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Musk está pronto para acessar planos dos EUA para possível guerra com a China

Nesta sexta-feira (21), o Pentágono deve apresentar a Elon Musk os planos militares dos Estados Unidos para um eventual conflito com a China, segundo informaram dois altos funcionários estadunidenses nesta quinta-feira (20) ao The New York Times.

Outra fonte do jornal afirmou que a apresentação terá foco na China, sem, contudo, revelar mais detalhes. Um quarto funcionário confirmou a presença de Musk no Pentágono na sexta-feira (21), mas também não forneceu informações adicionais.

Conceder a Musk acesso a alguns dos segredos militares mais bem guardados do país representaria ampliação significativa de seu já extenso papel como conselheiro do presidente Donald Trump e líder na iniciativa de redução de gastos e eliminação de pessoas e políticas consideradas indesejáveis pelo governo.

Essa situação também evidencia as questões relativas aos conflitos de interesse envolvendo Musk, visto que ele atua em diversas áreas da burocracia federal enquanto continua à frente de empresas que são importantes contratadas pelo governo. Nesse contexto, o bilionário e CEO de SpaceX e Tesla é um dos principais fornecedores do Pentágono e possui investimentos financeiros expressivos na China.

Bilionário está ganhando cada vez mais poderes (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Musk e os planos militares mais bem guardados do mundo

  • Os chamados planos de guerra do Pentágono, conhecidos no meio militar como O-plans ou planos operacionais, estão entre os segredos mais protegidos das Forças Armadas;
  • Se um país estrangeiro soubesse como os Estados Unidos planejam lutar contra ele, poderia fortalecer suas defesas e corrigir suas vulnerabilidades, reduzindo, significativamente, a eficácia desses planos;
  • A apresentação ultrassecreta sobre o plano de guerra contra a China consiste em cerca de 20 a 30 slides, nos quais se expõe como os Estados Unidos conduziria um conflito dessa natureza;
  • Segundo autoridades que têm conhecimento do assunto, o material abrange desde os primeiros sinais e alertas sobre a ameaça chinesa até as diversas opções de alvos a serem atingidos, em determinado período, que seriam submetidos à decisão do presidente Trump.

Um porta-voz da Casa Branca não respondeu a e-mail do Times que pedia esclarecimentos sobre o objetivo da visita, como ela foi organizada, se o presidente tinha ciência da mesma e se isso suscitaria dúvidas quanto a conflitos de interesse. A administração não informou se Trump assinou termo de isenção de conflito de interesses para Musk.

Poderes (quase) ilimitados

Após a publicação da reportagem, Sean Parnell, o principal porta-voz do Departamento de Defesa, afirmou, em comunicado: “O Departamento de Defesa está entusiasmado em receber Elon Musk no Pentágono na sexta-feira. Ele foi convidado pelo secretário Hegseth e está apenas visitando.”

O encontro ressalta o duplo papel extraordinário desempenhado por Musk, que, além de ser o homem mais rico do mundo, recebeu amplos poderes do presidente Trump.

Musk possui autorização de segurança e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, pode decidir quem tem acesso às informações sobre o plano. Entretanto, compartilhar muitos detalhes técnicos com Musk é questão à parte.

De acordo com os oficiais, o secretário Hegseth, o almirante Christopher W. Grady, presidente interino do Estado-Maior Conjunto, e o almirante Samuel J. Paparo, comandante do Comando Indo-Pacífico, estão programados para apresentar a Musk os detalhes do plano dos EUA para conter a China em caso de conflito militar.

Planos operacionais para contingências importantes, como uma guerra com a China, são extremamente complexos para quem não possui vasta experiência em planejamento militar. Devido à sua natureza técnica, geralmente, os presidentes recebem apenas os contornos gerais do plano e não o documento completo. Ainda não está claro quantos detalhes Musk desejará ou precisará conhecer.

Segundo autoridades próximas ao assunto, Hegseth recebeu parte da apresentação sobre o plano de guerra contra a China na semana passada e outra parte na quarta-feira (19).

Não ficou claro qual foi o motivo para conceder a Musk uma apresentação tão sensível. Ele não faz parte da cadeia de comando militar, nem é conselheiro oficial de Trump em questões militares relacionadas à China.

Entretanto, existe possível razão para que o bilionário precise conhecer certos aspectos do plano de guerra. Se Musk e sua equipe de redução de custos do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) pretendem cortar o orçamento do Pentágono de forma responsável, eles podem necessitar saber quais sistemas de armas o Pentágono planeja utilizar em eventual conflito com a China, explana o Times.

Por exemplo, considere os porta-aviões. Reduzir a produção futura desses navios poderia economizar bilhões de dólares, recursos que poderiam ser investidos em drones ou outras armas. Contudo, se a estratégia de guerra dos EUA depende do uso inovador dos porta-aviões para surpreender a China, desativar navios existentes ou interromper a produção de novos pode comprometer esse plano.

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Preparo para conflito com a China e gastos militares astronômicos

O planejamento para uma guerra com a China tem sido preocupação constante no Pentágono há décadas, muito antes de um confronto com Pequim se tornar opinião consolidada no Congresso. Os Estados Unidos estruturaram suas Forças Aéreas, Marinha e Forças Espaciais — e, mais recentemente, também os seus Marines e Exército — com a possibilidade de conflito com os chineses em mente.

Críticos afirmam que o setor militar investiu demais em sistemas caros e de grande porte, como caças e porta-aviões, e de menos em drones de médio alcance e defesas costeiras. No entanto, para que Musk possa reorientar os gastos do Pentágono, ele precisa saber quais equipamentos o setor militar pretende utilizar e para qual finalidade.

O bilionário já chegou a defender que o Pentágono pare de adquirir itens de alto custo, como os caças F-35, fabricados por um de seus concorrentes na área de lançamentos espaciais, a Lockheed Martin, em programa que custa aos Estados Unidos mais de US$ 12 bilhões (R$ 67,94 bilhões) por ano.

Por outro lado, os amplos interesses empresariais de Musk tornam seu acesso a segredos estratégicos sobre a China uma questão séria, do ponto de vista ético. Autoridades afirmam que as revisões dos planos de guerra contra a China têm dado ênfase à atualização das estratégias de defesa contra ataques espaciais. A China desenvolveu um conjunto de armas capazes de atingir satélites dos EUA.

Embora as constelações de satélites Starlink de baixa órbita, de propriedade de Musk, sejam consideradas mais resilientes do que os satélites convencionais, ele pode ter interesse em saber se os Estados Unidos conseguiriam proteger seus satélites em conflito com os asiáticos.

Participar de uma sessão ultrassecreta sobre a ameaça chinesa, ao lado de alguns dos mais altos funcionários do Pentágono e das Forças Armadas dos EUA, seria oportunidade extremamente valiosa para qualquer contratada de defesa que deseje fornecer serviços ao setor militar.

O líder do DOGE poderia, assim, obter insights sobre novas tecnologias que o Pentágono possa vir a necessitar e que a SpaceX, onde ele continua atuando como CEO, poderia oferecer.

Embora contratadas que trabalham em projetos relacionados ao Pentágono, geralmente, tenham acesso a certos documentos de planejamento de guerra – mas somente após sua aprovação –, executivos individuais, raramente, conseguem acesso exclusivo a altos funcionários do Pentágono para apresentação desse tipo, conforme afirmou Todd Harrison, pesquisador sênior do American Enterprise Institute, que se dedica à estratégia de defesa, ao Times.

“Musk participando de uma apresentação de planejamento de guerra?” afirmou Harrison. “Conceder ao CEO de uma única empresa de defesa um acesso exclusivo pode servir de base para protestos contratuais e configura verdadeiro conflito de interesses.”

A SpaceX já recebe bilhões de dólares do Pentágono e de agências de inteligência para ajudar os Estados Unidos a construir novas redes de satélites militares, com o objetivo de enfrentar as crescentes ameaças militares da China. A empresa espacial lança a maioria desses satélites militares a bordo de seus foguetes Falcon 9, que decolam de bases militares estabelecidas pela empresa na Flórida (EUA) e na Califórnia (EUA).

Além disso, a empresa já recebeu centenas de milhões de dólares do Pentágono, que, atualmente, depende fortemente da rede de comunicações via satélite da Starlink (cuja dona é a SpaceX) para transmitir dados de militares ao redor do mundo.

Retrato de Trump e Musk.
Elon Musk, dono de seis empresas, incluindo a Tesla, garantiu US$ 13 bilhões em contratos federais nos últimos cinco anos. Com Trump no poder, sua influência no governo só cresce (Imagem: bella1105/Shutterstock)

Em 2024, a SpaceX foi contemplada com, aproximadamente, US$ 1,6 bilhão (R$ 9,05 bilhões) em contratos com a Força Aérea. Esse valor não inclui os gastos classificados que o Escritório Nacional de Reconhecimento investe na empresa para a construção de nova constelação de satélites de baixa órbita, destinada a espionagem contra a China, Rússia e outras adversárias.

Trump já propôs a criação de novo sistema militar, denominado Golden Dome, sistema de defesa antimísseis baseado no Espaço que remete às iniciativas do presidente Ronald Reagan (cujo sistema “Star Wars” nunca foi totalmente concretizado).

A percepção de ameaças de mísseis vindos da China — seja de armas nucleares, mísseis hipersônicos ou mísseis de cruzeiro — foi um dos principais motivos que levaram Trump a assinar ordem executiva recente, instruindo o Pentágono a iniciar os trabalhos sobre o Golden Dome.

Mesmo o simples planejamento e construção dos primeiros componentes do sistema deverá custar dezenas de bilhões de dólares, segundo autoridades do Pentágono, o que, provavelmente, abrirá grandes oportunidades de negócio para a SpaceX, que já fornece lançamentos de foguetes, estruturas de satélites e sistemas de comunicação de dados baseados no Espaço, todos necessários para o Golden Dome.

Em paralelo, Musk tem sido alvo de investigações conduzidas pelo auditor-geral do Pentágono sobre possíveis descumprimentos relacionados à sua autorização de segurança ultrassecreta.

Essas investigações tiveram início no ano passado, após reclamações de funcionários da SpaceX junto a órgãos governamentais, que alegaram que Musk e outros membros da empresa não estariam reportando, adequadamente, contatos ou conversas com líderes estrangeiros.

Antes do final da administração Biden, autoridades da Força Aérea iniciaram sua própria revisão, após questionamentos de senadores democratas, que afirmaram que Musk não estava cumprindo os requisitos para a autorização de segurança.

De fato, a Força Aérea havia negado pedido de Musk para obter autorização de segurança de nível ainda mais elevado, o chamado Special Access Program – destinado a programas ultrassecretos –, alegando riscos de segurança associados ao bilionário.

A importância da SpaceX para o Pentágono chegou a tal ponto que o governo chinês passou a considerar a empresa uma extensão das Forças Armadas dos Estados Unidos.

Um artigo, intitulado “Militarização do Starlink e Seu Impacto na Estabilidade Estratégica Global”, foi publicado no ano passado por uma universidade chinesa de defesa, conforme tradução realizada pelo Center for Strategic and International Studies.

Além disso, Musk e Tesla – empresa de veículos elétricos sob seu controle – mantêm forte dependência da China, onde opera uma das principais fábricas da montadora, em Xangai. Inaugurada em 2019, essa instalação de última geração foi construída com autorização especial do governo chinês e, atualmente, responde por mais da metade das entregas globais da Tesla.

No ano passado, a empresa informou, em registros financeiros, que possuía acordo de empréstimo de US$ 2,8 bilhões (R$ 15,85 bilhões) com bancos chineses para despesas de produção.

Em público, Musk tem evitado críticas a Pequim e demonstrado disposição para colaborar com o Partido Comunista Chinês. Em 2022, ele escreveu coluna para a revista da Administração do Ciberespaço da China – órgão de censura do país – enaltecendo suas empresas e suas missões de aprimorar a humanidade.

Nesse mesmo ano, o bilionário afirmou ao The Financial Times que a China deveria receber algum controle sobre Taiwan, sugerindo a criação de “zona administrativa especial para Taiwan que fosse razoavelmente aceitável”, comentário que irritou políticos da ilha independente. Na mesma entrevista, Musk também destacou que Pequim exigiu garantias de que ele não venderia a Starlink na China.

No ano seguinte, durante conferência de tecnologia, Musk chegou a se referir à ilha democrática como “parte integrante da China que, de forma arbitrária, não faz parte da China”, comparando a situação entre Taiwan e China à relação entre Havaí e Estados Unidos.

No X, que ele mesmo administra, Musk, frequentemente, elogia a China, afirmando que o país é, “de longe”, líder mundial em veículos elétricos e energia solar, além de elogiar seu programa espacial por ser “muito mais avançado do que se imagina”. Ele também tem incentivado visitas ao país e manifestado abertamente sua crença em aliança inevitável entre Rússia e China.

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Quais lições os arquivos do assassinato de John F. Kennedy nos trouxeram?

Na terça-feira (18), a administração de Donald Trump liberou mais de 30 mil páginas de documentos – até então classificados ou censurados – que tratam do assassinato do ex-presidente John F. Kennedy.

Essas páginas, digitalizações de papéis da década de 1960, mostram textos datilografados e anotações manuscritas, oferecendo vislumbre profundo das atividades sensíveis da CIA ao longo dos anos. A seguir, conheça cinco lições que os arquivos do assassinato do ex-presidente trouxe, elencadas pelo The Wall Street Journal.

CIA resistiu, por anos, em liberar arquivos (Imagem: Reprodução)

Resistência da CIA à divulgação dos documentos do assassinato de Kennedy

  • Durante a investigação do assassinato, foram recolhidos milhares de documentos relacionados às operações globais da agência;
  • Ao longo das décadas, altos funcionários ponderaram sobre o impacto explosivo que certas revelações poderiam ter sobre programas de espionagem;
  • Em avaliação de 1995, por exemplo, um oficial alertou que confirmar a existência de uma estação da CIA na Tunísia prejudicaria o país em relação a seus vizinhos.

Longa investigação sobre Fidel Castro

  • Mais de uma década após o atentado, a CIA empreendeu investigação que durou vários anos para apurar a possível implicação do líder cubano Fidel Castro;
  • Embora não tenham sido encontradas provas conclusivas ligando o regime de Castro ao assassinato, um dos documentos recém-publicados detalha campanha prolongada de sabotagem e tentativas de assassinato patrocinadas pela agência;
  • Em um episódio, Castro se indignou ao saber dos esforços de atacar a indústria da cana-de-açúcar e de instalar bombas no sistema de esgoto durante um de seus discursos;
  • Operativos da CIA, com o apoio da máfia estadunidense, chegaram, inclusive, a considerar a possibilidade de matar Castro mediante o pagamento de US$ 100 mil (R$ 566,51 mil, na conversão direta).

Relação secreta entre o presidente mexicano e a CIA

  • Um dos documentos revela que o então presidente Lyndon Johnson foi informado sobre a estreita relação pessoal entre o chefe da estação da CIA no México e o presidente mexicano Adolfo López Mateos, que chegou a ser padrinho do agente em seu casamento;
  • Johnson recebeu a instrução de não mencionar essa ligação ao presidente;
  • Apesar de Mateos manifestar publicamente sua oposição à intervenção dos Estados Unidos em Cuba, ele estava discretamente envolvido em operações de vigilância telefônica promovidas pela CIA na Cidade do México e, segundo outro documento, chegou a expressar sua satisfação com a decisão de eliminar Castro.

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Escutas em reuniões com possível presença de Robert F. Kennedy

  • Em 1963, a CIA instalou equipamentos de escuta em residência localizada em área arborizada de Bethesda, Maryland (EUA), onde dois exilados cubanos se reuniriam com autoridades estadunidenses – possivelmente, incluindo o procurador-geral Robert F. Kennedy;
  • Memorandos que detalham a operação evidenciam o lado humano da espionagem: relatos de falhas de equipamento, desafios com pagamentos, burocracia e ajustes inesperados nos alvos da vigilância;
  • Entre as táticas, estava a ocultação de um gravador no sótão, porão ou garagem, com custo total em eletrônicos que ultrapassaria US$ 28 mil (R$ 158,62 mil) em valores atuais (uma única bateria, por exemplo, chegava a quase US$ 6 [R$ 33,99]);
  • A primeira tentativa de transmissão entre o local seguro e o posto de escuta fracassou, chegando ao ponto de um fornecedor acusar a agência de não cumprir com os pagamentos – mas, até o final de junho, os equipamentos passaram a funcionar de maneira satisfatória.
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Escutas teriam sido inseridas em reuniões envolvendo exilados e, até, Robert F. Kennedy (Imagem: Reprodução)

Silêncio sobre as gravações de Oswald no México

  • Grande parte do mistério que cerca o assassinato de Kennedy está relacionada à estadia de Lee Harvey Oswald na Cidade do México (México), onde ele se encontrou com representantes das missões cubana e soviética;
  • A CIA registrou as conversas telefônicas de Oswald com autoridades desses países, mas afirmou ter destruído posteriormente essas gravações, de acordo com documento de 1998;
  • Contudo, quatro anos antes, a estação da CIA na Cidade do México havia solicitado à sede que evitasse a divulgação de informações sobre essas interceptações, alegando que isso poderia levar o México a reavaliar suas relações com os Estados Unidos;
  • A recomendação foi clara: “faça o que for possível para manter sigilo sobre as operações conjuntas anteriores com os mexicanos.

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Oracle deve salvar o TikTok nos EUA; saiba como

A Oracle está perto de fechar um acordo para garantir a manutenção do TikTok nos EUA em troca de pequena participação nas operações da empresa no país, segundo informações da Bloomberg.

O plano foi discutido com a administração do presidente Donald Trump na semana passada e incluiria a garantia de que a versão atualizada do TikTok nos EUA não teria um “backdoor” que o governo chinês poderia explorar.

Ainda de acordo com a Bloomberg, o acordo pode deixar o algoritmo da rede social chinesa sob controle da ByteDance, empresa-mãe do aplicativo na China.

Rede social pode ceder operações para a Oracle nos EUA, evitando assim seu banimento no país (Imagem: PixieMe/Shutterstock)

O governo chinês está ciente das negociações e só aprovará o acordo se o algoritmo continuar sendo controlado pela China. A Oracle poderia, assim, evitar a proibição do TikTok nos EUA.

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Governo dos EUA ainda demonstra preocupação com TikTok

  • Apesar do Projeto Texas, que, desde 2022, tenta tranquilizar o governo dos EUA ao rotear dados dos usuários estadunidenses para servidores da Oracle, surgiram dúvidas sobre a segurança;
  • Relatos indicam que funcionários chineses ainda poderiam acessar os dados dos usuários e o governo dos EUA não ficou convencido de que as medidas eram suficientes;
  • Em dezembro, um tribunal de apelações concluiu que o TikTok não havia resolvido adequadamente as preocupações de segurança nacional.

O vice-presidente doa EUA, JD Vance, comentou que espera um acordo que atenda às preocupações de segurança até o prazo de 5 de abril, data-limite para salvar a plataforma.

Trump já havia aprovado a proposta da Oracle para o TikTok em 2020. Nenhuma das empresas se pronunciou sobre o assunto.

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TikTok viverá dias decisivos sobre possível proibição nos EUA (Imagem: salarko/Shutterstock)

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Trump afirma que perdões de Biden são nulos e foram falsificados por robô

Em uma publicação no Truth Social, o presidente Donald Trump afirmou que alguns perdões concedidos pelo presidente Joe Biden são “nulos, vazios e sem qualquer efeito”, alegando que uma máquina autopen, um dispositivo robótico que copia mecanicamente uma assinatura, foi usada para falsificar a assinatura de Biden.

Trump se referiu especificamente aos perdões dados a membros da Comissão de 6 de janeiro, afirmando que as assinaturas foram feitas por autopen e que Biden “não sabia de nada sobre isso”.

Ele sugeriu que “quem fez isso pode ter cometido um crime”, mas não apresentou provas de que Biden não soubesse dos perdões ou de que uma autopen tenha sido usada.

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Perdões dados por Biden terias sido emitidos sem o ex-presidente saber (Imagem: Gage Skidmore/Wikimedia Commons)

Perdões de Biden já haviam levantado polêmica anteriormente

  • Essa afirmação segue uma alegação feita pela Heritage Foundation, que sugeriu que a assinatura de Biden em vários perdões era idêntica, indicando o uso de autopen.
  • O New York Post também afirmou que um assessor de Biden “tomou decisões unilaterais” para assinar documentos com a máquina.
  • No entanto, as declarações públicas de Biden sobre os perdões contradizem a ideia de que ele não sabia.
  • Em uma declaração de 20 de janeiro, Biden disse que, embora acreditasse que os perdoados seriam “ultimamente exonerados”, as investigações poderiam “danificar irreparavelmente” suas reputações e finanças.

Desde a derrota nas eleições de 2020, Trump prometeu vingança política. Em uma publicação recente no Truth Social, ele afirmou que os membros da Comissão de 6 de janeiro estão “sujeitos a investigação no mais alto nível”.

Trump no palanque
Trump acusou Biden, mas não apresentou evidências concretas (Imagem: mark reinstein / Shutterstock)

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Apoio de Trump não impede queda nas vendas da Tesla

Após andar em um Tesla Model S, o presidente Trump prometeu comprar um, seguido por Sean Hannity, um apresentador da Fox News nos EUA, declaradamente conservador, que também adquiriu um Model S Plaid para apoiar a montadora.

Essa movimentação surge em meio à reação conservadora às ações de Elon Musk, com o objetivo de atrair consumidores republicanos e independentes, devido ao boicote crescente de liberais à Tesla após o apoio de Musk a Trump.

No entanto, analistas acreditam que essa estratégia pode ter um impacto limitado, conforme explica uma matéria do jornal The New York Times.

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Apoio de conservadores à Tesla tem impactado nas vendas da montadora (Imagem: Kittyfly/Shutterstock)

Embora os conservadores se voltem mais para a Tesla, os dados mostram uma queda significativa no interesse dos democratas pela marca desde que Musk comprou o Twitter e apoiou Trump. Atualmente, há mais compradores republicanos do que democratas interessados nos veículos da Tesla.

Tesla com imagem arranhada

  • Especialistas indicam que a queda nas vendas da Tesla é largamente atribuída às declarações e comportamentos de Musk.
  • Mesmo sendo líder de mercado de veículos elétricos, a Tesla viu uma redução de 5,6% nas vendas nos EUA em 2024.
  • A imagem da marca, que já foi amplamente apreciada, estaria se deteriorando, especialmente entre os democratas, tornando-se difícil para a montadora recuperar seu apelo sem superar a polarização política que envolve Musk.

Embora conservadores como Trump e Hannity possam ter o poder de influenciar um nicho de consumidores, especialistas duvidam que consigam convencer americanos de classe média, considerando especialmente a contradição entre suas críticas anteriores a carros elétricos e políticas climáticas.

Declarações e posições políticas de Elon Musk, CEO da Tesla, também estariam prejudicando as vendas da montadora (Imagem: Muhammad Alimaki / Shutterstock.com)

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A ‘empresa mais poderosa do mundo’ acenou a Trump. O que isso significa?

Nas últimas semanas, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciaram o fechamento de um acordo bilionário. Serão investidos US$ 100 bilhões (quase R$ 600 bilhões) na expansão das operações da empresa em solo norte-americano.

Durante o encontro que selou o negócio, o republicano chegou a chamar a fabricante de chips de “a empresa mais poderosa do mundo”. Apesar do potencial, a parceria tem gerado uma série de preocupações.

Taiwan teme que EUA abandonem proteção da ilha

O plano inclui a construção de três novas fábricas no Arizona, no mesmo local onde já opera sua unidade Fab 21, perto de Phoenix. A empresa ainda não especificou quais tecnologias serão produzidas nas novas instalações. A expectativa é gerar 40 mil empregos na construção civil nos próximos quatro anos, o dobro da estimativa inicial de 20 mil até o fim da década.

O clima em Taiwan, no entanto, não é de otimismo. Isso porque alguns acreditam que a expansão das operações nos EUA não é um bom negócio para a ilha, uma vez que pode diminuir a vontade da Casa Branca defender a região de um possível ataque da China.

Declarações de Trump põe em dúvida promessa de defesa de Taiwan pelos EUA (Imagem: Andy.LIU/Shutterstock)

A TSMC produz mais de 90% dos microchips avançados do mundo, que alimentam desde smartphones e inteligência artificial até armas. É por isso que muitos em Taiwan acreditam que esta dependência global serve como um “escudo de silício” contra invasões chinesas.

Manifestações recentes de Trump, entretanto, colocam em dúvida o apoio dos EUA (é importante lembrar que os taiwaneses dependem do apoio militar norte-americano). O republicano chegou a acusar Taiwan de “roubar” a indústria de semicondutores do país, além de afirmar que a ilha deveria pagar pela proteção da Casa Branca.

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Ao fundo, logo da TSMC; à frente, um chip
Empresa é a líder na fabricação de chips semicondutores (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Governo e TSMC minimizam riscos

  • Após o anúncio do acordo, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, apareceu ao lado do CEO da TSMC, CC Wei, para minimizar os temores.
  • Ele disse que o investimento da empresa nos EUA não prejudicaria seu compromisso com a defesa da ilha.
  • Também garantiu que o território não “enfrentou nenhuma pressão de Washington” para fechar o negócio.
  • Wei, por sua vez, atribuiu o investimento à “forte demanda” de clientes norte-americanos como Apple, Nvidia, AMD, Qualcomm e Broadcom, que queriam reduzir os riscos potenciais da cadeia de suprimentos com chips fabricados localmente.
  • Ele também prometeu que, apesar do avanço nos EUA, a produção de tecnologias mais avançadas da TSMC deve continuar em Taiwan, onde a empresa mantém seus centros de desenvolvimento de processos de fabricação.

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Musk vs Musk? Tesla alerta Trump sobre guerra comercial

As decisões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão escalando a guerra comercial e gerando incertezas no mercado mundial. Até mesmo aliados do republicano estão preocupados com a situação.

A Tesla, de Elon Musk, alertou que ao cenário pode expor a montadora de carros elétricos a tarifas retaliatórias que também afetariam outros fabricantes de automóveis nos EUA. Lembrando que o bilionário assumiu um cargo na Casa Branca.

Tesla manifestou temor com a postura da Casa Branca

Em uma carta enviada para o representante comercial dos EUA, a Tesla disse que “apoia o comércio justo”, mas que o governo Trump deve garantir que as medidas adotadas não “prejudiquem inadvertidamente as empresas norte-americanas”.

Empresa pode ser prejudicada pelo aumento das tarifas sobre veículos elétricos importados para outros países (Imagem: Roschetzky Photography/Shutterstock)

A empresa ainda destacou que “incentiva o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos a considerar os impactos a jusante de certas ações propostas tomadas para lidar com práticas comerciais desleais”.

O documento prossegue afirmando que “os exportadores dos EUA estão inerentemente expostos a impactos desproporcionais quando outros países respondem às ações comerciais de Trump”. Um dos temores é de que a retaliação mundial cause o aumento das tarifas sobre veículos elétricos importados para esses países.

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Trump quer usar tarifas para aumentar produção doméstica (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Futuro preocupa a fabricante de carros elétricos

  • A manifestação da Tesla ocorre em um momento delicado da empresa.
  • A fabricante de veículos elétricos tem registrado uma queda na demanda, especialmente na Europa, enquanto vê os concorrentes chineses crescerem rapidamente.
  • Além disso, as ações da companhia despencaram recentemente.
  • Nos últimos quatro meses, os papéis da empresa de Musk desvalorizaram mais de 50%.
  • Isso significa uma perda US$ 800 bilhões (R$ 4,6 trilhões) em capitalização de mercado.
  • Dessa forma, a Tesla apela para uma estabilização econômica global, o que parece estar cada vez mais distante com as recentes decisões de Trump.

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Elon Musk diz que Tesla vai dobrar produção de veículos elétricos nos EUA

Elon Musk, CEO da Tesla, anunciou que a empresa dobrará sua produção de veículos elétricos nos EUA nos próximos dois anos, em apoio às políticas do ex-presidente Donald Trump e para demonstrar confiança no futuro do país.

O anúncio foi feito pelo bilionário no X (Twitter) após Trump comprar um Tesla, como um gesto de apoio a Musk, seu conselheiro próximo, que ajudou na escolha do modelo.

Trump elogiou Musk, afirmando que ele deveria ser reconhecido por seu trabalho e patriotismo, sem ser penalizado por suas posições políticas.

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Elon Musk segue determinado a apoiar as decisões políticas de Donald Trump (Imagem: bella1105/Shutterstock)

Tesla sofreu queda no mercado por relação de Musk com Trump

  • O apoio de Trump à Tesla surge após uma queda significativa nas ações da empresa, que haviam despencado devido a temores do mercado causados pelas tarifas de Trump e a controvérsia envolvendo o envolvimento político de Musk.
  • No entanto, na terça-feira, as ações da Tesla se recuperaram, subindo mais de 5%.
  • Musk, que tem sido um importante apoiador de Trump, também propôs a criação do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), com o objetivo de cortar o que considera ser fraudes, desperdícios e abusos no orçamento federal.

O envolvimento de Musk com a política, especialmente seu apoio a Trump, gerou resistência e protestos, incluindo vandalismo contra veículos Tesla, estações de recarga e concessionárias.

Recentemente, uma concessionária da Tesla em Oregon foi alvo de tiros, e várias estações de recarga em Massachusetts foram incendiadas. A polícia também prendeu um homem que marcou veículos Tesla com adesivos de Musk e compartilhou o vídeo nas redes sociais.

Protesto e vandalismos contra propriedades da Tesla tem ocorrido em consequência das posições políticas de Elon Musk – Imagem: Milos Ruzicka/Shutterstock

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Protestos contra Tesla serão considerados terrorismo doméstico, diz Trump

A proximidade entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o empresário Elon Musk está cada vez maior. O bilionário sul-africano foi um dos principais apoiadores do republicano na campanha eleitoral e hoje chefia o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) da Casa Branca.

E uma declaração dada por Trump nesta semana reforça os laços entre eles. O líder do governo dos EUA afirmou que vai classificar a violência recente contra concessionárias da Tesla como atos de terrorismo doméstico.

Papel de Musk no governo é criticado pelos manifestantes

A empresa de veículos elétricos de Musk tem sido alvo de uma série de protestos. O movimento “Tesla Takedown” tem como objetivo expressar o descontentamento com o papel do empresário dentro da Casa Branca.

O bilionário é criticado por promover, a pedido de Donald Trump, cortes de funcionários do governo dos EUA, além do encerramento de contratos de financiamento de programas humanitários ao redor do mundo.

Musk é o responsável por reduzir os gastos do governo dos EUA (Imagem: Frederic Legrand/Shutterstock)

Cerca de 350 manifestantes protestaram do lado de fora de uma concessionária da empresa em Portland, Oregon, na semana passada. Já em Nova York, nove pessoas foram presas durante uma manifestação semelhante neste mês. Ainda houve relatos de vandalismo em veículos e showrooms da Tesla que estão sendo investigados.

Eles estão prejudicando uma grande empresa norte-americana. Deixe-me dizer a vocês, se fizerem isso com a Tesla, e se fizerem isso com qualquer empresa, nós vamos pegá-los e… vocês vão passar pelo inferno.

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

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Trump manifestou apoio ao seu aliado (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Trump comprou um carro da Tesla

  • Nesta terça, Trump ainda decidiu comprar um veículo elétrico da Tesla.
  • O escolhido foi o Model S.
  • A aquisição foi uma demonstração significativa de apoio a Musk, que tem sido criticado por seu trabalho em Washington.
  • No banco do motorista do carro vermelho, o presidente disse que não tem mais permissão para dirigir, mas que manteria o veículo na Casa Branca para uso de sua equipe. 
  • Em uma publicação em sua rede social, Trump ainda defendeu o empresário, dizendo que ele estava “arriscando tudo” para ajudar os EUA e que estava fazendo um trabalho “fantástico”.

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Trump: como o presidente dos EUA quer acalmar CEOs

A reunião realizada nesta terça-feira (11) entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com cerca de 100 CEOs das mais diversas empresas, não só mostrou a pressão em cima do líder máximo estadunidense, mas, também, como ele está tranquilo quanto ao futuro econômico do país.

CEOs de empresas, como Walmart, JPMorgan, Citigroup, Goldman Sachs e Wells Fargo, ouviram de Trump suas políticas econômicas, que incluem tarifas, visando corrigir desequilíbrios comerciais, trazer empregos de volta aos EUA e combater o tráfico de narcóticos ilegais.

Segundo ele, “as tarifas vão gerar muito dinheiro para este país” e atrair empresas estrangeiras para construírem fábricas nos Estados Unidos.

Reunião entre Trump e CEOs ocorre em momento que mercado de ações dos EUA está em queda (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

No entanto, as políticas tarifárias, especialmente aquelas que afetam Canadá e México, geraram preocupações nos mercados financeiros, pois podem elevar os preços para as empresas, aumentar a inflação e prejudicar a confiança do consumidor.

Tarifas de Trump ameaçam crescimento econômico

  • Como lembra a Reuters, desde a eleição de Trump, o índice S&P 500, amplamente considerado o melhor indicador de ações nos EUA, caiu 3,6%, e os temores de desaceleração econômica se intensificaram, com os consumidores se tornando mais pessimistas sobre suas perspectivas;
  • Além disso, um estudo mostrou que a política de tarifas pode afetar negativamente a confiança no crescimento econômico a curto prazo;
  • Trump já impôs tarifas de 20% sobre produtos chineses e de 25% sobre produtos importados de Canadá e México;
  • Embora tenha suspendido algumas dessas tarifas até abril, quando anunciará nova política tarifária global, os efeitos dessas medidas continuam a ser tema de debate.

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O presidente afirmou que, a curto prazo, as políticas podem causar algum “sofrimento“, mas trarão benefícios a longo prazo. No entanto, economistas do Goldman Sachs reduziram suas previsões de crescimento para 2025 e aumentaram as projeções de inflação devido ao impacto das tarifas.

A Business Roundtable, que representa os principais líderes empresariais, defendeu a permanência dos cortes de impostos e a reforma regulatória, mas pediu que o governo remova rapidamente as tarifas para evitar impacto econômico negativo.

Ao mesmo tempo, o grupo enfatizou a importância de manter os benefícios do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (USMCA, na sigla em inglês), assinado durante o primeiro mandato de Trump, com México e Canadá.

Donald-Trump atrás de um microfone
Empresas tentam avaliar o impacto econômico de Donald Trump (Imagem: Evan El-Amin/Shutterstock)

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