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A cera de ouvido pode revelar muito sobre sua saúde

Talvez você nem imagine, mas a cera de ouvido pode estar intimamente ligada à sua saúde. Segundo cientistas, descobrir mais sobre este material pegajoso pode ser muito importante no diagnóstico de algumas doenças.

Oficialmente chamada de cerúmen, ela é uma mistura de secreções de dois tipos de glândulas que revestem o canal auditivo externo: as glândulas ceruminosas e sebáceas. Isso então é misturado com cabelos, pedaços de pele morta e outros detritos corporais até atingir uma consistência cerosa.

Cera de ouvido guarda informações valiosas

  • Os pesquisadores explicam que, uma vez formada no canal auditivo, a cera agarra-se às células da pele enquanto viaja de dentro para fora da orelha.
  • Esta viagem acontece a uma velocidade de cerca de 20 milímetros por dia.
  • A função mais provável desta substância é manter o canal auditivo limpo e lubrificado.
  • Ela também serve para evitar que bactérias, fungos e outros hóspedes indesejados, como insetos, entrem em nossas cabeças.
  • No entanto, a cera de ouvido pode ser ainda mais importante, uma vez que guarda informações sobre a saúde da pessoa.
  • As informações são da BBC.
Representação artística da formação da cera de ouvido (Imagem: Nathan Devery/Shutterstock)

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Secreções cerosas podem refletir as reações químicas internas do nosso corpo

Nos últimos anos, vários estudos descobriram que a consistência da cera de ouvido pode revelar informações valiosas sobre a saúde das pessoas. Por exemplo, mulheres que apresentam uma consistência mais molhada podem ter uma chance até quatro vezes maior de câncer de mama.

A substância também pode revelar a existência de um distúrbio genético raro que impede o corpo de quebrar certos aminoácidos encontrados nos alimentos, o que leva a um acúmulo de compostos voláteis no sangue e na urina.

E a molécula responsável por esta condição pode ser encontrada na cera de ouvido.

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Cera de ouvido pode ajudar até mesmo na identificação de câncer (Imagem: Jezperklauzen/iStock)

Até mesmo a Covid-19 pode ser detectada dessa forma. Além dela, doenças como diabetes tipo 1 ou 2, assim como problemas cardíacos podem ser identificados nas orelhas dos pacientes. Tudo isso porque a capacidade das secreções cerosas pode refletir as reações químicas internas do nosso corpo.

Em outras palavras, a cera de ouvido age como um indicador de diversas doenças. É claro que exames adicionais são necessários para confirmar os diagnósticos, mas os nossos ouvidos devem passar a receber muito mais a atenção dos médicos no futuro.

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Conheça a Argiria, a doença que deixa a pele azul

Imagine acordar um dia e perceber que sua pele começou a adquirir um tom azulado permanente. Por mais estranho que pareça, essa condição existe e tem nome: argiria. Rara, a doença é causada pelo acúmulo de prata no organismo e pode provocar mudanças definitivas na pigmentação da pele.

A argiria é uma doença que ganhou notoriedade por casos que chegaram aos noticiários, incluindo o de Paul Karason, um norte-americano que ingeriu prata coloidal por anos e ficou conhecido como ‘Papai Smurf’ devido sua pele azulada. Mas como a argiria ocorre? Ela pode ser evitada? E, acima de tudo, existe cura? Vamos explorar, a seguir, todos esses aspectos.

O que é e como se contrai a Argiria?

A argiria é uma condição de pigmentação anormal causada pelo acúmulo excessivo de prata no organismo. Desse modo, o acúmulo pode ocorrer por inalação, contato direto com a pele ou ingestão prolongada de compostos contendo prata.

Além disso, embora seja uma doença rara, sua incidência está relacionada principalmente à exposição ocupacional e ao uso de prata coloidal, um suplemento sem comprovação científica amplamente promovido na medicina alternativa.

Sintomas e efeitos no corpo

O principal sintoma da argiria é a mudança gradual na cor da pele, que assume um tom azul-acinzentado. Essa alteração ocorre porque partículas microscópicas de prata se acumulam nos tecidos, interagindo com a luz e resultando na coloração anormal.

Dessa forma, a pigmentação pode ser localizada, afetando áreas específicas do corpo, ou generalizada, cobrindo grandes extensões da pele.

Além da pele, mucosas e unhas também podem ser afetadas. Em casos raros e de exposição extrema, a prata pode se depositar em órgãos internos, mas não há registros de danos graves à saúde.

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Existe tratamento ou cura?

Atualmente, não há cura para a argiria. Um estudo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology analisou casos da dornça e confirmou que a coloração azulada ocorre devido ao acúmulo de prata na pele e sua interação com a luz.

Homem com a pele azul (Reprodução: @Freepik/Freepik)

O estudo também avaliou tratamentos a laser como forma de reduzir a pigmentação, embora sem garantir reversão completa.

Quem está mais suscetível?

Pessoas expostas profissionalmente à prata, como trabalhadores da indústria de joias, fotografia e laboratórios, têm maior risco de desenvolver argiria.

Além disso, o uso prolongado de prata coloidal também é um fator de risco significativo, especialmente entre aqueles que consomem esse suplemento acreditando em seus supostos benefícios à saúde.

Como prevenir a argiria?

A prevenção envolve evitar a exposição desnecessária à prata, especialmente em ambientes de trabalho sem proteção adequada.

O uso de equipamentos de segurança e ventiladores industriais pode minimizar os riscos ocupacionais. Além disso, é fundamental evitar o consumo de prata coloidal, pois, além de não ter comprovação científica relacionada a qualquer benfeitoria, pode, pelo contrário, trazer riscos à saúde.

Argiria tem cura?

Não. A coloração azulada é permanente, mas alguns tratamentos podem reduzir sua intensidade.

Argiria é transmissível?

Não. A doença não é contagiosa, pois não é causada por vírus, bactérias ou outros agentes infecciosos.

Argiria pode matar?

Não. Apesar da mudança na coloração da pele, a doença não afeta órgãos vitais e não representa risco de vida.

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Estudo relaciona fruta brasileira ao controle de várias doenças

Não é novidade que o consumo de frutas faz bem para a nossa saúde. Diversos estudos já identificaram os benefícios produzidos pela ingestão destes alimentos. Entre eles está o tratamento de uma série de doenças.

Neste sentido, um fruta brasileira se destaca. É o que aponta uma série de novas pesquisas desenvolvidas por pesquisadores do Laboratório de Nutrição e Metabolismo da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp.

Fruta brasileira é uma aliada da nossa saúde

De acordo com os cientistas, o consumo da casca da jabuticaba pode ajudar no controle da hiperglicemia. Isso acontece em razão de substâncias como antocianinas, presentes também em outras frutas com a mesma coloração.

Pesquisas apontam que consumir a casa da jabuticaba faz bem à saúde (Imagem: RHJPhtotos/Shutterstock)

Mas os benefícios não para por aí. A equipe da Unicamp ainda investiga os efeitos da farinha da casca da jabuticaba entre pessoas que sofrem de síndrome metabólica. Esta condição é caracterizada pela presença de obesidade abdominal associada ao aumento da pressão arterial e triglicérides.

Outro trabalho analisa os efeitos do consumo da casca da fruta em indivíduos que apresentam declínio cognitivo leve, um quadro que pode anteceder o desenvolvimento demência. As informações são do Jornal da Unicamp.

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Fruta também pode retardar avanço da demência (Imagem: LightField Studios/Shutterstock)

Benefícios para todos

  • A jabuticaba também tem sido objeto de outros estudos.
  • Recentemente, ficou comprovado o efeito das substâncias presentes na casca da fruta sobre o controle do câncer colorretal.
  • Este trabalho foi realizado com animais, e os resultados apontam para uma grande possibilidade de sucesso também entre humanos.
  • Segundo os pesquisadores, a jabuticaba tem uma ação surpreendente até mesmo no controle dos índices glicêmicos entre indivíduos saudáveis.
  • Dessa forma, a recomendação é adicionar a fruta a suas dietas.

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Doenças que você nem imagina podem começar pela sua boca

Escovar os dentes e passar fio dental. Uma prática diária (na verdade, é ideal fazer isso mais de uma vez ao dia) que garante uma boa higiene bucal. Além disso, estas ações são consideradas fundamentais para manter o corpo saudável de uma maneira geral.

Isso porque essa limpeza vai muito além de evitar problemas como cáries e outras doenças que acometem os nossos dentes. Cientistas já confirmaram que uma má saúde da boca pode estar associada a doenças cardiovasculares, diabetes e até ao Alzheimer.

A boca é uma porta de entrada para microrganismos

Em entrevista ao Jornal da USP, a professora Ana Carolina Fragoso Motta, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da USP explicou que a boca é uma importante porta de entrada para diversas doenças. Isso porque ela faz parte tanto do sistema digestivo quanto do sistema respiratório.

Pelo fato de estar em contato com o meio externo quando comemos, falamos ou respiramos, a boca é uma das primeiras partes do corpo a entrar em contato com microrganismos que podem causar doenças.

Muitos desses microrganismos, principalmente bactérias, têm a capacidade de aderir aos dentes e próteses com a possibilidade de causar doenças na boca que, em indivíduos suscetíveis, podem causar repercussões à distância.

Ana Carolina Fragoso Motta, professora da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da USP

Má saúde bucal pode aumentar as chances de desenvolver Alzheimer (Imagem: Joel Bubble Ben/iStock)

Por conta disso, ter uma saúde bucal pode influenciar a saúde geral do corpo. Por outro lado, algumas condições podem ser agravadas por inflamações bucais e processos infecciosos, como o diabetes e a artrite reumatoide.

Estudos ainda apontam que componentes da membrana das células de bactérias e mediadores inflamatórios têm importante impacto na função cerebral.

Isso significa que microrganismos associados à doença periodontal podem ajudar no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.

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Crianaça escovando os dentes
Escovar os dentes todos os dias é o ponto de partida para uma boa saúde bucal (Imagem: Bernardo Emanuelle/Shutterstock)

Dicas para ter uma boa saúde bucal

  • A boa escovação dos dentes é fundamental para uma boa higiene bucal.
  • Além disso, o uso do fio dental não pode ser descartado.
  • Ter uma alimentação saudável, evitando o excesso de açúcar e marcar consultas regulares ao dentista, pelo menos duas vezes ao ano, também são importantes.
  • Outra recomendação é evitar o consumo de bebidas alcoólicas e o fumo, já que eles aumentam o risco de doenças bucais, com destaque para o câncer de boca.
  • Para quem tem próteses dentárias, também é fundamental uma boa limpeza.
  • Nestes casos, deve ser usada escova macia com creme dental, sabão ou detergente.
  • Ainda é recomendada a desinfecção das dentaduras, por meio de uma solução contendo hipoclorito de sódio ou qualquer outro produto para essa finalidade.
  • Segundo a professora, uma dica caseira é deixar a prótese por 15 minutos, uma vez ao dia, em um copo de 200 ml de água com uma colher de sopa de água sanitária.

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Doença mortal dos séculos 16 e 18 reaparece e acende alerta

O escorbuto, doença causada pela deficiência de vitamina C, voltou a ser motivo de preocupação para as autoridades de saúde ao redor do mundo. A condição, que vitimou milhões de marinheiros entre os séculos XVI e XVIII, era considerada rara em países desenvolvidos. No entanto, casos recentes indicam um ressurgimento da doença, especialmente em populações vulneráveis.

Exemplos preocupantes são o de um australiano de 51 anos, que foi internado com um caso agudo da doença, e crianças francesas de baixa renda diagnosticadas com a doença. Estes quadros clínicos levantaram um alerta sobre a relação entre dificuldades econômicas e a falta de acesso a uma alimentação equilibrada.

Paciente descobre escorbuto após quadro grave

  • O paciente apresentou erupções cutâneas dolorosas nas pernas, que rapidamente se espalharam pelo corpo.
  • Durante uma série de exames para investigar a inflamação dos vasos sanguíneos, também foram identificados sangue na urina e sinais de anemia.
  • Contudo, os testes não apontaram evidências de doenças autoimunes ou hemorragia interna.
  • A causa dos sintomas só foi identificada quando os médicos investigaram os hábitos alimentares do paciente.
  • Um estudo do caso revelou que ele enfrentava dificuldades financeiras, o que o levou a negligenciar a alimentação, eliminando frutas e vegetais de sua dieta.
  • Além disso, após passar por uma cirurgia, ele parou de tomar os suplementos vitamínicos e minerais prescritos devido à falta de dinheiro, agravando ainda mais a deficiência nutricional.
  • Os resultados do caso foram publicados na revista BMJ Case Reports.
  • O paciente se recuperou após iniciar um tratamento com suplementação de vitamina C, vitamina D3, ácido fólico e multivitamínicos.
  • No entanto, especialistas alertam que o escorbuto pode ser fatal se não for tratado.

Escorbuto ressurge na França e afeta crianças de baixa renda

Pesquisadores franceses identificaram um crescimento preocupante nos casos de escorbuto, especialmente entre crianças de quatro a dez anos de famílias de baixa renda. Um estudo publicado na revista The Lancet aponta a relação entre o aumento da doença e a insegurança alimentar agravada pela inflação pós-pandemia.

Erupções cutâneas estão entre os sintomas do escorbuto (Imagem: BlurryMe / Shutterstock.com)

Aumento significativo desde 2020

Dados analisados por médicos e pesquisadores indicam que as hospitalizações por escorbuto cresceram 34,5% desde março de 2020, período que coincidiu com o início da pandemia de Covid-19. O aumento dos preços dos alimentos, com destaque para o índice de 15% de inflação nos alimentos em janeiro de 2023, limitou o acesso de muitas famílias a frutas e vegetais ricos em vitamina C, essenciais para a prevenção da doença.

Além da desnutrição, muitos dos casos analisados apontaram que crianças afetadas passaram dias sem se alimentar, segundo relatos de enfermeiros. Especialistas defendem a necessidade de políticas públicas mais eficazes, incluindo maior investimento em assistência social e programas alimentares para mitigar o impacto da crise econômica na nutrição infantil.

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Aumento de casos gera preocupação

A vitamina C é essencial para a cicatrização de feridas, fortalecimento do sistema imunológico e regeneração óssea. Por isso, uma dieta pobre neste nutriente por apenas um mês pode desencadear a doença. Os sintomas incluem fadiga, inchaço nas pernas, hematomas frequentes e infecções graves.

Suplementação de vitaminas, especialmente a vitamina C, é o tratamento para o escorbuto (Imagem: Valentyna Yeltsova / iStock)

Embora tenha sido uma das principais causas de morte entre marinheiros há séculos, o escorbuto ainda está presente na atualidade. Um estudo recente nos Estados Unidos apontou que os casos de escorbuto pediátrico triplicaram entre 2016 e 2020. A condição está frequentemente associada a problemas como obesidade, transtorno do espectro do autismo e baixa renda.

Apesar do aumento dos casos, a doença tem tratamento simples e seus sintomas podem desaparecer em menos de 24 horas com a suplementação adequada. Ainda assim, especialistas reforçam a necessidade de conscientização sobre a importância da vitamina C na alimentação e os riscos de deficiências nutricionais para a população em situação de vulnerabilidade.

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Com que idade o nosso cérebro começa a se degradar? Estudo responde

O envelhecimento do cérebro contribui para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Por isso, diversos cientistas tentam entender exatamente quando a capacidade cerebral começa a ser reduzida.

Agora, um estudo realizado pela Universidade Stony Brook, nos Estados Unidos, apresentou uma resposta para esta questão. Os pesquisadores revelaram um período em que o cérebro passa por um estresse metabólico significativo.

Resistência neuronal à insulina é a principal causa do declínio

  • O trabalho analisou mais de 19.300 pacientes e descobriu que o envelhecimento cerebral segue uma trajetória não linear.
  • Os primeiros sinais de degeneração aparecem por volta dos 44 anos, com uma aceleração significativa aos 67 anos e estabilizando-se na faixa dos 90.
  • Segundo a equipe, a resistência neuronal à insulina é o principal fator desse declínio.
  • As descobertas podem ajudar a criar novas formas de retardar o envelhecimento cerebral.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista PNAS.
Cérebro vai enfraquecendo com o passar dos anos (Imagem: Alexander Supertramp/Shutterstock)

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É possível retardar o envelhecimento do cérebro?

Durante a pesquisa, os cientistas ainda testaram formas de reduzir o declínio cerebral. Um experimento com 101 participantes demonstrou que a administração de suplementos criados com moléculas produzidas pelo fígado como fonte alternativa de energia para os neurônios estabilizou a degradação cerebral. Os maiores efeitos foram observados entre os 40 e 59 anos.

Os pesquisadores sugerem que intervenções metabólicas, como dietas cetogênicas ou suplementos de cetona, podem ser eficazes na preservação da função cerebral se iniciadas precocemente. Na meia-idade, os neurônios sofrem estresse metabólico, mas ainda estão vivos.

Cérebro se desfazendo devido à demência
Descoberta pode ajudar no combate contra a demência (Imagem: Naeblys/Shutterstock)

Por isso, a equipe defende que a identificação precoce da resistência à insulina no cérebro, combinada com intervenções específicas, pode representar um grande avanço. Em outras palavras, esta pode ser uma importante descoberta para prevenir casos de demência.

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