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China apresenta canhão destruidor de drones

O conflito entre Rússia e Ucrânia provocou uma mudança importante no jeito de se travar uma guerra. Hoje, os drones são cada vez mais utilizados para provocar maiores danos e com um custo de produção muito menor do que outros armamentos.

Mas é claro que contramedidas estão sendo adotadas.

Este é o caso da China, que acaba de apresentar uma nova arma anti-drone. Este complexo sistema também é capaz de abater helicópteros, mísseis e foguetes.

Canhão tem 16 canos que podem ser usados simultaneamente

  • Segundo as autoridades chinesas, a arma dispara uma espécie de “barragem” que pode cobrir todas as posições e interceptar os alvos inimigos com alta precisão.
  • O sistema utiliza um novo conceito que segue uma arquitetura em que vários canhões de defesa aérea disparam juntos para aumentar a probabilidade de interceptação.
  • No total, o canhão tem 16 canos que podem ser usados simultaneamente.
  • Outra vantagem é a possibilidade de recarga rápida, o que diminui as chances de sucesso dos ataques inimigos.
  • As informações são do portal Interesting Engineering.
Sistema pode abater diversos drones ao mesmo tempo (Imagem: Mike Mareen/Shutterstock)

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Arma da China pode representar grande vantagem militar

Os armamentos contra drones existentes hoje são eficazes, mas não conseguem lidar com muitos equipamentos ao mesmo tempo. Por isso, é comum que os ataques sejam feitos com verdadeiros “enxames”, aumentando as chances de sucesso.

Esta vantagem, no entanto, pode se tornar nula a partir de agora. As autoridades da China informaram que os testes mostraram que o canhão pode abater todos os drones, mas não especificaram quantos equipamentos foram utilizados.

Bandeiras da Rússia e da Ucrânia sobre mapa
Drones estão sendo cada vez mais usados em guerra na Europa (Imagem: evan_huang/Shutterstock)

Pequim ainda destacou que o sistema pode ser instalado em caminhões, veículos blindados ou navios de guerra. E que, embora os principais alvos sejam ameaças aéreas, também pode atingir alvos terrestres ou na água quando necessário.

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Drones com armas são produzidos no Brasil, mas dependem de regulamentação

A fabricante de armas Taurus está desenvolvendo um tipo de drone inédito no mundo. Em fase de demonstração para venda, o equipamento pode receber fuzis e outros armamentos, sendo de uso exclusivo das forças de segurança.

O produto está sendo fabricado em São Leopoldo, na Região Metropolitana do Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Para entrar em operação, no entanto, a tecnologia ainda depende de regulamentação no Brasil.

Drone pode receber várias armas

  • Segundo a fabricante, o modelo Taurus TAS poderá substituir o uso de helicópteros em ações policiais, reduzindo o risco às equipes em solo.
  • O equipamento também minimiza a possibilidade de danos materiais em casos de alvejamento ou quedas.
  • O drone é equipado com um fuzil T4, mas pode receber também submetralhadoras, por exemplo.
  • O veículo ainda conta com uma câmera 4K estabilizada em 3 eixos, bem como rádio controle com transmissão em tempo real das imagens captadas.
  • Outras características do modelo são um sensor de distância, laser pointer, mecanismo de movimentação horizontal e vertical, além de inteligência artificial embarcada para identificação de alvos.
Drone militar está sendo fabricado no Rio Grande do Sul (Imagem: divulgação/Taurus)

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Discussões sobre a regulamentação no Brasil

A Taurus explica que ainda não há uma regulamentação para o uso de drone com armamento no Brasil. A legislação sobre os veículos aéreos não tripulados no Brasil é regulamentada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Segundo especialistas em segurança pública ouvidos pelo G1, o uso de dispositivos semelhantes já é empregado em conflitos armados. No entanto, esta pode não ser a melhor solução para o combate à criminalidade nas cidades.

É claro que ele pode ser usado eventualmente em casos muito específicos, quando o crime eventualmente estiver com armas muito pesadas, mas me parece bastante arriscado pensar nesse tipo de armamento numa lógica de segurança pública.

Carolina Ricardo, diretora executiva do Instituto Sou da Paz

Drone será de uso exclusivo das forças de segurança (Imagem: Diy13/iStock)

Já Eduardo Pazinato, doutor em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), acredita que o uso dos drones pode, inclusive, agravar o problema da segurança pública. Ele explica que o equipamento pode expor mais pessoas ao risco.

O especialista destaca ainda que há possibilidade da tecnologia errar o alvo de disparos, o que poderia resultar numa tragédia em uma grande cidade. Por isso, ele defende que o armamento de guerra só seja utilizado em combates.

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Laser militar do Reino Unido será colocado em navios de guerra

Após o sucesso dos testes realizados com a Dragonfire, arma a laser desenvolvida pelo Reino Unido, os britânicos parecem estar prontos para dar um passo adiante. A Marinha do país pretende equipar quatro navios de guerra com o novo armamento até 2027.

O projeto foi anunciado em 2017 e a previsão inicial era contar com os equipamentos em 2032. No entanto, o aumento das tensões na Europa, em função da guerra entre Rússia e Ucrânia, pode ter acelerado os planos de Londres.

Laser militar extremamente preciso e mais barato

As informações foram divulgadas pelo portal Interesting Engineering. Segundo a ministra de Aquisições da Defesa do Reino Unido, Maria Eagle, a tecnologia laser será disponibilizada cerca de cinco anos mais rápido do que o planejado anteriormente.

A representante do governo britânico ainda destacou que a nova arma “protegerá nossas Forças Armadas e nos permitirá aprender fazendo”. Já o secretário de Defesa, Grant Shapp, disse que “esse tipo de armamento de ponta tem o potencial de revolucionar o espaço de batalha, reduzindo a dependência de munições caras e, ao mesmo tempo, diminuindo o risco de danos colaterais”.

Arma fará parte do arsenal da Marinha britânica (Imagem: AlejandroCarnicero/Shutterstock)

Ainda de acordo com as autoridades do Reino Unido, a DragonFire pode atingir um drone a um quilômetro de distância. Além disso, esta é uma arma considerada extremamente barata. Um disparo do laser custa menos de 10 euros (cerca de R$ 62). Já dez segundos de disparos têm o mesmo custo que utilizar um aquecedor por uma hora.

Em janeiro de 2024, a DragonFire destruiu um alvo aéreo pela primeira vez usando um tiro de teste de alta potência. O projeto, liderado pelo Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa (Dstl) para o Ministério da Defesa, teve um custo total de 100 milhões de libras, aproximadamente R$ 632 milhões.

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Sistema da DragonFire, arma a laser do Reino Unido
Arma começou a ser desenvolvida em 2017 (Imagem: Ministério da Defesa do Reino Unido)

Com a Dragonfire funciona?

  • O sistema utiliza feixes de luz intensos para atingir alvos.
  • As autoridades britânicas afirmam que o disparo pode atingir a velocidade da luz.
  • Essa é uma arma de estado sólido na faixa de 50 kW, baseada em feixes de fibra de vidro.
  • Durante os testes, ela foi montada em uma torre e incluiu uma câmera eletro-óptica e um laser secundário para aquisição e focalização de alvos.
  • Os britânicos ainda ressaltam que ela é altamente precisa, podendo acertar uma moeda a 1 km de distância, além de ser mais barata do que outros armamentos.
  • Maiores detalhes técnicos do laser, no entanto, são mantidos em sigilo.

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Nos EUA, um novo serviço de entrega por drones está superando a Amazon

Um dos mais recentes avanços que a evolução tecnológica nos proporciona são as entregas feitas por drones. E enquanto gigantes como Amazon e Alphabet possuem seus serviços no ramo, é a Zipline, uma startup, que mais tem se destacado nesse mercado, como mostra uma matéria do Wall Street Journal.

A Zipline começou oferecendo entregas de suprimentos médicos, incluindo sangue, em locais remotos e agora leva produtos como refeições e medicamentos diretamente aos consumidores. Seus drones podem atingir velocidades de até 112 km/h e realizar entregas de até 3,6 kg.

O sistema é projetado para ser silencioso, minimizando o impacto na comunidade, e utiliza um cabo de 91 metros para baixar pacotes com precisão, mesmo em condições de vento forte.

A empresa realiza testes comerciais em Pea Ridge e Mesquite, Texas, e já estabeleceu parcerias com o Walmart e outros varejistas, como a Chipotle.

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A Zipline tem parceria com o Walmart para realizar entregas – Imagem: Zipline

Superando Amazon e Alphabet

  • Enquanto a Zipline vai se consolidando como uma dos principais empresas do serviço, há a concorrência de gigantes da tecnologia.
  • O serviço do drone Wing da Alphabet, também está em operação, com drones capazes de entregar até 2,3 kg, volume inferior ao que o modelo da Zipline consegue suportar.
  • Hoje, Alphabet e Zipline travam uma disputa bem próxima pela liderança no mercado. O Wing opera na área de Dallas-Fort Worth, entregando de 18 Walmarts para 40 cidades próximas dentro do alcance de quase 10 quilômetros dos drones.
  • A Amazon hoje é de longe a terceira colocada nesta corrida, mas vem investindo em seu sistema de drones de entrega, visando transportar até 227 kg (500 milhões de pacotes) globalmente até o final da década.

A Zipline, que já fez mais de 1,4 milhão de entregas em sete países, continua aprimorando seus drones e pode fabricar um novo modelo a cada hora.

Com o crescimento da entrega por drones, cada empresa está tentando encontrar o melhor modelo para suas operações, com o objetivo de oferecer serviços rápidos e eficientes para atender às necessidades dos consumidores.

Aumento do volume de entregas com drones podem representar uma grande transformação na maneira como compramos e recebemos produtos – Imagem: Zipline

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Coreia do Norte testa drone “suicida” equipado com IA

Nos últimos meses, a Coreia do Norte tem dado sinais de que está avançando em seus projetos de desenvolvimento de novas armas tecnológicas. As prioridades do regime norte-coreano têm sido o controle de aeronaves não tripuladas e inteligência artificial.

E, de acordo com a rede de notícias estatal KCNA, Kim Jong Un teria dado um passo importante neste sentido. Nos últimos dias, o líder do país supervisionou testes de drones suicidas equipados com sistemas de IA.

Não foi detalhada a capacidade de destruição do armamento

  • De acordo com a imprensa norte-coreana, estes drones são capazes de fazer reconhecimento de múltiplos alvos táticos. 
  • Eles ainda podem ser utilizados para vigilância de atividades inimigas em continente ou nos mares.
  • O governo da Coreia do Norte classificou os dispositivos como “suicidas”.
  • Imagens divulgadas mostram os drones explodindo ao colidir com veículos militares.
  • No entanto, não foi detalhada a capacidade de destruição do armamento.
  • As informações são da Reuters.
Kim Jong Un supervisionou testes do armamento (Imagem: KCNA)

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Coreia do Norte tem recebido apoio tecnológico da Rússia

O regime da Coreia do Norte também está desenvolvendo uma aeronave de alerta aéreo antecipado. Ela tem quatro motores e um domo de radar anexo à fuselagem, o que melhoraria seu sistema de defesa aéreo.

Este novo equipamento permitiria que os norte-coreanos rastreassem ameaças como drones e mísseis de cruzeiro com mais eficiência. Esta possibilidade preocupa países ocidentais, especialmente em função da proximidade do regime de Kim Jong Un com Rússia e China.

Drone suicida da Coreia do Norte atingindo alvo (Imagem: KCNA)

Imagens de satélite já haviam reportado que a Coreia do Norte estava trabalhando em converter a aeronave de carga russa Il-76 em um equipamento de alerta aéreo. O Kremlin também já forneceu mísseis antiaéreos e outros equipamentos de defesa aérea ao país.

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Conheça os drones militares usados no Brasil

guerra entre Rússia e Ucrânia popularizou o uso de drones militares. Mais baratos e eficazes, os veículos aéreos não tripulados passaram a ser amplamente utilizados pelos exércitos de vários países do mundo.

Mas qual a situação aqui no Brasil? Atualmente, as Forças Armadas brasileiras usam 7 modelos, sendo todos de monitoramento. Nenhum dos equipamentos é apropriado para combates, o que significa que não poderiam ser utilizados para bombardear alvos, por exemplo.

Brasil pretende ter drone de combate no futuro

  • Apesar de não serem considerados drones de combate, todos os modelos utilizados pelas Forças Armadas brasileiras podem funcionar para orientar as aeronaves de combate sobre alvos, a chamada condução de tiro.
  • Na América Latina, somente a Venezuela possui equipamentos que podem ser utilizados em guerras.
  • Trata-se do Mohajer, fabricado pelo Irã, que está entre os maiores países fornecedores desse tipo de armamentos.
  • O Brasil pretende possuir um drone de combate até novembro de 2027.
  • Segundo o Exército, a ideia é adaptar um dos modelos já existentes em parceria com duas empresas.
  • Os testes devem ocorrer ainda neste ano.
  • As informações são do G1.

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Drones usados pelos militares brasileiros:

Um dos drones usados pelo Brasil é o Hermes 900. O modelo foi usado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para ajudar a localizar pessoas que precisavam de resgate nas enchentes no Rio Grande do Sul, tragédia ocorrida em maio de 2024.

O equipamento de fabricação israelense tem autonomia de 36 horas e pode atingir uma altitude máxima de 9.144 metros. Considerado de alta confiabilidade, ele pode chegar a uma velocidade máxima de 220 km/h.

Drone Hermes 900 é usado para missões de monitoramento (Imagem: divulgação/FAB)

Também fabricado por Israel, o modelo Heron-1 faz parte do arsenal da FAB e pode ser utilizado para missões de reconhecimento, mesmo em condições climáticas adversas. Este drone tem autonomia de 45 horas e pode atingir uma altitude máxima de 9.144 metros. Ele pode chegar a uma velocidade máxima de 259 km/h.

A Marinha brasileira, por sua vez, possui dois drones. O ScanEagle, produzido pelos EUA, e o Hórus FT-100, de fabricação nacional. O primeiro deles tem autonomia de 20 horas e pode atingir uma altitude máxima de 5.943 metros. Ele pode chegar a uma velocidade máxima de 148 km/h. Já o segundo pode operar por até 40 minutos, alcançado 1.219 metros de altitude e velocidades de 61 km/h.

Outro modelo utilizado por aqui é o Nauru 1000C. É este drone que poderia ser adaptado para vir a incorporar mísseis, o que faria o Brasil se juntar ao grupo de 54 outros países que já possuem drones de ataque.

Modelo Nauru 1.000 C pode ser adaptado para receber mísseis (Imagem: divulgação/Exército Brasileiro)

O equipamento de fabricação nacional tem autonomia de 10 horas e pode atingir uma altitude máxima de 3.048 metros. Considerado de alta confiabilidade, ele pode chegar a uma velocidade máxima de 112 km/h.

Ele é usado pelo Exército, assim como o DJI Matrice 300 e o DJI Mavic, ambos de fabricação chinesa. Eles possuem autonomia de 55 minutos e 43 minutos, podem atingir altitudes máximas de 7.000 metros e 6.000 metros, além de velocidades máximas de 83 km/h e 54 km/h, respectivamente.

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Drone com design inédito voa como helicóptero; testes são bem-sucedidos

A Sikorsky, uma empresa da Lockheed Martin, concluiu com sucesso a primeira rodada de voos de um drone de “asa soprada por rotor” nos modos helicóptero e avião. O protótipo autônomo elétrico de 52 kg demonstrou “estabilidade operacional e manobrabilidade”, com potencial para ser dimensionado para fuselagens maiores.

“Combinar características de voo de helicóptero e avião em uma asa voadora reflete o impulso da Sikorsky para inovar aeronaves VTOL de próxima geração que podem voar mais rápido e mais longe do que helicópteros tradicionais”, disse o vice-presidente e gerente geral da Sikorsky, Rich Benton.

O design da asa soprada por rotor (RBW) reduz o arrasto na asa no modo pairar e na transição do voo para frente, aumentando a eficiência e a resistência do cruzeiro. A tecnologia também permite que os drones decolem de pistas curtas, com maior controle de voo.

Protótipo realizou mais de 40 pousos e decolagens (Imagem: Lockheed Martin/Divulgação)

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Testes e mais testes…

Em pouco mais de um ano, a empresa progrediu do design preliminar, simulação, voo amarrado e não amarrado até reunir dados aerodinâmicos, de controle de voo e de qualidade.

Os testes com a aeronave de envergadura de três metros foram concluídos em janeiro, após mais de 40 decolagens e pousos. O drone realizou 30 transições entre os modos helicóptero e avião, a manobra mais complexa exigida do projeto, segundo a Sikorsky.

Aeronave atingiu velocidade máxima de cruzeiro de 159 km/h (Imagem: Lockheed Martin/Divulgação)

No modo de voo horizontal, a aeronave atingiu uma velocidade máxima de cruzeiro de 159 km/h. Testes simultâneos em túnel de vento foram conduzidos em um modelo em escala 1:1, se aproximando das condições do mundo real.

“Nossa asa soprada por rotor demonstrou o poder de controle e as qualidades únicas de manuseio necessárias para fazer a transição repetidamente e previsivelmente de um voo pairado para um voo de cruzeiro de alta velocidade com asa, e vice-versa”, disse o diretor da Sikorsky Innovations, Igor Cherepinsky. “Os dados indicam que podemos operar em conveses de navios inclinados e em solo despreparado quando dimensionados para tamanhos muito maiores.”

O drone em menor tamanho poderá ser usado em operações de busca e salvamento, monitoramento de combate a incêndio, resposta humanitária e vigilância de oleodutos. Já as grandes variantes permitirão inteligência de longo alcance, vigilância e reconhecimento.

Modelos maiores poderão ser usados em missões de vigilância (Imagem: Lockheed Martin/Divulgação)

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Mais de 50 países já possuem drones de combate; e o Brasil?

Mais baratos e eficazes, os drones estão sendo amplamente utilizados pelos exércitos de vários países do mundo. É o que revela um estudo realizado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) sobre as capacidades militares das nações.

A adesão cada vez maior aos veículos de combate não tripulados é um legado claro da guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de três anos. Atualmente, pelo menos 54 países do mundo já utilizam esta tecnologia como arma.

Mais detalhes do relatório

  • De acordo com o relatório, o número representa 31% dos 174 países sobre os quais a organização, que há 65 anos faz esse levantamento, obteve dados.
  • Além disso, significa um aumento importante em relação aos 38 que detinham drones de ataque em 2022.
  • Entres os equipamentos mais utilizados estão o turco Bayraktar (em 28 países), os chineses Caihong (15) e Wing Loong (13), o norte-americano MQ (14) e os iranianos Mohajer (14) e Shahed (13).
  • O estudo ainda aponta que Turquia e Irã se tornaram os principais fabricantes mundiais dos veículos, ao lado de China e Estados Unidos.
  • Alguns países não operam diretamente os equipamentos, caso da Líbia, onde o exército turco mantém uma base militar.

E o Brasil?

Brasil não tem drones de combate, apenas de monitoramento, de acordo com o relatório.

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Conheça alguns dos modelos de drones mais utilizados

Um dos drones mais famosos é o Shahed-136. O equipamento é fabricado pelo Irã desde 2021 e foi utilizado em larga escala no ataque contra Israel no início de abril do ano passado. Ele é um drone-kamikaze que tem como característica principal uma combinação de design em asa delta e capacidade de voo em baixa altitude, fator que dificulta drasticamente a detecção por radares de sistemas de defesa aérea.

Este drone de ataque portátil pode carregar até 40 quilos de ogivas e ser lançado a partir de um caminhão militar ou comercial. Ele tem alcance de até 1.500 km e atinge uma velocidade máxima de 185 km/h, sendo utilizado pelos exércitos do Irã, Iraque, Iêmen e Rússia.

Shahed-136, drone de fabricação iraniana, está sendo amplamente utilizado (Imagem: Sergey Dzyuba/Shutterstock)

Já o MQ-9 Reaper é fabricado pelos Estados Unidos. Sua função primária é coletar informações, servindo de apoio e vigilância em missões, mas também pode ser usado em ataques. Ele pode ser equipado com até 8 mísseis guiados a laser e, por isso, é considerado uma arma letal e altamente precisa.

Este modelo de drone foi usado, em 2020, para matar Qassem Soleimani, chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país. Ele tem alcance de até 1.850 km e atinge uma velocidade máxima de 444 km/h, sendo utilizado pelos exércitos dos EUA, França, Itália, Holanda, Polônia, Espanha, Reino Unido e Índia. Além disso, está presente em bases comandadas pelos norte-americanos na Polônia, Kuwait, Iraque, Jordânia, Djibouti, Niger e Japão.

Drone MQ-9 Reaper é utilizado pelos EUA e aliados (Imagem: Mike Mareen/Shutterstock)

Outro drone bastante utilizado é o Bayraktar TB2, da Turquia. Ele pode ser armado com bombas guiadas a laser e conta com um alcance de até 1.850 km, atingindo uma velocidade máxima de 222 km/h, e sendo utilizado pelos exércitos da Turquia, Polônia, Sérvia, Azerbaijão, Quirguistão, Turcomenistão, Ucrânia, Uzbequistão, Paquistão,, Marrocos, Catar, Emirados Árabes Unidos, Burkina Faso, Djibouti, Etiópia, Mali e Togo.

Turquia aposta na fabricação do drone Bayraktar TB2 (Imagem: Mike Mareen/Shutterstock)

Os chineses também possuem os seus próprios equipamentos. O Caihong, por exemplo, é desenvolvido pela China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC). O modelo CH-4B tem um sistema misto de ataque e de reconhecimento de território. Com uma carga útil de até 345 kg, pode levar até seis armas e disparar mísseis a partir de uma distância de 5 mil metros. A bateria tem duração de 40 horas.

O equipamento tem alcance de até 5.000 km e atinge uma velocidade máxima de 435 km/h, sendo utilizado pelos exércitos da China, Indonésia, Mianmar, Paquistão, Argélia, Iraque, Jordânia, Arábia Saudita, República Democrática do Congo, Nigéria e Sudão.

Por fim, os chineses também criaram o Wing Loong II. Inicialmente, ele era utilizados para vigilância e monitoramento, mas foi adaptado para combate. O equipamento pode levar um conjuntos de mísseis com mira a laser e bombas.

Wing Loong II é um dos drones utilizados pela China (Imagem: Chegdu Aircraft Infustry Group)

Desenvolvido pela Chegdu Aircraft Infustry Group (CAIG), ele é movido à hélice, o que, segundo a fabricante, permite que não seja facilmente identificado por radares. Para aumentar o alcance, que é de 2.000 km, o drone ainda pode ser controlado por meio de um link via satélite.

A velocidade máxima atingida é de 370 km/h. O armamento é utilizado pelos exércitos da Arábia Saudita, Cazaquistão, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Paquistão, Uzbequistão, Argélia, Marrocos e Nigéria.

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Drones passam a ser aeronaves oficiais de combate nos EUA

A Força Aérea dos Estados Unidos se tornou pioneira ao declarar dois protótipos de drones como aeronaves de combate oficiais. Os modelos YFQ-42A, da General Atomics, e o YFQ-44A, da Anduril, estão prontos para voar em missão já no segundo semestre deste ano.

As designações significam Y – Protótipo, F – Caça, Q – Aeronave Não Tripulada, número de design 42 e 44, e A – série. Ao entrarem em produção, o Y será removido. Os testes duraram dois anos e foram feitos no âmbito do programa Collaborative Combat Aircraft.

Esse é o pontapé inicial para a nova geração de aeronaves de caça não tripuladas, projetadas para alavancar capacidades autônomas e equipes tripuladas e não tripuladas com o objetivo de “derrotar ameaças inimigas em ambientes contestados”.

Força Aérea vai coletar informações em novos testes com protótipos antes de iniciar produção das aeronaves (Imagem: Dragos Condrea/iStock)

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Uma nova era

Os caças têm cerca de metade do tamanho de um F-16 Fighting Falcon, mas poderão ser operados em conjunto com o F-22 Raptor e o F-35 Lightning II, segundo o site New Atlas. Em um primeiro momento, os modelos serão usados como teste para coletar informações para a aeronave final de produção.

“Os insights obtidos com esses esforços serão cruciais para moldar o futuro do programa CCA e solidificar a posição da Força Aérea na vanguarda da inovação do poder aéreo”, diz o comunicado.

Nova geração poderá operar em conjunto com modelo F-22 Raptor (Imagem: Robert Michaud/iStock)

“Pode ser apenas simbólico, mas estamos dizendo ao mundo que estamos nos inclinando para um novo capítulo da guerra aérea. Isso significa aeronaves de combate colaborativas, significa equipe homem-máquina. Estamos desenvolvendo essas capacidades pensando, ‘missão primeiro’”, afirmou o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General David W. Allvin.

Os drones estão redefinindo a guerra moderna, usando sistemas de navegação relativamente baratos para atingir alvos a centenas de quilômetros de distância com certa precisão, como explicou o Olhar Digital.

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Otan não está preparada para guerra de drones, diz Ucrânia

Parece haver uma divisão clara quando o assunto é a guerra entre Rússia e Ucrânia. Enquanto os Estados Unidos agora defendem uma proposta de acordo de paz ou de cessar-fogo, a Europa aumenta a ajuda financeira para Kiev.

Uma das marcas deste conflito tem sido o uso massivo de drones. E, segundo o governo ucraniano, as Forças Armadas dos países que compõem a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não estão preparadas para este tipo de guerra.

Disputa tecnológica em meio ao conflito

A declaração foi dada por Vadym Sukharevskyi, comandante militar responsável pelos sistemas não tripulados da Ucrânia. Ele destacou que Kiev está se esforçando para ficar à frente do inimigo, empregando inteligência artificial, implantando mais drones terrestres e testando lasers para derrubar veículos aéreos não tripulados russos.

Uma das marcas da guerra na Ucrânia tem sido o uso massivo de drones (Imagem: evan_huang/Shutterstock)

Desde o início da guerra, há três anos, os ucranianos fabricaram 2,2 milhões pequenos drones de visão em primeira pessoa (FPV) e 100 mil dispositivos maiores e de longo alcance. Já a Rússia produziu mais de 1,4 milhão equipamentos.

Ainda de acordo com Sukharevskyi, neste momento “mais de 60% dos alvos são destruídos por drones” no conflito. As afirmações do comandante ucraniano ocorrem no momento em que alguns membros da Otan na Europa aumentam os gastos com defesa em meio ao temor de uma expansão do conflito.

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Alguns membros da Otan defendem o aumento da ajuda militar à Ucrânia (Imagem: Alexandros Michailidis/Shutterstock)

Drones são mais baratos

  • Para Sukharevskyi, “nem um único Exército da Otan está pronto para resistir à cascata de drones”.
  • Ele disse que a aliança militar deveria reconhecer a vantagem econômica dos equipamentos, que geralmente custam muito menos para serem construídos do que o armamento convencional necessário para derrubá-los.
  • Os drones de longo alcance podem custar apenas alguns milhares de dólares.
  • Por outro lado, os mísseis interceptadores de defesa aérea geralmente custam seis ou sete dígitos de dólares norte-americanos e muitos países mantêm apenas estoques limitados.

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