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Superdotação: quais os sinais mais comuns em crianças?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 5% da população mundial apresenta altas habilidades, ou seja, são consideradas superdotadas. No Brasil, esse percentual equivale a cerca de 2,3 milhões de crianças. No entanto, muitas dessas crianças passam despercebidas, pois os sinais da superdotação podem ser confundidos com outros transtornos ou mesmo ignorados no ambiente escolar.

A superdotação pode se manifestar de diversas formas, como nas áreas psicomotora, intelectual, acadêmica, de talento especial, social e criativa. Para identificar uma criança superdotada, é importante observar sinais específicos que podem indicar um desenvolvimento cognitivo acima da média.

A seguir, destacamos os principais sinais da superdotação em crianças, com base em estudos e apontamentos de especialistas da área.

Crédito: Alex and Maria photo (Shutterstock/Reprodução)

Alto grau de curiosidade

Criança com um tablet
Crédito: BAZA Production (Shutterstock/Reprodução)

Crianças superdotadas frequentemente demonstram uma curiosidade incomum para a sua idade. Elas fazem perguntas profundas e insistentes, buscando entender o “porquê” e o “como” das coisas.

Essa característica está ligada a uma maior atividade no córtex pré-frontal, região do cérebro associada ao pensamento crítico e à resolução de problemas.

Segundo a Cartilha Saberes e Práticas da Inclusão, publicada pelo Ministério da Educação (MEC), essa curiosidade excessiva é um dos primeiros sinais observados pelos pais e educadores.

Vocabulário avançado para a idade

Outro sinal comum é o uso de um vocabulário complexo e preciso, muitas vezes surpreendente para a faixa etária. Isso ocorre porque crianças superdotadas têm uma capacidade acelerada de processamento linguístico, associada a uma maior conectividade neural nas áreas do cérebro responsáveis pela linguagem.

Criança  pintando um quadro
Crédito: VCoscaron (Shutterstock/Reprodução)

Facilidade de aprendizagem e alfabetização precoce

Crianças superdotadas costumam aprender rapidamente e, muitas vezes, se alfabetizam antes dos colegas. Essa facilidade está relacionada a uma maior eficiência na formação de sinapses no hipocampo, região cerebral associada à memória e ao aprendizado.

De acordo com o Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD), essa característica é frequentemente observada em crianças com altas habilidades acadêmicas.

Memória excepcional

Uma memória acima da média é outro sinal marcante. Crianças superdotadas conseguem reter e recuperar informações com facilidade, seja de eventos cotidianos ou de conteúdos acadêmicos.

Pesquisas em neurociência sugerem que isso está associado a uma maior densidade de neurônios no lobo temporal, área do cérebro responsável pelo armazenamento de memórias.

Criança brincando com tinta
Crédito: fizkes (Shutterstock/Reprodução)

Criatividade elevada

A criatividade é uma característica central da superdotação, especialmente na forma criativo-produtiva, como destacado por Joseph Renzulli em sua Teoria dos Três Anéis.

Crianças superdotadas frequentemente apresentam pensamento divergente, ou seja, a capacidade de gerar múltiplas soluções para um mesmo problema. Essa habilidade está ligada a uma maior atividade no hemisfério direito do cérebro, associado à imaginação e à inovação.

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Interesse intenso por um assunto específico

Muitas crianças superdotadas desenvolvem um interesse profundo e persistente por um tema específico, dedicando horas ao estudo e à exploração desse assunto. Esse comportamento, conhecido como “hiperfoco“, está relacionado a uma maior liberação de dopamina no cérebro, neurotransmissor associado à motivação e à recompensa. Segundo a OMS, esse traço é comum em indivíduos com altas habilidades.

Crianças em uma sala de aula estudando astronomia
Crédito: Gorodenkoff (Shutterstock/Reprodução)

Habilidades de liderança e autoconfiança

Crianças superdotadas frequentemente demonstram habilidades de liderança e uma autoconfiança acima da média. Elas tendem a organizar atividades, influenciar colegas e assumir papéis de destaque em grupos. Essa característica está associada a uma maior maturidade emocional e cognitiva. 

Importância da identificação precoce

Crianças em uma sala de aula
Crédito: Rido (Shutterstock/Reprodução)

Testes de QI, avaliações neuropsicológicas e observações comportamentais são essenciais para confirmar altas habilidades. Além disso, é importante diferenciar a superdotação de outros transtornos, como autismo ou TDAH, que podem apresentar características semelhantes.

No Brasil, a família pode buscar mais informações no Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD) e na Associação Mensa Brasil, a instituição de QI mais antiga do mundo.

Aviso importante: as informações deste artigo foram baseadas em apontamentos de profissionais da saúde e fontes científicas confiáveis. No entanto, elas não substituem um diagnóstico profissional. Caso suspeite que uma criança possa ser superdotada, procure um especialista para avaliação e acompanhamento adequados. Pesquisas e informações da internet não podem diagnosticar superdotação.

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Café de um dia para o outro faz mal? Entenda os efeitos no corpo

O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo, conhecida por seus benefícios à saúde, como aumento da disposição e melhora da concentração. No entanto, o que acontece quando ele é consumido depois de horas ou dias do preparo? Será que o café velho ou requentado faz mal à saúde? 

Vamos explorar os efeitos dessa prática no corpo e entender por que o café fresco é a melhor opção.

Por que o café velho ou requentado pode fazer mal?

Xícara de café / Crédito: worradirek (shutterstock/reprodução)

O café, quando preparado, começa a passar por um processo natural de oxidação. Esse fenômeno ocorre quando os compostos químicos presentes na bebida entram em contato com o oxigênio do ar, alterando suas propriedades. No caso do café, a oxidação afeta principalmente os óleos essenciais e os polifenóis, responsáveis pelo aroma, sabor e parte dos benefícios à saúde.

O que é o café de um dia para o outro?

O café de um dia para o outro é aquele que foi preparado e armazenado por horas ou dias, seja em uma garrafa térmica, na geladeira ou em temperatura ambiente. Por exemplo:

  • Fazer o café em um dia à noite para tomá-lo na manhã seguinte.
  • Preparar uma quantidade grande de café e guardá-lo na geladeira para consumir ao longo da semana.
  • Deixar o café em uma garrafa térmica por várias horas.

Essas práticas são comuns, mas podem comprometer a qualidade da bebida e, em alguns casos, trazer efeitos indesejados à saúde.

O processo de oxidação do café

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Grãos de café/ Crédito: ril21 (shutterstock/reprodução)

A oxidação é um processo químico que ocorre quando o café entra em contato com o oxigênio. Esse fenômeno começa logo após o preparo da bebida e se intensifica com o tempo. Conforme o café oxida, ele perde seu aroma característico e adquire um sabor amargo e desagradável. Além disso, a degradação dos compostos pode gerar substâncias que irritam o sistema digestivo.

Segundo a nutricionista Luciene de Oliveira, diretora científica do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), em um artigo pulicado no site do instituto, o café oxidado pode causar desconfortos como azia, náuseas e dores de estômago. Embora não haja evidências científicas conclusivas sobre danos graves à saúde, o consumo de café requentado ou velho não é recomendado.

Café requentado: o que acontece?

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Bule derramando café em uma xícara / Crédito: Lucas de Freitas (shutterstock/reprodução)

Requentar o café é uma prática comum, mas pode agravar os efeitos da oxidação. Quando a bebida é aquecida novamente, os compostos já degradados sofrem novas alterações, intensificando o sabor amargo e potencializando a produção de substâncias que podem causar desconforto gastrointestinal.

Em entrevista ao portal R7 a endocrinologista Thais Mussi, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), alerta que o reaquecimento degrada ainda mais os óleos essenciais e a cafeína, podendo levar a sintomas como dor de cabeça, refluxo e indigestão. Além disso, o café requentado perde suas propriedades antioxidantes, que são benéficas para a saúde.

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Em quantas horas o café deve ser consumido?

O ideal é consumir o café fresco, logo após o preparo. A nutricionista Gabriela Cilla, em entrevista ao jornal Folha Vitória, recomenda que a bebida seja ingerida em até 30 minutos após o preparo, pois após esse período o processo de oxidação já começa a alterar o sabor e as propriedades do café. Se armazenado em uma garrafa térmica de qualidade, o café pode manter suas características por até uma hora.

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Mulher assoprando café em uma xícara / Crédito: Pheelings media (shutterstock/reprodução)

Café na geladeira: pode ou não pode?

Guardar o café na geladeira é uma prática comum, mas não é a mais indicada. O frio pode alterar o sabor da bebida, e o café ainda continuará oxidando, mesmo em temperaturas mais baixas. Além disso, o café pode absorver odores de outros alimentos na geladeira, comprometendo ainda mais sua qualidade.

Pode guardar café na geladeira?

Não é recomendado. O café perde sabor e aroma, e o processo de oxidação continua ocorrendo.

Café só deve ser consumido fresco?

Sim, o ideal é consumir o café fresco, preparado na hora, para aproveitar seus benefícios e sabor.

Quanto tempo dura o café após o preparo?

O café deve ser consumido em até 30 minutos após o preparo. Em garrafas térmicas de qualidade, pode durar até uma hora.

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Conheça o homem com dois corações – e o que aconteceu quando ambos pararam de funcionar

Pode parecer um enredo de ficção científica ou de uma série de fantasia, como “Doctor Who“, em que o protagonista pertence a uma espécie alienígena com dois corações. No entanto, essa ideia não se limita à cultura pop.

Embora extremamente raro, há registros de pessoas que já tiveram dois corações funcionando simultaneamente em seu corpo, seja por condições médicas específicas ou devido a procedimentos cirúrgicos. 

Episódio de Doctor Who em que é possível ver os dois corações do protagonista / Crédito: BBC (reprodução)

Mas o que acontece quando ambos deixam de funcionar? Esse caso impressionante desafia a medicina e desperta a curiosidade sobre os limites do corpo humano.

Como é possível uma pessoa ter dois corações?

Ter dois corações não é uma condição natural para os seres humanos. No entanto, em alguns casos, uma pessoa pode viver temporariamente com dois corações devido a um procedimento médico chamado transplante cardíaco heterotópico

Nesse tipo de transplante, um coração doado é implantado sem remover o original, o que pode ser necessário quando o novo órgão não é forte o suficiente para funcionar sozinho ou quando o paciente apresenta pressão pulmonar elevada, dificultando o funcionamento de um único coração transplantado. 

Homem com dois corações
Homem com dois corações / Crédito: Imagem feita por inteligência artificial(Grok/reprodução)

Em alguns casos, esse procedimento permite que o coração original tenha tempo para se recuperar, trabalhando em conjunto com o novo órgão. Entre as vantagens dessa técnica, destaca-se o fato de que o coração original ainda pode auxiliar na circulação sanguínea e, caso o coração transplantado falhe, ele pode ser removido sem que o paciente morra imediatamente. 

No entanto, há desvantagens, como o espaço limitado no peito, que pode comprimir outros órgãos, além do maior risco de arritmias e rejeição imunológica.

Quanto ao fluxo sanguíneo e funcionamento, ambos os corações trabalham juntos, mas não de forma completamente sincronizada. O fluxo sanguíneo pode ser mais intenso, mas também exige maior coordenação dos médicos para garantir que a pressão arterial se mantenha equilibrada.

O curioso caso do homem com dois corações

Médicos operando um paciente
Médicos operando um paciente / Crédito: Assist m4x1ight happiness (shutterstock/reprodução)

Em 2010, um homem de 71 anos chegou ao pronto-socorro em Verona, Itália, com falta de ar. O que parecia um caso comum revelou-se uma situação rara: ele possuía dois corações.

Ele nasceu com apenas um coração, mas, devido a uma cardiomiopatia dilatada idiopática, sua função cardíaca estava comprometida. Em 2003, ele passou por um transplante cardíaco heterotópico, mantendo seu coração original e recebendo um novo.

Esse procedimento foi escolhido porque o coração doado era menor que o ideal e precisava de apoio para funcionar adequadamente. Dessa forma, ambos os corações foram conectados para trabalharem juntos.

O que acontece quando dois corações falham?

Desfibrilador em um paciente com parada cardíaca.
Desfibrilador em um paciente com parada cardíaca. / Crédito: trairut noppakaew (shutterstock/reprodução)

Anos depois, sua condição piorou. No hospital, os médicos notaram que seu coração original apresentava um ritmo irregular, enquanto o coração doado batia mais rápido que o normal. A arritmia piorou, levando-o à inconsciência, parada respiratória e perda de pulso.

Diante da situação crítica, a equipe médica aplicou uma descarga de 200 joules com um desfibrilador. O choque conseguiu restaurar o ritmo normal de ambos os corações. Posteriormente, seu marcapasso foi substituído por um cardiodesfibrilador implantável, um dispositivo capaz de corrigir arritmias perigosas automaticamente.

O destino desse paciente anos depois é desconhecido, mas, no momento da publicação do estudo de caso pela IFLScience ele estava “em boas condições clínicas”, um desfecho positivo para uma condição tão incomum.

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Caso semelhante no Brasil

Cirurgião médico com um coração
Cirurgião médico com um coração / Crédito: Marko Aliaksandr (shutterstock/reprodução)

Em 2023, o urbanista Lincoln Paiva, de 54 anos, viveu com dois corações por 45 dias após uma cirurgia inovadora no Instituto do Coração (Incor) em São Paulo. Após sofrer um infarto, um AVC e duas paradas cardíacas, ele foi diagnosticado com insuficiência cardíaca terminal, mas sua pressão pulmonar alta impedia um transplante convencional.

O cirurgião Fábio Gaiotto desenvolveu uma técnica inédita no Brasil, implantando um novo coração sem remover o original. Durante esse período, o coração doado ajudou a reduzir a pressão pulmonar, permitindo que o transplante fosse bem-sucedido. Passados os 45 dias, o coração original foi removido, e Paiva seguiu a vida com o novo órgão.

A técnica ainda está em fase de validação científica, mas pode beneficiar pacientes que não têm acesso a corações artificiais, um tratamento caro e de difícil acesso no Brasil. Graças à cirurgia, Paiva agora tem uma expectativa de vida de pelo menos 20 anos.

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Por que beber álcool pode causar câncer?

O consumo de álcool é um hábito socialmente aceito em muitas culturas, mas seus efeitos nocivos à saúde são cada vez mais evidentes. Estudos científicos comprovam que o álcool está diretamente relacionado ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, mesmo em quantidades moderadas. 

Mas como exatamente o álcool age no corpo e quais são os mecanismos que levam ao câncer? Vamos explicar.

Homem abrindo uma garrafa de bebida com o palavra cancêr saindo dela / Crédito: Anton Watman (shutterstock/reprodução)

Como o álcool age no corpo e causa alterações cancerígenas

Quando ingerimos bebidas alcoólicas, o álcool (etanol) é metabolizado pelo fígado e transformado em acetaldeído, uma substância tóxica e carcinogênica. Esse composto danifica o DNA das células e interfere em sua capacidade de se reparar, o que pode levar ao crescimento descontrolado de células e, consequentemente, à formação de tumores.

Além disso, o álcool provoca estresse oxidativo, que também danifica o DNA e outras estruturas celulares. Outro mecanismo é a alteração no metabolismo hormonal, especialmente em mulheres, aumentando os níveis de estrogênio, o que está associado ao câncer de mama.

O álcool também facilita a absorção de outras substâncias carcinogênicas, como as presentes no tabaco, potencializando seus efeitos nocivos.

Homem olhando uma geladeira de cervejas
Homem olhando uma geladeira de cervejas / Crédito: simona pilolla 2 (shutterstock/reprodução)

O risco de câncer é dose-dependente, ou seja, quanto maior o consumo de álcool e o tempo de exposição, maior a probabilidade de desenvolver a doença. Não importa o tipo de bebida (cerveja, vinho, whisky, vodka, cachaça, etc.), pois todas contêm etanol, a substância responsável pelos danos.

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Quais tipos de câncer o álcool pode causar?

O álcool é classificado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) como um carcinógeno do Grupo 1, o mesmo nível de risco de substâncias como o tabaco e o amianto. Isso significa que há evidências suficientes de que o álcool causa câncer em humanos. Abaixo, listamos os principais tipos de câncer associados ao consumo de bebidas alcoólicas:

Pessoa recebendo diagnóstico médico
Pessoa recebendo diagnóstico médico / Crédito: Chinnapong (shutterstock/reprodução)
  • Câncer de boca e garganta: o álcool danifica as células da mucosa da boca e da garganta, aumentando o risco de tumores nessas regiões.
  • Câncer de esôfago: o álcool irrita o revestimento do esôfago, facilitando o desenvolvimento de células cancerígenas.
  • Câncer de fígado: o consumo excessivo de álcool pode levar à cirrose hepática, que é um fator de risco para o câncer de fígado.
  • Câncer de mama: o álcool altera os níveis hormonais, especialmente o estrogênio, aumentando o risco de câncer de mama em mulheres.
  • Câncer colorretal: o álcool pode danificar o revestimento do intestino, levando ao desenvolvimento de tumores no cólon e no reto.
  • Câncer de estômago e pâncreas: embora menos comuns, esses tipos de câncer também estão associados ao consumo de álcool.

Como prevenir o câncer relacionado ao álcool

A principal medida para prevenir o câncer relacionado ao álcool é reduzir ou eliminar o consumo de bebidas alcoólicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não há nível seguro de consumo de álcool para a saúde. 

Além disso, adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e evitar o tabagismo, pode ajudar a reduzir o risco de câncer.

Para quem não deseja parar de beber completamente, o consumo moderado é uma estratégia de redução de danos. O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) define como moderado:

  • Mulheres: 1 dose ou menos por dia.
  • Homens: 2 doses ou menos por dia.

Para você se orientar melhor, uma dose equivale a:

  • 355 ml de cerveja (uma latinha);
  • 150 ml de vinho;
  • 45 ml de destilados (como vodka ou cachaça).

Sintomas e tratamentos

Os sintomas variam conforme o tipo de câncer, mas podem incluir dor, dificuldade para engolir, perda de peso inexplicável e alterações na voz. O tratamento depende do estágio da doença e pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação desses métodos. A prevenção, no entanto, é a melhor estratégia, já que não há níveis seguros de consumo de álcool.

Copo de cerveja
Copo de cerveja / Crédito: L.O.N Dslr Camera (shutterstock/reprodução)

Em resumo, o álcool é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de vários tipos de câncer, e seu impacto na saúde pública é enorme. No Brasil, o consumo de álcool tem crescido, especialmente entre as mulheres, e os custos com o tratamento de cânceres relacionados ao álcool devem aumentar nos próximos anos. 

Políticas públicas mais rigorosas – como aumento de preços, restrição de publicidade e fiscalização da Lei Seca – podem ajudar a reduzir esse problema.

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Tomar água da torneira é mesmo saudável? Entenda

A água é o principal componente químico do nosso corpo, e dependemos dela para sobreviver. Ela desempenha um papel fundamental em muitas das funções do nosso corpo, incluindo levar nutrientes às células, proteger as articulações e os órgãos, e manter a temperatura corporal.

O fato é que a água deve ser sua bebida de escolha na maioria das situações. Então surge a pergunta, será que é saudável tomar água da torneira? Bom, assim como para a maioria das coisas, a resposta é: depende. 

É mesmo seguro tomar água da torneira?

Existem muitos países pelo mundo nos quais beber água direto da torneira é uma prática comum. A água da torneira nos Estados Unidos e no Reino Unido, por exemplo, precisa atender a padrões governamentais rigorosos para garantir que seja segura para beber.

No que diz respeito ao Brasil, a segurança da água da torneira depende da qualidade do sistema de tratamento e distribuição de água do local. Ainda assim, de modo geral, quase sempre é seguro tomar água direto da torneira em lugares que contam com uma boa rede de água tratada – mas é sempre melhor que ela passe por um filtro. 

Mulher bebendo água – Imagem: fizkes/Shutterstock

Inclusive, em comparação com muitas águas minerais, a água da torneira no Brasil possui uma vantagem: o flúor. A partir da década de 1970, o uso de flúor no tratamento da água passou a ser obrigatório nas cidades brasileiras, visando reduzir a ocorrência de problemas dentários e bucais na população. Além disso, mesmo que a água seja filtrada, o flúor não se perde. 

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Entretanto, é importante ressaltar também que apenas aproximadamente 84% da população brasileira tem acesso à água tratada, de acordo com informações da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).

Nas áreas onde a água não é tratada, é comum que a ingestão de água contaminada resulte em problemas de saúde, frequentemente causados pelas bactérias Salmonella e Escherichia coli. Essas bactérias podem levar a infecções no estômago e no intestino, causando sintomas como diarreia, náuseas, dores abdominais, entre outros.

Imagem: New Africa/Shutterstock

Filtrar a água da torneira é a prática ideal

Apesar de ser segura para beber, visto que as centrais de abastecimento públicas no Brasil realizam o tratamento da água para torná-la potável antes de sua distribuição, os processos de purificação e filtragem seguem importantes para a qualidade da água consumida. 

Isso porque resíduos químicos, micro-organismos, bactérias e impurezas presentes em encanamentos e em caixas d’água mal conservadas podem contaminar a água no caminho para sua casa. 

De qualquer maneira, vale ressaltar que a água da torneira naturalmente contém baixos níveis de microrganismos, como bactérias e amebas. Ainda assim, ela é segura para beber porque esses patógenos normalmente são mortos pelo ácido estomacal.

Em comparação, tanto a água mineral e a água de nascente, costumam vir de águas subterrâneas que foram filtradas naturalmente – processo que remove a maioria das bactérias e micro-organismos.

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Por que não se deve acordar um sonâmbulo?

O sonambulismo é um distúrbio do sono no qual a pessoa realiza atividades motoras, como andar e executar tarefas, sem estar consciente. Embora haja um mito popular de que “não pode acordar sonâmbulo”, a realidade é mais complexa. Acordá-los abruptamente pode causar reações inesperadas, como confusão, desorientação e até mesmo agressividade.

Neste artigo, exploramos as razões por trás dessa recomendação e o que fazer ao encontrar alguém em um episódio de sonambulismo.

O que fazer durante um episódio de sonambulismo?

Sonambulismo / Crédito: Pixel-Shot (shutterstock/reprodução)

Uma dúvida comum é se o sonâmbulo pode ser acordado. Segundo especialistas, é possível, mas deve-se fazer isso com muito cuidado. Acordá-los de forma brusca pode gerar reações imprevisíveis. O ideal é conduzir o indivíduo suavemente de volta para a cama para evitar riscos. Se for necessário acordá-lo, deve-se fazer isso de forma delicada e sem o assustar.

Sonambulismo: quem desenvolve o distúrbio do sono

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Pessoa dormindo / Crédito: Prostock-studio (shutterstock/reprodução)

O sonambulismo é mais comum em crianças, afetando até 40% delas em algum momento, e geralmente desaparece na adolescência. Entre adultos, a prevalência varia de 0,5% a 4%. O sonambulismo tem forte componente genético, sendo mais frequente em gêmeos idênticos e em pessoas com histórico familiar.

Os episódios ocorrem geralmente nas primeiras horas do sono profundo e podem durar de segundos a mais de 30 minutos. A causa exata ainda é desconhecida, mas envolve a ativação irregular das áreas motoras do cérebro enquanto as responsáveis pela consciência permanecem inativas.

Fatores como uso de sedativos, álcool, estresse, ansiedade e febre aumentam o risco de sonambulismo. Além disso, problemas respiratórios, refluxo gastroesofágico e transtorno de estresse pós-traumático podem estar associados ao distúrbio.

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Recomendações para conviver com um sonâmbulo

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Sonambulismo / Crédito: NewAfrica (shutterstock/reprodução)

Para conviver com um sonâmbulo de forma segura, é essencial tomar alguns cuidados com o ambiente. Trancar portas e janelas, retirando as chaves, ajuda a evitar que a pessoa saia de casa sem perceber. 

Também é recomendável instalar telas ou grades de proteção nas janelas, além de bloquear o acesso às escadas e evitar o uso de beliches para reduzir o risco de quedas. Além disso, é importante guardar objetos cortantes em locais seguros e remover e obstáculo para minimizar a chance de tropeços. 

Outra medida útil é o uso de luzes com sensor de movimento, que podem alertar os familiares caso o sonâmbulo se movimente durante a noite.

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Acromegalia ou gigantismo? Conheça as doenças que fazem o corpo crescer além do limite

Você sabe o que é acromegalia ou gigantismo? São duas doenças com padrões de crescimento anômalo, causados por uma quantidade excessiva do hormônio do crescimento. A maioria das pessoas tem uma quantidade regular desse hormônio, fazendo com que cresçam mais ou menos, mas se mantendo no padrão.

Os portadores dessas condições convivem com as dificuldades de ter um corpo com tamanho desproporcional, seja como um todo ou de partes dele, como mãos, pés e nariz, por exemplo. Além disso, essas doenças podem causar outros sintomas bastante desconfortáveis para quem as possui.

Preparamos uma matéria com mais informações sobre a acromegalia e o gigantismo, como o porque elas ocorrem, seus sintomas e seu tratamento. Conheça abaixo!

Comparação entre uma pessoa com sintomas de acromegalia e uma que não apresenta. (Imagem: iStock)

O que são acromegalia e gigantismo?

A acromegalia e o gigantismo são padrões de crescimento anômalo, que é causado pelo excesso do hormônio do crescimento. Em crianças, isso causa o gigantismo, fazendo com que elas cresçam demais e fiquem muito altas, e em adultos, causa a acromegalia, apresentando deformações nos ossos e no crânio.

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Geralmente, essas condições são quase sempre causadas por um tumor não canceroso, ou seja, benigno, na hipófise, fazendo com que ela produza o hormônio do crescimento em excesso.

A hipófise é uma glândula pequena como uma ervilha, que fica na parte inferior do cérebro, enquanto as glândulas são órgãos que produzem e liberam os hormônios no sangue.

Os hormônios são substâncias químicas, que servem para estimular a ação de outras células ou tecidos. A hipófise produz diversos tipos de hormônios, incluindo o do crescimento. O excesso desse último no sangue causa não só o crescimento dos ossos, mas também dos músculos e órgãos.

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O excesso de hormônio de crescimento pode causar acromegalia e gigantismo. (Imagem: iStock)

Os sintomas do gigantismo, a doença infantil, são:

  • Crescimento extremo dos ossos longos, tornando os braços e as pernas muito compridos;
  • Alta estatura;
  • Atraso do início da puberdade;
  • Às vezes, problemas de desenvolvimento dos órgãos genitais;

Já a acromegalia é uma doença que geralmente começa entre os 30 e os 50 anos de idade. Diferente dos ossos das crianças, os dos adultos não podem crescer mais e, em vez disso, acontece uma modificação de seu formato. Os sintomas incluem:

  • Características faciais grosseiras e alargadas;
  • Inchaço das mãos e pés;
  • Necessidade de adquirir anéis, luvas, chapéus e sapatos maiores;
  • Caixa torácica ampla, em forma de barril;
  • Dor articular;
  • Às vezes, fraqueza nos braços e nas pernas;
  • Em mulheres, menstruações irregulares;
  • Em homens, disfunção erétil.

Em ambos os casos, outros sintomas podem incluir fraqueza, problemas de visão e problemas cardíacos, que podem dar origem à insuficiência cardíaca.

Se não forem tratados, a acromegalia e o gigantismo podem causar:

  • Aumento do coração e insuficiência cardíaca;
  • Aumento da chance de ter diabetes, hipertensão arterial e apneia do sono;
  • Diminuição da expectativa de vida

Para o tratamento de ambas as doenças, o médico pode utilizar uma combinação de:

  • Cirurgia para remover um tumor da hipófise;
  • Radioterapia;
  • Medicação que interrompe a produção do hormônio do crescimento;

Depois da cirurgia ou radioterapia para tratar o tumor da hipófise, pode ser necessário que o paciente tome suplementos hormonais para repor os hormônios produzidos pela hipófise.

Ilustração mostrando quais as diferenças entre a acromegalia e uma pessoa sem a condição
A acromegalia causa ossos deformados em pessoas adultas. (Imagem: iStock)

Qual a diferença entre acromegalia e gigantismo?

Ambas as condições são distúrbios hormonais raros causados pela hiperprodução do hormônio do crescimento (GH), ocasionando um crescimento excessivo. A principal diferença é a idade em que as doenças acontecem.

A acromegalia ocorre na idade adulta, e seu efeito não se trata do crescimento em altura, mas sim dos ossos e do crânio, que se deformam. Já o gigantismo acontece na infância ou na puberdade, e quem tem a condição tem o crescimento em altura afetado.

Para diagnosticar o gigantismo é um pouco mais fácil, já que fica mais evidente quando uma criança está crescendo muito. Contudo, nos adultos, pode demorar um tempo até que o crescimento anômalo dos ossos na acromegalia seja percebido, já que ele acontece de forma lenta.

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O médico pode pedir exames para saber a dosagem do hormônio do crescimento. (Imagem: iStock)

Caso haja suspeita de gigantismo ou acromegalia, o médico pode:

  • Examinar fotografias da pessoa que foram feitas com o passar do tempo, pois elas podem mostrar alterações físicas comuns na acromegalia;
  • Fazer exames de sangue para medir a dosagem do hormônio do crescimento;
  • Pedir radiografias das mãos, buscando por ossos espessados ou tecido inchado;
  • Fazer exames de tumografia computadorizada ou ressonância magnética, procurando por um tumor na hipófise.
Quem tem gigantismo pode ter acromegalia?

Não. Quem tem gigantismo não pode ter acromegalia, mas pode sim ter manifestações das duas doenças.

Acromegalia e gigantismo têm cura?

Apesar de poderem ser controladas com tratamento, a acromegalia e o gigantismo não possuem cura. O tratamento pode ser feito com cirurgia, radioterapia e medicamentos.

Acromegalia e gigantismo são transmissíveis ou hereditários?

As duas doenças podem ter causas genéticas, mas na maioria dos casos, são esporádicas. Ambos os casos estão relacionados com excesso de hormômio do crescimento.

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A acromegalia e o gigantismo não possuem cura, apenas tratamento. (Imagem: iStock)

Informações: Manual MSD.

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Influenciadores digitais promovem exames médicos desnecessários, alerta pesquisa

Você confia em influenciadores digitais quando o assunto é saúde e medicina? Talvez seja hora de repensar. Um estudo da Universidade de Sydney, analisou quase mil postagens sobre exames médicos no Instagram e TikTok. A conclusão é alarmante: a maioria dessas postagens é enganosa, supervaloriza benefícios e ignora riscos importantes, como o risco de superdiagnóstico.

Os cientistas analisaram testes populares, como ressonância magnética de corpo inteiro, exames genéticos para múltiplos tipos de câncer e análises do microbioma intestinal. A promessa de um diagnóstico precoce pode parecer tentadora, mas especialistas alertam: muitos desses exames não têm evidências sólidas para justificar seu uso indiscriminado.

A pesquisa, divulgada pelo portal Euronews, alerta para os riscos das postagens sobre testes médicos feitas por influenciadores, apontando que a maioria dessas publicações é enganosa. O problema, segundo a reportagem, é que as pessoas podem receber diagnósticos equivocados e passar por tratamentos desnecessários, gerando consequências graves para a saúde pública.

O perigo dos exames desnecessários

Além do impacto econômico e emocional, exames desnecessários representam um risco real à saúde, podendo levar a falsos diagnósticos ou tratamentos indevidos. A medicalização excessiva pode transformar indivíduos saudáveis em pacientes crônicos, comprometendo a qualidade de vida e sobrecarregando sistemas de saúde.

Desinformação nas redes: quando a saúde vira um jogo de incertezas (Imagem: Prostock-studio/Shutterstock)

Um dos maiores perigos é o superdiagnóstico. Isso ocorre quando pessoas saudáveis são diagnosticadas com condições que jamais trariam danos reais. Como consequência, muitos passam por exames adicionais, tratamentos invasivos e um estresse desnecessário. Os próprios pesquisadores alertam: sem critérios médicos, esses testes podem fazer mais mal do que bem.

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Apesar dos riscos, a preocupação com o superdiagnóstico quase não aparece nas redes sociais. Apenas 6% das postagens mencionavam o problema. Em contrapartida, mais da metade dos influenciadores incentivava os seguidores a realizá-los, sem qualquer ponderação. Especialistas ressaltam que essa abordagem reforça a desinformação e pode ter um impacto grave na saúde pública.

Interesses ocultos e a ilusão do conhecimento

Grande parte dos influenciadores não promove esses exames por altruísmo. Na verdade, 68% deles têm interesses financeiros, seja por meio de parcerias pagas ou códigos de desconto. A mensagem principal vendida ao público é sedutora: “conhecimento é poder”. No entanto, como alertam os pesquisadores, muitas informações são selecionadas a dedo, omitindo riscos importantes.

Informação ou ilusão? A desinformação médica nas redes pode custar caro (Imagem: Bystrov/Shutterstock)

Curiosamente, postagens feitas por médicos – cerca de 15% do total – apresentavam um tom menos promocional e mencionavam os riscos com mais frequência. Isso reforça a importância de buscar informações em fontes confiáveis e não apenas em conteúdos patrocinados. Sem uma visão completa, pacientes podem acabar realizando exames desnecessários e até recebendo tratamentos evitáveis.

Diante disso, especialistas defendem regras mais rígidas para conter a desinformação médica nas redes sociais. Afinal, sem regulamentação eficaz, influenciadores continuarão promovendo testes questionáveis, alimentando o medo e incentivando decisões que podem comprometer a saúde de milhões de pessoas.

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Espirros, tosse e nariz escorrendo: como saber qual infecção você tem?

O campo da saúde pode ser bastante confuso, uma vez que diferentes doenças podem ter sintomas muito semelhantes. Por isso, muitas vezes é necessária uma investigação mais detalhada com profissionais de saúde por meio de exames, para identificar corretamente qual a causa e seu tratamento.

Sintomas como espirros, tosse e nariz escorrendo estão presente em diversas condições de saúde, como em doenças respiratórias, podendo ser sinais de infecções que merecem atenção especial como a Covid-19. Assim que percebemos que nosso corpo estão dando esses indícios, a primeira coisa que fazemos é tentar identificar qual o motivo, para buscar uma forma de se curar.

Nem toda infecção gera uma doença, assim como nem toda doença é uma infecção. Porém, toda doença infecciosa é o resultado de uma infecção. (Imagem: Freepik)

Sabendo disso, como é possível saber qual a doença que está causando esses desconfortos? É possível diferenciar quais podem ser as causas, com procedimentos que vão além dos testes? Com diversas doenças infecciosas circulando, é importante ter essas informações. Saiba mais na matéria a seguir.

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Qual a diferença entre doença e infecção?

A infecção é um processo que acontece quando microrganismos como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, invadem o corpo de um hospedeiro e se reproduzem nele. Elas podem ser transmitidas por contato direto com uma pessoa infectada, ou até mesmo pelo uso de objetos contaminados.

O contágio pode ser feito através da pele, pelas vias respiratórias, circulatórias ou pelas mucosas. Ainda que diversos agentes infecciosos possam coexistir no organismo sem que doenças sejam desenvolvidas, um sistema imunológico desregulado pode permitir que os microrganismos causem enfermidades, que interferem no funcionamento do corpo.

Alguns sintomas comuns de infecção podem ser:

  • Febre;
  • Fadiga;
  • Tosse;
  • Mal-estar geral;
  • Inchaço ou inflamação na área afetada;
  • Dor ou desconforto;
  • Secreções anormais (como pus, por exemplo);
  • Mudanças na função orgânica (dependendo da área afetada).

Enquanto isso, as doenças são a consequência das lesões causadas pelo agente infeccioso e pela resposta do hospedeiro, e pode ser manifestada por sintomas e sinais, além de alterações fisiológicas, bioquímicas e histopatológicas. Ela pode ser transmitida de pessoa para pessoa, ou não, e pode ser causada por patógenos como bactérias e vírus.

Podemos concluir que: nem toda infecção gera uma doença, assim como nem toda doença é uma infecção. Porém, toda doença infecciosa é o resultado de uma infecção.

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A maioria das pessoas saudáveis que apresentam sintomas leves como coriza, congestão e fadiga não precisam de atendimento médico. (Imagem: Freepik)

É possível você mesmo identificar qual infecção contraiu?

Leana Wen, médica de emergência e professora associada clínica na Universidade George Washington, explicou um pouco sobre essa questão à CNN. De acordo com ela, é preciso analisar quem é a pessoa que está com esses sintomas, levando em conta a idade e as condições de saúde.

Isso porque a maioria das pessoas saudáveis que apresentam sintomas leves como coriza, congestão e fadiga não precisam de atendimento médico. Existem mais de 200 vírus que causam o resfriado comum, e que costuma ser a causa desses sinais. Ainda que esses indivíduos estejam com Covid-19 ou influenza, por exemplo, mas tiverem sintomas leves, provavelmente não precisam de tratamento.

Para esses casos, essas pessoas podem fazer testes caseiros para saber se estão com um desses vírus, contudo, esse conhecimento não muda muito o manejo clínico. Dessa forma, a recomendação é um tratamento sintomático, com repouso, muito líquido e medicamentos de venda livre para aliviar a febre e as dores no corpo. Já as pessoas com mais risco de ter doenças graves devem fazer o teste assim que os sintomas começam para iniciar o tratamento o quanto antes.

Os testes também são importantes quando eles pioram, como tosse persistente, febre alta constante, dor no peito, dor abdominal e dificuldade de respirar. Nesses casos também é importante buscar atendimento médico, pois pode não ser um simples resfriado, mas sim uma pneumonia bacteriana que requer antibióticos, por exemplo. E isso tudo apenas falando sobre doenças respiratórias.

Além disso, os espirros, tosses e congestão podem vir acompanhados de outros indícios, como dor de estômago, diarreia e vômito, o que podem estar relacionados com gastroenterite viral, por exemplo. Essa doença começa de repente e é bastante desconfortável, mas a recuparação do paciente acontece em alguns dias na maioria das vezes, sem que seja necessário um tratamento específico. Geralmente, não é necessário testes para confirmar o diagnóstico.

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Os testes são importantes quando os sintomas pioram, como tosse persistente, febre alta constante, dor no peito, dor abdominal e dificuldade de respirar. (Imagem: Freepik)

Contudo, assim como no caso das doenças respiratórias, existem exceções, se existirem sintomas persistentes de diarreia e vômito, com febres e dor abdominal grave. Quando isso acontece, pode ser uma infecção bacteriana que necessita de antibióticos para ser curada, ou até mesmo uma apendicite. Mais uma vez, é importante a avaliação de profissionais e exames adicionais para ter certeza.

De forma geral, a profissional recomenda que, caso você tenha um médico ou outro profissional da área que possa buscar orientações, é importante se consultar com ele para ter orientações. Se não houver facilidade de buscar ajuda médica, é essencial se atentar aos sintomas e o quão grave parece a doença, como dores no peito, dificuldade para respirar, dormência ou fraqueza em um braço ou perna. Nesses casos, é preciso ir à emergência imediatamente.

Por fim, deve ser observado se o paciente em questão faz parte de um grupo considerado vulnerável, como bebês, gestantes, idosos e pessoas com condições médicas que oferecem riscos adicionais de doença grave. Para essas pessoas, não é necessário aguardar até que os sintomas apresentados sejam persistentes, sendo aconselhável buscar por ajuda médica já no início dos sinais.

Conclusão: diversas doenças diferentes podem apresentar sintomas iguais ou semelhantes, dificultando a identificação de qual infecção foi contraída. Por isso, buscar em sites de pesquisa pode não ser uma boa ideia, já que os resultados podem não ser compatíveis com a causa desses sinais. Caso você ou alguém próximo esteja com espirros, tosse ou nariz escorrendo, vale observar se eles estão persistentes e se há outros sintomas mais sérios, como febre e dores.

Pode ser feito o uso de testes para identificar qual o causador da infecção, como é o caso de doenças respiratórias, porém, na maioria dos casos leves, o tratamento é feito de forma sintomática. Contudo, se a pessoa que está com esses sintomas faz parte de grupos vulneráveis, é importante que seja consultado um profissional da saúde o quanto antes, para a correta identificação e tratamento da doença.

De qualquer forma, caso seja possível, o ideal é sempre consultar um médico para ter orientações mais precisas do que ser feito quando aparecem esses sintomas.

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Pode ser feito o uso de testes para identificar qual o causador da infecção, porém, na maioria dos casos leves, o tratamento é feito de forma sintomática. (Imagem: Freepik)

Fonte: CNN

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Por que nós arrotamos? Entenda o comportamento do corpo humano

O arroto é uma massa gasosa que escapa do nosso esôfago para a faringe de forma repentina, sendo uma forma do corpo liberar o excesso dos gases que se acumulam no estômago. É um mecanismo natural e importante para a saúde, que pode acontecer até 30 vezes por dia em uma pessoa comum, principalmente se for consumido algumas bebidas gaseificadas ou certos alimentos.

Apesar de ser um processo biológico normal do corpo humano, o ato de arrotar pode ser visto em algumas culturas e situações como falta de educação. Já em alguns locais e culturas, arrotar depois de uma refeição é considerado um sinal de boa educação e satisfação pela comida. Em algumas situações, arrotar pode ser indício de que o corpo está saudável, e outros, de que existe algo de errado.

Seja como for, o arroto é um processo curioso que acontece em nosso corpo. Mas, você sabe o porque e como arrotamos, e também quais doenças podem contribuir para arrotarmos mais? Saiba tudo na matéria abaixo.

Arrotar é uma forma que o corpo tem de liberar o excesso de gases que estão acumulados em nosso estômago, agindo como um regulador natural do corpo. (Imagem: Freepik)

Por que nós arrotamos? A ciência explica

Como dito anteriormente, arrotar é uma forma que o corpo tem de liberar o excesso de gases que estão acumulados em nosso estômago, agindo como um regulador natural do corpo. Sem ele, o estômago poderia acumular muito dióxido de carbono, aumentando a sua pressão. Quando arrotamos, o ar sobe do estômago e faz vibrar a válvula que fica entre o esôfago e a boca.

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A massa gasosa pode se acumular em nosso organismo por diversos motivos. Um deles é o ato de engolir ar sem querer (aerofagia), sendo uma das causas mais comuns. Ela pode acontecer quando a pessoa masca chiclete, bebe de canudo, fala e come ao mesmo tempo, fuma ou tem ataques de ansiedade, por exemplo. O processo é o seguinte:

  1. Ao engolir algo, como saliva, bebidas e alimentos, também engolimos ar;
  2. O ar acumula-se na parte superior do estômago, fazendo com que ele se estique;
  3. O músculo na parte inferior do esôfago relaxa;
  4. Os gases são expelidos pela boca.

Para os bebês, o arroto é bastante importante, sendo que eles precisam de ajuda para o ato. Eles costumam engolir muito ar enquanto mamam no peito e, por isso, é imporante que um adulto faça a criança arrotar antes de colocá-la para dormir. Caso contrário, ela pode passar mal, ou ter consequências como cólicas.

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Muitas vezes, alimentos não são digeridos por completo em nosso trato digestivo, fazendo com que bactérias e fungos presentes em nosso corpo acabem consumindo esses restos e produzindo gases. (Imagem: Freepik)

Pessoas adultas também podem sofrer com casos de aerofagia e falta de arrotar, como flatulência, sensação de inchaço na barriga, queimação na região do estômago e dor abdominal. Muitas vezes, em adultos, as dores causadas pelos gases podem ser confundidas com as de problemas cardíacos.

O consumo de alguns tipos de comidas e bebidas, como refrigerantes, bebidas alcoólicas e alimentos ricos em amido, açúcar ou fibras também podem causar um acúmulo de ar no esôfago. Entre eles, estão inclusos: lentilha, feijão, repolho, cebola, brócolis e banana.

Muitas vezes, esses alimentos não são digeridos por completo em nosso trato digestivo, fazendo com que bactérias e fungos presentes em nosso corpo acabem consumindo esses restos e produzindo o gás.

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Intolerância a lactose é uma das condições que pode provocar arrotos. (Imagem: Freepik)

Quais doenças contribuem para arrotarmos mais?

Além dos motivos citados, existem diversas doenças que podem causar uma maior frequência de arrotos. Geralmente, as circunstâncias que geram arrotos excessivos tem relação com o estômago, duodeno, vesícula biliar e esôfago.

Entre elas estão o refluxo gastroesofágico crônico (GERD), a dispepsia e o transtorno de ruminação. Além disso, pessoas com intolerância à lactose e doença celíaca também podem ter mais episódios de arrotos e flatulências.

Algumas doenças que podem causar arrotos:

  • Refluxo gastroesofágico: o ácido do estômago volta para o esôfago, causando azia e arrotos; 
  • Hérnia de hiato: o estômago se desloca para o tórax, dificultando o controle do refluxo ácido; 
  • Gastrite: o revestimento do estômago fica irritado; 
  • Úlcera gástrica: pode ser causada por uma infecção do estômago pela bactéria Helicobacter pylori;
  • Intolerância à lactose: pode causar excesso de gases e arrotos; 
  • Síndrome do intestino irritável (SII): pode causar cólicas abdominais, inchaço e diarreia ou constipação.

Contudo, o ato de arrotar só precisa se tornar motivo de preocupação caso ele se torne muito repetitivo e comece a afetar a rotina, causando desconforto ou constrangimentos, por exemplo. Caso isso aconteça, é preciso procurar um médico para tratar a doença que esteja causando o problema, caso ela exista. O uso de medicamentos pode ser outra medida usada para ajudar a combater esses quadros.

Caso a pessoa esteja com o estômago muito distendido e com dificuldade em arrotar, ela pode deitar do lado esquerdo para ajudar na expulsão do gás. Para diminuir a formação dos gases no estômago, também é recomendável a adoção de uma dieta equilibrada, reduzindo o consumo dos alimentos que podem aumentar a produção do elemento.

ilustração mostrando sintomas de gastrite
A gastrite é outra condição de saúde que pode causar arrotos. (Imagem: Freepik)

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