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Efeito Trump? YouTube relaxa moderação de conteúdo pela ‘liberdade de expressão’

X, Meta e, agora, YouTube. Esses são exemplos de plataformas (e big techs) que mudaram suas políticas de moderação de conteúdo “em prol da liberdade de expressão”. No caso da Meta e do YouTube, o relaxamento do cerco ocorreu em paralelo ao retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

Diferente do X e da Meta, o YouTube não fez alarde sobre a mudança na moderação de conteúdo. A plataforma (do Google, diga-se) introduziu sua nova política em meados de dezembro de 2024 num material de treinamento analisado pelo New York Times, que revelou a informação nesta segunda-feira (09).

O que mudou na moderação de conteúdo no YouTube

Para vídeos considerados de interesse público, o YouTube elevou o limite para a quantidade de conteúdo ofensivo permitido para metade – antes, era um quarto do vídeo.

Além disso, a plataforma encorajou os moderadores a manter esses vídeos no ar. Entram aqui, por exemplo: reuniões em câmaras municipais, comícios de campanha e conversas políticas.

YouTube expandiu isenção para vídeos com conteúdo ofensivo e/ou desinformativo (Imagem: Algi Febri Sugita/Shutterstock)

Essas isenções expandidas podem beneficiar comentaristas políticos cujos vídeos longos misturam cobertura jornalística com opiniões e alegações sobre diversos tópicos, apontou o jornal.

  • A política também ajuda a plataforma do Google a evitar ataques de políticos e ativistas frustrados com o tratamento dado aos seus conteúdos.

Com a mudança de política, o YouTube entrou para o grupo de plataformas sociais dos EUA que recuaram seus esforços para policiar o discurso online.

Montagem com fotos de Elon Musk e Mark Zuckerberg durante evento
Elon Musk, no X, e Mark Zuckerberg, nas plataformas da Meta, transferiram moderação de conteúdo para usuários (Imagens: Frederic Legrand/Shutterstock)

Vale lembrar: em janeiro, a Meta encerrou seu programa de verificação de fatos em postagens. A big tech de Mark Zuckerberg se inspirou no X, de Elon Musk: transferiu a responsabilidade de moderar conteúdo para os usuários.

Leia mais:

É ou não é sobre liberdade de expressão? Confira os lados desta discussão

Críticos ouvidos pelo jornal dizem que mudanças deste tipo contribuem para a rápida disseminação de alegações falsas. Além disso, podem aumentar marés de discurso de ódio na internet.

Imran Ahmed, diretor executivo do Center for Countering Digital Hate, disse ao jornal que essas mudanças beneficiam as empresas ao reduzir os custos de moderação de conteúdo, enquanto mantêm mais conteúdo online para engajamento dos usuários.

“Isso não é sobre liberdade de expressão”, disse Ahmed. “É sobre publicidade, amplificação e, em última instância, lucros.”

Logo do YouTube ao fundo e desfocado, com uma mão segurando um controle remoto à frente
Críticos dizem que mudanças no YouTube ajudam disseminação de desinformação e discurso de ódio; empresa diz que atualiza diretrizes conforme mudanças no interesse público (Imagem: Funstock/Shutterstock)

Já Nicole Bell, porta-voz do YouTube, disse ao jornal que a plataforma atualiza continuamente suas diretrizes para moderadores de conteúdo sobre tópicos que surgem no discurso público.

Nicole também explicou que o YouTube aposenta políticas que não fazem mais sentido e fortalece políticas quando necessário – por exemplo, quando proibiu conteúdo que direciona pessoas para sites de apostas (isso ocorreu em 2025).

Reconhecendo que a definição de ‘interesse público’ está sempre evoluindo, atualizamos nossas diretrizes para essas exceções para refletir os novos tipos de discussão que vemos na plataforma hoje“, disse a porta-voz.

Nicole acrescentou: “Nosso objetivo permanece o mesmo: proteger a liberdade de expressão no YouTube enquanto mitigamos danos graves.”

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O plano de Trump para que os EUA se tornem líderes em voos supersônicos

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos está novamente autorizada a realizar voos supersônicos em solo americano. O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva derrubando a proibição que vigorava há 52 anos. 

De acordo com a Casa Branca, avanços na engenharia aeroespacial, ciência dos materiais e redução de ruído agora tornam o voo supersônico não apenas possível, mas seguro, sustentável e comercialmente viável. 

“A realidade é que os americanos deveriam conseguir voar de Nova York para Los Angeles em menos de quatro horas”, disse Michael Kratsios, diretor do Gabinete de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca, a repórteres.

FAA terá de estabelecer um padrão provisório de certificação baseado em ruído em até 18 meses (Imagem: CRobertson/iStock)

O que diz a ordem

O documento diz que esse é o início de um “esforço nacional histórico para restabelecer os Estados Unidos como líderes indiscutíveis na aviação de alta velocidade”. 

Ficará a cargo da FAA estabelecer um padrão provisório de certificação baseado em ruído, permitindo voos mais rápidos que o som, desde que nenhum estrondo sônico atinja o solo. 

“A regra proposta deverá definir limites de ruído aceitáveis ​​para decolagem, pouso e operação supersônica em rota com base em testes operacionais e dados de pesquisa, desenvolvimento, teste e avaliação”, diz a ordem.

Além disso, a ordem inclui a revogação de leis com “barreiras regulatórias adicionais que impedem o avanço da tecnologia de aviação supersônica nos Estados Unidos”.

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Trump quer tornar os EUA “líderes indiscutíveis na aviação de alta velocidade” (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Trump também ordenou o envolvimento dos secretários de Defesa, Comércio, Transporte, além do Administrador da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço, para desenvolver projetos de pesquisa sobre voos supersônicos.

A equipe deverá envolver a Organização Internacional de Aviação Civil e os principais parceiros estrangeiros para buscar alinhamento global em relação às abordagens regulatórias supersônicas, diz a ordem.

Leia Mais:

Boom Technology é uma das startups favorecidas pelas mudanças na FAA (Imagem: Divulgação/Boom Technology)

E já tem interessado na história…

A mudança pode favorecer o desenvolvimento de jatos comerciais da Boom Supersonic, empresa que criou o XB-1. No início do ano, a aeronave quebrou a barreira do som no seu último voo de teste — isso ocorre quando sua velocidade atinge 1.234 km/h, algo inédito nos EUA.

Ao site TechCrunch, o CEO da Boom, Blake Scholl, se manifestou sobre as mudanças na FAA: “A barreira do som nunca foi física — foi regulatória. Com a legalização do supersônico, o retorno das viagens aéreas de passageiros supersônicas é apenas uma questão de tempo.”

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NASA e Pentágono já procuram substituta para a SpaceX

A NASA tomou um susto com as declarações de Elon Musk durante a briga com Donald Trump. O bilionário é dono da SpaceX e disse que desativaria imediatamente a cápsula Dragon, que atualmente é o único meio de transporte da agência espacial americana para levar astronautas até a Estação Espacial Internacional (ISS).

O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, também depende fortemente da SpaceX.

As ameaças de Musk deixaram os dois órgãos preocupados, a ponto de ambos começarem a entrar em contato com outras empresas do setor espacial.

NASA quer reduzir dependência da SpaceX (Imagem: Mamun_Sheikh/Shutterstock)

NASA e Pentágono dependem da SpaceX

A SpaceX tem contratos bilionários com o governo dos Estados Unidos. Atualmente, a empresa é a única que transporta astronautas para a ISS (depois do fracasso da Starliner, da Boeing), com expectativa de ser usada em próximas missões da NASA. Além disso, a companhia desenvolve e lança satélites para o Pentágono, principalmente para uso de agências de inteligência.

No entanto, a briga entre Musk e Trump deixou os órgãos aflitos. Segundo um dúzia de fontes do governo e da NASA que falaram em condição de anonimato ao The Washington Post, a troca de ameaças estava divertida de se assistir, até que o bilionário afirmou que descomissionaria a Crew Dragon para missões da agência espacial. Isso fez com que os envolvidos percebessem que o conflito poderia atingí-los em cheio.

Depois, Musk voltou atrás.

Mesmo assim, tanto a NASA quanto o Pentágono entraram em contato com outras empresas do setor. A intenção é diminuir a dependência da SpaceX, caso a briga entre Musk e Trump volte a evoluir.

Musk e Trump brigaram na quinta-feira (05), após declaração do presidente na Casa Branca (Crédito: Bella1105 – Shutterstock)

Que outras empresas poderiam substituir a SpaceX?

A SpaceX não é a única empresa do setor aeroespacial americano na mira do governo. No entanto, o desenvolvimento de naves, foguetes e aviões espaciais acontece em ritmo lento, o que deixou a companhia de Musk em uma posição de domínio.

Algumas tentativas com outras empresas até já aconteceram. Por exemplo, no ano passado, a NASA usou a Starliner, da Boeing, para levar astronautas até a ISS. O resultado? A cápsula apresentou falhas e teve que voltar sem ninguém a bordo, deixando Suni Williams e Butch Wilmore ‘presos’ na Estação. Por enquanto, a SpaceX ainda é a alternativa mais segura.

Mas, ainda assim, não é a única. Desde a briga, NASA e Pentágono contataram três empresas espaciais comerciais: Rocket Lab, Stoke Space e Blue Origin (de Jeff Bezos). O governo queria entender qual o status de desenvolvimento dos foguetes e quando eles estariam prontos para serem usados em missões oficiais.

A Sierra Space também foi consultada: quando a briga aconteceu, a empresa estava em reunião com autoridades da NASA para conversar sobre o desenvolvimento do avião espacial Dream Chaser, que poderia levar cargas à ISS. Segundo o CEO Fatih Ozmen, em comunicado ao TWP, a Sierra Space está pronta para atender a agência. Ele ainda disse que “a NASA nos informou que deseja diversidade e não quer depender de um único fornecedor” e que o avião está em fase final de testes, com expectativa de ficar pronto ainda este ano.

A Boeing, responsável pela Starliner, também está na mira. Representantes do governo têm questionado a companhia sobre a situação da nave para transporte de humanos. Por enquanto, os planos estão atrasados, mas a empresa espera fazê-la voar novamente no início do ano que vem.

No caso do Pentágono, o órgão vem buscando outros fornecedores de serviços como forma de evitar “a dependência excessiva de um único fornecedor ou solução”.

Crachá das Forças Espaciais dos Estados Unidos
Pentágono também está consultando outras fornecedoras de serviços militares e de segurança (Crédito: Pentágono/Divulgação)

Embargo da SpaceX ao espaço

  • Especialistas consultados pelo jornal americano, como Todd Harrison, analista de defesa do American Enterprise Institute, acreditam que as ameaças de Musk podem prejudicar a SpaceX, que atualmente é a principal parceria comercial do governo na exploração espacial;
  • No entanto, também pode atrapalhar a NASA: “É quase como um embargo à estação espacial. Musk estava dizendo que iria cortar o acesso da NASA ao seu próprio laboratório no espaço”, disse Harrison.
  • Já para Garrett Reisman, ex-astronauta da NASA que já trabalhou na SpaceX, a briga se tonrou “muito pessoal” e que não se deve reagir tão “exageradamente” aos comentários em redes sociais.

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Vende-se carro usado: Trump vai se desfazer de seu Tesla vermelho

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk brigaram feio no final da semana. Com o rompimento, o republicano pretende vender seu carro Tesla vermelho comprado em março deste ano.

Pelo menos é o que diz o jornal estadunidense The New York Times. Trump havia comprado o modelo elétrico como forma de demonstrar apoio a Musk, que é dono da montadora e, agora, ex-aliado do presidente.

Musk e Trump tinham terminado amigavelmente… mas não durou muito (Crédito: Bella1105 – Shutterstock)

Musk x Trump ações da Tesla despencaram…

Durante a briga com Musk na última quinta-feira (05), Trump deu a entender que cortaria os subsídios e contratos governamentais dos Estados Unidos com as empresas do bilionário.

A SpaceX seria uma das afetadas. Musk respondeu que, em troca, começaria a desativar “imediatamente” o uso da cápsula Dragon para missões americanas. Depois, voltou atrás. O Olhar Digital deu os detalhes aqui.

Trump também afirmou durante a briga que acabaria com o “mandato dos carros elétricos”, expressão para se referir de forma pejorativa às políticas de eletrificação na indústria automotiva. E isso afeta a Tesla diretamente.

No mesmo dia, as ações da montadora despencaram: a queda foi de 14%, com um prejuízo de US$ 26,6 bilhões diretamente na fortuna de Musk. Veja mais detalhes aqui.

Foto de Elon Musk acima do logo da Tesla
Ações da Tesla caíram após briga (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

Mas depois voltaram a subir

  • No dia seguinte à briga, na sexta-feira (06), as ações tiveram uma recuperação parcial de 4%.
  • Segundo a Reuters, a retomada discreta nas ações pode ter sido fruto de uma possível resolução entre Musk e Trump. Isso porque, de acordo com o site Politico, os dois se falariam mais tarde naquele dia;
  • Isso não aconteceu. À CNN, Trump disse que nem estava pensando em “Elon”.
Montagem com fotos de Elon Musk e Donald Trump
Mercado esperava uma resolução, que ainda não aconteceu (Imagem: Frederic Legrand e Jonah Elkowitz – Shutterstock)

Relembre a briga entre Musk e Trump

Olhar Digital deu todos os detalhes sobre a briga – incluindo links para as publicações nas redes sociais – neste link.

Veja um resumo:

Em um encontro com o chanceler alemão Friedrich Merz na Casa Branca na última quinta-feira (05), Donald Trump se disse decepcionado com Musk por causa das críticas ao tarifaço. O presidente afirmou que o executivo já sabia sobre o projeto e que não sabe se, daqui para frente, eles continuarão tendo uma boa relação “como antes”.

O bilionário respondeu em publicação no X negando que sabia sobre o projeto. Ele ainda afirmou que o presidente estava sendo ingrato e que, sem ele, não teria vencido as eleições.

(Imagem: X/Elon Musk/Reprodução de tela)

Trump, novamente, retrucou. Ele escreveu que Musk “ficou louco” e que demitiu o aliado porque ele estava o irritando. Além disso, disse que acabou com o “Mandato dos Carros Elétricos” e ameaçou cortar os contratos do governo com as empresas do bilionário (como a SpaceX, que tem projetos em conjunto com o governo).

Em uma tréplica, Musk acusou Trump de envolvimento com um escândalo sexual dos anos 2000 e disse que desativaria a cápsula Crew Dragon para uso da NASA.

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Na briga entre Trump e Musk, como fica o Vale do Silício?

Em 2024, Elon Musk se tornou uma figura central no apoio de bilionários do Vale do Silício a Donald Trump.

Muitos nomes influentes da tecnologia, antes distantes da política ou alinhados aos democratas, passaram a apoiar financeiramente o ex-presidente, atraídos por promessas de desregulamentação em áreas como criptomoedas e inteligência artificial.

No entanto, o relacionamento entre Musk e Trump se deteriorou recentemente, colocando em xeque essa aliança.

Com Musk se afastando de Washington, os demais bilionários podem ser forçados a escolher entre manter o apoio a Trump ou seguir o empresário em seu rompimento, como explica o New York Times.

Ruptura pode redefinir relações políticas de investidores tech com Washington (Imagem: mark reinstein / Shutterstock)

Leia mais:

Musk ajudou Trump a conseguir apoiadores no setor tecnológico

  • A influência de Musk foi fundamental para aproximar a indústria de tecnologia do governo Trump.
  • Sem ele, figuras como o investidor David Sacks podem assumir maior protagonismo, embora sem o mesmo peso político.
  • A ruptura acontece em um momento em que os resultados para o setor seguem incertos: o governo Trump continua impondo tarifas e não encerrou ações antitruste contra gigantes como Google e Meta.
Silhuetas de Musk e Trump; atrás, bandeira dos Estados Unidos
Rompimento entre Musk e Trump pode abalar aliança do Vale do Silício com a política (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Políticas públicas de tecnologia podem ser afetadas

Apesar do apoio financeiro expressivo de alguns nomes da indústria, há dúvidas sobre os reais benefícios obtidos até agora.

Musk, por sua vez, pode ver seus interesses diretos ameaçados, como a ampliação do serviço Starlink pela SpaceX, que depende de decisões regulatórias da FCC — onde ele ainda conta com aliados.

A tensão entre Musk e Trump pode ter impacto significativo no futuro das políticas públicas em tecnologia. Para muitos, o episódio serve como alerta sobre os riscos de alinhar interesses empresariais a figuras políticas, em vez de princípios duradouros.

Elon Musk
Com Elon Musk em conflito com Trump, investidores e empresas podem perder influência (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

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Crew Dragon: conheça a cápsula no meio da disputa entre Musk e Trump

Se, no começo do ano, a amizade entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o bilionário Elon Musk parecia inabalável, as coisas azedaram de vez na última quinta-feira (5), com uma troca de ofensas nas redes sociais. Em meio à discussão, um dos nomes que se destacou foi o da cápsula Crew Dragon, responsável por levar astronautas americanos para a Estação Espacial Internacional (ISS).

Durante a troca de farpas, em que Musk criticou a nova lei orçamentária de Trump, o presidente americano sugeriu que poderia romper os contratos do governo com as empresas do bilionário.

A maneira mais fácil de economizar bilhões e bilhões de dólares em nosso Orçamento é encerrar os subsídios e contratos governamentais de Elon Musk

Donald Trump

Crédito: Bella1105 – Shutterstock

Em resposta, Musk declarou que estava desativando a cápsula Crew Dragon“À luz da declaração do presidente sobre o cancelamento dos meus contratos com o Estado, a SpaceX começará a desativar sua nave espacial, Dragon, imediatamente”, disse o empresário em sua postagem.

Pouco tempo depois, ele indicou que havia voltado atrás em sua decisão. Mas o fato é que a relação entre a SpaceX e o governo dos EUA nunca esteve tão nebulosa. Em meio a isso, o que exatamente é a Crew Dragon, e qual sua importância para as atividades espaciais americanas?

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Imagem: Evgeniyqw/Shutterstock

A cápsula Crew Dragon

As cápsulas Crew Dragon, da SpaceX, transportam astronautas e carga para a Estação Espacial Internacional em um contrato com a NASA. A primeira vez que levou astronautas à ISS foi em 2020, marcando o retorno dos lançamentos tripulados aos EUA.

  • A cápsula se destaca pelo design moderno, em contraste com o visual clássico da russa Soyuz;
  • Tem capacidade para até sete astronautas, mas as missões costumam levar apenas quatro;
  • É reutilizável, podendo ser lançada múltiplas vezes após manutenção, reduzindo custos;
  • É impulsionada pelo foguete Falcon 9, também da SpaceX;
  • Atualmente, há uma cápsula atracada na ISS, com quatro astronautas que dependem dela para retornar à Terra.

Caso o contrato fosse realmente encerrado, é provável que o grupo ainda voltasse com a SpaceX, mas o envio de uma nova tripulação ficaria comprometido.

Leia mais:

Alternativas à SpaceX

Existem poucas alternativas para a NASA no mercado. Desde que deixou de ter um veículo próprio para levar astronautas à ISS (com o fim do programa de ônibus espaciais), a agência passou a depender de parcerias com empresas privadas.

Por muito tempo, apenas a Soyuz, russa, realizou os lançamentos contratados pela NASA – algo que ainda ocorre com frequência. Nesse caso, a tripulação teria que ser reduzida a três astronautas.

Lançamento da Soyuz
Lançamento da Soyuz (Imagem: Roscosmos)

No entanto, com as relações entre EUA e Rússia estremecidas, seria difícil imaginar os americanos admitindo que dependem ainda mais da tecnologia russa no espaço.

A outra alternativa com contrato da NASA é a Boeing, que desenvolveu a Starliner para transportar astronautas à ISS. Porém, o programa está atrasado, e, com a complicada situação da primeira missão tripulada, é improvável que o foguete decole novamente tão cedo.

Outros contratos da NASA incluem a Sierra Space, com o avião espacial Dream Chaser, e a Northrop Grumman, com a Cygnus, mas ambos os projetos avançam lentamente e não estão aptos para levar astronautas.

Tudo isso traria ainda mais incerteza para o futuro da ISS, prevista para ser aposentada em 2030.

Consequências para o programa lunar

O fim dos contratos com a SpaceX também impactaria o programa Artemis, que visa levar humanos de volta à Lua após 50 anos. A SpaceX tem um contrato para construir uma versão do foguete gigante Starship, que levará dois astronautas da NASA à superfície lunar na terceira missão Artemis.

Sem a empresa de Musk, o cronograma (já apertado), previsto para 2027, certamente teria que ser revisto, alongando ainda mais um programa que já enfrentou diversos atrasos.

Uma das versões do foguete SLS, da NASA, o modelo Block 1B, que será usado na missão Artemis 4, prevista para 2028, tem representado um grande desafio para a agência. Crédito: NASA

Há ainda outras consequências, como o lançamento de satélites do governo e missões como a sonda Dragonfly, que deve ir para Titã, lua de Saturno – e a SpaceX foi contratada para transportá-la.

No momento, há poucas certezas sobre como as relações entre SpaceX e NASA seguirão. A agência ainda não tem um novo administrador indicado, após Trump retirar a nomeação de Jared Isaacman para o posto.

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Elon Musk pode ser deportado dos Estados Unidos? Entenda

Havia sinais de que a relação entre Elon Musk e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estava se desgastando. Antes mesmo de deixar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), o bilionário vinha fazendo críticas ao governo, mas agora o cenário azedou de vez.

Os dois passaram a trocar acusações, com direito a ofensas e ameaças. O rompimento é tamanho que um assessor político dos EUA recomendou que a Casa Branca investigue o empresário, sugerindo, até mesmo, a deportação dele.

Musk chegou a fazer campanha para Trump se eleger presidente dos EUA (Imagem: bella1105/Shutterstock)

Musk pode ser investigado pelas autoridades dos EUA

  • Stephen Bannon é um dos maiores críticos de Elon Musk e afirmou que está aconselhando o presidente Trump a tomar medidas contra o seu antigo aliado.
  • O assessor político sugeriu cancelar todos os contratos do governo com as empresas do bilionário.
  • Além disso, pediu que o homem mais rico do mundo seja investigado.
  • “Eles deveriam iniciar uma investigação formal de seu status de imigração, porque acredito fortemente que ele é um estrangeiro ilegal e deve ser deportado do país imediatamente”, argumentou Bannon.
  • O suposto uso de drogas pelo empresário, já desmentido por Musk, também motivou os pedidos de investigação.
  • Caso estas medidas sejam adotadas, a autorização de segurança do bilionário deve ser suspensa.

Leia mais

Silhuetas de Musk e Trump; atrás, bandeira dos Estados Unidos
Relação não terminou de forma agradável (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Musk e Trump: de aliados a inimigos

Nesta quinta-feira (5), Elon Musk e Donald Trump trocaram farpas nas redes sociais. Desde que saiu do governo, o empresário vinha aumentando o tom de suas críticas ao presidente norte-americano. O alvo mais recente foi um projeto de lei proposto pelo republicano e aprovado pela Câmara dos Deputados dos EUA.

O texto prevê cortes de impostos, especialmente para os mais ricos, e uma ampliação considerável dos gastos públicos, o que deve elevar o déficit público dos Estados Unidos em US$ 2,4 trilhões em uma década. O bilionário entende que a medida é eleitoreira e que não leva em conta todo o seu trabalho para reduzir os gastos do governo.

Elon Musk usando uma camiseta com os dizeres "DOGE"
Empresário deixou o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) nos últimos dias (Imagem: Joshua Sukoff/Shutterstock)

Depois de vários dias sob ataque, Trump reagiu afirmando que Musk conhecia em detalhes o projeto de lei e que estava chateado porque ele previa a redução dos incentivos a carros elétricos. Ele ainda afirmou que o bilionário “ficou louco” e ameaçou cortar os subsídios e contratos governamentais para as empresas do sul-africano.

A resposta de Elon Musk foi ainda mais intensa, com uma série de publicações no X, acusando o republicano de envolvimento no escândalo sexual ligado a Jeffrey Epstein. Ele ainda afirmou que Trump só foi eleito por sua causa e defendeu o impeachment do presidente dos EUA.

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Musk baixa o tom e desiste de retirar cápsula Dragon de missões da NASA

Horas após afirmar que removeria a cápsula Dragon de missões conjuntas de SpaceX e NASA, Elon Musk, dono da empresa espacial, voltou atrás. Por volta das 22h20 (horário de Brasília), o bilionário respondeu a um comentário no X, afirmando que “não vamos descomissionar a Dragon“.

Musk vai deixar a NASA continuar usando a Dragon?

  • Como frisa a Bloomberg, é difícil dizer, exatamente, o que Musk quis dizer com “descomissionar”;
  • A Dragon é importante para a NASA, pois é por ela que os astronautas são levados à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês);
  • A declaração original do bilionário veio após Trump ameaçar cortar todos os contratos do governo com Musk — ou seja, os da parceria entre NASA e SpaceX;
  • A SpaceX possui contratos antigos com a NASA e foi a primeira empresa privada a mandar uma tripulação para a ISS. Isso ocorreu em 2020;
  • Há a expectativa de que a empresa seja peça fundamental da continuidade da missão Artemis, que visa levar os humanos de volta à Lua com o Starship, o foguete mais poderoso já construído;
  • O que também está sob dúvida é a missão para Marte. Apesar de Musk querer enviar um foguete ao planeta vermelho já no ano que vem, pode ser que Trump, que, antes, apoiava freneticamente a missão, atue para desacreditá-la.
Bilionário voltou atrás (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Leia mais:

E a NASA, se posicionou?

A porta-voz da NASA, Bethany Stevens, foi ao X para indicar a opinião da agência. Ela informou que ela “continuará executando a visão do Presidente” e trabalhar com seus parceiros da indústria.

Como se não bastasse toda essa confusão, o presidente dos EUA desistiu de levar o bilionário Jared Isaacman ao comando da NASA, algo que estava definido desde o ano passado. Isaacman foi o primeiro civil a “caminhar” no Espaço — o “passeio” foi bancado pela SpaceX também no ano passado.

Vale lembrar que, se Musk tirar o “direito” da NASA de usar a cápsula Dragon, seria um duro golpe para as pretensões da agência espacial estadunidense. A espaçonave será importante ao menos até 2030, quando a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) será desmontada em definitivo.

Fachada da sede de SpaceX
SpaceX pode terminar contratos com a NASA de forma forçada? (Imagem: Findaview/Shutterstock)

Sem contar que são vários os contratos firmados entre governo e SpaceX. Se Trump cumprir a ameaça de encerrá-los, a agência poderá ver a maioria de seus projetos ruir e China, Rússia, Índia e outros avançando em missões espaciais que a estadunidense está na frente, como a missão Artemis, que visa levar humanos de volta à Lua.

Nesta quinta-feira (5), a NASA levou outro “pancada”: a Casa Branca propôs corte de 25% no orçamento da agência para 2026, comprometendo suas missões.

Logo da NASA em uma placa
Agência espacial estadunidense pode não ter bilhões de dólares em 2026 (Imagem: SNEHIT PHOTO/Shutterstock)

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Trump vs. Musk: briga faz Tesla perder bilhões em valor de mercado

A discussão acalorada entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o empresário Elon Musk só cresceu nesta quinta-feira (5), reverberando bastante. Além de o bilionário ter perdido parte de sua fortuna, a Tesla, sua principal companhia, foi fortemente afetada.

Bilionário tenta recuperar credibilidade da montadora (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

Com as brigas entre Musk e Trump e um possível fim de parceria entre NASA e SpaceX, empresa espacial do sul-africano, os acionistas da Tesla estão preocupados sobre o efeito que isso pode causar na Tesla.

Segundo a CNBC, isso fez com que as ações da empresa caíssem 14% nesta quinta-feira (5), enquanto o valor de mercado da fabricante de veículos elétricos (EVs, na sigla em inglês) foi desvalorizado em US$ 152 bilhões (R$ 848,81 bilhões, na conversão direta), deixando-a abaixo da casa do US$ 1 trilhão (R$ 5,58 trilhões), ficando em US$ 916 bilhões (R$ 5,11 trilhões).

Tesla é a maior perdedora

  • Trump comentou sobre Musk e a Tesla em sua rede social, o Truth Social, afirmando que pediu ao bilionário “para sair, eu tirei seu ‘Mandato de EVs’ que forçou todos a comprar carros elétricos que ninguém mais queria (que ele sabia por meses que eu ia fazer!), E ele ficou MALUCO!”, disse;
  • No Salão Oval da Casa Branca, Trump disse que Musk não gostou que os créditos que fomentam a aquisição de EVs no país ficaram de foram do projeto de lei recém-criado pelo presidente que versa sobre o orçamento do governo;
  • “Elon e eu tivemos um ótimo relacionamento. Não sei se vamos mais [voltar a ter]. Eu fiquei surpreso“, afirmou;
  • Musk respondeu no X “que seja” e que, “sem mim, Trump poderia ter perdido a eleição, Democratas controlariam a Casa Branca e os Republicanos seriam 51 a 49 no Senado”.
Logos de Tesla e BYD lado a lado em um smartphone, que se encontra na horizontal
Chinesa BYD ganhou terreno na Europa e deixou a Tesla para trás (Imagem: ssi77/Shutterstock)

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Época difícil

A nova época difícil chega à Tesla após ter 22% de aumento nas ações no mês passado, mesmo com fracas vendas e a perda da liderança entre os EVs para a chinesa BYD na Europa. Só nesta semana, os papéis da companhia caíram 18%, pois Musk seguiu protestando contra a lei orçamentária do governo.

Quando falamos nos cinco primeiros meses de 2025, as ações caíram quase 30%, ficando bem abaixo da alta obtida em 18 de dezembro de 2024, quando chegou a US$ 488,54 (R$ 2.728,15).

Segundo a NBC News, Musk tentou convencer Trump e o alto escalão do governo a mudar parte do projeto orçamentário para mitigar a redução dos créditos para EVs e energia solar residencial. A mudança pode impor US$ 250 (R$ 1.396,07) anuais em taxas para donos de carros elétricos.

Donald Trump apontando para a frente; atrás, parte da bandeira dos EUA desfocada
Trump quer taxar os EVs (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

X está mudando termos de uso da IA… para beneficiar Musk

O X (antigo Twitter) alterou nesta semana sua política de uso no que diz respeito à inteligência artificial. A rede social de Elon Musk passou a proibir que terceiros usem dados e conteúdos publicados na plataforma para treinar grandes modelos de IA.

Leia a reportagem completa aqui

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Briga sem fim: Musk afirma que vai tirar peça-chave da SpaceX das mãos de Trump; entenda

Nesta quinta-feira (5), o bate-boca on-line entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o empresário Elon Musk, piorou. Em um de seus últimos posts no X, Musk prometeu que vai desativar algo muito importante para os EUA: a espaçonave Dragon, de sua empresa espacial, a SpaceX.

Dragon é muito importante para as ambições espaciais dos EUA (Imagem: Karolis Kavolelis/Shutterstock)

A Dragon é importante para a NASA, pois é por ela que os astronautas são levados à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A declaração do bilionário veio após Trump ameaçar cortar todos os contratos do governo com Musk — ou seja, os da parceria entre NASA e SpaceX. Confira a postagem a seguir:

“À luz da declaração do Presidente sobre o cancelamento dos meus contratos com o Estado, a SpaceX começará a desativar sua nave espacial, Dragon, imediatamente“, diz o empresário na postagem.

Musk vs. Trump = fim da parceria SpaceX/NASA?

  • Até o momento, a SpaceX não se pronunciou a respeito;
  • Nem mesmo a NASA ou o próprio Trump se pronunciaram após a fala de Musk;
  • A SpaceX possui contratos antigos com a NASA e foi a primeira empresa privada a mandar uma tripulação para a ISS. Isso ocorreu em 2020;
  • Há a expectativa de que a empresa seja peça fundamental da continuidade da missão Artemis, que visa levar os humanos de volta à Lua com o Starship, o foguete mais poderoso já construído;
  • O que também está sob dúvida é a missão para Marte. Apesar de Musk querer enviar um foguete ao planeta vermelho já no ano que vem, pode ser que Trump, que, antes, apoiava freneticamente a missão, atue para desacreditá-la.
Elon Musk fazendo pose
Homem está de volta ao cenário empresarial — e às polêmicas (Imagem: Frederic Legrand – COMEO / Shutterstock)

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Após a eleição de Trump, no fim de 2024, Musk — um dos maiores investidores na campanha do republicano — foi cotado para ter um cargo no governo e, por conta disso, os contratos da SpaceX foram indicados como um possível conflito de interesses.

Isso ficou ainda mais latente quando Trump anunciou Musk no comando do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), que tinha, como responsabilidade, fazer cortes substanciais nos gastos do governo até maio.

Contudo, ações do empresário geraram inúmeras críticas por desmontar orçamentos de grupos importantes e por causar demissões em massa (algo que ele também fez no X quando o comprou). Ainda, foi acusado de inflar o valor economizado.

Musk deixou o governo Trump em 28 de maio. Publicamente, o presidente deu a entender que o empresário sul-africano poderia voltar ao governo em algum momento, apesar de que ele deixou o DOGE para focar na recuperação de suas empresas (principalmente a Tesla).

donald trump
Trump também está no olho do furacão (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Mas tudo começou a ruir nos últimos dias, com a troca de farpas e ameaças entre ambos pelas redes sociais. Curiosamente, eles estão usando as plataformas das quais são donos: X (Musk) e Truth Social (Trump).

Para piorar, o presidente dos EUA desistiu de levar o bilionário Jared Isaacman ao comando da NASA, algo que estava definido desde o ano passado. Isaacman foi o primeiro civil a “caminhar” no Espaço — o “passeio” foi bancado pela SpaceX também no ano passado.

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