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O que é o pneumotórax? Conheça os sintomas dessa doença pulmonar

Respirar é um dos atos mais automáticos e vitais do corpo humano. A cada inspiração, o ar percorre os pulmões, oxigena o sangue e garante o funcionamento de todos os órgãos. Mas nem sempre esse processo ocorre da forma correta. Certas condições podem comprometer essa função essencial e, entre elas, está o pneumotórax, uma complicação respiratória pouco conhecida, mas potencialmente grave.

Embora o nome pareça técnico demais, os sintomas podem surgir de forma súbita e assustadora, exigindo atenção médica imediata. Saber identificar os sinais, entender as causas e conhecer os cuidados pode fazer toda a diferença em um quadro de emergência.

O que é o pneumotórax?

Imagem: shutterstock

O pneumotórax é uma condição médica caracterizada pela presença de ar entre a pleura visceral (a membrana que reveste o pulmão) e a pleura parietal (que reveste a parede torácica interna). Esse acúmulo de ar impede que o pulmão se expanda corretamente durante a respiração, o que pode causar dor intensa, dificuldade para respirar e, em casos graves, colapso pulmonar parcial ou total.

A condição pode ocorrer de forma espontânea ou ser provocada por traumas físicos, doenças pulmonares ou procedimentos médicos invasivos.

Por que acontece?

Existem diversas causas para o surgimento do pneumotórax. No tipo espontâneo, ele pode surgir sem aviso em pessoas aparentemente saudáveis, especialmente homens jovens, altos e magros, devido a rupturas em pequenas bolhas de ar chamadas blebs.

Homem jovem e saudável pratica corrida em parque
Imagem: PeopleImages / iStock

Já o pneumotórax secundário é mais comum em pessoas com doenças pulmonares crônicas, como enfisema, tuberculose ou fibrose pulmonar. Também pode acontecer após traumas torácicos, como acidentes de carro, quedas ou perfurações por objetos pontiagudos.

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Sintomas e sinais de alerta

Os sintomas mais comuns incluem dor súbita e aguda no peito, geralmente de um lado, além de falta de ar, respiração acelerada, sensação de opressão torácica e, em casos mais graves, cianose (coloração azulada da pele e mucosas).

Em alguns pacientes, os sintomas podem ser discretos, o que dificulta o diagnóstico precoce. É importante destacar que qualquer dor torácica repentina deve ser investigada, especialmente se acompanhada de falta de ar.

Diagnóstico e tempo de detecção

imagem mostra a ilustração de um médico examinando um paciente
Médico examinando um paciente (Imagem: JOURNEY STUDIO7/Shutterstock)

O diagnóstico é feito por meio de exame clínico e confirmado por exames de imagem, como a radiografia de tórax ou tomografia computadorizada. O tempo para confirmação varia conforme a gravidade do quadro e o acesso ao serviço médico, mas geralmente é feito de forma rápida, dado o risco de complicações. Em hospitais com pronto-atendimento, o diagnóstico pode ser feito em minutos.

Tratamento e processo de cura

O tratamento depende da gravidade e do tipo de pneumotórax. Nos casos leves, especialmente em pneumotórax espontâneos pequenos, o organismo pode reabsorver o ar sozinho com o tempo, exigindo apenas observação médica e oxigenoterapia.

Casos moderados a graves podem exigir a inserção de um dreno torácico para remover o ar e permitir que o pulmão volte a se expandir. Em casos recorrentes ou complicados, pode ser indicada cirurgia, como a pleurodese, que sela a pleura para evitar novos episódios.

Mulher respira oxigênio em oxigenoterapia
Imagem: Addictive Stock / iStock

Cuidados e prevenção

A prevenção é difícil nos casos espontâneos primários, pois eles ocorrem sem causa identificável. Em pacientes com histórico da condição ou com doenças pulmonares, o cuidado com atividades de impacto, mergulho e viagens de avião sem liberação médica é essencial. Parar de fumar é uma medida preventiva importante, já que o cigarro é fator de risco conhecido.

Riscos e complicações

O pneumotórax pode causar colapso completo do pulmão e, em situações mais graves, levar a uma emergência médica chamada pneumotórax hipertensivo. Essa forma comprimida do quadro pode causar desvio das estruturas do mediastino, queda da pressão arterial, falência respiratória e até morte, se não tratada rapidamente. Por isso, qualquer suspeita da condição exige atendimento médico imediato.

Público mais afetado

O pneumotórax espontâneo primário é mais comum em homens jovens, entre 20 e 30 anos, enquanto o secundário costuma afetar idosos e pessoas com doenças pulmonares preexistentes. Já o traumático pode acometer qualquer pessoa que sofra um acidente envolvendo o tórax.

Quais os tipos de pneumotórax?

Imagem: Shutterstock/Explode

Pneumotórax espontâneo

Esse tipo surge sem causa aparente e pode ser primário, quando ocorre em indivíduos saudáveis, ou secundário, quando está associado a doenças respiratórias. O primário é geralmente menos grave e tende a se resolver com repouso e oxigênio. O secundário costuma ser mais grave, exigindo intervenções como drenagem torácica e monitoramento intensivo.

Pneumotórax traumático

Causado por lesões físicas no tórax, esse tipo pode ocorrer após acidentes, cirurgias ou procedimentos médicos, como a inserção de um cateter central. A entrada de ar pela parede torácica ou pela traqueia pode provocar colapso pulmonar e requer atendimento emergencial.

Pneumotórax hipertensivo

É a forma mais grave e urgente. A pressão dentro da cavidade pleural aumenta progressivamente, comprimindo o pulmão afetado e os órgãos vizinhos, como o coração. Essa situação é considerada uma emergência médica e pode ser fatal sem intervenção rápida.

Com informações de NCBI.

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Conheça a síndrome de pica, que causa desejo de comer objetos

A síndrome de pica é um transtorno alimentar incomum, mas que merece atenção. Ela se caracteriza pelo consumo persistente de substâncias que não são consideradas alimentos como terra, giz, papel, cabelo, sabão ou até objetos metálicos.

Apesar de soar estranho para quem nunca ouviu falar, esse comportamento é real, complexo e pode afetar seriamente a saúde física e mental de quem sofre com ele.

Embora seja mais comum em crianças pequenas, gestantes e pessoas com deficiência intelectual, o transtorno pode atingir qualquer faixa etária. A repetição desse padrão por pelo menos um mês já é suficiente para levantar suspeitas clínicas.

Por isso, conhecer as causas, os sintomas e os riscos da síndrome é fundamental para identificar o problema e buscar o tratamento adequado. Agora, você vai entender por que a síndrome de pica acontece, quais são seus impactos e como é possível lidar com essa condição de forma responsável e empática.

O que é a síndrome de pica?

Reconhecida pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a síndrome de pica envolve o impulso contínuo de ingerir itens que não possuem valor nutricional ou uso alimentar. O termo “pica” vem do latim e faz referência a um tipo de pássaro (a pega, ou “pica-pau”) conhecido por bicar de tudo. Essa analogia reflete bem o comportamento compulsivo de quem convive com o transtorno.

Menina com um garfo na boca. / Crédito: pch.vector (Freepik/reprodução)

O problema não se limita a um simples hábito ou curiosidade, especialmente em crianças. A diferença está na frequência, na duração e na intensidade do comportamento. Quando esse padrão persiste por semanas e começa a afetar a saúde ou o cotidiano da pessoa, é sinal de que há algo mais profundo acontecendo.

O que pode causar a síndrome de pica?

As causas da síndrome de pica ainda não são totalmente compreendidas, mas diversos estudos apontam para fatores combinados; biológicos, psicológicos e sociais. Uma das hipóteses mais comuns é a relação com deficiências nutricionais, especialmente de ferro e zinco. Nesses casos, o corpo pode estar tentando compensar a carência de minerais de forma desordenada.

A condição também é frequentemente observada em pessoas com transtornos do espectro autista, esquizofrenia, transtornos obsessivo-compulsivos (TOC) e deficiências intelectuais. Nesses contextos, a pica pode surgir como uma forma de lidar com estímulos sensoriais ou como resposta a estresse e ansiedade.

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Durante a gravidez, algumas mulheres relatam vontades incomuns de consumir itens como barro, gelo ou sabão. Esse tipo de comportamento pode estar ligado a alterações hormonais e às necessidades aumentadas de nutrientes.

Fatores ambientais também influenciam. Crianças que vivem em ambientes negligentes ou com baixa supervisão podem desenvolver comportamentos repetitivos como forma de autoestimulação ou tentativa de atenção. Em casos de pobreza extrema, a ingestão de objetos pode até estar relacionada à escassez de alimentos.

Pessoa mordendo uma barra de sabonete
(Imagem: Danilo Oliveira/ImageFX)

Como identificar os sintomas da síndrome de pica?

O principal sintoma da síndrome de pica é a ingestão frequente de itens não comestíveis. Isso pode incluir desde substâncias comuns como terra, areia e papel, até objetos mais perigosos, como pedaços de vidro, metal ou plástico. Em geral, a pessoa sente um impulso forte e repetido, que vai além da curiosidade ou brincadeira.

Esse comportamento pode vir acompanhado de sinais físicos, como dor abdominal, vômito, constipação ou diarreia, tudo depende do tipo de objeto ingerido. Em casos mais graves, é possível que ocorra obstrução intestinal, infecções por parasitas ou intoxicação, especialmente quando há ingestão de substâncias químicas ou contaminadas.

Outros sinais indiretos incluem problemas dentários, gengivites e até anemia persistente. Em crianças, atrasos no desenvolvimento cognitivo e na linguagem também podem estar associados ao transtorno. Quando há impacto significativo na rotina ou na saúde geral, é hora de buscar ajuda especializada.

ilustração de um intestino sendo desenhado por um médico
Ilustração de um intestino sendo desenhado por um médico (Reprodução: mi_viri/Shutterstock)

Quem está mais vulnerável à síndrome?

Embora qualquer pessoa possa desenvolver a síndrome de pica, existem grupos mais suscetíveis. Crianças entre 2 e 6 anos são naturalmente curiosas e exploram o mundo colocando objetos na boca. No entanto, quando isso se prolonga além da fase esperada de desenvolvimento, o comportamento merece atenção.

Grávidas também podem manifestar desejos por itens não alimentares, especialmente se estiverem com carências nutricionais. A condição costuma desaparecer após o parto, mas em alguns casos pode evoluir para um quadro mais persistente.

Outro grupo de risco inclui pessoas com deficiências intelectuais ou transtornos psiquiátricos. Nessas situações, o comportamento pode ter caráter compulsivo ou ritualístico, tornando o tratamento mais complexo. Indivíduos em contextos de vulnerabilidade social, negligência ou pobreza extrema também podem apresentar esse tipo de transtorno com mais frequência.

Quais são os riscos para a saúde?

Os perigos da síndrome de pica vão muito além da estranheza do comportamento. A ingestão de objetos não comestíveis pode causar problemas sérios, como intoxicações por metais pesados, perfurações no intestino, bloqueios intestinais e infecções. Em alguns casos, a condição pode até ser fatal se não for tratada a tempo.

Além dos riscos físicos, o transtorno afeta a saúde mental. Muitos pacientes sentem vergonha, medo de julgamento e acabam escondendo o comportamento, o que dificulta o diagnóstico. Isso pode levar ao isolamento social, à baixa autoestima e ao agravamento de quadros psiquiátricos preexistentes.

Imagem: Shutterstock

A longo prazo, o consumo desses materiais compromete a absorção de nutrientes, o que agrava deficiências já existentes e perpetua um ciclo de má nutrição. O risco é ainda maior em populações mais vulneráveis, que não têm acesso fácil a cuidados médicos ou acompanhamento psicológico.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da síndrome de pica é clínico e envolve uma análise cuidadosa do histórico comportamental da pessoa. O profissional de saúde avalia há quanto tempo o comportamento ocorre, qual a frequência da ingestão de substâncias não comestíveis e quais os impactos disso no cotidiano.

Além disso, são realizados exames físicos e laboratoriais para verificar se há deficiências nutricionais, como anemia ferropriva, ou outras complicações decorrentes do consumo de objetos. Também é comum que o médico peça apoio de psicólogos ou psiquiatras para avaliar a presença de transtornos associados.

A colaboração da família é essencial nesse processo, especialmente quando o paciente é uma criança. Observar e relatar com precisão os comportamentos é um passo fundamental para que o diagnóstico seja eficaz e o tratamento, adequado.

Pessoa recebendo diagnóstico médico
Pessoa recebendo diagnóstico médico / Crédito: Chinnapong (shutterstock/reprodução)

Qual o tratamento da síndrome de pica?

O tratamento da síndrome de pica depende diretamente da causa identificada. Quando a origem está em uma deficiência nutricional, o foco inicial é corrigir essa carência com suplementação alimentar. Já em casos relacionados a transtornos mentais, o acompanhamento psicológico e psiquiátrico é essencial.

A terapia comportamental é uma das abordagens mais eficazes, especialmente para crianças e adolescentes. Técnicas como reforço positivo e redirecionamento de comportamentos ajudam o paciente a substituir o impulso de comer objetos por ações mais saudáveis.

Em situações mais complexas, pode ser necessário o uso de medicação para controlar sintomas obsessivos ou ansiosos. O apoio familiar, a supervisão constante e a construção de um ambiente seguro também são fatores-chave para o sucesso do tratamento.

A síndrome de pica tem prevenção?

Embora nem todos os casos possam ser prevenidos, alguns cuidados ajudam a reduzir o risco de surgimento do transtorno. Manter uma alimentação equilibrada, rica em ferro, zinco e outros minerais, é uma medida básica. O acompanhamento pré-natal adequado também ajuda a identificar comportamentos incomuns durante a gravidez.

Em crianças, é importante observar o comportamento com atenção e estimular o desenvolvimento cognitivo por meio de brincadeiras, leitura e interação social. Ambientes negligentes, com pouco estímulo ou supervisão, tendem a favorecer o surgimento de comportamentos compulsivos.

Identificar precocemente sinais de deficiências nutricionais ou dificuldades emocionais pode fazer toda a diferença. A informação, nesse caso, é uma grande aliada para pais, cuidadores e profissionais da saúde.

A síndrome de pica é um transtorno real, com implicações médicas e psicológicas importantes. Embora seja rara e muitas vezes incompreendida, a condição exige atenção e tratamento. O consumo de objetos não comestíveis pode parecer apenas uma “mania”, mas esconde uma desordem que precisa de cuidado e acolhimento.

Diagnosticar cedo, oferecer apoio profissional e entender as possíveis causas são passos decisivos para ajudar quem sofre com esse transtorno. Com o tratamento adequado, é possível controlar os impulsos, evitar complicações e recuperar a qualidade de vida.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Estudo: exame nos olhos permite diagnóstico precoce de Parkinson

Um simples exame oftalmológico não invasivo pode ser a chave para o diagnóstico precoce da Doença de Parkinson. Testada por pesquisadores do Canadá e descrita em um estudo da Neurobiology of Disease, a técnica não apenas permite que os médicos ajam com antecedência para tratar a doença, mas também monitorem sua progressão.

Entenda:

  • Pesquisadores descobriram que um tipo de exame oftalmológico pode apoiar o diagnóstico precoce do Parkinson;
  • Chamada de eletrorretinografia (ERG), a técnica mede a atividade da retina diante de estímulos luminosos;
  • Já se sabe que o ERG pode revelar sinais de transtornos psiquiátricos, mas, até então, o método não havia sido associado ao Parkinson;
  • Testes em humanos e em camundongos geneticamente modificados indicam que o exame permite tanto o diagnóstico precoce da doença quanto o monitoramento de sua progressão.
Exame oftalmológico identifica Parkinson antes que os sintomas se manifestem. (Imagem: SpeedKingz/Shutterstock)

Como destaca a equipe em comunicado, a maioria dos diagnósticos de Parkinson é feita quando os sintomas já começaram a se manifestar. E, quando isso acontece, é sinal de que a doença já atingiu os neurônios em um nível de degeneração irreversível. Encontrar técnicas de diagnóstico precoce – como a dos pesquisadores – é fundamental para superar esse desafio.

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Cientistas testaram exame que também diagnostica transtornos psiquiátricos

Para o estudo, a equipe usou o exame de eletrorretinografia (ERG), que mede a atividade da retina diante de estímulos luminosos. A técnica já havia sido usada antes na medicina para revelar sinais de transtornos psiquiátricos – como esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão –, e os pesquisadores decidiram testar, também, seu efeito no diagnóstico de pacientes com Parkinson.

Os testes envolveram 20 adultos diagnosticados com a doença nos últimos cinco anos e outros 20 da mesma idade, mas sem a doença. “Colocamos um eletrodo na pálpebra inferior de cada participante e registramos sua resposta retiniana a uma série de flashes de diferentes intensidades, frequências e cores. Os resultados que obtivemos para pessoas com Parkinson apresentaram uma assinatura distinta daqueles do grupo de controle”, explica Martin Lévesque, líder do estudo.

Exame oftalmológico que identifica Parkinson também foi testado em camundongos

Médico examina olho de paciente homem mais velho
Exame que analisa pupilas também mostra sinais de transtornos psicológicos. (Imagem: seb_ra/iStock)

Além de humanos, o ERG também foi testado em camundongos geneticamente modificados com uma proteína humana associada ao Parkinson. “Mais uma vez, obtivemos respostas diferentes em animais com Parkinson. Isso sugere que as manifestações funcionais do Parkinson podem ser detectadas em um estágio inicial da doença por meio do exame da retina”, completa Lévesque.

Considerando que a idade média de diagnóstico da Doença de Parkinson é 65 anos, os cientistas propõem oferecer o exame de retina a partir dos 50, permitindo não só que o diagnóstico aconteça antes da manifestação dos sintomas – e, assim, o tratamento seja mais eficaz – mas também que a progressão do quadro seja monitorada continuamente.

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Medo de ficar sem celular? Descubra o que é nomofobia e os sintomas desse transtorno

Você já ouviu falar do termo nomofobia? O termo faz referência a um transtorno no qual a pessoa tem medo de ficar sem o celular, um comportamento que está associado ao uso excessivo do aparelho. Neste conteúdo, o Olhar Digital traz diversos detalhes relacionados à doença.

O que é nomofobia?

A palavra nomofobia faz referência à angústia gerada pela impossibilidade de uma pessoa utilizar um smartphone – seja por não ter um em mãos ou, até mesmo, por problemas de falta de bateria ou internet.

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O conceito de nomofobia, originado da expressão ‘no mobile phobia‘ (fobia de ficar sem celular, traduzido para o português), surgiu em 2008 em um estudo realizado pelo UK Post Office, do Reino Unido, que fez uma investigação sobre a ansiedade gerada pela falta do dispositivo. 

Pessoa mexendo no celular – Imagem: chainarong06/Shutterstock

A nomofobia pode ter como causas iniciais fatores psicológicos e sociais. A “obrigação” de a pessoa ficar sempre conectada e se manter atualizada, além da busca por validação social e medo de ficar sem saber de notícias importantes também são coisas que ajudam no desenvolvimento do transtorno.

Além disso, os smartphones possuem alguns aspectos que estimulam o sistema de recompensa no cérebro e podem contribuir para agravar os sintomas. O transtorno pode gerar quadros de ansiedade, depressão e até tremores no corpo, suor em excesso e dificuldade na respiração. 

Quais os sintomas da nomofobia?

A nomofobia ainda não é um transtorno considerado pela medicina, mas conforme o portal Verywell Mind, site especializado em fornecer informações sobre saúde e bem-estar, alguns sintomas de nomofobia são: a incapacidade de desligar o telefone (algo que também foi apontado pelo estudo do UK Post Office), além de verificação constante do celular para procurar novas mensagens, chamadas perdidas e e-mails.

Na imagem, uma adolescente utiliza o aparelho eletrônico
Imagem: Krakenimages.com/Shutterstock.

Além disso, a pessoa pode ter o hábito de ficar carregando a bateria do aparelho mesmo quando ele estiver totalmente carregado. Outros sintomas são levar o celular para todos os lugares, como o banheiro. 

O medo fora do comum de ficar sem Wi-Fi ou de não conseguir se conectar a uma rede de dados móveis, estresse por estar sem conexão e deixar de ir para alguns lugares para ficar mais tempo no celular também são indicativos. 

Nomofobia tem cura?

Segundo a psicóloga clínica Karla Cardozo, terapeuta cognitivo-comportamental e organizacional com mais de 11 anos de experiência, não existe uma cura específica para essa condição. Porém, é possível fazer o tratamento por meio de uma desintoxicação digital, terapia, meditação e outras estratégias.

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Por que a doença de Parkinson é tão difícil de diagnosticar?

A doença de Parkinson é uma das condições cerebrais mais intrigantes e comuns de hoje. Trata-se de uma doença degenerativa em que há alterações motoras, o que pode acarretar tremores involuntários, movimentos lentos, músculos rígidos e inflexíveis. Como parte intrigante da doença de Parkinson, o diagnóstico é difícil e não há um exame próprio para sua identificação.

Além dos sintomas motores, pessoas com a condição podem apresentar problemas cognitivos e desenvolver, inclusive, demência e distúrbios do sono. Como uma doença progressiva, ela pode acarretar incapacidade grave após dez a 15 anos.

A condição foi descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1817 e permanece sem cura até hoje, embora haja tratamento. O diagnóstico da doença de Parkinson é feito por meio dos sintomas clínicos, o que pode dificultar descobrir a doença e iniciar o tratamento cedo.

A doença pode levar a incapacidade grave dentro de dez a 15 anos. Imagem: Daisy Daisy/ Shutterstock

Não existe, para Parkinson, um teste conclusivo, seja de sangue ou de cérebro. Isso significa que, enquanto algumas pessoas podem ser diagnosticadas tardiamente com Parkinson, outras podem receber esse diagnóstico de forma incorreta.

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Até recentemente, havia uma lista com uma série de sintomas criada pelo Banco de Cérebros da Sociedade de doença de Parkinson do Reino Unido para ajudar no diagnóstico de Parkinson, segundo artigo da universidade de medicina de Johns Hopkins. Mas, novos parâmetros surgiram, o que inclui sintomas como:

  • Tremores, geralmente, no pé ou na mão que ocorrem quando o paciente está descansando;
  • Movimentos se tornam mais lentos;
  • Rigidez dos braços, pernas ou tronco;
  • Instabilidade de postura, o que pode levar a problemas de equilíbrio e a quedas.

O médico, então, pode fazer um exame físico e pegar o histórico médico do paciente. Além disso, pode realizar um exame neurológico e testar a agilidade, o tônus e o equilíbrio muscular.

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Tremores são um dos sintomas para identificar Parkson. Imagem: Shutterstock

É possível um diagnóstico cedo para a doença de Parkinson?

Cada vez mais, a comunidade médica está ficando atenta a possíveis sintomas da condição que antecedem os físicos. Alguns indicativos de Parkinson que aparecem antes dos sintomas motores são perda olfativa, distúrbio de sono, constipação constante e transtornos mentais, como ansiedade e depressão.

A esperança é de que um diagnóstico precoce facilite o início de tratamento e, assim, reduza o ritmo de progressão da doença.

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A Ciência alerta: deixe seu cão longe de potes compartilhados

O uso de tigelas de água compartilhadas por cachorros é algo normal. Muito provavelmente você mesmo já deve ter deixado que seu cão bebesse diretamente destes recipientes. Se for o caso, saiba que isso é contraindicado.

Estes potes podem ser um terreno fértil para doenças que podem afetar o seu pet. Além disso, existe o risco de transmissão de bactérias para os humanos, o que, dependendo da saúde da pessoa, pode ser algo bastante grave.

Tigelas usadas pelos cachorros podem abrigar bactérias

  • Os cães resfriam seus corpos por meio da transpiração, da mesma forma que os humanos.
  • No entanto, os cachorros também dependem da respiração ofegante para regular a temperatura corporal.
  • E a água é essencial para este processo.
  • Dessa maneira, as tigelas precisam ser lavadas diariamente para evitar a contaminação dos animais.
  • As informações fazem parte de artigo escrito pela professora Jacqueline Boyd, da Universidade Nottingham Trent, no Reino Unido, e publicado no portal The Conversation.
Uso de potes compartilhados pode prejudicar a saúde dos cachorros (Imagem: thka/Shutterstock)

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Doenças graves podem ser compartilhadas pelos recipientes

O trabalho da pesquisadora ainda aponta que os cães podem compartilhar acidentalmente infecções por meio de tigelas de água. Isso acontece a partir da saliva ou secreções nasais, podendo se espalhar rapidamente para outros animais.

Um dos riscos está relacionado com a bactéria Staphylococcus aureus, responsável por infecções de pele e tecidos moles, e que pode infectar também humanos. Os cães ainda podem compartilhar acidentalmente outras infecções por meio de tigelas de água.

imagem mostra várias bactérias dentro do corpo humano
Bactérias podem ser transmitidas pelos cães para os seus donos (Imagem: wildpixel/iStock)

Uma delas é a temida tosse dos canis, uma condição caracterizada por uma tosse seca e aguda. Vários insetos diferentes podem ser responsáveis pela doença, o que torna fundamental uma boa higiene destes recipientes.

Evitar que seu cão tenha acesso a tigelas de água compartilhadas é uma boa ideia, especialmente se ele estiver sob maior risco de infecção – filhotes, adultos não vacinados ou cães mais velhos, por exemplo. Da mesma forma, se você ou alguém em sua casa tiver um sistema imunológico fraco, a infecção transmitida por animais de estimação também é um risco real.

Jacqueline Boyd, professora da Universidade Nottingham Trent

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Quais as causas da calvície? Veja por que a queda de cabelo acontece

Conforme estimativas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), divulgadas em 2023, 42 milhões de brasileiros sofrem com a alopecia androgenética, doença que é mais conhecida pelo nome de calvície

Na estimativa, 25% das pessoas que sofrem com o problema são jovens com idade entre 20 e 25 anos. Vale destacar que a alopécia afeta tanto homens quanto mulheres, levando a consequências importantes para a vida emocional e social das pessoas. A seguir, saiba todos os detalhes sobre essa doença. 

Calvície: o que é e quais as causas?

De acordo com o Ministério da Saúde, a calvície é a ausência, redução ou queda, seja em um estágio transitório ou definitivo, dos cabelos ou pelos em uma determinada região ou na cabeça inteira. 

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Segundo o Hospital Albert Einstein, podem existir várias causas para a doença, sejam elas temporárias ou permanentes. Entre as possibilidades estão a utilização de determinados medicamentos, como os quimioterápicos para câncer, o pós-cirúrgico nos primeiros meses também pode acarretar o problema, além de partos. 

Imagem: Freepik

A perda de cabelos também pode ser um efeito de situações emocionais, uso em excesso de produtos químicos, falta de vitaminas, desnutrição e traumas na região capilar. 

O Hospital ainda cita que existe a possibilidade de a calvície ser provocada por uma origem hormonal, imunológica, genética e até ambiental. Há alguns casos que são associados a doenças da tireoide, doenças autoimunes (como vitiligo e lúpus), diabetes, alergias, infecções provocadas por bactérias e fungos. 

Além disso, recentemente, pesquisadores da Austrália e de Cingapura identificaram que as células-tronco do folículo piloso (HFSCs) necessitam da proteína MCL-1 para que o crescimento capilar aconteça. Eles notaram que quando há uma redução da substância, o processo falha. 

Todavia, vale ressaltar que nem toda queda de cabelo é uma calvície. O ideal é procurar um dermatologista apenas em casos nos quais os cabelos estão caindo de forma rápida e em grande volume, ou então que o couro cabeludo esteja vermelho, com coceira ou ardência. Além disso, a caspa e a oleosidade excessiva também são sinais de alerta. 

Tipos de alopécia

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde e Hospital Albert Einstein, existem dois tipos de alopécia que são os mais comuns, a Androgenética e a Alopecia areata, que é mais conhecida como “pelada”.

androgenética é uma forma de queda de cabelos geneticamente determinada. O órgão brasileiro afirma que homens e mulheres podem ser afetados pela doença, que tem início na adolescência e passa a ser aparente apenas aos 40 e 50 anos.

Acontece que, na adolescência, a partir do estímulo hormonal, cada ciclo de cabelo passa a vir com os fios mais finos, sendo justamente o principal sintoma do problema. 

Dessa maneira, os cabelos vão ficando ralos e o couro cabeludo mais aberto. Nos homens, o problema fica mais visível nas regiões da coroa e na parte frontal, as famosas “entradas”. Já nas mulheres, o problema costuma afetar mais a região central. Nelas, a doença tem chances de ser associada a obesidade, irregularidade menstrual, acne e aumento de pelos no corpo. 

O outro tipo, alopecia areata, se caracteriza pela queda de cabelo ou pelos em regiões ovais ou arredondadas do couro cabeludo ou outros locais do corpo, como barba e até as sobrancelhas. Ele pode surgir a qualquer idade e atinge cerca de 1% a 2% da população. Também ocorre em homens e mulheres.

Questões genéticas, estresse e até a presença de micro-organismos podem ser as causas do distúrbio.

Tratamentos

Homem se preparando para o procedimento de implante capilar
Homem se preparando para o procedimento de implante capilar – Imagem: Freepik

Segundo o Dr. Paulo Müller Ramos, dermatologista especialista em tricologia e transplante capilar, coordenador do ambulatório de Alopecias da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) desde 2010, pesquisador e orientador do programa de doutorado da mesma instituição, existem seis formas de tratamento para a calvície. 

A primeira delas é o uso do medicamento minoxidil, uma substância que estimula o nascimento e prolonga o tempo de crescimento dos fios. Ele age de forma direta na raiz do cabelo e deve ser aplicado no couro cabeludo. Além disso, o especialista afirma que os resultados são demorados, levando pelo menos quatro meses para aparecerem. 

Outro tratamento destacado é o uso da finasterida, um comprimido que precisa ser tomado diariamente, se a calvície for em um homem. O remédio Dutasterida também é uma opção, só que, segundo o médico, ele é mais potente. Há ainda os medicamentos Antiandrogênicos (Espironolactona/Ciproterona/Bicalutamida) para o uso em casos de calvície feminina.

O médico ainda cita o MMP Capilar, um tratamento capilar que tem o objetivo de colocar princípios ativos diretamente no couro cabeludo para estimular o crescimento de novos fios e aumentar a espessura dos que já estão no local. Por último, Müller destaca o transplante capilar, procedimento responsável por restaurar as áreas sem cabelo na cabeça da pessoa. 

ATENÇÃO! Para adotar tanto o uso dos medicamentos quanto os procedimentos citados como forma de tratamento, é essencial que você procure um especialista. Não faça uso sem uma consulta médica individualizada e a recomendação do dermatologista.

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HPV

Como vírus HPV pode dar câncer nos ânus?

O papilomavírus humano (HPV) é um dos vírus mais comuns do mundo, conhecido principalmente por causar verrugas genitais e estar associado ao câncer do colo do útero.

No entanto, o HPV também pode levar a outros tipos de câncer, como o câncer anal, que tem ganhado atenção devido ao aumento dos casos nos últimos anos. Esse tipo de câncer, embora menos falado, pode ter consequências graves se não for diagnosticado e tratado precocemente.

O câncer anal ocorre quando células anormais no tecido do ânus sofrem mutações e se multiplicam descontroladamente, formando tumores malignos.

O principal fator de risco para o desenvolvimento dessa doença é a infecção pelo HPV, especialmente pelos tipos oncogênicos, que têm maior potencial de causar alterações celulares. Compreender como o HPV é transmitido e como pode evoluir para o câncer anal é essencial para prevenção e diagnóstico precoce.

HPV: conceito, cepas e transmissão

O HPV (Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta a pele e as mucosas, sendo altamente transmissível. Tanto mulheres quanto homens estão suscetíveis a serem infectados.

O vírus HPV infecta não apenas mulheres, mas homens também (Imagem: Evan Lorne/iStock)

Existem mais de 200 tipos de HPV, dos quais cerca de 40 podem infectar a região anogenital. Alguns tipos de HPV são considerados de baixo risco e causam apenas verrugas, enquanto outros são de alto risco, podendo levar ao desenvolvimento de câncer.

As cepas de alto risco, como o HPV 16 e o HPV 18, são as principais associadas ao câncer anal. Elas têm a capacidade de alterar o DNA das células hospedeiras, favorecendo o crescimento desordenado e a formação de tumores.

A transmissão do vírus ocorre principalmente pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, sendo o contato sexual a principal via de transmissão. Isso inclui relações vaginais, anais e orais, mesmo na ausência de penetração.

Outras formas de transmissão incluem o contato com objetos contaminados e a transmissão vertical, quando a mãe infectada passa o vírus para o bebê durante o parto. O uso de preservativos reduz o risco de transmissão, mas não o elimina completamente, pois o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pelo preservativo.

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Como vírus HPV pode dar câncer anal?

O câncer ocorre quando células sofrem mutações genéticas que fazem com que elas cresçam e se dividam sem controle.

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Vírus dentro do organismo humano (Imagem: Kateryna Kon / Shutterstock.com)

No caso do câncer anal, essas mutações afetam as células que revestem o canal anal e a região perianal. A infecção persistente pelo HPV é o principal fator de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Quando o HPV infecta a região anal, ele pode permanecer no organismo sem causar sintomas por anos. Em alguns casos, o sistema imunológico consegue eliminar o vírus antes que ele cause danos.

Manequim usando calça jeans
Ilustração de um bumbum (Reprodução: @saintape/Unsplash)

No entanto, em situações onde a infecção persiste, o vírus pode levar à formação de lesões pré-cancerosas, conhecidas como neoplasia intraepitelial anal (AIN). Se não tratadas, essas lesões podem evoluir para câncer anal.

Os sintomas do câncer anal incluem:

  • Sangramento anal;
  • Dor ou pressão na região anal;
  • Coceira ou secreção incomum;
  • Massa ou caroço no ânus;
  • Alteranção nos hábitos intestinais.

Fatores que aumentam o risco de desenvolver câncer anal incluem:

  • Infecção pelo HPV de alto risco;
  • Relações sexuais anais desprotegidas;
  • Sistema imunológico enfraquecido;
  • Tabagismo;
  • Idade avançada.

A prevenção é essencial para reduzir o risco da doença. A vacina contra o HPV é altamente eficaz na prevenção de infecções pelas cepas mais perigosas do vírus. O exame preventivo, como a anuscopia de alta resolução, pode detectar lesões precoces e evitar a progressão para o câncer.

Diante disso, é fundamental aumentar a conscientização sobre a relação entre HPV e câncer anal para que mais pessoas busquem prevenção e tratamento adequado.

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O que são as caspas e por que elas aparecem?

Coceira, irritação no couro cabeludo, pequenos flocos brancos que aparecem entre os fios de cabelo e que incomodam muita gente: esses e outros sintomas são causados pela caspa.

De acordo com a pesquisa desenvolvida pelo Instituto Ilumeo em parceria com a empresa Head & Shoulders, cerca de 70% dos brasileiros têm ou já tiveram caspa, enquanto apenas 35% resolveram procurar ajuda de um dermatologista.

Mas por que a caspa insiste em aparecer? O que exatamente são essas escamas e, o mais importante, como podemos tratá-las? Se você está em busca de respostas para essas perguntas, leia o texto a seguir.

O que são as capas?

A caspa, também chamada de dermatite seborreica, é uma inflamação (geralmente fúngica) que acomete o couro cabeludo e resulta em descamação.

Mulher investigando caspas no cabelo de outra mulher (Reprodução: @Freepik/Freepik)

De acordo com a tricologista e professora de Terapia Capilar, Edna Braga, a caspa se prolifera devido à oleosidade do couro cabeludo e esse sebo se torna alimento para fungos, que se reproduzem no local. Geralmente, quem tem o couro cabeludo mais oleoso, tem mais propensão a desenvolver o problema. 

De acordo com a Biblioteca Virtual em Saúde, as placas brancas que se soltam na base dos fios de cabelo são formadas porque as glândulas sebáceas (que produzem a oleosidade) incham e passam a produzir secreção oleosa em excesso, que se acumula no couro cabeludo.

A tricologista destacou hábitos que contribuem para proliferação da caspa, como: dormir com os cabelos molhados, em decorrência dos fungos gostarem de ambientes úmidos, e a falta de frequência na higienização do cabelo.

A caspa não é proveniente da falta de higiene. Porém, quando a pessoa fica muito tempo sem higienizar o couro cabeludo, fica mais oleoso, o que faz com que a caspa apareça com mais facilidade“, ressaltou Edna.

Sobre como evitar a descamação do couro cabelo, a profissional explica que “Evitar 100% a caspa é impossível, porque tem pessoas que, quando a imunidade baixa, ela tem mais propensão a ter caspa. Às vezes, uma simples mudança de estado ou de país, a pessoa que não tinha caspa passa a ter. Não é uma coisa assim tão fácil de evitar, mas existem dicas que ajudam a diminuir as crises, porque ela não tem cura e não é contagiosa“.

Dicas para evitar a caspa

  • Trocar a fronha mais vezes na semana;
  • Lavar o cabelo com frequência;
  • Não usar bonés, toucas, acessórios que abafem o couro cabelo;
  • Não dormir com o cabelo molhado;
  • Evitar que cosméticos entrem em contato com couro cabeludo.
Trocar a fronha do travesseiro de 2 a 3 vezes por semana pode ser útil contra as caspas (Imagem: Hooti/Divulgação)

É importante ressaltar que, em caso de ocorrência de caspa, o médico dermatologista ou tricologista deve ser consultado.

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É possível tratar caspa?

Existem diversas maneiras de tratar a caspa, como a terapia capilar e até com a ozonioterapia: uma técnica que utiliza ozônio para estimular a circulação e promover a regeneração do couro cabeludo.

Além disso, a aplicação de óleos essenciais específicos podem ajudar a equilibrar a oleosidade e reduzir a descamação.

Escolher shampoos com limpeza mais pesada também pode ajudar: cosméticos com o cetoconazol na composição ajudam a combater fungos e ainda oferecem ação anti-inflamatória. Outras substâncias, também presente no shampoo, podem ajudar a aumentar o poder de limpeza, como é o caso de ácidos (salicílico e glicólico, por exemplo). Além, é claro, da presença de tensoativos mais agressivos, como o Sodium Lauryl Sulfate e Sodium Laureth Sulfate.

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Saúde: cientistas alertam para nova ameaça global

No ano passado, a mpox foi classificada como uma nova emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A ameaça foi constatada em função da rápida propagação da variante 1B do vírus, mais contagiosa e que já foi registrada em alguns países da África, Ásia e até na Europa.

Agora, um estudo da Universidade de Surrey, na Inglaterra, aponta que a doença está mostrando sinais claros de transmissão entre humanos. Segundo os pesquisadores, isso pode tornar ela uma ameaça à saúde global.

Mutações estão deixando o vírus mais ameaçador para os humanos

Os cientistas responsáveis pelo trabalho descobriram que o contato íntimo é agora uma forma significativa de propagação do vírus. Essa mudança na forma como é transmitida a doença está levando a cadeias de transmissão mais longas e surtos duradouros.

Mpox virou emergência mundial no ano passado (Imagem: QINQIE99/Shutterstock)

De acordo com os pesquisadores, este é um efeito da variante da Mpox. A situação revela que o vírus está acumulando mutações genéticas específicas, impulsionadas por enzimas no corpo humano, que podem estar alterando as propriedades virais.

A maior preocupação é que isso leve a doença a se adaptar aos humanos, facilitando a transmissão e podendo gerar uma nova pandemia, por exemplo. As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Nature Medicine.

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Sintoma mais comum da doença são as erupções cutâneas (Imagem: Irina Starikova3432/Shutterstock)

O que é a mpox?

  • A mpox era anteriormente conhecida como varíola dos macacos.
  • O nome foi alterado pela OMS no final de 2022.
  • Trata-se de um vírus que causa lesões na pele do rosto, podendo se espalhar para outras partes do corpo, incluindo a região genital.
  • Outros sintomas incluem febre, fadiga e dores.
  • A doença foi descoberta pela primeira vez no final da década de 1950.
  • Desde então, há evidências de que o vírus passou por mutações, principalmente nos últimos três a quatro anos, que permitiram uma transmissão entre humanos com mais facilidade.
  • Apesar do aumento nas mutações e na transmissão, mais da metade das variantes do vírus detectadas entre 2018 e 2022 são consideradas “silenciosas”, porque não alteram nenhuma das proteínas virais necessárias para escapar das células do nosso sistema imunológico.
  • A mpox tem transmissão peculiar: depende do contato físico próximo e prolongado.
  • Assim como alguns outros vírus, incluindo a Covid-19, a gravidade depende da idade e condição de saúde da pessoa infectada.

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