)

Os dois encontraram uma paixão mútua por estudar história e aprender a respeito dos diversos períodos e personalidades que existiram, até que Kardach mencionou um livro chamado “The Long Ships”, que possuia uma história a respeito dos feitos do rei Harald Bluetooth, chamando atenção dos profissionais.

Então, eles encontraram uma ligação entre a ideia de conexão entre vários dispositivos a uma rede única, e a importante unificação feita por Harold, criando um paralelo da história do rei com o trabalho dos dois.

A ideia era que a nova tecnologia fosse capaz de unir diferentes aparelhos, assim como o rei conseguiu unir a Escandinávia.

A logo é uma representação visual que une duas runas nórdicas: a letra H, simbolizando Harold, e a letra B, como símbolo do apelido recebido pelo rei dinamarquês
A logo é uma representação visual que une duas runas nórdicas: a letra H, simbolizando Harold, e a letra B, como símbolo do apelido recebido pelo rei dinamarquês (Imagem: Reprodução)

Com isso, Kardach foi para casa e preparou uma apresentação de slides a respeito da idealização do nome no qual ele e Matheson haviam pensado.

A princípio, a ideia foi aceita como um codinome para a tecnologia, e o nome mais cotado para ser o comercial era PAN (sigla para Personal Area Networking). Entretanto, Bluetooth foi tão bem aceito que passou a ser oficial.

Com o nome decidido, faltava apenas a criação de uma logo para identificar a tecnologia. Ela também não podia deixar de ter ligação com a cultura nórdica, assim como sua alcunha.

Sendo assim, foi criada uma representação visual partindo da união de duas runas nórdicas: a letra H, simbolizando Harold, e a letra B, como símbolo do apelido recebido pelo rei dinamarquês.

O post Sabia que a origem do Bluetooth tem a ver com um líder viking? Conheça os detalhes apareceu primeiro em Olhar Digital.

pitohui-encapuzado-Knud-Jonsson

Pitohui encapuzado: conheça o pássaro venenoso que pode levar um adulto à morte

Existem diversos seres vivos venenosos no planeta, como plantas, insetos e animais marinhos, por exemplo. Algumas espécies representam pouco risco para os seres humanos, mas alguns deles podem causar danos consideráveis, levando até mesmo à morte.

Embora seja mais comum pensarmos em cobras, aranhas e escorpiões ao falar de animais venenosos, existem muitas outras espécies que podem causar danos a outros seres, inclusive os humanos, e alguns são bastante inusitados.

É o caso de alguns tipos de aves que, apesar de não possuir um mecanismo de produção de veneno como as serpentes, se tornam venenosas por se alimentarem de uma espécie de besouro.

Leia mais:

A Papua-Nova Guiné, na Oceania, abriga quatro espécies de aves do gênero Pitohui, sendo que há ocorrência de veneno em pelo menos três delas. A espécie mais conhecida é a pitohui encapuzada, ou pitohui-de-capuz, que possui toxinas na pele e na pena. Saiba mais sobre ela na matéria abaixo!

O pitohui encapuzado é uma das três espécies do gênero Pitohui que apresenta veneno, abrigando suas toxinas na pele e na pena. (Imagem: Knud Jonsson)

Pitohui encapuzado: o que é e onde vive?

Como dito anteriormente, o pássaro pitohui encapuzado é nativo da ilha de Papua-Nova Guiné, Oceania, juntamente com as outras três aves do gênero Pitohui. São pássaros florestais, mas também podem ser encontradas em matas secundárias e bordas. Sua alimentação é composta por insetos e frutos.

É uma das três espécies desse gênero que apresenta veneno, abrigando suas toxinas na pele e na pena. Essa substância é conhecida como batracotoxina, e é bastante poderosa, podendo envenenar pessoas ou outros animais que entrarem em contato com a ave.

De onde vem o veneno?

A toxina presente nessas aves é proveniente da sua dieta baseada em um tipo específico de besouro, que contém a substância venenosa. Trata-se de um alcaloide extremamente forte que se instala nas penas, na pele e nas caspas do pássaro, e é transmitida através do toque.

Curiosamente, os besouros que possuem essa toxina são da família Melyrida, também responsáveis pelo veneno presente em pererecas coloridas da família Dendrobatidae, típicas da Amazônia e América Central, consideradas algumas das mais venenosas do mundo.

Anteriormente, o fato dos anfíbios conseguirem ingerir insetos tóxicos para sintetizar os venenos e não se envenenarem nesse processo já foi tema de investigação. Nesses estudos, foi descoberto que existem algumas mutações específicas em genes que são capazes de impedir as ações do veneno.

pássaro laranja e preto no meio da floresta
A toxina presente nessas aves é proveniente da sua dieta baseada em um tipo específico de besouro, que contém a substância venenosa. (Imagem: feathercollector/ Shutterstock)

Como os pitohuis sobrevivem ao veneno?

As toxinas presentes nas aves estão em suas penas e pele e, por isso, cientistas tentam entender como elas não se envenenam com a própria toxina. Com a investigação, foram descobertos mecanismos bastante parecidos com a dos sapos, mas não idênticos.

De acordo com o ornitólogo Guilherme Brito, “aves e sapos possuem um mesmo ancestral comum, mas eles se separaram há muito tempo. Então as mutações em sapos e aves foram independentes, mas chegaram aos mesmos resultados.”

Já o biofísico Daniel Minor, da Universidade da Califórnia, liderou experimentos que mostram que o pitohui possui uma proteína que funcionaria como uma esponja do tal veneno. Sendo assim, ainda que entrem em contato com o próprio veneno, os pássaros conseguem filtrá-lo.

Características físicas e comportamento

O pitohui encapuzado (Pitohui dichrous) é uma espécie canora pequena, com plumagem laranja e preta, além de bicos e garras afiadas. Considerada uma das aves mais venenosas do mundo, tem um comprimento que varia de 22 a 23 cm, e um peso de 65 a 76 g.

Quando ameaçados, os pitohuis erguem as penas da cabeça formando uma crista. Além disso, sua coloração laranja e preta brilhante serve como um sinal de alerta para predadores em potencial. Reproduz uma coleção de assobios de três a sete variações.

passaro preto e laranja em galho no meio da floresta
A toxina batracotoxina presente no pássaro é um alcaloide neurotóxico, que pode provocar diversas reações nos seres que entram em contato com a ave.(Imagem: 2 gee912/iNaturalist)

O que o veneno causa?

A toxina batracotoxina presente no pássaro é um alcaloide neurotóxico, que pode provocar diversas reações nos seres que entram em contato com a ave. Ela afeta os canais de sódio nas células nervosas, resultando em sintomas incômodos e até perigosos para outros animais.

A substância causa formigamento, dormência, queimação, lacrimejamento e crises de espirros. Se houver contato com altas doses, o veneno pode levar à paralisia, parada cardíaca e até mesmo a morte. Contudo, por serem pássaros pequenos, os pitohuis causam sintomas leves.

Afinal, o pitohui encapuzado pode mesmo matar uma pessoa?

Apesar das toxinas serem poderosas, os pássaros são pequenos e, por isso, muitas vezes os sintomas em humanos que entram em contato com ele são leves. Por isso, para um adulto saudável, o risco de morte é bastante baixo, uma vez que o veneno precisa de uma exposição mais intensa ou ingestão para causar danos significativos.

No entanto, ele pode causar sintomas diversos como dor de cabeça, náusea, dificuldade de respirar e até mesmo paralisia. Apesar de casos fatais serem raros, o risco é real, principalmente para animais pequenos ou em situações de contato direto e elevado com as toxinas, no caso dos humanos.

Mesmo que a probabilidade de uma pessoa adulta morrer envenenada por um pitohui encapuzado ser baixa, ela não pode ser descartada completamente. Ainda que geralmente o contato não seja fatal, o contato direto e prolongado ou a ingestão da substância pode aumentar o risco de morte.

Outro fator importante é a pessoa ter um sistema imunológico comprometido, ou condições de saúde preexistentes, por exemplo.

passaro laranja e preto em galho de árvore na floresta
Mesmo que a probabilidade de uma pessoa adulta morrer envenenada por um pitohui encapuzado ser baixa, ela não pode ser descartada completamente. (Imagem: feathercollector/Shutterstock)

O post Pitohui encapuzado: conheça o pássaro venenoso que pode levar um adulto à morte apareceu primeiro em Olhar Digital.

image-14

O Mágico de Oz: 10 curiosidades fascinantes sobre o clássico do cinema

O clássico “O Mágico de Oz” estreou em 1939 chamando atenção do público pela exibição de cenas ultracoloridas nas telas do cinema. Isso por ser o primeiro longa-metragem a usar a tecnologia Technicolor, bastante inovadora para a época. Ainda assim, ele foi considerado um fracasso de bilheteria, já que custou US$ 2,7 milhões para ser feito e rendeu somente US$ 3 milhões.

Para fazer o filme, foi preciso 14 roteiristas e cinco diretores: o primeiro, Richard Thorpe, foi demitido após não agradar os produtores; depois, George Cuckor, não chegou a dirigir nenhuma cena; então, Victor Fleming, que foi responsável pela maior parte, mas saiu para comandar “E O Vento Levou”; aí veio King Vidor, que assumiu a direção e terminou de rodar o filme; e por último, Mervyn LeRoy, que mesmo sendo produtor chegou a dirigir algumas cenas.

Essas são apenas algumas curiosidades sobre um dos filmes mais aclamados da história do cinema, que ainda conta com diversas outras histórias. Confira abaixo 10 dos fatos mais curiosos a respeito de “O Mágico de Oz”!

Leia mais:

10 curiosidades sobre O Mágico de Oz

1 – Centenas de atores anões

Habitantes de Munchkinland (Imagem: Reprodução)

Para os papéis dos habitantes de Munchkinland, foram contratados mais de 350 anões, que ganhavam apenas US$ 50 por semana. Como comparação, o cachorrinho Totó tinha como salário US$ 125 pelo mesmo período de trabalho.

Também era possível ouvir a voz de somente dois deles durante todo o filme, uma vez que muitos não sabiam cantar ou não falavam bem inglês. Por conta disso, os munchkins foram dublados por cantores profissionais, sendo que somente os que entregam a Dorothy um buquê de flores não tiveram que ser dublados.

2 – Roupas apertadas e distúrbios alimentares

dorothy em o magico de oz
As cobranças podem ter gerado traumas em Judy Garland (Imagem: Reprodução)

No filme, Dorothy tinha apenas 10 anos e, por isso, sua intérprete Judy Garland foi obrigada a usar um espartilho bastante apertado, para esconder os seios e quadris da já adolescente de 16 anos. Depois disso, dizem que acabou se tornando um trauma para atriz, que passou a sofrer com diferentes distúrbios envolvendo seu corpo por anos.

Quando já estava no fim da vida, Judy Garland ainda se viciou em remédios para emagrecer, se afundou em dívidas e tentou o suicídio diversas vezes, morrendo vítima de overdose em 1969 com 47 anos.

3 – Figurinos estranhos e dolorosos

homem de lata, espantalho, leão e dorothy de O magico de oz
As roupas dos personagens eram complexas e bizarras. (Imagem: Reprodução)

A roupa de Bert Lahr, que fazia o Leão Covarde, pesava mais de 45 kg e era feita com partes de leão de verdade, além de ser muito quente. Por conta da alta quantidade de suor no final do dia, duas pessoas passavam a noite toda lavando o traje a seco para ser usado no dia seguinte.

Além disso, a prótese impossibilitava o ator de comer alimentos sólidos, já que algumas partes eram feitas de papel e podiam se desfazer. Com isso, ele só poderia se alimentar de sopas e milk-shakes na maior parte do tempo durante as filmagens.

Quanto ao Espantalho, a maquiagem era feita com uma prótese de borracha que imitava um tecido, possibilitando a identificação das linhas do rosto do personagem. A máscara deixava o rosto de Ray Bolger inteiro marcado quando ele tirava o figurino, e foi preciso mais de um ano para que as linhas sumissem de seu rosto.

4 – Ferimentos nas gravações

pessoa vestida de macaco alado para o magico de oz
Figurantes dos macacos alados se machucavam. (Imagem: Divulgação)

Os macacos voadores alados eram interpretados por figurantes, que eram suspensos por cordas de piano. Eles também se feriram bastante, uma vez que eram derrubados no chão de forma brusca, sempre que eram abatidos em alguma cena.

5 – Dorothy loira

cena do filme o magico de oz com dorothy de peruca loira
A Dorothy quase foi loira. (Imagem: Divulgação)

Quando pensamos nos personagens de “O Mágico de Oz”, além do Espantalho, do Leão e do Homem de Lata, pensamos na Dorothy, com sua roupa azul, sapatos vermelhos e cabelos pretos. Contudo, a ideia era diferente no começo.

No início das gravações, Judy Garland usava uma peruca loira, completamente diferente. Porém, George Cuckor, o diretor que não chegou a dirigir nenhuma cena, descartou a ideia e mandou a atriz ser “ela mesma”.

6 – Leão de verdade

leão de verdade no centro com várias pessoas próximas
Um dos produtores queria usar um leão real. (Imagem: Divulgação)

Já o produtor Mervyn LeRoy, que acabou dirigindo algumas cenas no final das gravações, queria um leão de verdade no filme, que seria dublado por um ator. O felino chamado Jackie, famoso pelos letreiros da MGM, chegou a passar por um teste, porém, logo a ideia foi descartada.

7 – Reação alérgica e substituição

foto de teste do homem de lata
O ator teve reação alérgica e foi substituído. (Imagem: Divulgação)

O ator Buddy Ebsen foi originalmente escolhido para interpretar o espantalho, e Ray Bolger, o homem de lata. Porém, Bolger insistiu que queria ser o espantalho, trocando de papel com Ebsen. Contudo, Buddy Ebsen teve uma reação alérgica por causa da maquiagem, que tinha pó de alumínio, fazendo com que o ator fosse levado às pressas ao hospital com problemas respiratórios.

Ainda internado, Ebsen ficou sabendo que tinha sido substituído por Jack Haley, declarando depois que essa foi a maior humilhação de sua carreira. Para piorar, o ator também havia sofrido cortes e ferimentos com a roupa do personagem de lata.

8 – Figurino de brechó e uma coincidência

cena do filme mostrando o mágico
Uma das roupas do mágico pertencia ao autor do livro. (Imagem: Divulgação)

O departamento de figurinos queria um aspecto decadente ao mágico (Frank Morgan) e, por isso, foram usados smokings surrados que estavam à venda em brechós. O diretor Victor Fleming escolheu um deles e, no intervalo de uma gravação, Morgan viu uma etiqueta na roupa, dizendo que o casaco pertencia a L. Frank Baum, autor do livro “O Mágico de Oz”.

Para ter certeza da coincidência, a equipe contatou o alfaiate que fez a roupa, e ele confirmou a história. Depois que as filmagens acabaram, a roupa foi doada para a viúva do autor.

9 – Pintura de gelatina

cena de O mágico de oz com um cavalo vermelho e os outros personagens com roupa verde
Cena dos cavalos da cidade das esmeraldas. (Imagem: Reprodução)

A cidade das esmeraldas tinham cavalos coloridos e, para deixá-los assim, os animais foram pintados com gelatina em pó, para ser menos prejudicial do que tinturas químicas. No entanto, as cenas precisavam ser gravadas o mais rápido possível, já que os animais lambiam e tiravam totalmente o produto.

10 – Sapatinhos vermelhos

sapatos vermelhos cravados de pedras vermelhas
Sapatinhos vermelhos da Dorothy (Imagem: Divulgação)

Os sapatos vermelhos de Dorothy são um grande ícone do filme. Antes de serem usados pela personagem, diversos sapatos foram testados: primeiramente, eles eram prateados, porém, Louis B. Mayer achou que o tom vermelho rubi ficava melhor no Technicolor. A atriz e cantora Debbie Reynolds tinha um dos pares não usados, e os verdadeiros foram para o museu Smithsonian.

Hoje em dia, o tapete em frente aos sapatos tem que ser trocado diversas vezes ao ano, uma fez que a popularidade do calçado exposto acaba deixando o ítem gasto com facilidade.

O post O Mágico de Oz: 10 curiosidades fascinantes sobre o clássico do cinema apareceu primeiro em Olhar Digital.