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IA deve ser ensinada nas escolas brasileiras?

A inteligência artificial já faz parte das nossas vidas, mesmo que muitas pessoas não se deem conta disso. Além de facilitar algumas tarefas rotineiras, a ferramenta deve transformar o mercado de trabalho como um todo.

Um dos possíveis efeitos deste avanço é a eliminação de certas profissões. Neste cenário, outros empregos também podem surgir, o que gera uma importante discussão. A IA deveria fazer parte do currículo escolar?

Brasil não pode ficar para trás

  • Em artigo publicado no portal The Conversation, os professor Marcus F. Oliveira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Renato Cordeiro, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), defendem a universalização do acesso ao ensino de IA.
  • Segundo os especialistas, caso isso não aconteça, o domínio dessa tecnologia ficará restrito a uma minoria, ampliando ainda mais o abismo de oportunidades e as desigualdades.
  • Para eles, o ensino da inteligência artificial prepararia os alunos para serem protagonistas, e não apenas consumidores da ferramenta.
  • Alguns países desenvolvidos já incluem a tecnologia nos currículos escolares.
  • Para evitar que o Brasil fique para trás é fundamental a criação de políticas públicas consistentes e investimentos estratégicos na área.
Alguns países já adicionaram o assunto ao currículo escolar (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

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Desafios para o ensino da IA

De acordo com os professores, incluir a IA nas salas de aula passa, antes de tudo, por garantir condições mínimas de funcionamento da ferramenta. Todas as escolas precisam ter acesso de qualidade à energia elétrica, internet e dispositivos tecnológicos.

Paralelamente, é necessário desenvolver programas de formação docente que realmente dialoguem com as diferentes realidades das salas de aula brasileiras, desde as escolas urbanas com turmas superlotadas até as unidades rurais com acesso limitado a recursos. Eles ainda defendem a flexibilização curricular, permitindo que cada escola adapte as inovações tecnológicas às suas possibilidades concretas, sem engessamento burocrático.

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Estudantes brasileiros devem ter compreensão básica sobre a IA (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

O uso das ferramentas de IA deve ser racional e cuidadoso reconhecendo que estas não são neutras. Ela pode reproduzir vieses, disseminar desinformação ou ser empregada de modo antiético — como vimos recentemente no uso de fake news, inclusive contra as vacinas. Incluir a IA no currículo escolar permite criar um espaço para reflexão sobre ética, privacidade, uso consciente da tecnologia e os impactos sociais da automação, formando cidadãos mais críticos e responsáveis.

Artigo publicado pelos professores no The Conversation

Por fim, os especialistas destacam que, sem abordar essas questões de forma integrada, qualquer discurso sobre transformação digital na educação continuará sendo apenas retórica vazia. O objetivo deve ser claro: ao concluir o ensino médio, todos os estudantes brasileiros devem ter compreensão básica sobre IA, suas aplicações, limitações e implicações éticas e sociais.

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Ser gentil com robôs tem um preço – e pode valer a pena

Cada “por favor” ou “obrigado” dito a um chatbot tem um custo ambiental: consome energia, dinheiro e ainda alimenta servidores movidos a combustíveis fósseis. Mesmo assim, especialistas defendem que a gentileza com a inteligência artificial é um investimento invisível: modela nossos próprios comportamentos sociais, cria hábitos de cortesia e talvez até ajude a IA a entender melhor os valores humanos.

De acordo com o jornal The New York Times, toda interação com sistemas como o ChatGPT consome recursos computacionais – e quanto mais palavras usamos, maior o gasto de energia. Sam Altman, CEO da OpenAI, afirmou que dezenas de milhões de dólares foram investidos apenas para manter a gentileza viva nos diálogos com as máquinas. Um custo alto, mas, para ele, justificado.

Mais do que um gesto simbólico, a cortesia com a IA pode influenciar a forma como nos relacionamos com outros humanos. Pesquisadores ouvidos pelo NYT explicam que hábitos criados em conversas com bots tendem a se refletir no dia a dia. Mesmo sem consciência, um robô “vivo o bastante” para receber nossa atenção também pode ser o primeiro treino para uma sociedade mais educada.

Uma relação mais profunda do que parece

Com o avanço acelerado dos assistentes virtuais, a convivência com inteligências artificiais saiu da ficção científica e entrou no cotidiano. Empresas, roteiristas e pesquisadores agora tentam entender como essa proximidade afeta a maneira como tratamos o mundo e a nós mesmos.

Ao conversar com máquinas, revelamos mais sobre nós do que sobre elas (Imagem: oatawa/Shutterstock)

Em uma iniciativa inédita, uma empresa de IA contratou um pesquisador de bem-estar para avaliar se esses sistemas deveriam receber algum tipo de consideração moral. A questão vai além do sentimentalismo: trata-se de refletir sobre os valores que projetamos nessas máquinas e o tipo de comportamento que cultivamos ao lidar com elas.

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Para alguns criadores, como o roteirista Scott Z. Burns, a resposta é clara: gentileza deve ser o padrão, com humanos ou algoritmos. Mesmo que a IA não sofra com grosserias, nós sofremos. A forma como nos expressamos – até com robôs – molda nossa linguagem, nossa ética e, no fim, nossa cultura.

Quando o “obrigado” é só o começo

Máquinas não têm sentimentos. Mas isso nunca impediu os humanos de criar laços com elas. Já choramos por pets virtuais que “morreram” e nos preocupamos com crianças agressivas com bonecas. Se algo nos escuta, responde e finge entender, nosso cérebro preenche o resto.

IA e educação.
A forma como tratamos a IA já molda o futuro da convivência digital (Imagem: Thapana_Studio/Shutterstock)

A inteligência artificial pode não estar viva, mas é viva o suficiente para ativar em nós os mesmos mecanismos emocionais que usamos com pessoas. Quando conversamos com um assistente como se fosse um amigo, é porque, de certo modo, estamos prontos para esse tipo de relação – mesmo que ela não seja real.

E quanto mais essa conexão se aprofunda, mais nos abrimos à influência da máquina. Não é só uma troca de comandos. É um espelho. E o reflexo que ela devolve pode, aos poucos, moldar quem somos. Se estamos ensinando boas maneiras à IA, talvez seja porque queremos – ou precisamos – relembrar as nossas.

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Como a tecnologia pode transformar o ensino público no Brasil

Por Eduardo Santos, Vice-presidente sênior e Diretor Geral na América Latina da EF Education First

No Dia Mundial da Educação, celebrado em 28 de abril, vale reforçar uma reflexão urgente: como preparar as próximas gerações para um mundo cada vez mais global, digital e interconectado? Em um cenário onde a comunicação internacional é uma habilidade essencial, o domínio do inglês deixou de ser um diferencial — tornou-se um passaporte para oportunidades acadêmicas, profissionais e culturais.

No entanto, para milhões de jovens brasileiros e latino-americanos, esse passaporte ainda é inacessível. Segundo o Índice de Proficiência em Inglês da EF (EPI 2023), o Brasil ocupa a 70ª posição entre 113 países. Isso revela não apenas a distância em relação a outros países, mas também uma desigualdade interna profunda: estudantes da rede pública seguem enfrentando barreiras estruturais que limitam seu acesso ao idioma.

Tecnologia é transformação

É nesse ponto que a tecnologia se torna um vetor de transformação real.

O setor tem apostado fortemente em soluções digitais escaláveis para o ensino de inglês. Só no Brasil, mais de 3,7 milhões de alunos da rede pública já foram impactados por programas que utilizam inteligência artificial, tutores virtuais e plataformas adaptativas para personalizar a experiência de aprendizagem.

A personalização é a chave. Diferentes plataformas permitem que alunos aprendam no seu próprio ritmo, com conteúdos contextualizados, trilhas de progresso automatizadas e simulações de situações do mundo real — como entrevistas de emprego ou apresentações acadêmicas.

Mas a tecnologia por si só não resolve. Ela precisa ser aplicada com intencionalidade pedagógica e integrada à rotina das escolas. O papel do professor é insubstituível: ele é o mediador, o mentor, o conector entre a tecnologia e a aprendizagem significativa. Por isso, capacitamos também milhares de educadores para que atuem como protagonistas da inovação em sala de aula.

Essa abordagem já está em curso em diversos estados brasileiros e países vizinhos. Governos e secretarias de educação que apostam em soluções como essa conseguem escalar impacto, reduzir desigualdades e melhorar resultados — sem comprometer a qualidade.

Capacitar professores é fundamental. Além disso, aprender inglês desde cedo faz a diferença. (Imagem: Rido/Shutterstock)

Investir para colher frutos

Investir em inglês digital nas escolas públicas é mais do que uma estratégia educacional. É um compromisso com o futuro. É garantir que um jovem de uma cidade do interior do Maranhão ou de uma escola pública em Bogotá tenha acesso às mesmas ferramentas que um estudante de Londres ou Nova York. É transformar o inglês de barreira em ponte — para o conhecimento, para o trabalho e para o mundo.

Neste Dia Mundial da Educação, fica o convite para que olhemos para a tecnologia com propósito e para a educação com coragem. O futuro será construído por aqueles que tiverem acesso às ferramentas certas — e nós temos a responsabilidade de garantir que elas cheguem a todos.

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Como a IA pode ser usada nas salas de aula?

A inteligência artificial já está sendo utilizada no mercado de trabalho, mas também para o ensino e pesquisa. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) publicou um guia para uso da IA.

O documento reúne informações sobre o funcionamento destas ferramentas, tanto de texto quanto de imagens, e também orientações para um uso que esteja em conformidade com os princípios da pedagogia atual.

Tecnologia pode potencializar ensino

Para Rogério de Almeida, coordenador do Laboratório Experimental de Arte-Educação & Cultura da Universidade de São Paulo (USP), a inteligência artificial não é totalmente boa ou ruim. Ele explica que, dependendo do uso, ela pode sim trazer efeitos negativos.

Em termos dos problemas, já temos uma questão ética. Os textos têm uma autoria que é questionável, porque, de fato, não é a inteligência artificial que está produzindo. Ela se vale de dados produzidos por muitas pessoas e, muitas vezes, apaga, inclusive, a origem desses dados.

Rogério de Almeida, professor da Universidade de São Paulo, ao Jornal da USP

Uso da tecnologia nas salas de aula é fundamental para melhorar o ensino (Imagem: Rido/Shutterstock)

Apesar disso, esta tecnologia pode ser utilizada para um método de aprendizagem focado na interação humana e no aprendizado construtivo, aquele em que o aluno não reproduz passivamente o que é dado como tarefa, mas também desenvolve senso crítico e emancipatório.

A IA consegue fazer, por exemplo, revisão de texto e apontar sugestões de melhorias. Ela trabalha bem quando você fornece os dados para ela. Ela consegue, por exemplo, elaborar questões a partir de um texto que você produziu, a partir de uma ideia que você tem. Mas ela não é oráculo.

Rogério de Almeida, professor da Universidade de São Paulo, ao Jornal da USP

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Cérebro com os dizeres "AI" dentro
IA pode trazer benefícios e prejuízos ao aprendizado (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Preocupações com o uso da IA nas escolas

  • Outro problema tem relação com a desinformação.
  • Como o banco de dados utilizado pela inteligência artificial é retirado da internet e é muito amplo, não é possível filtrar quais informações são verídicas e quais não são.
  • Isso permite que, muitas vezes, as respostas apresentem erros factuais e imprecisões. 
  • Além disso, a segurança dos dados é motivo de discussão.
  • No Brasil, existem secretarias de educação da região Norte, por exemplo, que sequer têm todas as informações das suas escolas.
  • Deixar que todos estes dados sejam coletados e colocados à venda por grandes empresas pode ser um problema sério.
  • As informações são do Jornal da USP.

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Brain rot: “cérebro podre” está por trás de tática dos jovens para estudar melhor

Em 2024, especialistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, escolheram “brain rot” como o “termo do ano”. Ao pé da letra, “brain rot” quer dizer “cérebro podre” ou “cérebro apodrecido”, sendo um termo amplamente utilizado nas redes sociais, principalmente pelos jovens – que agora estão usando esse “problema” para irem bem na hora de estudar.

Mas antes de entender melhor do que estamos falando, vamos deixar bem claro o que é “brain rot”. Ficar vários minutos passando pelo feed do Instagram ou assistindo a vídeos do TikTok… então, esses minutos viram horas e, ao se dar conta, a gente sente um vazio existencial. Isso é o “brain rot”.

O Dicionário de Oxford (publicado pela universidade) define esse termo da seguinte maneira: “a suposta deterioração do estado mental ou intelectual de uma pessoa, especialmente quando resultado do consumo excessivo de material (principalmente online) considerado trivial ou pouco desafiador”. Então, como isso poderia ajudar na educação?

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Uma reportagem do G1 traz que os alunos estão transformando textos acadêmicos em narrativas simplificadas acompanhadas de imagens visualmente estimulantes – mas frequentemente sem conexão lógica com o material de fato. Isso oferece um conteúdo semelhante aos que aparecem quando “rolamos o feed” do TikTok.

Para estudar “rolando o feed”

O processo é simples: plataformas como Coconote, Raena ou PDF to Brain Rot permitem que o aluno envie um arquivo PDF. Em segundos, o sistema gera um vídeo com uma voz robótica lendo o texto enquanto exibe cenas vibrantes de jogos populares, memes ou animações relaxantes.

Essa abordagem atrai justamente pelo apelo visual. Acostumados ao consumo rápido de informações nas redes sociais, os estudantes buscam formas de “gamificar” o aprendizado, liberando dopamina (o hormônio da felicidade) por meio de estímulos visuais constantes. No entanto, especialistas alertam que essa prática pode trazer consequências negativas.

Isso inclui a falsa sensação de aprendizado. Não há garantia de retenção do conteúdo a longo prazo. Atividades como anotar ou resolver exercícios, que ativam regiões cerebrais fundamentais para consolidar conhecimentos, acabam sendo desprezadas. Já a superficialidade elimina nuances importantes, dificultando o desenvolvimento da análise.

Há também uma sobrecarga cognitiva (tendo em vista os inúmeros estímulos visuais que aparecem junto à mensagem principal). A leitura também é afetada, com os alunos perdendo ainda mais o hábito de ler com o passar do tempo.

Aliás, essa dificuldade de análise e outros detalhes relacionados aos impactos cognitivos do “brain rot” foram tema da Coluna Olhar do Amanhã em dezembro do ano passado. Você pode conferir abaixo:

Equilíbrio para não apodrecer o cérebro

Os próprios jovens têm relatado nas redes sociais que utilizam esses vídeos “brain rot” como substitutos à leitura tradicional para estudar. Os especialistas apontam que, enquanto a tecnologia pode ser uma ferramenta útil, seu uso excessivo ou inadequado pode prejudicar o desenvolvimento acadêmico e cognitivo.

Em vez de demonizar as plataformas de inteligência artificial ou ignorá-las completamente, educadores e pais devem abrir espaço para discutir o tema com os alunos. De certo modo, o verdadeiro desafio está em equilibrar inovação tecnológica com métodos de estudo eficazes e sustentáveis.

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É possível se inscrever no Pé-de-Meia? Entenda como funciona o programa

O ensino médio no Brasil é a etapa da formação básica de ensino com maior taxa de evasão e repetência, conforme indicam os dados do Censo Escolar, estudo conjunto do MEC e Inep.

Em 2023, o Censo destacou as taxas de 3,9% de repetência e 5,9% de evasão, que correspondem a cerca de 300.300 e 454.300 alunos, respectivamente. Essas taxas afetam mais populações vulneráveis, como quilombolas e indígenas.

Para reverter e minimizar esse quadro, o governo criou o Pé-de-Meia, um programa que tem como premissa pagar valores aos alunos com base em metas de presença. Neste artigo, vamos explicar como funciona o programa e quem pode participar.

Cartão Pé de Meia/ Crédito: Marcelo Camargo (agencia brasil/ reprodução)

O que é o Pé-de-Meia do Governo Federal?

O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional na modalidade de poupança, criado para promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público. O programa tem como objetivo democratizar o acesso à educação, reduzir a desigualdade social e fomentar a mobilidade social entre os jovens brasileiros.

Lançado em novembro de 2023, o programa é gerenciado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) em parceria com o Ministério da Fazenda, o Ministério do Desenvolvimento Social, a Caixa Econômica Federal, a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

Crédito: Rawpixel.com/Shutterstock

A adesão ao programa ocorre por meio de um termo de compromisso assinado por redes federais, estaduais, distrital e municipais que ofertam o ensino médio.

Valores do programa

Os estudantes recebem incentivos financeiros ao longo dos três anos do ensino médio, mediante comprovação de matrícula e frequência mínima de 80%. O programa contempla:

  • R$ 200 por mês, disponíveis para saque imediato;
  • R$ 1.000 ao final de cada ano letivo concluído, liberados após a formatura;
  • R$ 200 extras pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem);
  • No total, um estudante pode acumular até R$ 9.200 durante o ensino médio.
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Imagem: Crédito editorial: rafapress / Shutterstock.com

Como se inscrever no Pé-de-Meia?

A inscrição no programa é feita de forma automática, com base nos dados informados pelas redes de ensino ao Ministério da Educação (MEC). Dessa forma, não é necessário que o estudante realize um cadastro próprio, nem envie dados ou faça qualquer pagamento de taxa.

O governo cruza as informações de matrícula com os dados do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e define quem pode receber o incentivo. 

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Quem pode participar?

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Crédito: Shutterstock (reprodução)

Para ser elegível ao programa, o estudante deve atender aos seguintes requisitos:

  • Estar matriculado no ensino médio público e ter entre 14 e 24 anos;
  • Fazer parte do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);
  • Ter uma renda familiar per capita de até meio salário mínimo;
  • Possuir um CPF regular;
  • Manter uma frequência escolar de no mínimo 80% ao longo do mês.

Os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) também podem participar, desde que atendam aos seguintes critérios:

  • Ter entre 19 e 24 anos;
  • Ter se matriculado até dois meses após o início do ano letivo;
  • Atender aos requisitos de renda e documentação acima.

Como funciona o pagamento?

Os pagamentos são processados pela Caixa Econômica Federal, que abre automaticamente uma conta para os estudantes beneficiários. A Caixa abre automaticamente uma conta em nome do estudante para os pagamentos, sem a necessidade de ir até a agência.

O acompanhamento dos incentivos pode ser feito pelo aplicativo Jornada do Estudante.

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Crédito: Aplicativo Jornada do Estudante (reprodução)

Tipos de incentivo

O programa oferece quatro modalidades de incentivo:

  • Incentivo-Matrícula: pago uma vez ao ano, mediante comprovação de matrícula;
  • Incentivo-Frequência: concedido em nove parcelas anuais, para estudantes com frequência mínima de 80%;
  • Incentivo-Conclusão: pago ao final de cada ano letivo concluído;
  • Incentivo-Enem: concedido uma única vez para estudantes que realizarem o exame no último ano do ensino médio.

O Pé-de-Meia é um programa essencial para incentivar a permanência e a conclusão do ensino médio entre os jovens brasileiros, oferecendo uma poupança educacional e promovendo a mobilidade social. Para mais informações ou dúvidas, acesse o FAQ do programa.

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