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ChatGPT te transforma em personagem da Turma da Mônica, mas…

Depois da febre do Studio Ghibli, as pessoas continuam usando o novo gerador de imagens da OpenAI para transformar suas próprias fotos em desenhos famosos.

Você provavelmente já deve ter visto nas redes sociais os bonecos de seus amigos ou familiares. Ou ainda eles em versão Simpsons – ou até mesmo uma versão Dragon Ball.

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A trend da vez aqui no Brasil coloca nas imagens traços da famosa Turma da Mônica. Isso mexeu com o imaginário de milhões de pessoas que cresceram lendo os gibis. Ou que assistiram aos filmes em live-action.

O problema é que o estúdio Maurício de Souza Produções não gostou nada disso. Em nota divulgada nesta terça-feira (8), a empresa condenou a prática e ressaltou que buscará medidas que assegurem os direitos autorais sobre a obra.

As trends de IA do ChatGPT divertem muita gente, mas também causam muita polêmica – Imagem: xlaura/Shutterstock/Reprodução

Os argumentos do estúdio

  • O centro da discussão está no direito autoral.
  • Existe uma lei aqui no Brasil (a 9.610, de 1998) que trata sobre o tema.
  • Ela garante que o criador de uma obra intelectual receba os benefícios patrimoniais pela exploração de suas criações.
  • Existem, aliás, leis como essa espalhadas pelo mundo todo.
  • Eu sei que essas trends do ChatGPT são muito legais (e inocentes), mas os estúdios têm certa razão em buscar os seus direitos.
  • E, que fique claro, eles devem acionar a OpenAI na Justiça – e não eu ou você que usamos a ferramenta.
  • A Maurício de Souza Produções fala justamente sobre esse ponto no texto dos últimos dias:

“A MSP Estúdios reforça que o uso de qualquer elemento relacionado aos personagens está protegido por leis de direito autoral e propriedade intelectual. Não autorizamos a criação de conteúdos que violem esses direitos, nem admitimos associações com discursos de ódio, desinformação ou práticas que contrariem os valores da empresa. Há mais de 60 anos, defendemos a ética e o compromisso com a cultura e agiremos sempre que esses princípios forem desrespeitados”, afirmou a empresa.

“Reconhecemos o valor da inteligência artificial como ferramenta de experimentação e inovação, mas reforçamos que ela deve atuar como apoio, e não substituição, à criação artística. Quando tenta reproduzir o traço da Turma da Mônica, a IA apenas ecoa, de forma limitada, uma linguagem visual única, construída ao longo de décadas pelos artistas da MSP Estúdios. Mais do que um estilo, esse traço carrega narrativas, emoções e a sensibilidade humana, algo que nenhum algoritmo consegue replicar por completo”, concluiu a nota.

Arte oficial de 'Turma da Mônica'. Imagem: Mauricio de Souza Produções
A Turma da Mônica é um símbolo nacional (eu, por exemplo, aprendi a gostar de ler por causa dessas histórias em quadrinhos) – Imagem: Reprodução/Maurício de Sousa Produções

Marca d’água pode funcionar?

Como informamos aqui no Olhar Digital, a OpenAI já se manifestou sobre o tema e afirmou que todas as imagens geradas pelo 4o Image Gen vêm com metadados que certificam sua origem artificial.

Diante das polêmicas, no entanto, a companhia indicou que pode dar um passo além, adicionando marcas d’água nas produções. Esses selos deixarão claro que os desenhos foram feitos pela máquina e não pelo estúdio original.

Mas será que isso é o bastante? Eu acredito que não. Essa mudança não resolve totalmente a principal queixa dos estúdios, que diz respeito aos direitos autorais. Nesse caso, talvez as empresas peçam alguma reparação em dinheiro.

Vale destacar que o ChatGPT só consegue criar imagens desse jeito, pois “absorveu” milhões de desenhos originais durante seu treinamento. Ou seja, ele não “cria” nada do zero, só “copia” algo que já existe.

Lembrando que o estúdio Maurício de Souza Produções não é o único a reclamar da trend. O próprio criador do Studio Ghibli também fez uma série de queixas sobre o assunto.

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O japonês Studio Ghibli se tornou famoso por causa de filmes como “Meu amigo Totoro” e “A Viagem de Chihiro” (e agora também por causa dessa trend do ChatGPT) – Imagem: Studio Ghibli, Toho/Divulgação

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Anthropic vence disputa judicial com gravadoras sobre direitos autorais

A Anthropic obteve uma vitória importante esta semana, após um tribunal dos EUA negar uma liminar solicitada pela Universal Music Group e outras gravadoras, que buscavam impedir o uso de letras protegidas por direitos autorais no treinamento de modelos de IA. As informações são do Wall Street Journal.

O processo foi movido em outubro de 2023, com alegações de que a Anthropic estava utilizando essas obras para treinar seu chatbot de IA, Claude, o que resultaria em violação de direitos autorais.

As gravadoras, representando artistas como Taylor Swift e Ariana Grande, afirmaram que Claude reproduzia cópias quase literais das letras de músicas.

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Empresas de música alegaram que a Anthropic causou danos ao usar material protegido por direitos autorais – Imagem: JRdes/Shutterstock

Gravadoras não convenceram juiz responsável pelo caso

  • As gravadoras afirmaram que a Anthropic infringiu direitos autorais de pelo menos 500 músicas e pediram uma liminar para barrar o uso das obras no treinamento de futuros modelos.
  • Contudo, o juiz californiano negou a liminar, argumentando que as gravadoras não provaram danos à reputação ou ao mercado.
  • Mesmo com a decisão, um representante das gravadoras afirmou que o caso continua sendo vital para proteger os direitos autorais dos criadores e que confiam que suas alegações serão validadas no decorrer do processo.

A Anthropic, embora não tenha se manifestado publicamente sobre a decisão, já havia firmado um acordo com as gravadoras para implementar restrições no uso de músicas em treinamentos de IA, o que foi considerado pelo juiz como parte da solução do caso.

Este é mais um exemplo de uma série de disputas legais entre empresas de IA e editoras, que buscam proteger seus direitos autorais, como evidenciado em ações movidas contra a OpenAI e outras empresas do setor.

Logo do Claude
Claude, o assistente de IA da Anthropic, é treinado por conteúdos das gravadoras musicais (Imagem: gguy/Shutterstock)

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Meta afirma que copiar livros para treinar IA é “justo”

Alvo de uma série de processos por violação de direitos autorais ao usar livros para treinar modelos de inteligência artificial, a Meta se pronunciou oficialmente sobre o assunto. De acordo com a empresa, a prática é “justa”.

A dona do Instagram, Facebook e WhatsApp apresentou um pedido para que um tribunal dos Estados Unidos que considere que a big tech não violou nenhuma lei. Por conta disso, a companhia quer que todas as ações do tipo sejam rejeitadas.

Empresa é acusada de violar direitos autorais

  • A Meta foi processada em 2023 pelo escritor Ta-Nehisi Coates, a comediante Sarah Silverman e outros autores.
  • Eles alegam que a empresa usou versões piratas de seus livros para treinar a IA sem sua permissão.
  • Além disso, uma ação semelhante está sendo movida por editoras e autores franceses.
  • Eles citam o uso massivo de obras protegidas por direitos autorais sem autorização.
  • As alegações ainda têm uma outra coisa em comum: manifestam preocupação com a possibilidade da inteligência artificial produzir livros falsos que podem competir com as obras reais.
Big tech está sendo processada por criadores de obras (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

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Meta argumenta que não precisa de autorização para usar as obras

Nesta semana, a Meta respondeu a um dos processos. Ela disse que fez “uso justo” dos livros no desenvolvimento de seu modelo de linguagem para IA, chamado Llama. E que, por isso, o processo deveria ser rejeitado.

Segundo a empresa, seu treinamento de inteligência artificial está protegido pela doutrina jurídica que permite o uso não autorizado de material protegido por direitos autorais em determinadas circunstâncias.

Obras foram usadas para treinar o modelo de IA Llama sem autorização (Imagem: gguy/Shutterstock)

A big tech ainda argumentou que “não replicou os livros dos demandantes ou substituiu a leitura deles”. E que treinou o Llama para “servir como tutor pessoal em praticamente qualquer assunto, auxiliar na ideação criativa e ajudar usuários a gerar relatórios corporativos, traduzir conversas, analisar dados, escrever códigos e compor poemas ou cartas para amigos”.

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Grok 3: IA de Elon Musk desafia limites éticos da tecnologia

Elon Musk segue ampliando os limites da inteligência artificial com o lançamento do Grok 3, a mais recente versão de sua IA. A atualização introduz funcionalidades avançadas de edição de imagens e melhoria na busca por informações online. Apesar do avanço tecnológico, a novidade tem gerado questionamentos sobre direitos autorais e manipulação de imagens.

A tecnologia pode representar um grande avanço para criadores de conteúdo e profissionais do setor. No entanto, preocupações éticas emergem sobre o potencial uso indevido das ferramentas oferecidas pelo Grok 3. Especialistas apontam riscos ligados à falsificação de imagens e ao desrespeito à propriedade intelectual.

Modelo promete revolucionar universo das IAs (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Grok 3 revoluciona a edição de imagens

  • A principal novidade do Grok 3 é a capacidade de modificar imagens existentes apenas com comandos textuais ou de voz.
  • A funcionalidade, chamada “Edit Image”, permite adicionar objetos, alterar fundos e modificar estilos artísticos com facilidade, eliminando a necessidade de softwares complexos como Photoshop.
  • Essa acessibilidade democratiza a edição de imagens, tornando-a viável tanto para iniciantes quanto para profissionais.
  • Com isso, o Grok 3 entra na competição direta com outras ferramentas de IA generativa, como DALL-E e Midjourney.

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Dilemas éticos e preocupações com direitos autorais

A facilidade de edição também levanta sérias questões éticas. Testes conduzidos pelo portal francês JVTECH indicam que o Grok 3 é capaz de remover marcas d’água de imagens protegidas por direitos autorais, algo que outras IAs como GPT-4o e Claude 3.7 Sonnet se recusam a fazer por questões éticas.

Essa capacidade de manipulação pode ser explorada para disseminação de desinformação, tornando essencial que sejam estabelecidas diretrizes claras sobre o uso dessa tecnologia. Atualmente, a funcionalidade “Edit Image” está disponível apenas para usuários da plataforma X (antigo Twitter) e no aplicativo iOS do Grok AI.

Inovação e responsabilidade

O Grok 3 é um grande avanço na inteligência artificial, ampliando as possibilidades de edição de imagens e busca por informações. No entanto, a tecnologia também impõe desafios regulatórios e éticos. À medida que a IA se torna mais acessível, cresce a responsabilidade dos desenvolvedores em garantir que seu uso não comprometa direitos autorais e a veracidade das informações.

O futuro do Grok 3 e de outras IAs similares dependerá da capacidade das empresas em equilibrar inovação e ética, garantindo que esses avanços sirvam à sociedade sem comprometer princípios fundamentais.

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EUA: tribunal define que obras criadas por IA não podem ser protegidas por direitos autorais

A justiça dos Estados Unidos anunciou uma decisão importante sobre uma das grandes discussões envolvendo o uso de inteligência artificial. O entendimento pode servir como balizador em futuras disputas sobre o tema.

O Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito do Distrito de Columbia afirmou que uma obra de arte gerada por IA sem intervenção humana não pode ser protegida por direitos autorais. O órgão ainda alegou que qualquer decisão diferente desta violaria a lei do país.

Apenas obras com autores humanos podem receber a salvaguarda

O tribunal federal de apelações, localizado em Washington, concordou com a alegação do Escritório de Direitos Autorais dos EUA. A entidade alegava que uma imagem criada pelo sistema de IA “Dabus”, de Stephen Thaler, não tinha direito à proteção de direitos autorais e que apenas obras com autores humanos podem receber tal salvaguarda.

Arte gerada por IA não recebe proteção autoral (Imagem: Eva Kristin Almqvist/Shutterstock)

A decisão marca a mais recente tentativa de autoridades dos EUA de lidar com as implicações de direitos autorais da indústria de IA generativa, em rápido crescimento. O Copyright Office rejeitou separadamente as propostas de artistas por direitos autorais sobre imagens geradas pelo sistema de IA Midjourney.

Os artistas argumentaram que tinham direito aos direitos autorais das imagens que criaram com assistência de IA, diferentemente de Thaler, que disse que seu sistema criou a imagem em seu caso de forma independente.

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Imagem mostra arte feita exemplificando o uso de robôs na criação de arte.
O uso de inteligência artificial na arte levanta questões sobre propriedade intelectual e copyright (Imagem: Branko Devic/Shutterstock)

Envolvidos prometem recorrer da decisão

  • O advogado de Thaler, Ryan Abbott, afirmou que ele e seu cliente “discordam fortemente” da decisão.
  • Já o Copyright Office disse que “acredita que o tribunal chegou ao resultado correto”.
  • Thaler, de St. Charles, no estado do Missouri, solicitou direitos autorais em 2018 para “A Recent Entrance to Paradise”, ou uma recente entrada para o paraíso, uma obra de arte visual que ele disse ter sido feita por seu sistema de IA.
  • O escritório rejeitou seu pedido em 2022, indicando que obras criativas devem ter autores humanos para serem passíveis de direitos autorais.
  • Um juiz do tribunal distrital federal em Washington confirmou a decisão em 2023.
  • E agora, o tribunal de apelações manteve este entendimento.

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De Ben Stiller a Cate Blanchett: artistas furiosos com Google e OpenAI

Uma carta enviada ao Gabinete de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca reúne assinaturas de mais de 400 líderes criativos pedindo a proteção de regras de direitos autorais nos Estados Unidos, segundo a revista Variety. Leia o documento na íntegra abaixo.

A lista de cineastas, escritores, atores e músicos inclui nomes como Ben Stiller, Mark Ruffalo, Cynthia Erivo, Cate Blanchett, Cord Jefferson, Paul McCartney, Ron Howard e Taika Waititi.

A carta foi redigida em resposta a recentes submissões feitas pela OpenAI e pelo Google defendendo que a lei de direitos autorais dos EUA deveria permitir o treinamento de IA usando obras protegidas sem a necessidade de permissão de seus autores.

(Imagem: photoquest7/iStock)

“Acreditamos firmemente que a liderança global em IA dos Estados Unidos não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais”, diz o texto. “A América não se tornou uma potência cultural global por acidente. Nosso sucesso decorre diretamente do nosso respeito fundamental pelos direitos autorais.”

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O que dizem as empresas

A OpenAI propôs que os Estados Unidos “tomem medidas para garantir que o sistema de direitos autorais continue a apoiar a liderança americana em IA e a segurança econômica e nacional americana”, incluindo “trabalhar para impedir que países menos inovadores imponham seus regimes legais às empresas americanas de IA e retardem a taxa de progresso”.

O Google defendeu “regras de direitos autorais equilibradas, como exceções de uso justo e mineração de texto e dados”, que a empresa disse ter sido “essencial para permitir que sistemas de IA aprendam com conhecimento prévio e dados disponíveis publicamente, desbloqueando avanços científicos e sociais”.

Fachada da Casa Branca
Artistas acusam empresas de tecnologia de pedir “isenção especial” para explorar lei (Imagem: Chiarascura/Shutterstock)

A gigante da tecnologia alega ainda que a mudança não impactaria “significativamente os detentores de direitos e evitam negociações frequentemente altamente imprevisíveis, desequilibradas e demoradas com detentores de dados durante o desenvolvimento de modelos ou experimentação científica”.

Recentemente, uma discussão semelhante sobre alterações em regras de direitos autorais no Reino Unido mobilizou a indústria criativa do país e uniu jornais em uma campanha inédita, como relatou o Olhar Digital.

Íntegra do documento

Olá amigos e estranhos. Como vocês devem saber, recentemente houve uma recomendação da OpenAI e do Google para a atual Administração dos EUA que está ganhando força alarmante para remover todas as proteções legais e barreiras existentes em torno das proteções da lei de direitos autorais para o treinamento de Inteligência Artificial. Esta reescrita da lei estabelecida em favor do chamado “Uso Justo” precisava de uma resposta inicial até as 23h59 ET de sábado, então enviamos uma carta inicial com os signatários que tínhamos naquela época. Agora continuamos aceitando assinaturas para uma emenda à nossa declaração inicial. Sinta-se à vontade para encaminhar isso a qualquer pessoa que você ache que possa estar investida na manutenção ética de sua propriedade intelectual. Você pode adicionar seu nome e quaisquer guildas ou sindicatos ou descrição de si mesmo que achar apropriado, mas não edite a carta em si. Muito obrigado por divulgar isso em uma noite de sábado!

A resposta de Hollywood ao Plano de Ação de Inteligência Artificial do governo e a necessidade de que a lei de direitos autorais seja mantida.

Nós, os membros da indústria do entretenimento dos Estados Unidos — representando uma intersecção de diretores de fotografia, diretores, produtores, atores, escritores, estúdios, produtoras, músicos, compositores, figurinistas, designers de som e produção, editores, chefes, membros do sindicato e da academia, e outros profissionais de conteúdo criativos e dedicados — enviamos esta declaração unificada em resposta à solicitação da Administração por contribuições sobre o Plano de Ação de IA.

Acreditamos firmemente que a liderança global em IA dos Estados Unidos não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais. A indústria de artes e entretenimento dos Estados Unidos sustenta mais de 2,3 milhões de empregos americanos com mais de US$ 229 bilhões em salários anualmente, ao mesmo tempo em que fornece a base para a influência democrática americana e o soft power no exterior. Mas as empresas de IA estão pedindo para minar essa força econômica e cultural enfraquecendo as proteções de direitos autorais para filmes, séries de televisão, obras de arte, textos, músicas e vozes usadas para treinar modelos de IA no cerne de avaliações corporativas multibilionárias.

Não se engane: essa questão vai muito além da indústria do entretenimento, pois o direito de treinar IA em todo conteúdo protegido por direitos autorais impacta todas as indústrias de conhecimento dos Estados Unidos. Quando empresas de tecnologia e IA exigem acesso irrestrito a todos os dados e informações, elas não estão apenas ameaçando filmes, livros e música, mas o trabalho de todos os escritores, editores, fotógrafos, cientistas, arquitetos, engenheiros, designers, médicos, desenvolvedores de software e todos os outros profissionais que trabalham com computadores e geram propriedade intelectual. Essas profissões são o cerne de como descobrimos, aprendemos e compartilhamos conhecimento como sociedade e como nação. Essa questão não é apenas sobre liderança em IA ou sobre economia e direitos individuais, mas sobre a liderança contínua dos Estados Unidos na criação e posse de propriedade intelectual valiosa em todos os campos.

Está claro que o Google (avaliado em US$ 2 trilhões) e a OpenAI (avaliada em mais de US$ 157 bilhões) estão argumentando por uma isenção especial do governo para que possam explorar livremente as indústrias criativas e de conhecimento dos Estados Unidos, apesar de suas receitas substanciais e fundos disponíveis. Não há razão para enfraquecer ou eliminar as proteções de direitos autorais que ajudaram os Estados Unidos a florescer. Não quando as empresas de IA podem usar nosso material protegido por direitos autorais simplesmente fazendo o que a lei exige: negociando licenças apropriadas com detentores de direitos autorais — assim como todas as outras indústrias fazem. O acesso ao catálogo criativo de filmes, textos, conteúdo de vídeo e música dos Estados Unidos não é uma questão de segurança nacional. Eles não exigem uma isenção obrigatória do governo da lei de direitos autorais existente nos Estados Unidos.

A América não se tornou uma potência cultural global por acidente. Nosso sucesso decorre diretamente do nosso respeito fundamental pela PI e direitos autorais que recompensam a tomada de riscos criativos por americanos talentosos e trabalhadores de todos os estados e territórios. Por quase 250 anos, a lei de direitos autorais dos EUA equilibrou os direitos do criador com as necessidades do público, criando a economia criativa mais vibrante do mundo. Recomendamos que o Plano de Ação de IA Americano mantenha as estruturas de direitos autorais existentes para manter a força das indústrias criativas e de conhecimento dos EUA, bem como a influência cultural americana no exterior.

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Meta é alvo de processo por uso indevido de obras para treinar IA

A Meta, dona do Instagram, Facebook e WhatsApp, vai enfrentar um novo processo judicial referente ao uso de obras sem autorização para treinar o seu modelo de inteligência artificial. A ação está sendo movida por editoras e autores franceses.

Três grupos comerciais disseram que estavam processando a empresa em um tribunal de Paris. Eles citam o “uso massivo de obras protegidas por direitos autorais sem autorização” como justificativa para a medida.

Conheça as alegações dos processantes

A National Publishing Union, que representa as editoras de livros, observou que “inúmeras obras” de seus membros estão aparecendo no conjunto de dados da Meta. Por conta disso, a entidade acusa a empresa de “descumprimento de direitos autorais e parasitismo”.

Outro grupo, o Sindicato Nacional de Autores e Compositores, que representa 700 escritores, dramaturgos e compositores, destacou que o processo é necessário para proteger os membros. Ainda afirmou que a IA “saqueia suas obras e patrimônio cultural”.

IA teria sido treinada com obras protegidas por direitos autorais (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

O terceiro grupo envolvido no processo, a Société des Gens de Lettres, representa os autores. Todos eles exigem a “remoção completa” dos diretórios de dados que a Meta criou sem autorização para treinar seu modelo de inteligência artificial.

Todos os processantes ainda alegam estar preocupados com o fato de a IA produzir “livros falsos que competem com as obras reais”. A Meta não se pronunciou oficialmente sobre o assunto até o momento. As informações são da ABC.

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Martelo de tribunal de justiça em frente logomarca da Meta
Empresa terá que responder na justiça (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

Violação dos direitos autorais

  • Este é o caso mais recente sobre dados e direitos autorais envolvendo as indústrias criativas e editoriais e as empresas de tecnologia.
  • De acordo com a Lei de Inteligência Artificial da União Europeia, os sistemas de IA generativa devem cumprir a lei de direitos autorais do bloco e ser transparentes sobre o material usado para treinamento.
  • Dessa forma, o uso de obras sem autorização explícita dos autores e editoras é uma evidente infração das regras vigentes no continente.
  • As reclamações sobre o tema não são exclusivas da Europa, mas parecem estar muito longe de uma solução.

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