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Eearworms: por que algumas músicas grudam na cabeça?

Quem nunca passou por isso? Basta ouvir uma música, ou até um trechinho, e, de repente, ela começa a tocar repetidamente na sua mente. Você tenta focar em outras coisas, mas o refrão insiste em voltar. 

Esse fenômeno, conhecido como earworm (literalmente, “verme de ouvido”), é mais comum do que parece. Cerca de 90% das pessoas relatam que já vivenciaram essa experiência em algum momento da vida.

Mas por que certas músicas grudam tanto? A resposta envolve uma combinação de fatores neurológicos, psicológicos, culturais e até sociais.

O que são Earworms?

Earworms é um termo emprestado do alemão Ohrwurm, usado desde meados do século XX. Em inglês, sua primeira aparição conhecida foi no romance Flyaway, de Desmond Bagley (1978).

Homem ouvindo atentamente ao seu redor | Imagem: pathdoc/Shutterstock

Entretanto, o conceito foi popularizado pelo professor James Kellaris, da Universidade de Cincinnati, para descrever o fenômeno em que trechos de músicas se repetem involuntariamente na mente.

Na ciência, isso é chamado de Involuntary Musical Imagery (IMI): a repetição espontânea de fragmentos melódicos de músicas marcantes.

Apesar do nome curioso, earworms não são uma condição médica como a palinacusia, que envolve alucinações auditivas reais. Eles são apenas impressões mentais de músicas que parecem tocar na cabeça.

Por que isso acontece?

Pesquisadores identificaram múltiplos fatores que explicam por que certas músicas “grudam” mais do que outras.

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Mulher ouvindo sons do ambiente com atenção | Crédito: Janeberry (shutterstock)

Um deles é o funcionamento do nosso próprio cérebro. Estudos mostram que, quando ouvimos uma música familiar, o córtex auditivo continua a reproduzir mentalmente o som mesmo depois de ele ter parado. Esse “eco mental” é mais intenso quando a melodia é simples, repetitiva e contém variações inesperadas.

A neurocientista Jessica Grahn, da Universidade do Oeste de Ontario, explica que a música ativa regiões cerebrais associadas não só ao som, mas também ao movimento, à emoção e à recompensa. Isso cria um circuito muito potente, e até persistente, que favorece a repetição involuntária.

O que torna uma música pegajosa?

Nem toda música vira earworm. Há características específicas que tornam certos trechos mais suscetíveis a esse efeito.

Canções com refrões repetitivos, batidas marcantes e letras simples costumam ter maior potencial de “grudar”. É o caso de hits como “Despacito” ou até jingles publicitários criados propositalmente para serem memoráveis.

Estudos indicam que mais de 75% dos earworms envolvem músicas com letra, e cerca de 90% desses casos se concentram nos refrões.

Isso acontece porque essas partes costumam reunir ritmo, melodia e palavras em uma combinação ideal para a memorização inconsciente.

Fatores pessoais e contextuais

Além das características musicais, fatores individuais também influenciam na frequência e intensidade dos earworms.

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Adolescente ouvindo música no celular | Crédito: KiyechkaSo (shutterstock)

Pessoas com maior sensibilidade auditiva ou com formação musical têm mais chances de experimentar o fenômeno com frequência.

O mesmo vale para quem apresenta quadros de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Ansiedade Generalizada (TAG) ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), condições que favorecem padrões repetitivos de pensamento.

O contexto também importa. Momentos de tédio, estresse ou divagação mental, como quando estamos no trânsito, tomando banho ou fazendo tarefas repetitivas, são especialmente propícios para que os earworms apareçam. Emoções intensas ou lembranças ligadas a determinada música também podem funcionar como gatilho.

A pesquisadora Vicky Williamson, da Universidade de Londres, identificou que até mesmo estímulos visuais ou verbais relacionados à canção, como uma palavra escrita ou uma situação específica, podem despertar um earworm. Isso ajuda a explicar por que músicas que remetem a fases importantes da vida (mesmo que inconscientemente) tendem a retornar com frequência.

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Quando se torna um incômodo

Embora dois terços das pessoas relatem que os earworms são neutros ou até agradáveis, um terço os considera irritantes ou perturbadores. Para essas pessoas, a experiência pode ser comparável a uma “coceira mental” difícil de aliviar.

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Homem incomodado com barulhos | Crédito: DimaBerlin (shutterstock)

O psiquiatra Srini Pillay, da Universidade de Harvard, aponta que o estresse pode aumentar a incidência de earworms. Quando você está sobrecarregado, o cérebro tende a se fixar em um estímulo repetitivo, como forma de auto-regulação, explica Pillay em um artigo publicado no blog da Universidade.

Como lidar com músicas que não saem da cabeça?

Se o fenômeno se torna incômodo, algumas estratégias podem ajudar. Uma delas é cantar a música inteira, do início ao fim. Muitas vezes, o que se repete mentalmente é apenas um fragmento mal resolvido da canção. Completar o ciclo ajuda o cérebro a “encerrar” o processo.

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Mulher incomodada com barulhos externos | Crédito: Krakenimages.com (shutterstock)

Outra técnica eficaz é substituir a música por outra: o famoso “virar o disco”. Trocar um earworm por outro pode parecer estranho, mas oferece variedade mental e, em muitos casos, alivia o desconforto.

Por outro lado, tentar suprimir o pensamento pode ter o efeito contrário. Esse comportamento ativa o chamado “processo irônico”, pelo qual quanto mais se tenta não pensar em algo, mais ele ocupa nossa mente. Em vez disso, o ideal é buscar distrações envolventes ou mudar o foco para tarefas que exijam concentração ativa.

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Por que algumas pessoas espirram quando olham para o sol?

Você já sentiu uma vontade irresistível de espirrar ao sair de um ambiente escuro e encarar a luz do sol? Se sim, saiba que você não está sozinho. Essa resposta involuntária tem nome: reflexo fótico do espirro — ou, em termos científicos, a síndrome ACHOO (sigla em inglês para Autosomal-Dominant Compelling Helio-Ophthalmic Outburst).

Neste artigo, vamos explicar como isso acontece e por que esse fenômeno curioso afeta algumas pessoas. Continue lendo e descubra!

O que é o reflexo fótico do espirro?

O reflexo fótico do espirro acontece quando a exposição à luz intensa, principalmente a luz solar, desencadeia espirros involuntários.

Crédito: Mix and Match Studio (Shutterstock/reprodução)

A maioria das pessoas afetadas relata que o fenômeno ocorre especialmente ao sair de locais escuros para ambientes bem iluminados. Em geral, os espirros vêm em sequência, podendo variar de um único espirro até rajadas de 10 ou mais.

Esse fenômeno também pode ser provocado por outras fontes de luz intensa, como flashes de câmeras ou refletores, embora o sol seja o principal gatilho.

Estima-se que entre 18% e 35% da população mundial tenha esse reflexo. Embora seja uma curiosidade inofensiva, ele revela aspectos interessantes da interação entre o sistema visual e o sistema respiratório humano.

Por que isso acontece?

A explicação mais aceita entre os cientistas envolve uma “conversa cruzada” entre dois nervos cranianos: o nervo óptico, que leva informações da visão ao cérebro, e o nervo trigêmeo, responsável por sensações faciais, incluindo o controle do espirro.

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Crédito: dreii (Shutterstock/reprodução)

Em pessoas com esse reflexo, acredita-se que a estimulação intensa do nervo óptico (pela luz) acabe ativando, acidentalmente, o nervo trigêmeo. O cérebro interpreta esse sinal misto como uma irritação no nariz, e responde com um espirro.

Outra teoria, chamada de somação óptico-trigeminal, sugere que esse “curto-circuito” entre os nervos aumenta a sensibilidade em regiões próximas ao nariz, favorecendo ainda mais o espirro.

Além disso, estudos recentes apontam uma possível hiperexcitabilidade do córtex visual, a região do cérebro responsável por processar imagens, como fator adicional. A luz intensa pode ativar também áreas cerebrais ligadas ao reflexo do espirro, criando essa reação incomum.

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O reflexo tem base genética?

Sim. O reflexo fótico do espirro é herdado geneticamente, seguindo um padrão de herança autossômica dominante.

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Crédito: shopping king louie (shutterstock/reprodução)

Isso significa que basta um dos pais ter a condição para que o filho também possa apresentá-la. Não por acaso, é comum encontrar esse comportamento repetido em diferentes membros de uma mesma família.

Estudos genéticos já identificaram uma possível relação com uma mutação no cromossomo 2. Ainda que o gene exato não seja totalmente compreendido, essa descoberta reforça a hipótese de que se trata de uma característica hereditária.

Um fenômeno observado há séculos

O interesse pelo espirro induzido pelo sol não é novo. Já no século IV a.C., o filósofo Aristóteles questionava por que isso ocorria.

Mais tarde, no século XVII, Francis Bacon tentou explicar o fenômeno observando que, com os olhos fechados, o espirro não acontecia, sugerindo a participação direta da luz nos olhos, e não apenas do calor.

Hoje sabemos que, apesar das hipóteses históricas imprecisas, os olhos realmente são o ponto de partida do reflexo.

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Saudade pode tratar a depressão? Entenda essa relação estabelecida pela ciência

A saudade é capaz de despertar diversas emoções, e estar associadas e muitas lembranças. Para alguns, ela faz referência à ausência e distância, nos fazendo sentir falta de pessoas, lugares, objetos e animais, por exemplo. Para outros, esse sentimento remete à nostalgia e boas lembranças, causando uma sensação que transita entre a alegria e a tristeza.

Um estudo publicado por um neurocientista brasileiro, juntamente com pesquisadores do King’s College London, do Reino Unido, mostrou uma possibilidade inédita de que esse sentimento tem um potencial de agir como um recurso para amenizar sintomas em pacientes com depressão.

Saiba mais sobre o estudo e seus resultados abaixo.

O sentimento de saudade no sentido de nostalgia pode ajudar no tratamento dos sintomas de depressão. (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock)

A saudade pode tratar depressão? Veja o que diz a ciência

De acordo com o dicionário Michaelis, a definição de saudade é: “sentimento nostálgico e melancólico associado à recordação de pessoa ou coisa ausente, distante ou extinta, ou à ausência de coisas, prazeres e emoções experimentadas e já passadas, consideradas bens positivos e desejáveis“.

Com isso em mente, é mais fácil entender a pesquisa publicada no periódico Frontiers in Psychology. O estudo é fruto de uma parceria entre os pesquisadores do King’s College de Londres, no Reino Unido, e o brasileiro Jorge Moll Neto, neurocientista e idealizador do IDOR Ciência Pioneira, uma iniciativa independente de investimento em pesquisas de ponta.

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Ver a saudade sob essa perspectiva é essencial, uma vez que a ideia de usar esse sentimento como aliado para o tratamento de sintomas da depressão pode parecer inusitada, principalmente por sua associação à carga emocional melancólica.

Entretanto, a saudade tem uma natureza ambígua, podendo também ser descrita como uma forma de sentir falta e amor por algo do passado. Acessar músicas, livros e filmes antigos, por exemplo, pode trazer à tona a nostalgia e a admiração, além de muitas vezes lembrar de tempos felizes.

O pesquisador Jorge Moll Neto explica: “A saudade pode ser analisada como um sentimento que traz senso de valorização sobre eventos e pessoas e que ajuda o paciente a se reconectar com memórias significativas para sua vida. Embora não seja descrita como puramente positiva, a saudade, quando observada nessa outra perspectiva, pode ter efeitos positivos importantes de estabilização emocional e reforço do significado da vida”.

De acordo com a psicologia, a saudade é um sentimento complexo, que pode estar ligado às emoções de pertencimento, família e senso de significado. Mesmo que tenha uma grande complexidade, esse tema é pouco explorado nesse campo, o que fez com que os pesquisadores decidissem investigá-la mais a fundo, unindo a lacuna de pesquisas com observações clínicas.

Isso motivou a investigação de uma possibilidade inédita de tratamento da depressão, uma doença que afeta mais de 11 milhões de brasileiros (segundo dados da OMS).

Usando como base os debates entre os pesquisadores e estudos anteriores que apontaram a nostalgia como uma ajuda para encontrar um sentido para a vida, os cientistas desenvolveram a hipótese de que a saudade poderia funcionar como um recurso emocional útil na psicoterapia.

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(Imagem: Yournameonstones/Shutterstock)

Como foi a pesquisa

No estudo, a equipe de pesquisadores observou 39 indivíduos com sentimentos intensos e recorrentes de autocrítica e autoculpabilização, que são sintomas comuns em quadros de depressão, e costumam estar acompanhados por baixa autoestima e sensação de desesperança. Contudo, a pesquisa considerou participantes que não possuíam um diagnóstico clínico formal.

Os voluntários foram escolhidos a partir de uma longa lista de candidatos, que vieram de anúncios online, listas de e-mails e redes sociais. Então, os participantes foram convidados a fazer um vídeo de 10 minutos usando fotos, vídeos e músicas.

Na primeira parte da dinâmica, eles precisavam trazer sentimentos de autocrítica e tristeza, enquanto na segunda deveriam explorar a saudade com memórias afetivas e significativas do passado.

Então, os voluntários receberam a instrução de assistir ao vídeo diariamente durante uma semana, enquanto refletiam sobre seus sentimentos. Depois, os pesquisadores aplicaram formulários e fizeram acompanhamento online, com o objetivo de avaliar, através de pontuações, a frequência dos pensamentos autocríticos e a presença de possíveis sintomas depressivos.

Os especialistas então puderam perceber uma redução significativa desses pensamentos depois de uma semana do início do experimento. Com isso, o resultado mostrou que o incentivo a uma “transformação” emocional para a saudade pode trazer efeitos positivos na saúde mental.

Os pesquisadores levantaram a hipótese de que a saudade pode ser usada como um recurso emocional na psicoterapia. (Imagem: Pixel-Shot/Shutterstock)

Para os cientistas, uma vez que essa emoção era apresentada no final do vídeo, ela era capaz de ajudar a mudar o tom emocional do material, incentivando uma reflexão mais leve e menos negativa dos participantes. Assim, os pesquisadores levantaram a hipótese de que a saudade pode ser usada como um recurso emocional na psicoterapia, durante suas discussões.

Segundo Moll, o estudo feito foi uma das primeiras tentativas de usar a saudade como intervenção terapêutica estruturada, e teve alta adesão e segurança, sem relatos de eventos adversos.

Além disso, os resultados reforçam a importância de estudos maiores, como ensaios clínicos randomizados com pacientes diagnosticados com depressão. “Isso mostra que a saudade pode ser mais explorada por seu potencial terapêutico, como recurso culturalmente próximo das pessoas”, conclui o neurocientista.

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Por que algumas vezes sentimos “choque” ao tocar em alguém? 

Você já sentiu um pequeno “choque” ao encostar em alguém ou em uma maçaneta metálica? Esse fenômeno, por mais comum que seja, muitas vezes causa surpresa ou desconforto.

A explicação está na eletricidade estática, um processo natural que acontece constantemente ao nosso redor, mesmo quando não percebemos.

O que é eletricidade estática?

Ao pentear o cabelo, o atrito entre o pente e os fios gera eletricidade estática, fazendo com que alguns fios fiquem arrepiados por repulsão de cargas iguais. / Crédito: Janeberry (Shutterstock/reprodução)

A eletricidade estática é resultado do acúmulo de cargas elétricas em um corpo. Isso acontece quando há um desequilíbrio entre os prótons (cargas positivas) e os elétrons (cargas negativas) nos átomos que compõem a matéria.

Quando dois materiais diferentes entram em contato e são friccionados, como ao caminhar sobre um carpete com meias ou ao vestir uma blusa de lã, pode ocorrer a transferência de elétrons de um material para outro. Um fica carregado positivamente (perdeu elétrons) e o outro negativamente (ganhou elétrons).

Esse acúmulo de cargas não se dissipa imediatamente, especialmente em ambientes com ar seco, o que faz com que os corpos “guardem” essa energia até que ela encontre um caminho para se descarregar.

Por que sentimos choque?

Nosso corpo é um bom condutor de eletricidade. Quando acumulamos elétrons e tocamos em um objeto condutor ou em outra pessoa com carga diferente, as cargas se redistribuem rapidamente, provocando uma pequena corrente elétrica. Essa transferência súbita é sentida como um choque.

O fenômeno é mais frequente em locais com baixa umidade, pois o ar seco dificulta a dispersão natural das cargas acumuladas. Assim, elas se mantêm por mais tempo em nossos corpos até encontrarem um ponto de descarga, que pode ser, por exemplo, o dedo de outra pessoa.

A esfera de plasma ilustra o comportamento de cargas elétricas e descargas visuais que se assemelham aos efeitos da eletricidade estática.
A esfera de plasma ilustra o comportamento de cargas elétricas e descargas visuais que se assemelham aos efeitos da eletricidade estática. / Crédito: @Freepik(Freepik/Reprodução)

Situações que favorecem a eletrização

Alguns fatores aumentam a probabilidade de acumularmos eletricidade estática:

  • Ambientes secos ou com ar-condicionado: menor umidade no ar significa menos dispersão das cargas.
  • Uso de roupas sintéticas, como poliéster, lã ou náilon, que aumentam o atrito com a pele.
  • Movimentos repetitivos, como andar sobre carpetes, especialmente com calçados isolantes.
  • Contato com tecidos estofados, como ao se levantar de cadeiras acolchoadas.

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Choques entre pessoas

Quando tocamos em outra pessoa, e uma das duas está carregada eletricamente, ocorre uma rápida redistribuição de elétrons. Embora a corrente gerada seja extremamente pequena (e inofensiva), ela é suficiente para ativar nossos receptores sensoriais e causar a sensação de choque.

Em alguns casos, esse processo pode até gerar pequenas faíscas visíveis e sons de estalo, especialmente no escuro ou em locais muito secos.

Camisetas de algodão dispostas em uma arara de roupas
Usar roupa de algodão pode ajudar a acumular menos carga elétrica e, portanto, evitar os choques por estática. Imagem: Naypong / iStock

Como evitar os choques de eletricidade estática?

Embora inofensivos, esses choques podem ser incômodos. Algumas estratégias simples ajudam a evitá-los:

  • Aumente a umidade do ambiente, especialmente no inverno, com o uso de umidificadores.
  • Use roupas de algodão ou de tecidos naturais, que acumulam menos carga elétrica.
  • Hidrate a pele, pois a pele seca conduz menos eletricidade e intensifica a sensação de choque.
  • Evite sapatos com solado totalmente isolante se estiver em locais com muito carpete.

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O cérebro é capaz de se lembrar de um alimento que fez mal?

Sabe quando uma pessoa te faz algo que te afeta negativamente, e você não quer mais encontrá-la por aí? Sente até mesmo uma dificuldade de perdoá-la? Pois isso é mais ou menos o que acontece com nosso organismo quando comemos uma comida que nos faz passar mal.

Nosso corpo demora um pouco para perdoar alguns alimentos, e isso nos faz ter aversão e até mesmo repulsa a eles. De acordo com a a ciência, isso não é uma frescura: trata-se de uma resposta neurológica, causada por um “lugar da memória” nos cérebros responsável por causar esse tipo de reação.

Se você hoje não consegue nem olhar para um alimento que comeu anos atrás, veja abaixo na matéria a explicação científica sobre como isso acontece.

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O corpo não perdoa aquele alimento que fez seu organismo passar mal. (Imagem: Stockking/Freepik)

Como o cérebro se lembra de um alimento que fez mal?

Um time de cientistas foi responsável pela descoberta sobre o local da memória nos cérebros que é responsável pela reação de aversão a alimentos que fizeram mal. Christopher Zimmerman, coautor do estudo e pesquisador de pós-doutorado no Instituto de Neurociência de Princeton (PNI) da Universidade de Princeton, conta: “faz algum tempo que não tenho intoxicação alimentar, mas agora sempre que falo com as pessoas em reuniões e ouço tudo sobre suas experiências de intoxicação alimentar”.

A pesquisa foi publicada em forma de artigo no site EurekAlert!, pela própria Universidade de Princeton, no qual é contato sobre como o estudo foi feito. Em um laboratório, Zimmerman e uma equipe de neurocientistas buscaram entender mais sobre o fenômeno chamado de “one-shot learning”, que é quando o cérebro registra e aprende com um único erro, criando uma memória duradoura.

Isso acontece, por exemplo, em casos de transtornos de estresse pós-traumáticos (TEPT), que gera uma reação parecida. E a mesma situação é registrada com as intoxicações alimentares. Quando a comida não desce muito bem, há um período entre a ingestão do alimento que está contaminado e o começo do mal-estar. Esse tempo foi batizado de “atraso da refeição ao mal-estar”.

Como foi feito o experimento

O estudo publicado na Nature mostra que os cientistas exploraram mecanismos cerebrais de pequenos ratos para entender como funciona a aversão aos alimentos específicos. No experimento, os animais experimentavam um suco de uva de caixinha, sendo uma substância totalmente nova para eles.

Rapidamente, os roedores aprenderam que, quando colocavam a cabeça em um local específico da gaiola, eles ganhavam mais gotas do suco doce. Após meia hora da descoberta, os ratos receberam uma injeção que causou alguns sintomas parecidos com a de uma intoxicação alimentar.

Com isso, dois dias depois, os pesquisadores ofereceram o suco de uva aos animais mais uma vez, e nenhum deles aceitou a bebida roxa, preferindo a água normal para matar a sede.

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Aversão à comida que fez mal não é frescura, e sim uma resposta neurológica que acontece no cérebro. (Imagem: Redgreystock/Freepik)

Foi descoberto que a associação entre o suco e a doença acontecia na amígdala central, o mesmo canal responsável pelo aprendizado sobre o medo e outras emoções. Ela também processa informações do ambiente, incluindo fatores relacionados ao olfato e paladar, por exemplo.

De acordo com Zimmerman: “A amígdala acaba sendo um lugar realmente interessante porque é preferencialmente ativada por sabores novos em cada estágio do aprendizado. Ela fica ativa quando o rato está bebendo, quando o rato está se sentindo mal mais tarde, e também quando o rato recupera aquela memória negativa dias depois.”

Além disso, a equipe investigou como os sinais de doença do intestino chegam ao cérebro, e perceberam o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP). Ao estimular essas células 30 minutos depois da experiência do suco, foi recriada a mesma aversão à intoxicação alimentar real.

“Foi como se os ratos estivessem pensando e se lembrando da experiência anterior que os fez sentir mal mais tarde”, explicou Ilana Witten, professora de neurociência no PNI, no comunidado do site EurekAlert!.

Os pesquisadores acreditam que os sabores responsáveis pelo mal-estar podem marcar algumas células, e quando elas são especificamente reativadas pela doença, acabam conectando uma causa e efeito mesmo com o atraso de tempo. Em outras palavras, é como se as células colocassem um grande sinal de “bloqueado” nos alimentos que fizeram a o organismo passar mal.

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É como se as células colocassem um grande sinal de “bloqueado” nos alimentos que fizeram a o organismo passar mal. (Imagem: @Freepik/Freepik)

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Tomar café à noite é mesmo ruim e interfere no sono?

O café é um alimento muito popular pelo mundo, principalmente em forma de bebida. No Brasil, tomar um cafezinho pela manhã é essencial para a maioria das pessoas, para acordar e aumentar a disposição para enfrentar o dia que vem pela frente.

Inclusive, é bastante comum que o café também seja consumido em outros momentos ao longo do dia, como depois do almoço e no café da tarde. Contudo, é preciso tomar cuidado com o horário em que ele é consumido porque consumi-lo muito tarde pode atrapalhar o sono.

Isso porque a cafeína é famosa por ter propriedades estimulantes que nos mantém alerta, totalmente ao contrário de como o corpo espera ficar perto da hora de dormir. Dessa forma, um cérebro quimicamente mais estimulado — pelo café — terá dificuldades para dormir.

Então, vem a pergunta: quando devemos parar de beber o café durante o dia? Ou, então, o quão tarde você pode ingerir a bebida sem que ela seja prejudicial ao seu sono? Veja na matéria abaixo.

Tomar café à noite é mesmo ruim e interfere no sono?

A cafeína bloqueia os efeitos da adenosina, um químico natural do corpo que promove o desejo de dormir. Além disso, reduz os níveis de melatonina, o que pode interferir no sono. Por isso, tomar café à noite pode ser ruim.

Mulher assoprando café em uma xícara / Crédito: Pheelings media (shutterstock/reprodução)

Além disso, a substância encontrada no café pode, inclusive, aumentar os níveis de ansiedade nas pessoas. Sendo assim, vemos que a cafeína tem quase tudo o que é capaz de nos impedir de dormir.

Então, que horas é recomendado tomar a última xícara de café do dia? Antes de qualquer coisa, é preciso dizer que isso é bastante individual, dependendo do organismo de cada pessoa.

E muito disso é por conta da nossa genética, que faz com que algumas pessoas sejam capazes de metabolizar a cafeína mais rapidamente do que outras.

Quem metaboliza a cafeína lentamente, provavelmente deve evitar a cafeína noturna caso queira ter uma boa noite de sono, de acordo com o nutricionista Anthony DiMarino, em entrevista para a Cleveland Clinic.

De acordo com o profissional, pode levar de duas a 10 horas para que apenas metade dos efeitos da cafeína passem, e isso varia de pessoa para pessoa.

No entanto, especialistas em sono aconselham, no geral, que se você for para a cama por volta das 23h, o ideal é parar de tomar café por volta das 14h ou 15h, por exemplo. Por mais que pareça cedo, há algumas evidências de que beber cafeína por volta de seis horas antes de dormir já é o suficiente para que o sono sofra alterações.

Xícara de café e alguns grãos
Xícara de café e alguns grãos (Imagem: worradirek/Shutterstock)

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Já uma revisão de estudos publicada na revista Sleep chegou à conclusão de que, para evitar os efeitos da cafeína na hora de dormir, a última xícara precisa ser consumida cerca de 8,8 horas antes da pessoa ir para a cama.

Isso significa que, se você costuma dormir às 22h, o último café deve ser tomado idealmente logo depois do almoço, por volta das 13h.

Apesar de existir praticamente um consenso a respeito do horário máximo de consumo de café, o mesmo não vale para a quantidade a ser ingerida. E isso também tem a ver com as diferenças de metabolização da cafeína em cada organismo.

Ainda de acordo com o estudo, consumir uma xícara de café perto da hora de dormir diminui o tempo total de sono, e o impacto aumenta quanto mais próximo da hora de ir para a cama ele for ingerido.

O consumo da cafeína mais perto da hora de dormir reduz em cerca de 45 minutos o tempo de sono, diminuindo a eficiência do descanso em 7%, encurtando o tempo de sono profundo e aumentando o de sono leve.

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8 sinais que seu nível de açúcar no sangue está elevado – e quando buscar ajuda

O excesso de açúcar no sangue – condição conhecida como hiperglicemia – é um sinal de alerta importante para o desenvolvimento do diabetes e pode afetar várias partes do corpo de maneira significativa.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de casos de diabetes, com 16,8 milhões de adultos diagnosticados. A estimativa é ainda mais preocupante: até 2030, o número pode chegar a 21,5 milhões, segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF).

A seguir, você confere 8 sinais que podem indicar níveis elevados de açúcar no organismo – e como isso pode impactar sua saúde. Vale lembrar: todas as informações aqui são baseadas em estudos e orientações de especialistas da área. Ao identificar qualquer sintoma, procure atendimento médico para avaliação e tratamento adequados.

Por que é ruim ter um nível elevado de açúcar no sangue?

Em entrevista ao Olhar Digital, a nutricionista Olívia Garbin Koller, mestre em Alimentação, Nutrição e Saúde, destacou que a hiperglicemia é um sinal direto de alerta para o diabetes – uma doença crônica caracterizada pela produção insuficiente ou ausência de insulina, hormônio responsável por controlar os níveis de açúcar no sangue.

Segundo Olívia, a glicose pode se elevar em situações de estresse, infecções ou até mesmo diante de desequilíbrios emocionais. “A glicose em jejum entre 100 – 125 mg/dL já é considerada elevada para quem não tem diabetes. Isso significa que o açúcar está acima do normal, mas ainda não é alto o
suficiente para confirmar o diagnóstico de diabetes”, explicou.

Imagem: superbeststock/Shutterstock

Existem pessoas mais propensas a ter o açúcar elevado no sangue?

Sobre pessoas propensas a desenvolver a hiperglicemia, ela destacou que existem alguns grupos como:

  • Quem está acima do peso, especialmente com acúmulo de gordura na região da barriga;
  • Pessoas com histórico de diabetes na família;
  • Quem tem hipertensão ou problemas no coração;
  • Pessoas com níveis elevados de triglicerídeos no sangue;
  • Pessoas sedentárias, que não praticam atividade física regularmente;
  • Quem tem uma alimentação desequilibrada, especialmente baseada em alimentos industrializados ricos em açúcar, gordura e sódio;
  • Mulheres com síndrome dos ovários policísticos;
  • Entre outros.

O nível de açúcar elevado pode provocar quais doenças?

“Os níveis elevados de glicose podem prejudicar o coração, as artérias, os olhos, os rins, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, perda de visão, problemas renais e danos nos nervos”, informou a nutricionista em relação às complicações do excesso de açúcar no organismo.

Mulher mede nível de açúcar no sangue com monitor contínuo e aplicativo de celular
Uma das formas de acompanhar o nível de açúcar no sangue é pelos monitores contínuos conectados a aplicativos de celular. Imagem: Andrey_Popov / Shutterstock

8 dicas que podem ajudá-lo a detectar que a taxa de açúcar no sangue está alta

Segundo Olívia, a hiperglicemia muitas vezes não apresenta sintomas. Mas existem alguns sinais de alerta que o corpo emite quando ingerimos açúcar em excesso. Sendo elas;

Urinar com muita frequência (poliúria)

A incapacidade dos rins de filtrar o excesso de glicose no sangue resulta em sua eliminação através da urina. Esse processo causa uma perda significativa de líquidos.

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Sede excessiva e persistente

Para evitar a desidratação em decorrência da perda rápida de líquido devido ao excesso de glicose, o organismo estimula a sede.

Mulher bebendo água
Imagem: Yaroslav Olieinikov / iStock

Perda de peso sem explicação

Organismo não consegue utilizar a glicose de forma eficiente para gerar energia. Isso acontece porque a insulina, hormônio responsável por transportar a glicose para as células, está em níveis baixos ou não funciona adequadamente. Sem a glicose disponível, o corpo busca fontes alternativas de energia, como as reservas de gordura e, em casos mais graves, as proteínas musculares. Esse processo leva à perda de peso não intencional.

Visão turva (embaçada)

Devido à alta concentração de glicose no sangue, os vasos sanguíneos da retina podem sofrer um aumento de pressão, o que causa visão turva. No entanto, essa alteração visual tende a ser temporária e se resolve quando a glicemia é controlada.

Cansaço excessivo

O excesso de glicose no sangue, em vez de fornecer energia, impede que as células a utilizem adequadamente. Essa ineficiência metabólica resulta em cansaço extremo, pois o corpo não consegue converter o açúcar em energia utilizável.

Homem apertando os olhos por trás dos óculos por conta do cansaço
(Imagem: GBJSTOCK/Shutterstock)

Fome intensa

A fome intensa na hiperglicemia ocorre porque a insulina insuficiente impede a glicose de entrar nas células, gerando falta de energia. O corpo interpreta essa falta de energia como fome, buscando reposição. A desidratação, causada pelo excesso de micção, também contribui para a sensação de fome. A desregulação de hormônios do apetite agrava o quadro.

Cicatrização lenta de feridas

A hiperglicemia retarda a cicatrização ao prejudicar o fluxo sanguíneo, essencial para a reparação dos tecidos. O excesso de glicose compromete o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções que dificultam a cicatrização.

Infecções recorrentes, como candidíase e periodontite

A hiperglicemia enfraquece o sistema imunológico, comprometendo a capacidade do corpo de combater infecções. O excesso de glicose cria um ambiente propício para o crescimento de microrganismos, como fungos e bactérias, aumentando o risco de infecções recorrentes, como candidíase e periodontite.

O que fazer?

Caso você tenha se identificado com algum dos sintomas, você pode responder o questionário da Sociedade Brasileira de Diabetes, que avalia o risco de desenvolver diabetes, recomendado pelo Ministério da Saúde.

O teste classifica o risco em níveis baixo, levemente elevado, moderado, alto e muito alto, por meio da idade, peso, atividade física e histórico familiar. O objetivo é identificar indivíduos com maior risco, permitindo intervenções preventivas e acompanhamento médico adequado.

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Conheça os diferentes tipos de hemorragia e seus riscos

A hemorragia é uma emergência médica séria que ocorre quando há sangramento excessivo dentro ou fora do corpo. Suas causas podem variar desde pequenos cortes até traumas graves, afetando diferentes regiões e exigindo atenção imediata para evitar complicações.

Mas você sabia que existem diferentes tipos de hemorragia e que cada um exige um cuidado específico?Nesta matéria, explicamos o que é a hemorragia, quando ela ocorre, quais são seus tipos e como agir corretamente para minimizar riscos. Confira!

O que é uma hemorragia e quando ela acontece?

A hemorragia é a perda súbita de sangue do sistema circulatório por conta da ruptura de um ou mais vasos sanguíneos. Ela pode aparecer como consequência de um ferimento, pancada ou até mesmo de alguma doença ou acidente.

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A gravidade dela é medida pela quantidade e rapidez que o sangue é perdido. O organismo age com respostas fisiológicas quando uma hemorragia acontece, porém, se a perda for acima dessa resposta compensatória, a pessoa pode ter um choque hipovolêmico, um problema muito grave.

O choque hipovolêmico é uma emergência médica que acontece quando o corpo perde uma grande quantidade de líquidos e sangue. Com isso, o coração não consegue bombear sangue suficiente para o corpo, podendo levar à falência de órgãos e à morte.

Contudo, a situação pode ser revertida caso o indivíduo receba assistência médica de forma imediata, com a reposição de volume de sangue correspondente à perda.

A hemorragia é a perda súbita de sangue do sistema circulatório, por conta da ruptura de um ou mais vasos sanguíneos. (Imagem: Freepik)

Quais são os tipos de hemorragia?

A hemorragia pode ser dividida em duas classificações:

Externa

Quando ela está na superfície e pode ser visível. Pode ser mais ou menos intensa de acordo com o tipo de vaso afetado e a localização, isto é, em uma área com poucos ou muitos vasos sanguíneos. Geralmente é causada por traumas, acidentes, fraturas externas ou feridas abertas, por exemplo.

Os sintomas principais de hemorragia externa são:

  • Sangramento visível na parte externa do corpo;
  • Pouco ou muito sangue;
  • Palidez ou suor excessivo;
  • Fraqueza ou agitação.

Também pode acontecer confusão mental, batimentos cardíacos acelerados ou alteração do nível de consciência. Os sintomas ainda variam de acordo com a quantidade de sangue perdida.

Interna

É mais difícil de ser identificada, podendo acontecer sem lesão na pele. Ela não pode ser visível, já que acontece em alguma cavidade do organismo, como o abdômen ou tórax, por exemplo. É a mais comum de acontecer depois de acidentes.

Os sintomas principais de hemorragia interna são:

  • Palidez intensa e cansaço;
  • Pele fria e suor intenso;
  • Pulso rápido e fraco;
  • Respiração acelerada;
  • Muita sede;
  • Tontura, confusão mental ou desmaios;
  • Muita dor do abdômen, que fica endurecido.

Em alguns casos, dependendo da lesão, é possível que também seja verificada a saída de sangue pela boca, nariz, urina ou fezes. Os sintomas desse tipo de hemorragia podem demorar mais para aparecer, e geralmente surgem conforme o sangue vai se acumulando no corpo.

A hemorragia interna pode causar o choque hipovolêmico rapidamente, caso o sangramento não seja identificado e estancado pelo médico. Isso coloca a vida do paciente em risco.

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A hemorragia pode ser arterial, venosa ou capilar. (Imagem: Freepik)

Quanto aos tipos, a hemorragia pode ser:

Arterial

O sangue jorra de uma artéria, e o sangramento é vermelho vivo, em forma de jatos, pulsando em sincronia com as batidas do coração. Nesse caso, a perda de sangue é rápida e abundante.

Venosa

O sangue sai de uma veia, e o sangramento é uniforme e de cor escura.

Capilar

O sangue escoa de uma rede de capilares. Sua cor é vermelha, e geralmente menos viva do que o sangue arterial, com fluxo lento.

Independente do tipo da hemorragia, caso a pessoa apresente sinais de palidez, pulso fraco, confusão mental ou desmaio, é preciso levá-la de forma imediata ao pronto-socorro ou ligar para o SAMU no 192 ou corpo de bombeiros no 193. Com isso, o sangramento será estancado, evitando complicações.

Estancar a hemorragia é importante para evitar complicações. (Imagem: Freepik)

Tratamento para hemorragia

Embora existam algumas medidas que possam ajudar a interromper o sangramento, o ideal é buscar atendimento médico, especialmente se você não tiver experiência em primeiros-socorros. Aplicar pressão direta sobre o ferimento pode ser eficaz em muitos casos, mas o uso inadequado de torniquetes ou técnicas erradas pode agravar a situação.

Uma manobra mal-executada, como apertar excessivamente um torniquete ou deixá-lo por muito tempo, pode cortar completamente a circulação do membro afetado, aumentando o risco de necrose e, em casos extremos, levando à necessidade de amputação. Por isso, em situações de sangramento grave, é fundamental agir com cautela e chamar socorro o mais rápido possível.

Informações: site do Hospital Albert Einstein.

Quem pode ter uma hemorragia?

Qualquer pessoa pode ter uma hemorragia. Ela pode ser causada por diversos fatores, como traumas, doenças, medicamentos, hábitos de vida e complicações em procedimentos médicos.imagem ilustrativa de sangue sobre um fundo branco

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Qual a relação entre energéticos e problemas cardíacos?

As bebidas energéticas ganharam popularidade nas últimas décadas, especialmente entre jovens e adultos que buscam aumentar a disposição, melhorar o desempenho físico ou combater o cansaço. No entanto, o consumo excessivo dessas bebidas tem levantado preocupações entre médicos e especialistas em saúde, principalmente em relação aos seus efeitos no coração. 

Mas qual é, de fato, a relação entre energéticos e problemas cardíacos? E como saber se algo está errado com o coração? Vamos explorar essas questões com base em evidências científicas e orientações de órgãos de saúde.

Atenção: os dados deste artigo são apenas informativos. Em caso de alterações fisiológicas, o médico cardiologista deve sempre ser consultado.

Qual a relação entre energéticos e problemas no coração?

Lata de energético Red Bull / Crédito: Mehmet Cetin (shutterstock / reprodução)

O que há dentro de uma bebida energética?

As bebidas energéticas são compostas principalmente por cafeína, açúcares, taurina, guaraná, vitaminas do complexo B e outros estimulantes. Uma lata de 250 ml de energético pode conter entre 80 mg e 150 mg de cafeína, dependendo da marca. Para comparação, uma xícara de café contém cerca de 95 mg de cafeína.

Além disso, essas bebidas costumam ter altas concentrações de açúcar, o que também pode impactar a saúde cardiovascular.

A cafeína, em particular, é um estimulante que atua no sistema nervoso central, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial. Em doses moderadas, ela pode melhorar o estado de alerta e o desempenho físico. 

No entanto, em excesso, pode desencadear efeitos colaterais graves, especialmente em pessoas com condições cardíacas pré-existentes.

Como os energéticos afetam o coração?

Cafeína
Cafeína / Crédito: Danijela Maksimovic (shutterstock / reprodução)

Estudos científicos demonstram que o consumo de bebidas energéticas pode causar alterações significativas no sistema cardiovascular. Um estudo clínico randomizado e controlado por placebo, publicado no Journal of the American Heart Association, analisou os efeitos do consumo de 946 ml (cerca de três latas) de bebidas energéticas em jovens saudáveis. 

Os resultados mostraram que essas bebidas prolongaram o intervalo QTc no eletrocardiograma, um parâmetro associado ao risco de arritmias cardíacas. Além disso, houve um aumento significativo na pressão arterial sistólica e diastólica.

O prolongamento do intervalo QTc é particularmente preocupante, pois está associado a um maior risco de arritmias graves, como a taquicardia ventricular e a fibrilação ventricular, que podem levar à parada cardíaca. A Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, considera que um aumento de mais de 10 ms no intervalo QTc já é motivo para investigação adicional.

Outro estudo, publicado no International Journal of Cardiology, destacou que o consumo de energéticos pode aumentar a liberação de adrenalina, o que eleva a frequência cardíaca e a pressão arterial. Esses efeitos são especialmente perigosos para pessoas com hipertensão, doenças cardíacas ou predisposição a arritmias.

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Quem deve evitar bebidas energéticas?

Problema no coração
Problema no coração / Crédito: jaojormami (shutterstock / reprodução)

Alguns grupos de pessoas devem evitar ou limitar drasticamente o consumo de bebidas energéticas devido aos riscos cardiovasculares. Entre eles estão:

  • Pessoas com problemas cardíacos pré-existentes: indivíduos com arritmias, insuficiência cardíaca ou síndrome do QT longo devem evitar energéticos, pois a cafeína pode agravar essas condições.
  • Hipertensos: o aumento da pressão arterial causado pelos energéticos pode ser perigoso para quem já tem pressão alta.
  • Gestantes: a cafeína pode atravessar a placenta e afetar o feto.
  • Menores de 18 anos: o sistema cardiovascular de adolescentes ainda está em desenvolvimento, e o consumo de energéticos pode causar efeitos adversos.
  • Pessoas sensíveis à cafeína: alguns indivíduos metabolizam a cafeína mais lentamente, o que aumenta o risco de efeitos colaterais.

Como saber se algo está errado com o coração?

Médico Cardiologista
Médico Cardiologista / Crédito: Ton Wanniwat(shutterstock / reprodução)

O consumo excessivo de bebidas energéticas pode desencadear sintomas que indicam problemas cardíacos. O Ministério da Saúde informa alguns sinais que merecem atenção:

  • Palpitações: sensação de batimentos cardíacos acelerados ou irregulares.
  • Dor no peito: pode ser um sinal de angina ou infarto.
  • Falta de ar: dificuldade para respirar, especialmente durante atividades físicas.
  • Tonturas ou desmaios: podem indicar arritmias ou queda na pressão arterial.
  • Inchaço nas pernas: pode ser um sinal de insuficiência cardíaca.

Se você experimentar qualquer um desses sintomas após consumir bebidas energéticas, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente. Exames como eletrocardiograma (ECG) e monitoramento da pressão arterial podem ajudar a identificar problemas cardíacos.

Quem tem problema de coração pode beber café e energético?

Pessoas com problemas cardíacos devem evitar o consumo de bebidas energéticas e café, pois a cafeína pode agravar arritmias e aumentar a pressão arterial.

Quem tem pressão alta pode tomar energético?

Hipertensos devem evitar bebidas energéticas, pois elas podem elevar ainda mais a pressão arterial e aumentar o risco de complicações cardiovasculares.

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O que acontece no seu corpo quando você para de beber álcool?

Se você está pensando em parar de beber álcool, provavelmente já sabe que a sobriedade pode trazer uma série de benefícios, tanto mentais quanto físicos. Claro, esses benefícios podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da relação anterior com o álcool, mas, de modo geral, diversas vantagens são esperadas. 

O que acontece no seu corpo quando você para de consumir bebidas alcoólicas?

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o consumo de álcool está associado a mais de 200 doenças e lesões. Os impactos mais significativos ocorrem no fígado, onde o álcool é metabolizado, mas também há efeitos em outros órgãos, como o coração, o trato gastrointestinal, o pâncreas e o cérebro.

Esses efeitos negativos podem variar bastante, dependendo da frequência de consumo e da quantidade ingerida.

Entretanto, os problemas de saúde – bem como os problemas de segurança pública causados pelo álcool – podem ser significativamente reduzidos por meio de ações que abordem os níveis, padrões e contextos do consumo. Veja abaixo como o nosso corpo reage quando paramos de consumir bebidas alcoólicas. 

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Imagem: Korawat photo shoot/Shutterstock

O coração fica mais saudável

Foi-se o tempo em que as pessoas acreditavam que uma taça de vinho tinto ao dia poderia ser boa para o coração. Segundo a OMS, além do consumo de álcool não fazer bem para nenhum órgão, não existe dose segura para a nossa saúde. 

Assim, diminuir o consumo ou parar de beber álcool pode reduzir sua pressão arterial, os níveis de gordura chamados triglicérides e as chances de insuficiência cardíaca.

O fígado pode se recuperar

A função do fígado é filtrar as toxinas, e o álcool é tóxico para as nossas células. Ou seja, o consumo excessivo de álcool pode prejudicar o órgão e causar esteatose hepática, cirrose e outros problemas. A boa notícia é que o fígado pode se recuperar e, dependendo do contexto de cada pessoa, até se regenerar quando paramos de beber.

Além disso, na ausência de álcool no sistema, o fígado pode se concentrar em suas outras funções, como a quebra de outras toxinas produzidas pelo corpo e o metabolismo de gorduras.

Mulher bebendo um copo de cerveja com uma expressão de desgostos
Mulher bebendo um copo de cerveja com uma expressão de desgostos / Crédito: frantic00 (shutterstock/reprodução)

As funções cognitivas e o sono também melhoram

De acordo com pesquisas, em apenas uma semana sem álcool, nosso corpo é capaz de prover melhores padrões de sono e clareza mental. Isso porque o consumo de álcool pode aumentar a supressão do sono REM, que é a parte mais profunda do ciclo do sono e tem o impacto mais restaurador no corpo.

A fase REM desempenha um papel importante em nossa função cognitiva, permitindo que nosso cérebro processe memórias, tome decisões mais claras e regule nossas emoções – viabilizando e facilitando nossas tarefas diárias.

A pele fica mais bonita

Pode parecer supérfluo mencionar a aparência, mas ela é uma das consequências positivas por um motivo importante: hidratação. O álcool é um diurético, o que significa que faz com que o corpo perca líquidos e se desidrate rapidamente.

Além disso, a desidratação prejudica a absorção de nutrientes essenciais, como as vitaminas A, C e E. Ao parar de beber, a pele – e outras partes do corpo – retém mais umidade e pode absorver melhor vitaminas importantes para sua saúde.

Mulher segurando um copo com água
Copo de água. Imagem: Fizkes/Shutterstock

Quanto para perceber mudanças depois de parar de beber?

A maior parte das pesquisas sobre os efeitos da interrupção do consumo de álcool tem foco em pessoas com consumo pesado. Assim, os sintomas físicos de abstinência são os mais perceptíveis durante os primeiros dias, mas geralmente melhoram bastante em poucas semanas. 

De qualquer forma, até mesmo para aquelas pessoas que consomem álcool de maneira mais moderada, é possível observar diversos efeitos positivos na saúde após parar de beber álcool por um mês.

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