tesla-elon-musk-1024x678

Musk pode voltar ao governo Trump? Presidente se pronunciou sobre a saída do aliado

Elon Musk anunciou sua saída do governo Trump em uma publicação na rede social X na última quarta-feira (28). O bilionário chefiava o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), que tinha como objetivo cortar gastos governamentais. Nesta sexta-feira (30), Trump falou sobre a saída de Musk.

Em entrevista concedida na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos elogiou o trabalho do parceiro, inflou dados de sua atuação a frente do DOGE e deu a entender que ele poderia voltar ao governo em algum momento.

Trump falou sobre a saída da Elon Musk do governo

Musk anunciou sua saída do DOGE em uma publicação no X. Ele teve uma atuação abaixo do esperado, criticou decisões recentes de Trump e estava pressionado para voltar a focar em suas próprias empresas (como a Tesla, em crise). Falaremos mais sobre os motivos da saída abaixo.

Nesta sexta-feira, Trump se pronunciou sobre o caso. Ele estava vestido com um boné preto do DOGE e uma camiseta com a estampa “The Dogefather” (em referência ao filme O Poderoso Chefão, The Godfather em inglês).

O republicano elogiou os “esforços” do bilionário ao trabalhar “incansavelmente” para cortar gastos durante seu tempo no departamento. Mas deu a entender que o aliado pode voltar: “Elon realmente não vai embora. Ele vai ficar indo e voltando”.

Trump ainda inflou os números de Musk no governo. O presidente dos EUA afirmou que o executivo teria economizado US$ 175 bilhões em apenas quatro meses. No entanto, segundo o g1, o site oficial que contabiliza esses dados mostra um valor menor que a metade do que foi revelado.

Também nesta sexta-feira, Musk confirmou que continuaria a ser conselheiro de Trump e demonstrou otimismo no futuro do DOGE. A gestão do bilionário foi marcada por milhares de demissões, redução drástica de agências e uma avalanche de contratos.

Musk estava pressionado para voltar a focar na Tesla (Imagem: miss.cabul / Shutterstock)

Por que Trump saiu do governo?

A saída de Elon Musk do DOGE era certa, já que o bilionário tinha um contrato voluntário de 130 dias com a Casa Branca. A ‘demissão’, no entanto, veio antes do que o esperado.

O mandato do executivo foi marcado por demissões em massa e bilhões de dólares em contratos, mas não atingiu as expectativas, o que aumentou a pressão interna. Inclusive, durante o tempo a frente do DOGE, Musk foi diminuindo cada vez mais suas metas:

  • Primeiro, queria cortar US$ 2 trilhões (R$ 11,38 trilhões) em gastos governamentais;
  • Depois, reduziu o número para US$ 1 trilhão (R$ 5,69 trilhões);
  • Por fim, chegou aos US$ 150 bilhões (R$ 853,58 bilhões), à medida que enfrentava resistências internas e políticas.

O bilionário também já havia expressado sua discordância e insatisfação com algumas das decisões do governo Trump, como o pacote tarifário que ficou conhecido como ‘tarifaço’. Isso só aumentou o sentimento de ruptura. O Olhar Digital deu detalhes de algumas das divergências nesse período neste link.

Para piorar a situação, Musk sofria pressão dos investidores de suas empresas por não estar completamente focado nelas. Algumas das ações do governo até prejudicaram as companhias do bilionário, principalmente a Tesla.

Leia mais:

Após a saída oficial do DOGE, um grupo de acionistas da montadora enviou uma carta à presidente do conselho da empresa, Robyn Denholm, pedindo garantias de que Elon Musk irá se dedicar pelo menos 40 horas por semana à fabricante de veículos elétricos. Veja os detalhes aqui.

Um possível retorno ao governo não foi descartado por Trump, mas também não foi confirmado por Musk.

O post Musk pode voltar ao governo Trump? Presidente se pronunciou sobre a saída do aliado apareceu primeiro em Olhar Digital.

musk_trump_2-1-1024x683

Elon Musk não concordava com todas as ideias de Trump

Elon Musk não faz mais parte do governo de Donald Trump. E durante o período do bilionário na Casa Branca, nem sempre ele esteve de acordo com o que dizia o presidente dos Estados Unidos.

Em entrevista ao programa CBS Sunday Morning, Elon Musk revelou que já esteve em uma posição desconfortável ao discordar de decisões do governo Trump, com quem tem afinidades, mas também divergências.

Musk disse viver um “dilema”

  • Estou um pouco preso em um dilema”, disse Musk. “Não quero me manifestar contra o governo, mas também não quero ser associado a tudo o que ele faz”;
  • Musk mencionou estar decepcionado com o recente projeto de lei orçamentária aprovado pela Câmara, que o presidente Trump chamou de “grande e bonito”;
  • “Pode ser grande ou bonito — mas não sei se pode ser ambos”, ironizou.

Leia mais:

Elon Musk encerrou sua passagem pelo Departamento de Eficiência Governamental (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Saída do DOGE anunciada

A entrevista foi gravada na última terça-feira (29), véspera do nono teste da nave Starship, que acabou em falha. Na mesma semana, Musk anunciou sua saída do DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), iniciativa criada para cortar custos e combater desperdícios na administração pública.

Musk atuava como funcionário especial do governo, com um limite de 130 dias de trabalho por ano — exatamente o tempo desde a posse de Trump e o início de sua atuação no DOGE.

O programa, no entanto, tem sido alvo de críticas e ações judiciais, com estimativas que colocam o custo de suas supostas economias em US$ 135 bilhões (R$ 765,01 bilhões, na conversão direta) para este ano fiscal.

Segundo a Casa Branca, o bilionário deixa o cargo “em bons termos” e continuará sendo considerado um conselheiro informal do presidente.

musk donald trump
Musk disse que viveu dilema ao discordar de políticas da administração, mas afirma manter boa relação com o presidente (Imagem: Charles McClintock Wilson/Shutterstock)

O post Elon Musk não concordava com todas as ideias de Trump apareceu primeiro em Olhar Digital.

elon-musk-doge-1024x683-2

Fim da Lua de Mel: Musk deixa governo Trump

Elon Musk anunciou sua saída do cargo de assessor do governo do presidente Donald Trump, encerrando período marcado por cortes drásticos na máquina pública, disputas internas e resistência política. A saída foi divulgada na noite desta quarta-feira (28) por meio de uma postagem no X, de propriedade do próprio Musk.

“Com o fim do meu período programado como Empregado Especial do Governo, gostaria de agradecer ao Presidente @realDonaldTrump pela oportunidade de reduzir os gastos desnecessários”, escreveu. “A missão do @DOGE só se fortalecerá ao longo do tempo, tornando-se um modo de vida em todo o governo.”

Musk esteve à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), cuja atuação provocou milhares de demissões, a redução drástica de agências e uma avalanche de litígios.

Inicialmente, seu objetivo era cortar US$ 2 trilhões (R$ 11,38 trilhões) em gastos, mas esse número foi sendo reduzido para US$ 1 trilhão (R$ 5,69 trilhões) e, depois, para US$ 150 bilhões (R$ 853,58 bilhões), à medida que enfrentava resistências internas e políticas.

Durante sua atuação, Musk entrou em conflito com outros membros do governo e demonstrou frustração com a dificuldade de promover mudanças em Washington. “A situação da burocracia federal é muito pior do que eu imaginava”, disse ao The Washington Post, como relembra a Associated Press (AP).

Empresário liderou corte de gastos do governo, mas foi “barrado” pela burocracia (Imagem: Joshua Sukoff/Shutterstock)

Leia mais:

Musk diz adeus ao governo

  • Sua saída ocorre um dia após declarações críticas a respeito da principal proposta legislativa de Trump, apelidada de “big beautiful bill“;
  • Musk disse estar “decepcionado” com o projeto, chamando-o de uma “enorme proposta de gastos” que aumenta o déficit e mina o trabalho do DOGE. “Acho que um projeto pode ser grande ou bonito. Mas não sei se pode ser os dois“, afirmou;
  • Trump respondeu defendendo seu projeto, alegando que nem todos os pontos o agradam, mas que está satisfeito com outros. Ele também indicou que o projeto ainda pode sofrer mudanças;
  • A proposta já foi aprovada na Câmara dos Representantes e está em debate no Senado;
  • O presidente da Câmara, Mike Johnson, agradeceu Musk por seu trabalho e afirmou que a Casa está pronta para agir com base nas conclusões do DOGE.

O governo Trump pretende enviar ao Congresso um pacote de cancelamentos de gastos anteriormente autorizados. Entre os cortes previstos estão US$ 1,1 bilhão (R$ 6,25 bilhões) da Corporação de Transmissão Pública e US$ 8,3 bilhões (R$ 47,23 bilhões) em ajuda externa.

Senadores republicanos, como Ron Johnson (Wisconsin) e Mike Lee (Utah), manifestaram apoio às críticas de Musk e defenderam ajustes no projeto de lei. Johnson afirmou que há oposição suficiente para retardar a tramitação até que se leve a sério o corte de gastos. Lee, por sua vez, disse que a versão do Senado será mais agressiva: “Ela pode, deve e será. Caso contrário, não passará“.

Estima-se que as medidas fiscais do projeto aumentem o déficit em US$ 3,8 trilhões (R$ 21,62 trilhões) em dez anos, enquanto as reduções em programas sociais devem economizar pouco mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,69 trilhões). Líderes republicanos argumentam que o crescimento econômico compensará esse aumento, mas entidades independentes projetam que a dívida pública subirá US$ 3 trilhões (R$ 17,07 trilhões) no mesmo período.

Musk, que chegou a investir US$ 250 milhões (R$ 1,42 trilhão) na campanha de Trump, também sinalizou que deve reduzir sua atuação política. “Acho que já fiz o suficiente“, disse.

donald trump
Trump já elogiou Musk antes, mas, agora, estão um tanto distantes (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Durante seu tempo no governo, Musk demonstrou entusiasmo com a ideia de reformar Washington, organizando eventos próprios, usando bonés de campanha na Casa Branca e promovendo seus produtos, como ao transformar a entrada da residência presidencial em uma vitrine para veículos da Tesla. Trump, por sua vez, retribuiu os elogios.

O post Fim da Lua de Mel: Musk deixa governo Trump apareceu primeiro em Olhar Digital.

musk_trump-1024x768

Elon Musk está decepcionado com novo projeto de Trump; entenda

Elon Musk fez duras críticas a um dos principais projetos econômicos do governo Trump, indicando um possível distanciamento do presidente americano, a quem apoiou financeira e politicamente na campanha de reeleição em 2024.

Em entrevista à CBS News, o bilionário afirmou estar “decepcionado” com o pacote fiscal aprovado pela Câmara dos Representantes, que inclui trilhões de dólares em isenções tributárias e aumento dos gastos com defesa.

Proposta aumentaria déficit

  • Apelidado por Trump de “grande e belo projeto de lei”, o texto ainda precisa passar pelo Senado.
  • Segundo estimativas, a proposta pode elevar o déficit fiscal dos EUA em cerca de US$ 600 bilhões no próximo ano.
  • Musk argumenta que o plano vai na contramão dos esforços de contenção de gastos, enfraquecendo o trabalho que vinha sendo feito pelo Departamento de Eficiência Governamental (Doge), órgão consultivo de cortes orçamentários que ele liderou brevemente.

“Francamente, fiquei decepcionado ao ver o enorme projeto de lei de gastos”, disse Musk, acrescentando que a proposta “aumenta o déficit, em vez de reduzi-lo”. Ele também ironizou o apelido dado por Trump à medida: “Um projeto pode ser grande ou bonito. Não sei se pode ser ambos”.

Pacote fiscal com isenções e gastos militares irrita Musk, que decide se afastar da política e focar na Tesla (Imagem: bella1105/Shutterstock)

Leia mais:

Tensões crescentes

As críticas expõem tensões internas no Partido Republicano e entre os aliados de Trump. A legislação busca estender os cortes de impostos implementados em 2017, além de destinar recursos para gastos militares e financiar deportações em massa. Também propõe elevar o teto da dívida para US$ 4 trilhões.

Musk, que chegou a doar mais de US$ 250 milhões para apoiar a campanha de Trump e foi apontado como um dos líderes do esforço para cortar até US$ 1 trilhão em gastos públicos, afirmou recentemente que pretende se afastar da política. Ele também anunciou que continuará à frente da Tesla pelos próximos cinco anos.

A empresa, aliás, tem enfrentado protestos, boicotes e queda nas vendas, em parte por conta da atuação de Musk no Doge, marcada por tentativas polêmicas de demitir milhares de funcionários públicos e reduzir drasticamente a ajuda externa. Apesar disso, Musk defendeu suas ações: “Fiz o que precisava ser feito”, disse.

Embora o site do Doge afirme que já foram economizados cerca de US$ 175 bilhões, uma análise da BBC apontou falta de evidências concretas para sustentar esse número.

Elon Musk fazendo pose
Elon Musk ataca política fiscal de Trump e sinaliza distanciamento (Imagem: Frederic Legrand – COMEO / Shutterstock)

O post Elon Musk está decepcionado com novo projeto de Trump; entenda apareceu primeiro em Olhar Digital.

donald_trump-952x1024-2

Índia pode suprir a demanda de iPhones dos EUA?

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a Apple estão em um verdadeiro braço de ferro. A Casa Branca aumentou a pressão para que a fabricação dos iPhones seja transferida para o território norte-americano.

A empresa, no entanto, mantém o plano de levar a produção para a Índia. Uma das várias questões que ainda não está clara nesta disputa de gigantes é se a indústria indiana será capaz de suprir a demanda pelos dispositivos.

Trump ameaça a Apple

  • A Apple foi uma das empresas afetadas pelo tarifaço de Trump.
  • Isso porque boa parte da cadeia de produção está na China.
  • Com as tarifas, o republicano esperava que as empresas decidissem transferir a produção de volta aos EUA, impulsionando a companhia doméstica.
  • A fabricante do iPhone, entretanto, decidiu fazer diferente.
  • A big tech optou por priorizar a produção em território indiano, país que também foi tarifado pela Casa Branca, mas em um grau menor do que a China.
  • No entanto, nos últimos dias, Trump revelou que se encontrou com Tim Cook, CEO da empresa, e pediu que ele parasse a fabricação por lá, priorizando os Estados Unidos. 
  • Sem um sinal positivo da gigante da tecnologia, o republicano ameaçou aplicar uma nova taxa de 25% sobre a Apple.
Trump quer que a Apple leve a produção do iPhone para os EUA (Imagem: Hasbul Aerial Stock/Shutterstock)

Leia mais

Transferência da produção já está ocorrendo

Dados divulgados pela Canalys, empresa de análise de mercado de tecnologia, apontam que as remessas de iPhones da Índia para os EUA dispararam no mês de abril. O aumento foi de 76% em relação ao mesmo período do ano passado.

No total, foram cerca de três milhões de dispositivos enviados para o território norte-americano. Por outro lado, as remessas provenientes da China caíram os mesmos 76%, totalizando apenas 900 mil produtos.

índia
Índia pode ser beneficiada pela disputa entre EUA e China (Imagem: em_concepts/Shutterstock)

Estes números deixam claro o plano da Apple: transferir a produção de iPhones da China para a Índia. No entanto, analistas da Canalys apontam que esse crescimento deve desacelerar. “Não se espera que a capacidade de fabricação da Índia cresça rápido o suficiente para atender a totalidade da demanda dos EUA”.

O relatório ainda estima que a demanda nos Estados Unidos seja de cerca de 20 milhões de aparelhos por trimestre, o que só poderia ser totalmente atendido pela Índia em 2026. As informações são da CNBC.

O post Índia pode suprir a demanda de iPhones dos EUA? apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_2566586537-1-1024x683

Apple na mira: Trump aumenta pressão sobre Tim Cook e produção internacional

Na recente viagem de Donald Trump ao Oriente Médio, o presidente dos Estados Unidos incentivou a presença de CEOs americanos, mas Tim Cook, da Apple, recusou o convite — e irritou Trump. As informações são do New York Times.

Durante o trajeto entre Arábia Saudita e Emirados Árabes, o presidente criticou publicamente Cook e elogiou outros executivos presentes, como Jensen Huang, da Nvidia.

A tensão aumentou quando Trump, em publicação nas redes sociais, ameaçou impor uma tarifa de 25% sobre iPhones fabricados fora dos EUA. A medida foi vista como uma retaliação à decisão da Apple de ampliar a produção na Índia, após isenções anteriores conquistadas por lobby da empresa.

Leia mais:

Tim Cook e Trump: amizade em crise?

  • A relação entre Trump e Cook, antes próxima — a ponto de o presidente chamá-lo, em tom bem-humorado, de “Tim Apple” —, se deteriorou.
  • A Apple enfrenta agora pressões crescentes para repatriar sua produção.
  • Apesar de prometer US$ 500 bilhões em investimentos no país e ampliar a compra de chips americanos, Trump insiste: quer iPhones fabricados nos EUA.
Recusa do CEO da Apple irrita presidente, que promete tarifas sobre iPhones produzidos fora dos EUA (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Apple luta para superar obstáculos

Além disso, a Apple lida com desafios estratégicos. Enfrentou críticas duras em um julgamento da App Store, perdeu seu ex-chefe de design Jony Ive para a OpenAI e viu o lançamento do headset Vision Pro decepcionar.

Ainda assim, sob a liderança de Cook, o valor de mercado da empresa subiu mais de US$ 2,5 trilhões.

Com a reeleição de Trump, especialistas veem Cook em posição delicada. O CEO tenta equilibrar diplomacia e firmeza diante de uma Casa Branca cada vez mais impaciente com a produção global da Apple.

apple
Empresa sofre com ameaças tarifárias e questionamentos sobre fabricação fora dos EUA, enquanto enfrenta desafios estratégicos no mercado – Imagem: pio3/Shutterstock

O post Apple na mira: Trump aumenta pressão sobre Tim Cook e produção internacional apareceu primeiro em Olhar Digital.

trump-e1738075430115-1024x577

TSMC: ábrica “mais estratégica do mundo” está surgindo no deserto do Arizona

Entre os cactos do Arizona (EUA), a gigante taiwanesa TSMC está construindo a Fab 21, uma das fábricas mais avançadas do planeta, dedicada à produção de chips semicondutores de última geração, como mostra a BBC News.

Responsável por cerca de 90% dos chips avançados usados em iPhones, computadores e sistemas de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, a TSMC transfere parte de sua tecnologia crítica de Taiwan para os Estados Unidos — num movimento geopolítico e econômico que pode redefinir a indústria global.

Com apoio de Trump e sob o impacto de tarifas, TSMC transfere tecnologia de ponta para os EUA (Imagem: Anna Moneymaker/Shutterstock)

Com investimento adicional de US$ 100 bilhões (R$ 564.67 bilhões, na conversão direta) e incentivos do governo estadunidense por meio da Lei dos Chips, a expansão da fábrica representa um marco na estratégia dos EUA para diminuir a dependência de Taiwan e conter o avanço tecnológico da China.

Projeto da TSMC é símbolo da gestão de Trump

  • O presidente dos EUA, Donald Trump, vê o projeto como símbolo de sua política econômica nacionalista, embora a iniciativa também tenha sido apoiada pela administração do ex-presidente Joe Biden;
  • A instalação, altamente protegida e tecnologicamente sofisticada, fabrica chips com estruturas de apenas quatro nanômetros e bilhões de transistores;
  • Todo o processo, que pode envolver até quatro mil etapas, exige ambiente mais limpo que uma sala de cirurgia, com máquinas de litografia fornecidas por empresas europeias, como a ASML.

Leia mais:

EUA não quer depender de tecnologia asiática, mas é difícil

Enquanto os EUA tentam criar cadeias de suprimento de semicondutores “não vermelhas” — livres de influência chinesa —, especialistas alertam que a interdependência global continua sendo um fator inevitável.

A cadeia envolve componentes e materiais de dezenas de países, o que torna difícil isolar qualquer etapa produtiva.

Ainda assim, a fábrica da TSMC no Arizona se consolida como peça central na corrida por soberania tecnológica, evidenciando as tensões entre globalização e protecionismo em um mundo cada vez mais moldado por chips.

tsmc
Fábrica da TSMC no Arizona coloca os Estados Unidos no centro da indústria de chips e desafia a supremacia asiática (Imagem: Jack Hong/Shutterstock)

O post TSMC: ábrica “mais estratégica do mundo” está surgindo no deserto do Arizona apareceu primeiro em Olhar Digital.

donald_trump-952x1024-1

Mesmo com pressão de Trump, produção do iPhone não deve ir para os EUA, dizem analistas

O braço de ferro entre a Apple e o governo dos Estados Unidos continua. O presidente Donald Trump aumentou a pressão para que a empresa passe a fabricar os iPhones no país e até ameaçou aplicar uma taxa de 25% se isso não acontecer.

A big tech se recusou a comentar sobre as mais recentes declarações. No entanto, analistas afirmam que ela parece estar disposta a manter o plano confirmado no início deste mês: transferir a produção da China para a Índia, o que desagrada a Casa Branca.

Pressão sobre a Apple está aumentando

  • A Apple foi uma das empresas afetadas pelo tarifaço de Trump.
  • Isso porque boa parte da cadeia de produção está na China.
  • Com as tarifas, o republicano esperava que as empresas decidissem transferir a produção de volta aos EUA, impulsionando a companhia doméstica.
  • A fabricante do iPhone, entretanto, decidiu fazer diferente.
  • A big tech optou por priorizar a produção em território indiano, país que também foi tarifado pela Casa Branca, mas em um grau menor do que a China.
  • No entanto, na semana passada, Trump revelou que se encontrou com Tim Cook, CEO da empresa, e pediu que ele parasse a fabricação por lá, priorizando os Estados Unidos. 
  • Apesar do cenário incerto, a companhia provavelmente tem um tempo para definir o seu futuro.
  • Acontece que EUA e China acordaram uma trégua de 90 dias, mantendo apenas as tarifas recíprocas para que novos acordos sejam negociados.
  • Mas com certeza a pressão sobre a Apple não vai diminuir.
Trump pressiona a Apple para levar produção do iPhone para os EUA (Imagem: Hasbul Aerial Stock/Shutterstock)

Leia mais

Transferir produção para os EUA não está nos planos

Não se tem certeza do caminho que será seguido pela Apple, mas analistas ouvidos pela CNBC apresentam algumas hipóteses. A primeira delas é que a empresa tente chegar a um acordo com o governo dos Estados Unidos.

Outra opção seria contestar as tarifas de 25% na Justiça, o que colocaria ainda mais lenha na fogueira. De qualquer forma, os especialistas acreditam que levar a produção do iPhone para o território norte-americano não é algo viável e nem mesmo estudado pela big tech.

Em termos de lucratividade, é muito melhor para a Apple sofrer o impacto de uma tarifa de 25% sobre os iPhones vendidos no mercado dos EUA do que mover as linhas de montagem do iPhone de volta para os EUA.

Ming-Chi Kuo, analista da cadeia de suprimentos da Apple

apple
Analistas acreditam que Apple nem mesmo cogita atender pedido de Trump (Imagem: beeboys/Shutterstock)

Já o analista da empresa de serviços financeiros UBS, David Vogt, lembra de um desafio adicional da Apple caso atenda aos pedidos de Trump. Transferir as cadeias de suprimentos e fábricas é um processo que pode levar anos, incluindo a instalação de equipamentos e a contratação de pessoal.

Por isso, ele acredita que é difícil que uma empresa deste tamanho decida trilhar este caminho. Por fim, todos estes esforços podem ser em vão caso a guerra comercial seja resolvida ou quando houver uma mudança de postura ou até mesmo do governo dos EUA.

O post Mesmo com pressão de Trump, produção do iPhone não deve ir para os EUA, dizem analistas apareceu primeiro em Olhar Digital.

donald_trump-1024x577

Ultimato de Trump: Apple precisa fabricar iPhone nos EUA ou será taxada em 25%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um ultimato à Apple nesta sexta-feira (23): se a empresa não começar a fabricar iPhones no país, terá que enfrentar uma taxa de importação de 25%. A declaração foi feita na rede social Truth Social.

Em outras ocasiões, o republicano já havia expressado que gostaria que a Apple transferisse sua cadeia de produção para solo norte-americano, o que ainda não aconteceu. A companhia priorizou a fabricação na Índia, que tem tarifas menores que a China, mas Trump também não gostou nada disso.

Apple precisa produzir nos EUA… ou enfrentar as tarifas

A Apple foi uma das empresas afetadas com o tarifaço de Trump. Isso porque boa parte da cadeia de produção está na China. A expectativa do presidente americano era que as companhias migrassem para os EUA… mas não foi o que aconteceu.

A Apple optou por priorizar os iPhones da Índia, país que tem tarifas menores que a China. No entanto, na semana passada, Trump revelou que se encontrou com Tim Cook, CEO da empresa da maçã, e pediu que ele parasse a fabricação por lá, priorizando os Estados Unidos. O Olhar Digital deu os detalhes aqui.

Trump quer que Apple passe a fabricar nos EUA, ao invés de importar iPhones (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Nesta semana, o republicano deu o ultimato. Em publicação no Truth Social (rede social do próprio Trump), o presidente ameaçou impor uma tarifa de 25% sobre os produtos importados da Apple… a menos que os iPhones sejam fabricados nos EUA.

Há muito tempo, informei Tim Cook, da Apple, que espero que os seus iPhones vendidos nos Estados Unidos sejam fabricados e construídos nos Estados Unidos, e não na Índia ou em qualquer outro lugar. Se não for esse o caso, uma tarifa de pelo menos 25% deverá ser paga pela Apple aos EUA.

Donald Trump, na rede social Truth Social

apple china
Nada de China… nem Índia (Imagem: nikkimeel/Shutterstock)

iPhone produzido nos EUA?

  • Depois que o pacote de tarifas de Donald Trump foi anunciado (com taxas altíssimas para a China), a Apple começou a diversificar os locais de produção. A intenção é reduzir a dependência do país e driblar o tarifaço;
  • Nisso, a Índia surgiu como principal nome para a fabricação do iPhone;
  • A empresa também disse que começaria a expandir a produção nos Estados Unidos, com investimento de US$ 500 bilhões nos próximos quatro anos para a instalação de cadeia produtiva. Mas especialistas acreditam que isso não deve se concretizar – até porque o valor do celular ficaria absurdamente alto;
  • Trump chegou a elogiar a Apple pela decisão, mas a companhia da maçã não parou de ‘caçar’ alternativas. Até o Brasil surgiu como um potencial local de fabricação (saiba mais aqui).

Com a mais nova ameaça de Trump, a Apple se torna mais uma das empresas na mira do governo. Amazon, por exemplo, já é uma das que sofre as consequências da pressão.

Leia mais:

Por enquanto, EUA e China estão em uma trégua de 90 dias, mantendo apenas as tarifas recíprocas para que novos acordos sejam negociados. Essa medida deve dar algum tempo extra à Apple.

O post Ultimato de Trump: Apple precisa fabricar iPhone nos EUA ou será taxada em 25% apareceu primeiro em Olhar Digital.

axiom-artemis

NASA: como o robusto corte de gastos de Trump vai remodelar a missão Artemis

Como o Olhar Digital noticiou nesta sexta-feira (2), o presidente Donald Trump anunciou corte histórico no orçamento da NASA. Isso vai impactar todos os programas em andamento na agência espacial estadunidense, incluindo o Artemis.

Como você já deve saber, o Artemis quer levar os humanos à Lua décadas após o fim das missões Apollo, a única missão que realizou tal feito.

Futuro dessa e de outras missões é incerta; o traje lunar acima poderá entrar no corte de gastos? (Imagem: Divulgação/Axiom Space)

Várias etapas foram programadas e denominadas como Artemis 1, Artemis 2 e a Artemis 3 será a responsável por nos levar de volta ao nosso satélite natural, programado para 2027.

Só que, com o corte de gastos do governo Trump, o programa lunar passará por profundas remodelações, o que pode alterar prazos e quantidade de equipamentos e demais itens enviados à Lua, por exemplo.

Leia mais:

Trump cortou o orçamento da NASA; e como fica a missão Artemis?

  • O plano orçamentário para 2026 sugere o abandono dos principais componentes do programa Artemis e corte histórico de quase 25% no financiamento da NASA;
  • A proposta ainda precisa de aprovação pelo Congresso e eliminaria, gradualmente, o foguete SLS e a cápsula Orion após apenas mais duas missões, além de cancelar imediatamente a estação espacial lunar Gateway;
  • O documento justifica essas medidas citando os custos excessivos do SLS: “US$ 4 bilhões [R$ 22,62 bilhões, na conversão direta] por lançamento e 140% acima do orçamento“;
  • Em substituição aos sistemas atuais, a Casa Branca pretende investir em “sistemas comerciais mais econômicos” para futuras missões lunares, possivelmente desenvolvidos por SpaceX (de Elon Musk) e Blue Origin (de Jeff Bezos), empresas que já trabalham em módulos lunares para o programa Artemis;
  • Até o momento, o SLS e Orion realizaram apenas uma missão conjunta — o Artemis 1, que enviou uma cápsula Orion não tripulada à órbita lunar em 2022;
  • Caso a proposta seja aprovada, apenas as missões Artemis 2 (prevista para 2026) e Artemis 3 seriam mantidas.

Segundo o documento orçamentário, essas medidas visam alinhar os recursos com “os objetivos do governo de retornar à Lua antes da China e colocar um homem em Marte“.

Donald Trump em uma mesa falando e gesticulando
Trump quer focar em Marte e na Lua (Imagem: Hasbul Aerial Stock/Shutterstock)

Boeing e NASA pausam desenvolvimento do avião experimental X-66

O ambicioso projeto da NASA em parceria com a Boeing para desenvolver um avião com asas ultrafinas e sustentação em treliça foi interrompido. O modelo experimental X-66, também conhecido como Transonic Truss-Braced Wing (TTBW), teve seu desenvolvimento suspenso, e os esforços agora serão direcionados exclusivamente a testes em solo.

Embora o anúncio oficial trate a decisão como uma “pausa”, a medida indica que o demonstrador físico da aeronave, baseado em um McDonnell Douglas MD-90 modificado, não será mais construído. A iniciativa tinha como objetivo estudar formas de atingir emissões líquidas zero na aviação, além de melhorar a eficiência e a velocidade em voos próximos à barreira do som.

Leia a reportagem completa aqui

O post NASA: como o robusto corte de gastos de Trump vai remodelar a missão Artemis apareceu primeiro em Olhar Digital.