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Imagem rara mostra rover da NASA andando em Marte

Explorando a superfície de Marte desde agosto de 2012, o rover Curiosity, da NASA, pode ter sido fotografado pela primeira vez por uma câmera no espaço enquanto andava. A imagem rara mostra o robô em deslocamento no solo marciano, algo que nunca havia sido registrado do alto até então.

De acordo com um comunicado da agência, a foto foi feita em 28 de fevereiro de 2025, no 4.466º dia marciano (também chamado de sol) da missão. Ela foi capturada pela câmera HiRISE, instalada no satélite Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), que monitora Marte com imagens de altíssima resolução.

No registro, o Curiosity aparece como uma pequena mancha escura. Atrás dele, um longo rastro indica sua movimentação. Os trilhos se estendem por 320 metros e foram deixados durante uma série de 11 trajetos iniciados no começo de fevereiro.

O destino do rover é uma área de interesse científico, onde pesquisadores esperam encontrar formações rochosas em formato de caixas. Acredita-se que essas estruturas tenham se formado com a ação de água subterrânea há bilhões de anos.

O rover Curiosity aparece como uma mancha escura nesta visão de contraste aprimorado capturada pela câmera HiRISE do Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA. Os rastros do rover podem permanecer na superfície marciana por meses antes de serem apagados pelo vento. Crédito: NASA / JPL-Caltech / Universidade do Arizona

Rover Curiosity trafega devagar por Marte

A movimentação do rover Curiosity é lenta – cerca de 0,16 km/h – e depende de vários fatores, como o tipo de solo, inclinações do terreno e a capacidade do software de navegação de interpretar obstáculos.

Engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da NASA, na Califórnia, são os responsáveis por planejar cada etapa da jornada. Eles trabalham lado a lado com cientistas para definir os melhores caminhos e os pontos mais promissores para análise.

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Doug Ellison, que lidera o planejamento diário do Curiosity, explicou que a imagem foi feita quase no momento exato em que o robô completava um deslocamento de cerca de 20 metros naquele dia. 

A câmera HiRISE costuma registrar imagens em preto e branco, com uma faixa central colorida. Desta vez, o Curiosity apareceu fora da faixa de cor e surgiu em tons de cinza.

O rover está subindo uma encosta íngreme. Se não houver imprevistos, ele deve chegar ao próximo ponto de estudo científico nas próximas semanas.

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Nasa encontra algo sem explicação em Marte; veja!

Desde 2014, o rover Curiosity, desenvolvido pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, realiza investigações no Monte Sharp, uma montanha localizada no coração da cratera Gale, em Marte, onde o equipamento pousou em 2011.

Em poucas palavras:

  • O rover Curiosity, da NASA, chegou em Marte em 2011;
  • Três anos depois, o equipamento começou a explorar o Monte Sharp, que fica no centro da cratera Gale, onde ele pousou;
  • Há pouco tempo, o rover cruzou o canal Gediz Vallis, que pode ser um antigo leito de rio;
  • Lá, encontrou pedras com cristais de enxofre, que ninguém sabe a origem.

O canal Gediz Vallis é uma região rica em pedras que pode ter sido um antigo leito de rio, de acordo com algumas teorias. Ao atravessar o local, o rover capturou imagens incríveis da área, que foram reunidas em uma panorâmica de 360 graus – revelando formações marcianas notáveis, como Kukenán Butte, Pinnacle Ridge e Texoli Butte, além da borda distante da cratera Gale.

O Curiosity capturou este panorama de 360 graus enquanto estava estacionado abaixo do cume de Gediz Vallis (visto à direita), uma formação que preserva o registro de um dos últimos períodos úmidos vistos nesta parte de Marte. Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS

A origem do canal Gediz Vallis ainda é um mistério. Cientistas sugerem que ele pode ter sido formado por diferentes processos, como fluxos de água, ventos intensos ou até deslizamentos de terra que trouxeram materiais do Monte Sharp para a região. O estudo das rochas e formações ali presentes é essencial para entender a história geológica do planeta.

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Enxofre em Marte intriga cientistas

Uma descoberta intrigante do Curiosity foram pedras brancas no canal, que, ao serem esmagadas, revelaram cristais amarelos de enxofre em seu interior. Na Terra, o enxofre está normalmente associado a fontes termais e vulcões, mas essas características nunca foram observadas em Marte. O achado levantou uma série de questões, já que os cientistas ainda não sabem como o elemento chegou até ali.

Uma rocha muito semelhante à quebrada pelo rover Curiosity, fotografada nove dias após a descoberta do enxofre. Crédito: NASA / JPL-Caltech / MSSS

Ashwin Vasavada, cientista do projeto Curiosity, explicou em um comunicado que a equipe tem muitos dados, mas ainda precisa resolver o enigma. Para investigar a origem do enxofre em Marte, serão necessários mais estudos e modelagens detalhadas da geologia do planeta.

Enquanto isso, o rover continua sua missão pelo canal Gediz Vallis, recolhendo mais amostras e buscando novas pistas sobre o passado de Marte nas rochas dessa região – que são uma verdadeira cápsula do tempo, guardando vestígios de um antigo rio que pode ter existido no planeta há bilhões de anos.

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