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Trump faz corte histórico na NASA visando viagem a Marte

A administração do presidente dos EUA, Donald Trump, divulgou, na sexta-feira (2), sua proposta de orçamento federal para 2026, confirmando os rumores de cortes significativos para a NASA.

O plano reduz o financiamento da agência espacial em US$ 6 bilhões (R$ 33,93 bilhões, na conversão direta) em comparação com os valores de 2025, passando de US$ 24,8 bilhões (R$ 140,28 bilhões) para US$ 18,8 bilhões (R$ 106,34 bilhões)redução de 24%, que representa o maior corte anual na história da NASA, segundo a organização sem fins lucrativos Planetary Society.

O “orçamento enxuto” proposto pelo governo redireciona as prioridades da agência espacial estadunidense, cancelando projetos importantes, como a estação espacial lunar Gateway e o programa de retorno de amostras de Marte, enquanto aloca US$ 1 bilhão (R$ 5,65 bilhões) para iniciativas focadas no Planeta Vermelho, alinhando-se com a ambição de Elon Musk e sua empresa, a SpaceX.

Trump quer focar em Marte e na Lua (Imagem: Hasbul Aerial Stock/Shutterstock)

Mudança de prioridades na NASA

  • A proposta orçamentária reflete as prioridades da administração Trump, que valoriza “retornar à Lua antes da China e colocar um homem em Marte“, segundo o documento;
  • As reduções são especialmente profundas para ciência espacial, ciência da Terra e sistemas legados de exploração humana, que seriam cortados em US$ 2,3 bilhões (R$ 13,01 bilhão), US$ 1,2 bilhão (R$ 6,78 bilhões) e quase US$ 900 milhões (R$ 5,09 bilhões), respectivamente;
  • Segundo a CNBC, Janet Petro, administradora interina da NASA, afirmou, em e-mail enviado a todos os funcionários da agência, que o orçamento proposto “reflete o apoio da administração à nossa missão e prepara o terreno para nossas próximas grandes conquistas”;
  • Ela instou os funcionários a “perseverar, manter a resiliência e apostar na disciplina necessária para fazer coisas que nunca foram feitas antes — especialmente em ambiente restrito”;
  • Petro reconheceu que o orçamento exigirá “escolhas difíceis” e que algumas das “atividades da NASA serão encerradas“.

Fim de programas emblemáticos

Se este orçamento for aprovado pelo Congresso — o que não é garantido — alguns programas de alto custo da NASA serão eliminados.

Entre eles estão o programa de retorno de amostras de Marte, esforço conjunto com a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) para trazer, para a Terra, material coletado pelo rover Perseverance, e o Gateway, a planejada estação espacial em órbita lunar que, há muito tempo, é parte fundamental do programa Artemis.

Além disso, o plano prevê o fim do Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês) e da cápsula Orion após três voos. “Apenas o SLS custa US$ 4 bilhões [R$ 22,62 bilhões] por lançamento e está 140% acima do orçamento”, afirma o documento.

“O orçamento financia um programa para substituir os voos do SLS e da Orion à Lua por sistemas comerciais mais econômicos que apoiariam missões lunares subsequentes mais ambiciosas.”

O SLS e a Orion voaram juntos apenas uma vez — na missão não tripulada Artemis 1, que foi à órbita lunar e retornou no final de 2022. Com o novo plano orçamentário, a dupla seria aposentada após a Artemis 3, que pretende pousar astronautas perto do polo sul lunar em 2027.

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Foco em Marte e oportunidade para empresas privadas

O documento, publicado no site da NASA, afirma que a agência está alocando mais de US$ 7 bilhões (R$ 39,59 bilhões) para exploração lunar e “introduzindo US$ 1 bilhão [R$ 39,59 bilhões] em novos investimentos para programas focados em Marte“.

Esta mudança de prioridades beneficia empresas privadas, como a SpaceX, que já está entre os maiores contratados da NASA e do Departamento de Defesa.

A empresa de Elon Musk, há muito tempo, busca lançar uma missão tripulada a Marte e afirma, em seu site, que seu enorme foguete Starship foi projetado para “transportar tanto tripulação quanto carga para a órbita terrestre, a Lua, Marte e além“.

Musk, fundador e CEO da SpaceX, tem papel central na administração Trump, liderando um esforço para reduzir o tamanho, os gastos e a capacidade do governo federal, além de influenciar mudanças regulatórias por meio do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).

Impacto na força de trabalho e missões científicas

A NASA também afirmou que precisará “racionalizar” sua força de trabalho, serviços de tecnologia da informação, operações dos Centros NASA, manutenção de instalações e atividades de construção e conformidade ambiental. Além disso, terá que encerrar várias missões “inacessíveis” e reduzir missões científicas em nome da “responsabilidade fiscal“.

O documento destaca que algumas das maiores reduções, caso o orçamento seja aprovado, afetariam as divisões de ciência espacial, ciência da Terra e suporte a missões da agência espacial. “Esta está longe de ser a primeira vez que a NASA foi solicitada a se adaptar, e sua capacidade de entregar, mesmo sob pressão, é o que diferencia a NASA”, escreveu Petro em seu e-mail.

Marte visto do espaço
Corrida a Marte está privilegiada (Imagem: Buradaki/Shutterstock)

Próximos passos

O indicado pelo presidente Trump para liderar a NASA, o empresário de tecnologia Jared Isaacman, ainda precisa ser aprovado pelo Senado dos EUA. Sua nomeação foi aprovada pelo Comitê de Comércio do Senado na quarta-feira (30).

A proposta orçamentária ainda precisa passar pelo Congresso, onde pode enfrentar resistência. No entanto, ela sinaliza, claramente, uma mudança na política espacial estadunidense, priorizando o retorno à Lua e eventual missão tripulada a Marte, com maior participação do setor privado e foco em “vencer” a China na nova corrida espacial.

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Amazon decepciona investidores com projeção de lucro abaixo do esperado

Mais uma vez, os números da Amazon no trimestre não foram os esperados. Nesta quinta-feira (1), a empresa de Jeff Bezos estimou lucro operacional abaixo das estimativas entre janeiro e março de 2025, alegando tarifas e políticas comerciais capazes de “forçar” a redução de gastos dos consumidores da gigante do varejo.

O lucro operacional estimado pela empresa é entre US$ 13 bilhões a US$ 17 bilhões (R$ 73,78 bilhões a R$ 96,48 bilhões, na conversão direta), ante uma estimativa de US$ 17,8 bilhões (R$ 101,02 bilhões).

Por sua vez, as vendas ficarão entre US$ 159 bilhões e R$ 164 bilhões (R$ 902,42 bilhões e R$ 930,79 bilhões) no período a ser encerrado em junho, segundo a companhia informou em comunicado oficial nesta quinta-feira (1). Analistas estimavam US$ 161,4 bilhões (R$ 916,04 bilhões).

Amazon Web Services teve crescimento nas vendas (Imagem: IB Photography/Shutterstock)

Nos primeiros quatro meses deste ano, as ações da Amazon caíram cerca de 13%, reporta a Bloomberg. Sem contar que Wall Street segue analisando os impactos que as tarifas recém-impostas pelo presidente Donald Trump terão sobre a Amazon, que tem boa parcela de seus produtos oriundos da China — de longe, o país mais afetado pelas medidas trumpistas.

Apesar disso, de uma maneira geral, os investidores da empresa se mostram otimistas com os esforços da Amazon para virar uma potência no setor de inteligência artificial (IA), mas se preocupam que seus gastos com data centers não tragam grande crescimento nas vendas a curto e médio prazo.

Outros números da Amazon

  • O Amazon Web Services, serviço de alocação de data centers na nuvem da varejista, apontou 17% no aumento de vendas no primeiro trimestre, saltando para US$ 29,3 bilhões (R$ 166,29 bilhões), em linha com a expectativa do mercado;
  • Contudo, foi o crescimento mais lento desse braço da Amazon em um ano;
  • Quanto às vendas do primeiro trimestre, a Amazon informou que elas fecharam 9% acima, chegando a US$ 155,7 bilhões (R$ 883,69 bilhões). A estimativa média dos analistas era de US$ 155,2 bilhões (R$ 880,85 bilhões);
  • Por último, o lucro operacional da companhia ficou em US$ 18,4 bilhões (R$ 104,43 bilhões) ante US$ 17,5 bilhões (R$ 99,32 bilhões) projetados por analistas.

Após a divulgação dos resultados da varejista, as ações da Amazon caíram cerca de 2% no pregão estendido após fecharem em R$ 190,20 (R$ 1.079,50), de acordo com a Bloomberg.

A Bloomberg adverte ainda que a empresa poderia ficar isolada por conta de sua reputação por preços competitivos e grande base de fornecedores caso os consumidores foquem em ofertas.

Enquanto isso, menos vendedores chineses independentes usando a plataforma de Bezos significa problemas nos negócios de logística e publicidade de alta margem.

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“Guerra Fria” com a Casa Branca

Nesta semana, o governo Trump entrou em rota de colisão com a Amazon após rumores de que a varejista iria divulgar os valores das tarifas a seus consumidores no Haul, plataforma de descontos criada para competir com gigantes chinesas de baixo custo, como Temu e Shein.

Na terça-feira (29), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi questionada sobre os rumores (divulgados pelo portal Punchbowl News), de acordo com a CNN.

Boneco de Trump carregando duas caixas da Amazon
Trump é grande crítico de Amazon e The Washington Post, empresas de Bezos (Imagem: Willrow Hood/Shutterstock)

Acabei de falar ao telefone com o presidente sobre o anúncio da Amazon. Este é um ato hostil e político da Amazon”, disse Leavitt na sala de imprensa da Casa Branca, ao lado do Secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Contudo, um porta-voz da empresa disse, à NBC News, que “isso nunca foi aprovado e não vai acontecer”. Trump, por sua vez, disse ter conversado com Bezos por telefone e disse que o empresário foi foi “gentil” durante a conversa e que lhe garantiu que não haverá mudanças no site. “Ele fez a coisa certa. Ele é um cara legal”, disse o presidente estadunidense a repórteres na Casa Branca.

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Fim da linha para Musk na Tesla, aponta jornal

Em meio à queda de lucros e do valor das ações, o conselho administrativo da Tesla iniciou, discretamente, a busca por um sucessor para Elon Musk.

A notícia, divulgada pelo The Wall Street Journal, surge como reflexo de uma empresa em transformação, pressionada entre as ambições políticas de seu fundador e a realidade de um mercado cada vez mais competitivo.

Ultimato silencioso

Há cerca de um mês, com as ações da Tesla em declínio e investidores insatisfeitos com o foco de Musk na Casa Branca, membros do conselho decidiram agir. Contataram diversas empresas de recrutamento executivo para iniciar, formalmente, a busca pelo próximo CEO da fabricante de carros elétricos.

Durante reunião de atualização com Musk, o recado foi direto: ele precisava dedicar mais tempo à Tesla e comunicar isso publicamente. Surpreendentemente, o bilionário não resistiu à solicitação, aponta o jornal. Na semana passada, após anunciar queda de 71% nos lucros do primeiro trimestre, Musk finalmente declarou aos investidores: “A partir do próximo mês, vou alocar muito mais do meu tempo à Tesla.”

O conselho estreitou o foco em uma grande empresa de recrutamento, segundo fontes do Journal. Não está claro se Musk estava ciente desse esforço ou se sua promessa de maior dedicação afetou os planos de sucessão.

Tesla está em crise (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

Império dividido

  • A trajetória recente da Tesla ilustra os desafios de uma empresa cujo líder divide sua atenção entre múltiplos projetos. Musk supervisiona cinco negócios diferentes e, apenas na Tesla, mais de 20 executivos se reportam diretamente a ele;
  • Desde a eleição de Donald Trump, Musk tem passado a maior parte do tempo em Washington (EUA), com fins de semana no resort Mar-a-Lago, na Flórida (EUA). Suas interações com funcionários e membros do conselho da Tesla frequentemente ocorrem de forma remota;
  • Alguns funcionários relataram que a primeira vez que ouviram Musk em meses foi durante uma reunião geral em março, transmitida para todos os usuários do X, onde ele tentou tranquilizá-los:
    • “Se você ler as notícias, parece o Armagedom. Não posso passar por uma TV sem ver um Tesla em chamas”, disse ele, referindo-se ao vandalismo em concessionárias e estações de carregamento. “Há momentos tempestuosos, mas estou aqui para dizer que o futuro é brilhante e empolgante. O que estou dizendo é: segure suas ações.”

Transição tumultuada na Tesla

A Tesla está em período de transição, segundo seus executivos. Os populares Tesla Model 3 e Model Y impulsionaram a primeira onda de crescimento.

Agora, a empresa está se voltando para inteligência artificial (IA) e robótica, anunciada por novos veículos, como o Cybercab, sedã dourado de dois lugares sem volante ou pedais, e pelo Optimus, robô humanoide central para a visão de Musk para a empresa.

No entanto, seu negócio principal de veículos elétricos está em declínio e seu veículo mais recente, a Cybertruck, não proporcionou o impulso esperado.

Lançado com preço inicial de cerca de US$ 100 mil (R$ 567,56 mil, na conversão direta)duas vezes e meia o valor anunciado originalmente por Musk – o caminhão enfrentou oito recalls e vendeu apenas 39 mil unidades nos EUA em seu primeiro ano completo de vendas, muito abaixo da meta de 250 mil anunciada por Musk.

Tensões internas crescentes

A proximidade de Musk com Trump, que criticou o mercado de veículos elétricos e prometeu revitalizar as indústrias de petróleo e gás, criou tensões dentro da Tesla. Alguns funcionários buscaram garantias de que Musk ainda apoiava a missão da empresa de combater as mudanças climáticas.

Em novembro passado, o executivo Mike Snyder tentou tranquilizar sua equipe: “É óbvio que tem sido uma temporada turbulenta e emocional, reconheço isso. Prefiro ter Elon ao lado de Trump do que um inimigo de Trump.”

Entretanto, no início deste ano, ficou claro para alguns dentro da empresa que a incursão política de Musk estava se tornando um passivo para os negócios. A Tesla estava perdendo apelo em mercados, como Califórnia (EUA) e Alemanha, e motoristas começaram a colocar adesivos em seus carros para se distanciarem das posições políticas de Musk.

O caso de Eliah Gilfenbaum, executivo da Tesla na Califórnia (EUA), ilustra a divisão interna. Ele disse à sua equipe que estava ficando mais difícil contratar e reter talentos e que a Tesla estaria melhor se Musk renunciasse. Após a divulgação dessas declarações por dois jornais, Gilfenbaum foi forçado a deixar a empresa.

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Desafios financeiros e remuneração

Musk tem reclamado publicamente e em privado que, apesar de possuir cerca de 13% da empresa, está trabalhando sem remuneração há sete anos, desde que um juiz de Delaware anulou seu pacote multibilionário de remuneração. O conselho da Tesla, recentemente, formou um comitê especial de compensação para abordar a remuneração do CEO.

No início do ano passado, após quase duas décadas dirigindo a Tesla, Musk confidenciou a alguém próximo, em mensagens de texto enviadas na madrugada, que estava frustrado por ainda estar trabalhando sem parar na empresa.

Na primavera estadunidense, ele disse a essa pessoa que não queria mais ser CEO da Tesla, mas estava preocupado de que ninguém pudesse substituí-lo no comando da empresa e vender a visão de que a Tesla não é apenas uma montadora, mas o futuro da robótica e automação.

Impacto na política e nos negócios

Musk gastou mais de US$ 250 milhões (R$ 1,41 bilhão) na campanha de reeleição de Trump e recebeu o cargo de líder do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês). Seu status como “funcionário especial do governo” permite que ele trabalhe na Casa Branca por 130 dias por ano sem preencher os formulários de divulgação financeira exigidos para funcionários regulares.

Na semana passada, durante uma reunião de gabinete, Trump agradeceu a Musk por seu trabalho no governo: “Você sabe que está convidado a ficar pelo tempo que quiser. Acho que ele quer voltar para casa, para seus carros“, retrata o WSJ.

Qualquer mudança no topo marcaria um momento crucial para a Tesla: Musk dirige a fabricante de veículos elétricos há quase 20 anos, embora tenha deixado o cargo de presidente do conselho em 2018.

Elon Musk durante evento
Bilionário toca cinco empresas e seu cargo no governo dos EUA (Imagem: Frederic Legrand/Shutterstock)

Perspectivas futuras

Musk e seus comandados redobraram esforços para convencer investidores de que os veículos autônomos há muito planejados pela Tesla estão próximos. A empresa planeja abrir seu aplicativo de transporte para o público até o final de junho, permitindo que clientes em Austin, Texas (EUA), façam viagens de robotáxi sem supervisão em Model Ys.

No relatório de lucros da semana passada, que mostrou queda de 9% na receita trimestral, incluindo queda de 20% na receita automotiva, Musk defendeu o desempenho da empresa e expressou otimismo sobre seu futuro: “Não estamos à beira da morte, nem perto disso.”

Enquanto isso, o conselho de oito pessoas da Tesla está buscando adicionar um diretor independente. Alguns diretores, incluindo o cofundador JB Straubel, têm se reunido com grandes investidores para garantir que a empresa está em boas mãoscom ou sem Elon Musk no comando diário.

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Ucrânia e EUA fecham acordo e atendem desejo de Trump por minerais

Os governos dos Estados Unidos e da Ucrânia assinaram, nesta quarta-feira (30), um acordo que garante acesso, aos estadunidenses, aos minerais de terras raras de Kiev. Em troca, será criado um fundo de investimentos para a reconstrução do país do Leste Europeu.

O anúncio foi feito pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pela ministra do Desenvolvimento Econômico e Comércio da Ucrânia, Iulia Sviridenko, que está em Washington (EUA). 

“Este acordo sinaliza claramente à Rússia que o governo [Donald] Trump está comprometido com processo de paz centrado em uma Ucrânia livre, soberana e próspera a longo prazo”, disse Bessent.

Acordo não garante acesso irrestrito às riquezas naturais da Ucrânia (Imagem: Drop of Light/Shutterstock)

De olho nas riquezas

  • Há poucos detalhes sobre o desfecho das negociações, que vêm se desenrolando desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca;
  • Havia a expectativa por uma assinatura durante a visita do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a Washington em fevereiro, mas o encontro no Salão Oval foi encerrado antes disso;
  • Segundo a imprensa estadunidense, o acordo não garante acesso irrestrito às riquezas naturais da Ucrânia. Kiev continuará como proprietária das terras e terá controle total sobre sua exploração;
  • Todos os recursos em nosso território e em águas territoriais pertencem à Ucrânia”, escreveu Sviridenko, no X. “É o Estado ucraniano que determina o que e onde extrair. O subsolo permanece sob propriedade ucraniana — isso está claramente estabelecido no Acordo.”

A Ucrânia possui depósitos de 22 dos 50 materiais classificados como críticos pelo Serviço Geológico dos EUA, de acordo com a CNN. Há matéria-prima essencial para a produção de eletrônicos, tecnologias de energia limpa e alguns sistemas de armas.

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O que ganha a Ucrânia?

O acordo garantirá aos ucranianos metade de todos os lucros obtidos com novos empreendimentos minerais no país europeu. Os recursos serão destinados integralmente a projetos dentro da Ucrânia, segundo o primeiro-ministro Denis Shmigal.

Parte do lucro obtido com a exploração das terras será usada para a reconstrução do país europeu (Imagem: Sergiy Palamarchuk/Shutterstock)

Kiev tinha esperança de obter garantias militares dos EUA na guerra contra os russos. Trump recusou a proposta, alegando que o acordo deveria ser fechado antes de qualquer promessa por parte dos estadunidenses.

Na época, Zelensky descreveu o rascunho do acordo como forma de pedir que ele “vendesse” seu país — e Trump chegou a suspender auxílios às forças ucranianas, medida que acabou sendo revertida posteriormente.

Ao que tudo indica, Kiev não terá garantias nesse sentido, de acordo com o jornal The Washington Post. O tratado, no entanto, “afirma o alinhamento estratégico a longo prazo” entre os países com apoio “à segurança, prosperidade, reconstrução e integração da Ucrânia”.

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Casa Branca reclama e Amazon desiste de expor valor de tarifas de Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou, nesta terça-feira (29), com o fundador da Amazon, Jeff Bezos, após a imprensa estadunidense repercutir a ideia da varejista de expor valores de tarifas de importação no preço final de produtos vendidos pela empresa.

Trump disse que Bezos foi “gentil” durante a conversa e que lhe garantiu que não haverá mudanças no site. “Ele fez a coisa certa. Ele é um cara legal”, disse o presidente estadunidense a repórteres na Casa Branca.

Segundo a NBC News, a ideia era listar as tarifas no Amazon Haul, plataforma de descontos criada para competir com gigantes chinesas de baixo custo, como Temu e Shein. “Isso nunca foi aprovado e não vai acontecer”, disse um porta-voz da gigante do varejo à reportagem.

Bezos teria garantindo a Trump que Amazon não fará mudança no site (Imagem: lev radin/Shutterstock)

Casa Branca reagiu ao rumor referente à Amazon às pressas

Pela manhã, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi questionada sobre a primeira reportagem a citar a alteração (divulgada pelo portal Punchbowl News), de acordo com a CNN.

Acabei de falar ao telefone com o presidente sobre o anúncio da Amazon. Este é um ato hostil e político da Amazon”, disse Leavitt na sala de imprensa da Casa Branca, ao lado do Secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Já o secretário de Comércio, Howard Lutnick, disse que a empresa se esforça para “fazer parecer” que as tarifas tiveram algum impacto nos preços aos consumidores.

É um absurdo“, disse ele em entrevista à CNBC. “Uma tarifa de 10% não vai mudar praticamente nenhum preço“, acrescentou, referindo-se à tarifa básica quase universal para todos os países. “O único preço que mudaria seria um produto que não fabricamos aqui, como uma manga.”

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Secretário de Trump afirmou que tarifas não mudarão preços (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

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País dividido

O governo Trump impôs tarifas de 145% sobre as importações da China e um imposto mínimo de 10% sobre todos os outros países. Nesta terça-feira (29), o republicano assinou decreto que evita a sobreposição de tributos em peças usadas na produção de veículos.

No Senado dos EUA, o líder da minoria, Chuck Schumer, encorajou as empresas a expor o impacto da política tarifária do presidente. “Mostrem aos seus clientes o quanto as tarifas estão pesando em seus bolsos. As pessoas merecem saber o impacto que as tarifas têm em suas finanças”, disse, no plenário.

Vale lembrar que a Amazon foi uma das grandes empresas a doar US$ 1 milhão (R$ 5,62 milhões, na conversão direta) ao fundo inaugural de Donald Trump. A empresa de Bezos também está produzindo um documentário focado na primeira-dama, Melania Trump.

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Guerra dos chips: governo Trump avalia mudar as regras globais no setor

O governo Trump está analisando mudanças na regra de exportação de chips de inteligência artificial herdada da gestão Biden, com foco na eliminação do sistema que divide o mundo em três níveis de acesso aos semicondutores, conforme informações exclusivas da Reuters.

Segundo fontes próximas ao processo, a ideia é substituir o modelo atual por um regime global de licenciamento baseado em acordos bilaterais entre governos — uma abordagem que reforça a estratégia comercial do atual presidente.

A norma em vigor, chamada de Estrutura para Difusão de Inteligência Artificial, foi emitida pelo Departamento de Comércio dos EUA em janeiro, nos últimos dias da gestão Biden.

Ela restringe o acesso internacional a chips de IA avançados e certos pesos de modelos, visando manter a superioridade tecnológica dos EUA e de seus aliados, especialmente frente à China. A regra entra em vigor no próximo dia 15 de maio. Hoje, a diretriz divide os países em três níveis.

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Estratégia do governo Trump visa usar semicondutores como ferramenta geopolítica (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Níveis de acesso aos chips dos EUA

  • Nível 1: inclui aliados como Japão, Reino Unido e Taiwan, com acesso irrestrito;
  • Nível 2: cerca de 120 países com limites de importação;
  • Nível 3: países “preocupantes”, como China, Rússia e Irã, com acesso bloqueado.

Integrantes do governo avaliam que o novo modelo com acordos entre países facilitaria o uso dos chips americanos como moeda de troca em negociações comerciais.

A proposta também estuda reduzir o limite de exceção para licenciamento: atualmente, pedidos abaixo do equivalente a 1.700 chips H100 da Nvidia não precisam de licença — esse teto poderia cair para 500 chips.

Medida não é bem vista por empresas do ramo

A medida é alvo de críticas de grandes empresas como Nvidia e Oracle, além de parlamentares republicanos, que alegam que a regra pode empurrar países para a tecnologia chinesa. Sete senadores enviaram carta ao Departamento de Comércio pedindo a revogação da norma.

Embora o governo Trump diga querer tornar a regra “mais forte e mais simples”, especialistas alertam que a eliminação dos níveis pode torná-la mais complexa.

Ilustração de mapa do mundo com elementos de chips
Nova abordagem substituiria classificação por níveis por controle via acordos entre governos (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

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Tarifaço x Amazon: Trump foi tirar satisfação com Jeff Bezos; entenda

Mesmo após a pausa, o tarifaço de Donald Trump segue gerando discórdia entre países e empresas. Em um novo capítulo dessa história, divulgado pela imprensa internacional nesta terça-feira (29), a Amazon estaria cogitando informar os custos das tarifas para os clientes.

A mera possibilidade irritou o presidente dos Estados Unidos, que resolveu tirar satisfação diretamente com o fundador da empresa, Jeff Bezos, em uma ligação.

A Amazon negou os rumores. No entanto, tudo isso aconteceu no dia que a gestão do republicano completa 100 dias, uma data simbólica nos governos americanos. A Casa Branca respondeu aos rumores chamando a iniciativa da companhia de um ato político “hostil”.

Proposta foi cogitada apenas para o site de baixo custo da Amazon, o Haul (Imagem: Steve Tritton/Shutterstock)

Trump arrumou briga com Amazon e Jeff Bezos

Um fonte anônima do site Punchbowl News disse que a Amazon estaria cogitando especificar os custos das tarifas de Trump para os clientes do Amazon Haul, versão de baixo custo da plataforma, que funciona apenas nos Estados Unidos. Essa ‘divisão’ foi lançada para competir com Shein e Temu.

A Casa Branca não gostou da notícia. De acordo com o The Washington Post, Donald Trump ligou para Jeff Bezos, fundador da Amazon, para reclamar da notícia.

Tudo isso aconteceu no dia em que a gestão de Trump completa 100 dias. Desde o anúncio do tarifaço, o republicano tem recebido críticas a nível nacional e internacional, e caiu nas taxas de aprovação. Ou seja, o clima tenso já está instaurado em Washington.

Em uma entrevista à imprensa, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que falou ao telefone com o presidente sobre os planos e que esse seria “um ato hostil e político da Amazon”. Ela completou: “Por que a Amazon não fez isso quando o governo Biden elevou a inflação ao nível mais alto dos últimos 40 anos?”.

Vale lembrar que Jeff Bezos foi um dos magnatas do setor de tecnologia que esteve presente na posse de Trump, em janeiro, no que pareceu um aceno à gestão do republicano. Leavitt se recusou a comentar sobre o relacionamento do executivo com Bezos.

Trump completa 100 dias de gestão em meio a críticas e desaprovação (Imagem: Jonah Elkowitz/Shutterstock)

Amazon negou a informação

  • A Amazon negou a iniciativa;
  • Em uma declaração enviada por e-mail ao TWP, o porta-voz da empresa, Tim Doyle, disse que a equipe do Amazon Haul  “considerou a possibilidade de listar as taxas de importação de determinados produtos”, mas que isso nunca sequer foi cogitado para o site principal da Amazon;
  • Mais tarde, a companhia atualizou que essa medida “nunca foi aprovada e não vai acontecer”.

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Computação quântica: IBM prevê investimento de US$ 150 bilhões nos EUA

A IBM anunciou que vai investir US$ 150 bilhões nos Estados Unidos ao longo dos próximos cinco anos. Esse grande aporte tem um foco principal: expandir as fábricas de mainframes e sistemas de computação quântica. Só para esta área, a empresa pretende destinar mais de US$ 30 bilhões.

Computadores quânticos, que são milhares de vezes mais poderosos do que as máquinas tradicionais, prometem ser uma das prioridades das big techs nos próximos anos. O Google, por exemplo, apresentou recentemente seu chip Willow, que promete dar uma vantagem estratégica à companhia, sobretudo nas questões envolvendo Inteligência Artificial.

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Assim como outras empresas do setor, a IBM não quer ficar para trás e indicou esse mega investimento. A gigante dos PCs já opera uma das maiores frotas de computadores quânticos do mundo e deve melhorar ainda mais sua posição no mercado.

As cifras estratosféricas, no entanto, também teriam outro objetivo.

A computação quântica pode impulsionar a medicina, oferecendo novas possibilidades para tratamentos mais rápidos e precisos – Imagem: Treecha/Shutterstock

Uma questão política

  • Analistas veem o anúncio como um aceno político ao governo Donald Trump.
  • As tarifas do republicano ameaçam prejudicar as cadeias de suprimentos e aumentar os custos para a indústria de tecnologia.
  • Isso porque muitos componentes são importados hoje em dia, principalmente da Ásia.
  • Com esse mega investimento, a IBM faz um afago à política de fabricação local do presidente, ao mesmo tempo em que tenta se blindar da guerra comercial.
  • Outras gigantes, como a Nvidia e Apple, também adotaram posturas similares.
  • A diferença é que elas prometeram aportes ainda maiores, na casa dos US$ 500 bilhões cada, nos próximos 4 anos.
  • É dinheiro pesado para não ficar para trás na corrida da IA e da tecnologia quântica.
  • E para evitar prejuízos no caso da manutenção dessas taxas de mais de 100% sobre os produtos chineses.
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O tarifaço de Trump forçou uma movimentação das big techs – Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock

A computação quântica e o futuro

Se você ainda não está habituado a esse novo conceito, a gente te ajuda a entender. Segundo a Amazon, a “computação quântica é um campo multidisciplinar que compreende aspectos da ciência da computação, da física e da matemática e que utiliza a mecânica quântica para resolver problemas complexos mais rapidamente do que em computadores tradicionais”.

De modo bem simples, são máquinas poderosas capazes de realizar cálculos e resolver problemas complexos milhares de vezes mais rápido do que os PCs comuns.

Isso acontece por causa do chamado qubit, a unidade básica dessa tecnologia. Nos computadores normais, o bit opera apenas com duas “informações”: 0 e 1 (falso ou verdadeiro). O qubit, por sua vez, consegue ir além desses números, utilizando conceitos como superposição, emaranhamento e interferência quântica.

Ao permitir o processamento de variáveis extremamente complexas em tempo real, a tecnologia pode acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos ou, até mesmo, amenizar alguns assuntos cotidianos no futuro.

Você pode ler mais sobre computadores quânticos neste outro texto do Olhar Digital.

As informações são da Reuters.

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Trump cria nova “corrida do ouro” com mineração em alto mar; entenda

Mais uma polêmica na conta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano assinou uma ordem executiva que orienta as agências federais a acelerar a exploração, mineração e processamento de minerais no fundo do mar.

O objetivo da Casa Branca é garantir o acesso a recursos como cobalto, níquel e as chamadas terras raras, fundamentais para a fabricação de diversos produtos tecnológicos. No entanto, ambientalistas destacam que isso pode provocar danos irreversíveis aos ecossistemas marinhos.

EUA querem diminuir dependência da China

  • Trump, que não é um grande defensor do meio ambiente, diz que é necessário reduzir a burocracia e aumentar os investimentos na extração de recursos do fundo do mar.
  • Ele ainda destaca que isso pode ser fundamental geopoliticamente falando, uma vez que reduziria a dependência da China em relação a alguns minerais.
  • A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA apoiou a decisão do presidente norte-americano.
  • A entidade ainda citou que isso dará início “a próxima corrida do ouro”.
  • A ordem executiva do republicano também pede uma revisão das licenças de mineração no fundo do mar “em áreas além da jurisdição nacional”.
  • Isso significa que os EUA poderiam extrair recursos além das zonas marítimas consideradas norte-americanos, abrindo espaço para o aumento de disputas territoriais.
  • As informações são do IFLScience.
Casa Branca quer garantir acesso a recursos que hoje são quase monopólio dos chineses (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

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Impactos ambientais da mineração são incalculáveis

A decisão de Trump foi amplamente criticada por ambientalistas. Embora as pesquisas sobre os impactos ecológicos da mineração em alto mar sejam limitadas, estudos apontam que ela pode causar sérios prejuízos à vida marinha.

Alguns animais podem ser esmagados pelas máquinas ou sufocados pelos sedimentos que são expelidos pelas atividades de mineração. Além disso, cientistas descobriram que espécies como as águas-vivas também estão em risco.

Extração de recursos no fundo do mar pode provocar danos importante aos ecossistemas marinhos (Imagem: Solarisys/Shutterstock)

Um dos maiores temores é que o processo de extração simplesmente destrua comunidades inteiras, gerando danos irreversíveis para a vida marinha. Por isso, ambientalistas afirmam que não é possível realizar a mineração do fundo do mar de forma totalmente segura.

Em 2024, 32 países declararam oposição à mineração do fundo do mar, incluindo Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, México, Suécia, Dinamarca e Áustria. A maioria pediu uma pausa preventiva de qualquer operação do tipo até que todos os riscos sejam conhecidos, mas alguns países, incluindo a França, proibiram totalmente a prática. A decisão dos EUA, no entanto, pode acabar incentivando outros governos a tomarem medidas parecidas.

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Tarifaço de Trump: Amazon já está com preços mais altos

Há uma década, Aaron Cordovez vende eletrodomésticos de cozinha na Amazon por meio da loja Zulay Kitchen. Hoje, ele enfrenta dificuldades devido à alta dependência da produção chinesa, como mostra a CNBC.

Com as novas tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump sobre produtos da China, a empresa tenta transferir a produção para países como Índia e México — um processo que deve levar um ou dois anos.

Enquanto isso, a Zulay está elevando os preços de itens como vaporizadores de leite e coadores de cozinha, que subiram de US$ 9,99 para US$ 12,99. A empresa também reduziu custos, demitindo 19% da equipe e cortando 85% dos gastos com anúncios online.

Fabricação de produtos na China eleva preços

  • Esse cenário reflete uma tendência entre os vendedores da Amazon, muitos dos quais dependem da China para fabricar seus produtos.
  • A plataforma, onde o marketplace terceirizado representa cerca de 60% das vendas, está sendo diretamente impactada pela guerra comercial.
  • Segundo a empresa de software SmartScout, desde o anúncio das novas tarifas em abril, 930 produtos na Amazon tiveram aumento médio de preço de 29%.
  • Diversas categorias foram afetadas, como roupas, eletrônicos, joias, utensílios domésticos e brinquedos.
  • Grandes marcas, como a chinesa Anker, elevaram os preços de cerca de 20% de seus produtos — por exemplo, um carregador portátil subiu de US$ 110 para US$ 135.
  • Vendedoras menores, como Ursteel e Chouyatou, também fizeram reajustes.
Preços na Amazon estão subindo, e as tarifas de Trump são as responsáveis (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

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Vendedores já buscam alternativas

Além do impacto nos preços, as empresas buscam alternativas para reduzir prejuízos. A Desert Cactus, sediada em Illinois, tenta realocar parte de sua produção da China para México, Índia e Vietnã.

O custo de importação de uma moldura para placa de carro, por exemplo, saltou de 4% para 170% desde 2016. Já a Pure Daily Care, do setor de beleza, viu o custo de produção de um item subir de US$ 10 para US$ 25, forçando aumentos graduais nos preços para evitar prejuízos com os algoritmos da Amazon.

O CEO da Amazon, Andy Jassy, declarou que a empresa fará o possível para manter preços baixos, mas admite que vendedores terão que repassar parte dos custos aos consumidores.

Diante da incerteza, muitos lojistas esperam que as tensões comerciais entre EUA e China se resolvam antes que estoques e margens se esgotem.

Vendedores nos EUA já procuram novos fornecedores em países como Vietnã, México e Índia – Imagem: bluestork/Shutterstock

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