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Em depoimento, CEO do Google rebate acusações de monopólio

O CEO do Google, Sundar Pichai, afirmou nesta quarta-feira (30) que uma possível decisão judicial forçando o desmembramento da empresa prejudicaria gravemente seus negócios e sua capacidade de inovação, conforme revela o New York Times.

Ele depôs perante o juiz Amit Mehta, em Washington, como parte do processo em que o Departamento de Justiça dos EUA busca impor punições ao Google por práticas consideradas ilegais para manter seu monopólio nas buscas online.

Entre as medidas propostas estão a venda do navegador Chrome e a exigência de que o Google compartilhe dados de buscas com rivais.

Segundo Pichai, essas medidas poderiam inviabilizar investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

“Isso comprometeria nossa capacidade de continuar inovando como fizemos nas últimas três décadas”, afirmou.

O juiz Mehta já decidiu, em 2023, que o Google abusou de seu poder de mercado ao pagar bilhões a empresas como Apple e Samsung para ser o buscador padrão em seus dispositivos. Agora, o tribunal avalia que tipo de sanções devem ser aplicadas.

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Proposta de desmembramento inclui venda do Chrome e obrigatoriedade de dividir dados com concorrentes – Imagem: bluestork/Shutterstock

CEO discorda de imposições da Justiça ao Google

  • O Departamento de Justiça propõe a separação do Chrome sob o argumento de que o navegador envia automaticamente as consultas ao Google, reforçando sua posição dominante.
  • Também quer obrigar a empresa a compartilhar dados com concorrentes, o que, segundo Pichai, equivaleria a “entregar toda a estrutura tecnológica da empresa”.
  • O executivo, que participou do desenvolvimento do Chrome, também defendeu a manutenção do controle sobre o navegador alegando questões de segurança cibernética.
  • Ao ser questionado se outra empresa teria a mesma capacidade de proteção, respondeu com firmeza: “Com meu conhecimento, posso sim opinar sobre isso”.

Google quer solução menos radical

O Google propõe medidas mais brandas, como renegociar anualmente os acordos com fabricantes de smartphones e permitir que eles tenham mais liberdade para escolher quais apps do Google instalar.

Já o juiz Mehta questionou como rivais poderiam competir se o Google continuar pagando por posição de destaque. Em resposta, Pichai insistiu que “o melhor produto costuma vencer”.

O caso é considerado um marco nos esforços do governo americano para limitar o poder das grandes empresas de tecnologia. Novos processos contra Apple, Amazon e Meta também estão em andamento.

CEO do Google, Sundar Pichai, durante evento
Sundar Pichai, CEO do Google, alega que mudanças drásticas prejudicam usuários (Imagem: photosince/Shutterstock)

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EUA x Google: Departamento de Justiça quer venda do Chrome, mas não do Android

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) segue com sua ação antimonopólio contra o Google, acusando a gigante de tecnologia de práticas que dificultam a competitividade em mercados-chave, como sistemas operacionais móveis, navegadores e buscas online.

Em novembro, o DOJ havia apresentado uma proposta preliminar para tratar do monopólio do Google. Uma versão atualizada dessa proposta foi protocolada recentemente, antes de uma audiência marcada para abril. Nessa nova versão, o DOJ reiterou suas expectativas quanto aos passos que o juiz deve tomar para combater o domínio do Google no mercado de buscas online.

Justiça dos EUA quer venda do Chrome e ajustes no Android

Entre as medidas mais significativas exigidas pelo DOJ está a venda do Chrome, navegador considerado um ponto de acesso essencial ao buscador do Google. O governo dos EUA argumenta que essa venda permitiria a entrada de novos concorrentes no mercado, promovendo mais competição. No entanto, a situação do Chromium, o projeto open-source que serve de base para o Chrome, ainda não está clara.

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Embora o DOJ tenha descartado a exigência de uma venda imediata do sistema operacional Android, a proposta agora se concentra em mudanças no sistema. O governo afirma que, caso essas mudanças não resultem em um aumento na competitividade, o Google pode ser forçado a vender o Android.

Google pode manter investimentos em inteligência artificial

Outro ponto importante da proposta envolve os investimentos do Google em empresas de inteligência artificial (IA). Inicialmente, o DOJ havia restrito esses investimentos, mas recentemente concluiu que essa restrição poderia ter efeitos indesejáveis no setor de IA. Como resultado, o Google agora pode investir em empresas de IA, mas deve notificar o DOJ para que qualquer transação seja revisada.

(Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Além dessas questões, o DOJ manteve outras solicitações feitas anteriormente. Em resposta, o Google apresentou sua proposta revisada na sexta-feira (7). Em dezembro, a empresa já havia sugerido modificações em contratos relacionados aos seus sistemas Android e navegador Chrome.

O caso continuará a ser discutido em audiência em abril, e uma decisão final deve ser tomada até setembro de 2025. O Google já indicou que pretende recorrer da decisão, o que pode prolongar ainda mais o processo judicial.

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Senadores pedem investigação sobre Elon Musk por possível extorsão

Cinco senadores democratas solicitaram ao Departamento de Justiça dos EUA uma investigação sobre se Elon Musk está utilizando sua influência no governo Trump para intimidar anunciantes a retornarem à plataforma X (antigo Twitter), conforme informações exclusivas do Wall Street Journal.

Os senadores são Elizabeth Warren, Cory Booker, Richard Blumenthal, Adam Schiff e Chris Van Hollen.

O pedido ocorre após uma reportagem anterior do Journal revelar que o X pressionou o conglomerado de publicidade “Interpublic Group” a aumentar seus gastos com a plataforma, sugerindo que sua fusão com o “Omnicom Group” poderia ser prejudicada pelo governo de Trump, dado o envolvimento de Musk com a administração.

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Musk poderia estar extorquindo anunciantes para que gastem mais ou retornem ao X (Imagem: kovop/Shutterstock)

Senadores temem abuso de poder de Elon Musk

  • Na carta enviada à procuradora-geral Pam Bondi, os senadores expressaram preocupação de que Elon Musk estivesse aproveitando seu poder para extrair receita de anunciantes, o que poderia violar leis de ética e resultar em extorsão.
  • Eles também pediram que a FTC resistisse a qualquer pressão para bloquear a fusão Interpublic-Omnicom.
  • Musk e o X não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre as cartas dos senadores. O X não comentou anteriormente sobre as alegações da Interpublic.

Musk, que lidera o Departamento de Eficiência Governamental e tem forte presença na Casa Branca, comprou o antigo Twitter no final de 2022.

Desde então, o X enfrentou a saída de anunciantes devido à flexibilização das regras de moderação de conteúdo e à controvérsia em torno de discursos de ódio na plataforma. Algumas marcas, como Amazon, Apple e Verizon, começaram a retornar, e a Interpublic recentemente renovou um contrato com o X.

À esquerda, rosto de ElonMusk em preto e branco; à direita, logo do X em fundo preto projetado em um smartphone
Diversos anunciantes deixaram o X depois que Elon Musk se tornou o dono da rede social (Imagem: Kemarrravv13/Shutterstock)

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