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Casa Branca reclama e Amazon desiste de expor valor de tarifas de Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou, nesta terça-feira (29), com o fundador da Amazon, Jeff Bezos, após a imprensa estadunidense repercutir a ideia da varejista de expor valores de tarifas de importação no preço final de produtos vendidos pela empresa.

Trump disse que Bezos foi “gentil” durante a conversa e que lhe garantiu que não haverá mudanças no site. “Ele fez a coisa certa. Ele é um cara legal”, disse o presidente estadunidense a repórteres na Casa Branca.

Segundo a NBC News, a ideia era listar as tarifas no Amazon Haul, plataforma de descontos criada para competir com gigantes chinesas de baixo custo, como Temu e Shein. “Isso nunca foi aprovado e não vai acontecer”, disse um porta-voz da gigante do varejo à reportagem.

Bezos teria garantindo a Trump que Amazon não fará mudança no site (Imagem: lev radin/Shutterstock)

Casa Branca reagiu ao rumor referente à Amazon às pressas

Pela manhã, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi questionada sobre a primeira reportagem a citar a alteração (divulgada pelo portal Punchbowl News), de acordo com a CNN.

Acabei de falar ao telefone com o presidente sobre o anúncio da Amazon. Este é um ato hostil e político da Amazon”, disse Leavitt na sala de imprensa da Casa Branca, ao lado do Secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Já o secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse que a empresa se esforça para “fazer parecer” que as tarifas tiveram algum impacto nos preços aos consumidores.

É um absurdo“, disse ele em entrevista à CNBC. “Uma tarifa de 10% não vai mudar praticamente nenhum preço“, acrescentou, referindo-se à tarifa básica quase universal para todos os países. “O único preço que mudaria seria um produto que não fabricamos aqui, como uma manga.”

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Secretário de Trump afirmou que tarifas não mudarão preços (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

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País dividido

O governo Trump impôs tarifas de 145% sobre as importações da China e um imposto mínimo de 10% sobre todos os outros países. Nesta terça-feira (29), o republicano assinou decreto que evita a sobreposição de tributos em peças usadas na produção de veículos.

No Senado dos EUA, o líder da minoria, Chuck Schumer, encorajou as empresas a expor o impacto da política tarifária do presidente. “Mostrem aos seus clientes o quanto as tarifas estão pesando em seus bolsos. As pessoas merecem saber o impacto que as tarifas têm em suas finanças”, disse, no plenário.

Vale lembrar que a Amazon foi uma das grandes empresas a doar US$ 1 milhão (R$ 5,62 milhões, na conversão direta) ao fundo inaugural de Donald Trump. A empresa de Bezos também está produzindo um documentário focado na primeira-dama, Melania Trump.

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Guerra dos chips: governo Trump avalia mudar as regras globais no setor

O governo Trump está analisando mudanças na regra de exportação de chips de inteligência artificial herdada da gestão Biden, com foco na eliminação do sistema que divide o mundo em três níveis de acesso aos semicondutores, conforme informações exclusivas da Reuters.

Segundo fontes próximas ao processo, a ideia é substituir o modelo atual por um regime global de licenciamento baseado em acordos bilaterais entre governos — uma abordagem que reforça a estratégia comercial do atual presidente.

A norma em vigor, chamada de Estrutura para Difusão de Inteligência Artificial, foi emitida pelo Departamento de Comércio dos EUA em janeiro, nos últimos dias da gestão Biden.

Ela restringe o acesso internacional a chips de IA avançados e certos pesos de modelos, visando manter a superioridade tecnológica dos EUA e de seus aliados, especialmente frente à China. A regra entra em vigor no próximo dia 15 de maio. Hoje, a diretriz divide os países em três níveis.

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Estratégia do governo Trump visa usar semicondutores como ferramenta geopolítica (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Níveis de acesso aos chips dos EUA

  • Nível 1: inclui aliados como Japão, Reino Unido e Taiwan, com acesso irrestrito;
  • Nível 2: cerca de 120 países com limites de importação;
  • Nível 3: países “preocupantes”, como China, Rússia e Irã, com acesso bloqueado.

Integrantes do governo avaliam que o novo modelo com acordos entre países facilitaria o uso dos chips americanos como moeda de troca em negociações comerciais.

A proposta também estuda reduzir o limite de exceção para licenciamento: atualmente, pedidos abaixo do equivalente a 1.700 chips H100 da Nvidia não precisam de licença — esse teto poderia cair para 500 chips.

Medida não é bem vista por empresas do ramo

A medida é alvo de críticas de grandes empresas como Nvidia e Oracle, além de parlamentares republicanos, que alegam que a regra pode empurrar países para a tecnologia chinesa. Sete senadores enviaram carta ao Departamento de Comércio pedindo a revogação da norma.

Embora o governo Trump diga querer tornar a regra “mais forte e mais simples”, especialistas alertam que a eliminação dos níveis pode torná-la mais complexa.

Ilustração de mapa do mundo com elementos de chips
Nova abordagem substituiria classificação por níveis por controle via acordos entre governos (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

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Tarifaço x Amazon: Trump foi tirar satisfação com Jeff Bezos; entenda

Mesmo após a pausa, o tarifaço de Donald Trump segue gerando discórdia entre países e empresas. Em um novo capítulo dessa história, divulgado pela imprensa internacional nesta terça-feira (29), a Amazon estaria cogitando informar os custos das tarifas para os clientes.

A mera possibilidade irritou o presidente dos Estados Unidos, que resolveu tirar satisfação diretamente com o fundador da empresa, Jeff Bezos, em uma ligação.

A Amazon negou os rumores. No entanto, tudo isso aconteceu no dia que a gestão do republicano completa 100 dias, uma data simbólica nos governos americanos. A Casa Branca respondeu aos rumores chamando a iniciativa da companhia de um ato político “hostil”.

Proposta foi cogitada apenas para o site de baixo custo da Amazon, o Haul (Imagem: Steve Tritton/Shutterstock)

Trump arrumou briga com Amazon e Jeff Bezos

Um fonte anônima do site Punchbowl News disse que a Amazon estaria cogitando especificar os custos das tarifas de Trump para os clientes do Amazon Haul, versão de baixo custo da plataforma, que funciona apenas nos Estados Unidos. Essa ‘divisão’ foi lançada para competir com Shein e Temu.

A Casa Branca não gostou da notícia. De acordo com o The Washington Post, Donald Trump ligou para Jeff Bezos, fundador da Amazon, para reclamar da notícia.

Tudo isso aconteceu no dia em que a gestão de Trump completa 100 dias. Desde o anúncio do tarifaço, o republicano tem recebido críticas a nível nacional e internacional, e caiu nas taxas de aprovação. Ou seja, o clima tenso já está instaurado em Washington.

Em uma entrevista à imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que falou ao telefone com o presidente sobre os planos e que esse seria “um ato hostil e político da Amazon”. Ela completou: “Por que a Amazon não fez isso quando o governo Biden elevou a inflação ao nível mais alto dos últimos 40 anos?”.

Vale lembrar que Jeff Bezos foi um dos magnatas do setor de tecnologia que esteve presente na posse de Trump, em janeiro, no que pareceu um aceno à gestão do republicano. Leavitt se recusou a comentar sobre o relacionamento do executivo com Bezos.

Trump completa 100 dias de gestão em meio a críticas e desaprovação (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Amazon negou a informação

  • A Amazon negou a iniciativa;
  • Em uma declaração enviada por e-mail ao TWP, o porta-voz da empresa, Tim Doyle, disse que a equipe do Amazon Haul  “considerou a possibilidade de listar as taxas de importação de determinados produtos”, mas que isso nunca sequer foi cogitado para o site principal da Amazon;
  • Mais tarde, a companhia atualizou que essa medida “nunca foi aprovada e não vai acontecer”.

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Computação quântica: IBM prevê investimento de US$ 150 bilhões nos EUA

A IBM anunciou que vai investir US$ 150 bilhões nos Estados Unidos ao longo dos próximos cinco anos. Esse grande aporte tem um foco principal: expandir as fábricas de mainframes e sistemas de computação quântica. Só para esta área, a empresa pretende destinar mais de US$ 30 bilhões.

Computadores quânticos, que são milhares de vezes mais poderosos do que as máquinas tradicionais, prometem ser uma das prioridades das big techs nos próximos anos. O Google, por exemplo, apresentou recentemente seu chip Willow, que promete dar uma vantagem estratégica à companhia, sobretudo nas questões envolvendo Inteligência Artificial.

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Assim como outras empresas do setor, a IBM não quer ficar para trás e indicou esse mega investimento. A gigante dos PCs já opera uma das maiores frotas de computadores quânticos do mundo e deve melhorar ainda mais sua posição no mercado.

As cifras estratosféricas, no entanto, também teriam outro objetivo.

A computação quântica pode impulsionar a medicina, oferecendo novas possibilidades para tratamentos mais rápidos e precisos – Imagem: Treecha/Shutterstock

Uma questão política

  • Analistas veem o anúncio como um aceno político ao governo Donald Trump.
  • As tarifas do republicano ameaçam prejudicar as cadeias de suprimentos e aumentar os custos para a indústria de tecnologia.
  • Isso porque muitos componentes são importados hoje em dia, principalmente da Ásia.
  • Com esse mega investimento, a IBM faz um afago à política de fabricação local do presidente, ao mesmo tempo em que tenta se blindar da guerra comercial.
  • Outras gigantes, como a Nvidia e Apple, também adotaram posturas similares.
  • A diferença é que elas prometeram aportes ainda maiores, na casa dos US$ 500 bilhões cada, nos próximos 4 anos.
  • É dinheiro pesado para não ficar para trás na corrida da IA e da tecnologia quântica.
  • E para evitar prejuízos no caso da manutenção dessas taxas de mais de 100% sobre os produtos chineses.
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O tarifaço de Trump forçou uma movimentação das big techs – Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock

A computação quântica e o futuro

Se você ainda não está habituado a esse novo conceito, a gente te ajuda a entender. Segundo a Amazon, a “computação quântica é um campo multidisciplinar que compreende aspectos da ciência da computação, da física e da matemática e que utiliza a mecânica quântica para resolver problemas complexos mais rapidamente do que em computadores tradicionais”.

De modo bem simples, são máquinas poderosas capazes de realizar cálculos e resolver problemas complexos milhares de vezes mais rápido do que os PCs comuns.

Isso acontece por causa do chamado qubit, a unidade básica dessa tecnologia. Nos computadores normais, o bit opera apenas com duas “informações”: 0 e 1 (falso ou verdadeiro). O qubit, por sua vez, consegue ir além desses números, utilizando conceitos como superposição, emaranhamento e interferência quântica.

Ao permitir o processamento de variáveis extremamente complexas em tempo real, a tecnologia pode acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos ou, até mesmo, amenizar alguns assuntos cotidianos no futuro.

Você pode ler mais sobre computadores quânticos neste outro texto do Olhar Digital.

As informações são da Reuters.

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Trump cria nova “corrida do ouro” com mineração em alto mar; entenda

Mais uma polêmica na conta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano assinou uma ordem executiva que orienta as agências federais a acelerar a exploração, mineração e processamento de minerais no fundo do mar.

O objetivo da Casa Branca é garantir o acesso a recursos como cobalto, níquel e as chamadas terras raras, fundamentais para a fabricação de diversos produtos tecnológicos. No entanto, ambientalistas destacam que isso pode provocar danos irreversíveis aos ecossistemas marinhos.

EUA querem diminuir dependência da China

  • Trump, que não é um grande defensor do meio ambiente, diz que é necessário reduzir a burocracia e aumentar os investimentos na extração de recursos do fundo do mar.
  • Ele ainda destaca que isso pode ser fundamental geopoliticamente falando, uma vez que reduziria a dependência da China em relação a alguns minerais.
  • A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA apoiou a decisão do presidente norte-americano.
  • A entidade ainda citou que isso dará início “a próxima corrida do ouro”.
  • A ordem executiva do republicano também pede uma revisão das licenças de mineração no fundo do mar “em áreas além da jurisdição nacional”.
  • Isso significa que os EUA poderiam extrair recursos além das zonas marítimas consideradas norte-americanos, abrindo espaço para o aumento de disputas territoriais.
  • As informações são do IFLScience.
Casa Branca quer garantir acesso a recursos que hoje são quase monopólio dos chineses (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

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Impactos ambientais da mineração são incalculáveis

A decisão de Trump foi amplamente criticada por ambientalistas. Embora as pesquisas sobre os impactos ecológicos da mineração em alto mar sejam limitadas, estudos apontam que ela pode causar sérios prejuízos à vida marinha.

Alguns animais podem ser esmagados pelas máquinas ou sufocados pelos sedimentos que são expelidos pelas atividades de mineração. Além disso, cientistas descobriram que espécies como as águas-vivas também estão em risco.

Extração de recursos no fundo do mar pode provocar danos importante aos ecossistemas marinhos (Imagem: Solarisys/Shutterstock)

Um dos maiores temores é que o processo de extração simplesmente destrua comunidades inteiras, gerando danos irreversíveis para a vida marinha. Por isso, ambientalistas afirmam que não é possível realizar a mineração do fundo do mar de forma totalmente segura.

Em 2024, 32 países declararam oposição à mineração do fundo do mar, incluindo Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, México, Suécia, Dinamarca e Áustria. A maioria pediu uma pausa preventiva de qualquer operação do tipo até que todos os riscos sejam conhecidos, mas alguns países, incluindo a França, proibiram totalmente a prática. A decisão dos EUA, no entanto, pode acabar incentivando outros governos a tomarem medidas parecidas.

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Tarifaço de Trump: Amazon já está com preços mais altos

Há uma década, Aaron Cordovez vende eletrodomésticos de cozinha na Amazon por meio da loja Zulay Kitchen. Hoje, ele enfrenta dificuldades devido à alta dependência da produção chinesa, como mostra a CNBC.

Com as novas tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump sobre produtos da China, a empresa tenta transferir a produção para países como Índia e México — um processo que deve levar um ou dois anos.

Enquanto isso, a Zulay está elevando os preços de itens como vaporizadores de leite e coadores de cozinha, que subiram de US$ 9,99 para US$ 12,99. A empresa também reduziu custos, demitindo 19% da equipe e cortando 85% dos gastos com anúncios online.

Fabricação de produtos na China eleva preços

  • Esse cenário reflete uma tendência entre os vendedores da Amazon, muitos dos quais dependem da China para fabricar seus produtos.
  • A plataforma, onde o marketplace terceirizado representa cerca de 60% das vendas, está sendo diretamente impactada pela guerra comercial.
  • Segundo a empresa de software SmartScout, desde o anúncio das novas tarifas em abril, 930 produtos na Amazon tiveram aumento médio de preço de 29%.
  • Diversas categorias foram afetadas, como roupas, eletrônicos, joias, utensílios domésticos e brinquedos.
  • Grandes marcas, como a chinesa Anker, elevaram os preços de cerca de 20% de seus produtos — por exemplo, um carregador portátil subiu de US$ 110 para US$ 135.
  • Vendedoras menores, como Ursteel e Chouyatou, também fizeram reajustes.
Preços na Amazon estão subindo, e as tarifas de Trump são as responsáveis (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

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Vendedores já buscam alternativas

Além do impacto nos preços, as empresas buscam alternativas para reduzir prejuízos. A Desert Cactus, sediada em Illinois, tenta realocar parte de sua produção da China para México, Índia e Vietnã.

O custo de importação de uma moldura para placa de carro, por exemplo, saltou de 4% para 170% desde 2016. Já a Pure Daily Care, do setor de beleza, viu o custo de produção de um item subir de US$ 10 para US$ 25, forçando aumentos graduais nos preços para evitar prejuízos com os algoritmos da Amazon.

O CEO da Amazon, Andy Jassy, declarou que a empresa fará o possível para manter preços baixos, mas admite que vendedores terão que repassar parte dos custos aos consumidores.

Diante da incerteza, muitos lojistas esperam que as tensões comerciais entre EUA e China se resolvam antes que estoques e margens se esgotem.

Vendedores nos EUA já procuram novos fornecedores em países como Vietnã, México e Índia – Imagem: bluestork/Shutterstock

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Como a lua de mel entre Trump e Musk chegou ao fim

Elon Musk, líder do controverso Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), voltou a criar tensões em Washington ao tentar nomear Gary Shapley como chefe interino do IRS, sem a aprovação do Secretário do Tesouro, Scott Bessent.

A tentativa gerou um confronto direto entre Musk e Bessent na Casa Branca, com Trump ouvindo a discussão. Bessent venceu a disputa e Shapley foi removido em apenas três dias, conforme revela o Washington Post.

Musk eleva tensões na Casa Branca

  • Esse episódio é apenas mais um de uma série de conflitos entre Musk e membros do alto escalão do governo Trump, alimentados pelo estilo impulsivo do bilionário e suas ações unilaterais.
  • Embora Musk tenha prometido cortar gastos públicos massivos, a meta inicial de US$ 1 trilhão foi drasticamente reduzida para US$ 150 bilhões.
  • Seu envolvimento político também prejudicou a Tesla, cujos lucros e ações caíram, impulsionando sua decisão de reduzir sua atuação no governo a partir de maio.

Mesmo assim, Musk afirmou que continuará colaborando parcialmente com a DOGE enquanto Trump achar útil.

Elon Musk enfrenta resistência crescente dentro e fora do governo (Imagem: Frederic Legrand/Shutterstock)

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Controle nos danos

A Casa Branca, por sua vez, tenta limitar sua influência, e aliados do governo expressam frustrações com sua abordagem, comparando-a a uma “quimioterapia agressiva” — que removeu excessos, mas também causou danos colaterais.

Musk também se envolveu em uma campanha judicial fracassada em Wisconsin, o que intensificou críticas à sua figura, agora vista por parte do Partido Republicano como um fardo político.

Apesar da pressão e desgaste, Trump ainda demonstra apoio público ao bilionário, mesmo que os bastidores revelem um desejo crescente de vê-lo afastado do centro do poder.

Silhuetas de Musk e Trump; atrás, bandeira dos Estados Unidos
Enquanto Musk atua com estilo agressivo, aliados de Trump pedem mais cautela (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

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Fim da lua de mel com Trump? Musk vai deixar governo meio de lado

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está repleto de decisões polêmicas. Uma delas foi a escolha de Elon Musk para chefiar cargo de chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).

O empresário, que é bastante próximo do republicano, tem como missão reduzir os gastos da Casa Branca. Mas acabou virou alvo de uma série de protestos, o que causou, inclusive, prejuízos a suas empresas, caso da Tesla.

Musk prometeu se afastar parcialmente do trabalho na Casa Branca

Depois de tanto barulho e de muita repercussão negativa, Musk pretende mudar sua atuação. Em uma teleconferência de resultados da Tesla, o sul-africano afirmou que planeja se afastar de seu trabalho na Casa Branca a partir deste mês de maio.

Musk é um dos principais aliados do presidente Trump (Imagem: bella1105/Shutterstock)

O bilionário disse que continuaria a “passar um ou dois dias” por semana focado em assuntos DOGE “provavelmente pelo restante do mandato do presidente”. E que segue a disposição de Trump para o que for necessário.

No entanto, pretende passar a maior parte de seu tempo focado na empresa de carros elétricos.

Ele ainda observou que a principal parte do trabalho de corte de gastos dentro da Casa Branca já foi concluído, permitindo que volte a focar em seus próprios negócios.

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Musk vai voltar a focar nos assuntos da montadora de veículos elétricos (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

Uma decisão que favorece a Tesla

  • A notícia do afastamento, mesmo que parcial, de Musk da Casa Branca com certeza agrada aos acionistas da Tesla.
  • Estes investidores já haviam demonstrado preocupação com o fato do empresário ter diminuído a sua atenção com as questões da fabricante de veículos elétricos.
  • E tudo isso num momento de queda da demanda pelos produtos da empresa e do aumento da concorrência de chinesas, especialmente a BYD.
  • Além disso, diversas manifestações contra a atuação de Musk no governo dos EUA tiveram como alvo veículos e lojas da Tesla.
  • Em alguns casos houve violência e as autoridades norte-americanas chegaram a considerar alguns protestos como ataques terroristas domésticos.

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EUA promovem teoria de vazamento de laboratório como origem da Covid-19

Nesta sexta-feira (18), o site covid.gov, que até então reunia informações sobre testes, vacinas e tratamentos contra a Covid-19, passou a redirecionar usuários para uma nova página do governo dos Estados Unidos. A mudança, aparentemente promovida pela gestão do presidente Donald Trump, sinaliza um reposicionamento oficial sobre a origem do coronavírus, com forte ênfase na teoria do vazamento de laboratório.

A nova página, intitulada “Lab Leak — a verdade sobre as origens da Covid-19” (tradução livre), traz uma imagem de Trump em destaque e afirma que a pandemia teria começado a partir de um incidente em um laboratório na cidade de Wuhan, na China. O conteúdo questiona a versão até então apoiada por agências de saúde e pela própria Casa Branca, que indicava uma origem natural do vírus a partir da transmissão entre animais e humanos.

Covid-19 volta a ser tópico após mudança em site de governo norte-americano (Imagem: Ninc Vienna / Shutterstock.com)

Teorias e disputas políticas em torno da Covid-19

O novo site acusa diretamente o ex-presidente Joe Biden e seu então assessor médico, Dr. Anthony Fauci, de “ocultar” informações sobre o suposto vazamento em laboratório. Segundo o texto, Fauci teria promovido um estudo específico que reforça a teoria da origem natural, ignorando outras possibilidades.

A Casa Branca afirma agora que um vazamento laboratorial é provavelmente a origem da Covid-19, contrariando o consenso majoritário de cientistas que apontam para a transmissão zoonótica como causa mais plausível. Um estudo revisado por pares, inclusive, identificou material genético de animais selvagens em amostras recolhidas no mercado de frutos-do-mar de Huanan, reforçando essa hipótese.

Redirecionamento e exclusão de informações

Além do Covid.gov, outro endereço federal, o Covidtests.gov — antes utilizado para solicitar testes gratuitos — também passou a redirecionar para a nova página. Não está claro exatamente quando a mudança ocorreu, mas registros arquivados mostram que os conteúdos originais estavam disponíveis até pelo menos 10 de abril. A mudança foi notada por Andrew Couts, do Wired.

A substituição desses sites por uma narrativa alinhada ao discurso da nova administração tem gerado críticas. A publicação americana The Verge classificou o novo conteúdo como conspiratório, destacando que ele promove ideias sem respaldo científico e acusa a Organização Mundial da Saúde (OMS) de ceder a pressões do governo chinês.

Placa com o logo da OMS
Organização Mundial da Saúde é alvo de críticas em novo site da Casa Branca (Imagem: Elenarts/Shutterstock)

Divergência entre agências e incertezas persistentes

Em janeiro, a CIA divulgou um relatório indicando que o vazamento laboratorial seria uma possibilidade, mas com “baixa confiança”. Essa classificação indica que as informações disponíveis são insuficientes, contraditórias ou pouco confiáveis. A própria agência havia declarado anteriormente que não tinha dados suficientes para chegar a uma conclusão definitiva sobre a origem do vírus.

Outros órgãos, como o Departamento de Energia e o Departamento de Estado, também mencionaram a hipótese do laboratório, mas sem apresentar evidências conclusivas. Já a comunidade científica tem reiterado que, apesar de ainda haver incertezas, não há indícios sólidos que sustentem a tese de manipulação genética ou vazamento intencional.

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Críticas a medidas tomadas durante a pandemia

A nova versão do site também critica medidas adotadas durante a pandemia, como lockdowns, o uso de máscaras e o financiamento de pesquisas em doenças infecciosas. Um dos focos do conteúdo é a defesa da retomada da moratória sobre pesquisas de ganho de função, que envolvem o aprimoramento de vírus em laboratório para entender seu comportamento.

A OMS segue mantendo todas as hipóteses em aberto, mas ainda considera a origem natural como a explicação mais provável, reiterando que falta acesso a dados completos da China para uma investigação definitiva.

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Guerra dos Chips: restrições dos EUA contra China aumentam

O governo Trump intensificou as restrições à exportação de chips avançados para a China, mirando diretamente empresas como Nvidia e AMD. As informações são do Wall Street Journal.

As novas medidas — as mais rigorosas até agora — sinalizam que os EUA pretendem barrar qualquer progresso chinês em inteligência artificial (IA) que dependa de tecnologia americana.

Impacto das restrições

  • A decisão interrompe o envio de chips de alto desempenho, como o H20 da Nvidia e o MI308 da AMD, impactando severamente as vendas dessas empresas no mercado chinês.
  • Só a Nvidia vendeu cerca de US$ 12 bilhões em chips H20 para a China no último ano fiscal, o que representa 70% das suas vendas no país.
  • A reação foi imediata: as ações das empresas caíram cerca de 7% e o mercado global sentiu o impacto.

A medida ocorre em meio ao avanço da startup chinesa DeepSeek, que chamou atenção global ao criar modelos potentes de IA com menor poder computacional — um sinal de que a China poderia reduzir sua dependência de chips estrangeiros.

Mesmo diante das restrições, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, viajou a Pequim, onde se encontrou com líderes chineses, inclusive o fundador da DeepSeek. Huang afirmou que o mercado chinês segue sendo “muito importante” e reconheceu os impactos das novas sanções.

Nova rodada de sanções revela estratégia para frear o avanço da inteligência artificial chinesa – Imagem: William Potter/Shutterstock

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O endurecimento das regras visa limitar o acesso chinês à tecnologia de ponta usada para treinar e operar modelos de IA. Autoridades americanas alertam que permitir esse acesso é como “dar as ferramentas” para um competidor direto. “Se vão competir conosco, que seja com as próprias ferramentas”, disse o Secretário de Comércio, Howard Lutnick.

Mudança de fornecedores

Em resposta, empresas chinesas correram para garantir pedidos antes do bloqueio. A Nvidia recebeu US$ 18 bilhões em encomendas nos primeiros meses de 2025, número que supera toda a receita anual da empresa na China no ano anterior.

Agora, sem acesso aos chips americanos, empresas como Alibaba e ByteDance deverão recorrer a alternativas locais como Huawei e Cambricon, alinhadas com o esforço do governo chinês de fortalecer a produção doméstica de semicondutores.

Analistas estimam que a Nvidia terá prejuízos de cerca de US$ 5,5 bilhões com a medida, enquanto a AMD pode perder até US$ 800 milhões.

A tensão crescente adiciona um novo capítulo à disputa tecnológica entre EUA e China — uma guerra fria digital com implicações globais.

Celular exibindo logomarca da Nvidia na tela na frente de outra tela exibindo bandeira dos Estados Unidos
Setor de tecnologia reage com queda nas ações e corrida de gigantes chinesas por alternativas locais (Imagem: Algi Febri Sugita/Shutterstock)

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