Vozes de IA de Musk e Zuckerberg assombram cruzamentos na Califórnia

“Estou tão sozinho”. Essa foi uma das frases ditas por imitação de voz de Elon Musk, feita com inteligência artificial (IA), num cruzamento na Califórnia. Ela saiu de um botão de travessia, usado por pessoas com deficiência visual.

O botão informa quando esperar e quando o sinal de pedestre do outro lado da rua acende. Mas, em algumas cidades, tem feito mais do que isso. Diversas falas ditas por deepfakes de Elon Musk e Mark Zuckerberg foram colocadas nos botões. E vídeos disso têm circulado pelas redes sociais.

De ‘estou tão sozinho’ a ‘fritar cérebros com IA’: as falas dos deepfakes de Musk e Zuckerberg em sinais na Califórnia

Assista abaixo alguns exemplos de falas ditas pelas versões de IA das vozes de Musk e Zuckerberg:

@rosecampau our crosswalks just got vc funding apparently #paloalto #elonmusk #tesla #siliconvalley #walkablecities ♬ original sound – rose

Oi, aqui é o Elon Musk. Bem-vindo a Palo Alto, lar da engenharia da Tesla. Dizem que dinheiro não compra felicidade, e ok, acho que é verdade. Deus sabe que eu tentei. Mas ele pode comprar um Cybertruck, e isso é irado, né? Né? Droga, eu estou tão sozinho.

@lifeashd Emerson st. and University ave. In Palo Alto, CA got hacked! The crosswalk button sound was changed from “wait” to a speech from #ElonMusk #elonmusknews ♬ original sound – HD

Oi, eu sou o Elon. A gente pode ser amigo? Você quer ser meu amigo? Eu te dou um Cybertruck, prometo. Olha, você não faz ideia do nível de depravação ao qual eu me rebaixaria por uma migalha de aprovação.

Somebody uploaded custom audio of AI generated Zuckerberg to a bunch of crosswalk buttons in Palo Alto and Redwood City and it’s hilarious

[image or embed]

— NIC (@wah.gay) 13 de abril de 2025 às 04:09

Oi, aqui é o Mark Zuckerberg, mas quem é das antigas me chama de ‘o Zuck’. É normal se sentir desconfortável ou até violado enquanto a gente insere forçosamente a IA em cada, cada faceta da sua experiência consciente. E só queria te tranquilizar: você não precisa se preocupar, porque não há absolutamente nada que você possa fazer para impedir isso. Enfim, até mais.

Num vídeo repercutido pelo Palo Alto Online, a voz falsa de Zuckerberg diz:

Oi, aqui é o Zuck. Só queria dizer o quanto estou orgulhoso de tudo o que estamos construindo juntos. Desde minar a democracia até fritar os cérebros dos nossos avós com porcaria de IA, passando por tornar o mundo menos seguro para pessoas trans. Ninguém faz isso melhor do que a gente e, ah, eu acho isso muito legal. Zuck, desligando!

O que autoridades disseram

Um porta-voz da cidade de Palo Alto, na Califórnia, disse ao Palo Alto Online que funcionários municipais “determinaram que 12 cruzamentos no centro foram afetados“. Os recursos de voz desses sinais foram desativados até que sejam consertados. Já os sinais, segundo ele, funcionam normalmente.

O mesmo problema ocorreu em Redwood City. Uma vice-gerente disse ao San Francisco Chronicle que autoridades investigavam e tentavam resolver o caso. Botões de travessia em Menlo Park também teriam sido afetados, segundo relatos.

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Não se sabe o quanto as vozes simuladas interferem na função original do botão de travessia. Mas, ao que tudo indica, a reprodução delas não substitui os avisos de segurança normais.

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Musk x OpenAI: ex-funcionários abandonam o barco da desenvolvedora

A OpenAI e o bilionário Elon Musk estão travando uma briga envolvendo o futuro da companhia. A desenvolvedora quer virar uma empresa com fins lucrativos. Já Musk, que é cofundador ao lado do atual CEO Sam Altman, não concorda. O caso resultou em uma ação judicial em andamento, prevista para ser julgada apenas no ano que vem.

Agora, um grupo de 12 ex-funcionários da OpenAI colocou mais lenha na fogueira: eles querem compartilhar suas preocupações sobre os rumos que a empresa está tomando, em apoio a… Musk.

Ex-funcionários da OpenAI estão do lado de Musk

De acordo com a CNBC, os 12 indivíduos trabalharam na OpenAI entre 2018 e 2024, período de formação e organização da empresa até o boom recente. Na sexta-feira (11), Lawrence Lessig, representante do grupo, apresentou uma petição a um tribunal distrital da Califórnia pedindo permissão para que os ex-funcionários compartilhem suas preocupações sobre a transição da desenvolvedora em empresa com fins lucrativos.

O objetivo dos depoimentos é apoiar os argumentos de Elon Musk contra a transição. Musk cofundou a OpenAI em 2015, como uma organização sem fins lucrativos. Ele acredita que a mudança corromperia os princípios da companhia de desenvolver IAs para o bem da humanidade – em detrimento do lucro.

Ex-funcionários se preocupam com o rumo da empresa se virasse lucrativa (Imagem: Ascannio / Shutterstock.com)

O documento apresentado pelo grupo argumenta que, se a OpenAI virasse uma empresa lucrativa, “violaria fundamentalmente sua missão” e “quebraria a confiança de funcionários, doadores e outras partes interessadas que se juntaram e apoiaram a organização”. Além disso, os 12 indivíduos têm interesse no processo porque ele trata sobre questões de missão e estrutura organizacional que eles mesmo ajudaram a criar durante seu tempo na companhia.

À CNBC, um porta-voz da OpenAI respondeu defendendo a transição e assegurando que a missão não muda:

Nosso Conselho foi muito claro: nossa organização sem fins lucrativos não vai a lugar nenhum e nossa missão permanecerá a mesma. Estamos transformando nosso braço com fins lucrativos existente em uma Corporação de Benefício Público — a mesma estrutura de outros laboratórios de IA, como o Anthropic, onde alguns desses ex-funcionários agora trabalham — e da xAI.

Porta-voz da OpenAI, ao site CNBC

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Musk x OpenAI

Quando a OpenAI foi fundada, ela era uma organização sem fins lucrativos, com objetivo de criar IAs seguras para o “benefício da humanidade”. Em 2019, a desenvolvedora passou a operar de forma híbrida, com permissão para fechar parcerias para lucros limitados (incluindo a da Microsoft).

A transição em empresa com fins lucrativos foi anunciada no ano passado e visa cobrir os altos custos de desenvolvimento da inteligência artificial. Mas Elon Musk não concordou, alegando que isso corromperia o propósito original, e processou a OpenAI.

Musk, inclusive, tentou comprar a empresa de volta por US$ 97,4 bilhões. A desenvolvedora recusou e ainda acusou o bilionário de estar tentando atrasar a transição em benefício próprio. Isso porque, depois de deixar a OpenAI, o executivo abriu sua própria empresa de IA, a xAI, que se tornou uma concorrente.

Elon Musk
Desde o anúncio da transição da OpenAI em empresa lucrativa, Musk vem travando uma batalha contra a desenvolvedora e o CEO Sam Altman (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

O caso teve desdobramentos recentes, conforme reportado pelo Olhar Digital:

  • Na quarta-feira (09), a desenvolvedora protocolou uma ação judicial acusando Elon Musk de “ações ininterruptas” para “desacelerar a OpenAI e tomar o controle das principais inovações de IA para seu benefício pessoal”;
  • Os advogados da OpenAI classificam os ataques de Musk como “táticas de má-fé” e a “falsa oferta pública de aquisição” uma forma de prejudicar o futuro da empresa;
  • A ação busca impedir Musk de “praticar novas ações ilegais e injustas” e responsabilizá-lo pelos danos já causados.

O julgamento do caso está previsto para meados de 2026, mas as trocas de farpas não devem parar tão cedo. Confira mais detalhes aqui.

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Como embate entre Musk e STF pode ajudar a regulação das redes sociais no Brasil

O governo federal quer retomar a pauta da regulação das redes sociais. Para isso, deve tentar uma nova aproximação com o Congresso nas próximas semanas. É o que diz o Secretário de Políticas Digitais da Presidência da República, João Brant, que acredita que as empresas “não assumem qualquer responsabilidade” pelos conteúdos danosos.

A proposta quer justamente responsabilizar as plataformas digitais por conteúdos ilegais e prejudiciais, bem como seus riscos à sociedade. Atualmente, a moderação cabe às próprias companhias, cada uma com políticas próprias para a exclusão.

Especialistas não enxergam um cenário favorável para isso, mas chamam atenção para um fator inesperado: as ações de Trump e o embate entre Elon Musk e o Supremo Tribunal Federal (STF) podem incentivar os países a pressionar por mais soberania.

Atualmente, cada empresa faz sua própria regra (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

Governo tem estratégia para discutir regulação das redes sociais

João Brant falou em palestra na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na semana passada, repercutida pela Agência Brasil. Segundo ele, o governo “está terminando de definir sua posição de mérito e estratégia”.

São três pilares nessa discussão:

Nossa compreensão é que essa regulação precisa equilibrar três coisas: primeiro, a responsabilidade civil das plataformas; segundo, o que a gente chama de dever de prevenção e precaução, que significa a necessidade de atuar preventivamente para que não haja disseminação de conteúdos ilegais e danosos a indivíduos ou a coletividades; e terceiro, que elas atuem na mitigação dos riscos sistêmicos da sua atividade.

João Brant, Secretário de Políticas Digitais da Presidência da República

Atualmente, as empresas que operam no Brasil respondem ao Marco Civil da Internet, de 2014. Ele estabelece que as redes sociais só podem ser responsabilizadas por conteúdos ofensivos ou danosos caso descumpram uma ordem judicial de remoção. A exceção são para conteúdos sexuais não autorizados ou casos de violação de direitos autorais.

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O Projeto de Lei 2.630, conhecido como PL das Fake News, é a principal proposta para regular as plataformas. Ele já foi aprovado pelo Senado e está em análise na Câmara dos Deputados, mas não avança desde o ano passado.

Enquanto isso, cada empresa define suas próprias regras. Brant defende que é necessário mitigar os efeitos das publicações danosas, uma vez que elas têm consequências à sociedade, e impor custos às companhias. Para ele, atualmente as plataformas não assumem qualquer a responsabilidade.

Retrato de Trump e Musk.
Ações de Musk e Trump geram desconfiança… e incentivam países a irem atrás da própria soberania nas redes (Imagem: bella1105/Shutterstock)

Cenário pode não ser favorável… mas Trump pode ajudar

O coordenador do Centro de Referência para o Ensino do Combate à Desinformação da Universidade Federal Fluminense (UFF), Afonso Albuquerque, acredita que a regulação das redes sociais é fundamental, principalmente em relação à transparência. Ele destaca como as redes sociais têm poder de intervir nos debates nacionais.

Mas não é tão fácil. Albuquerque acredita que o cenário não é favorável para a discussão no Congresso Nacional. Uma ‘ajudinha’ pode vir do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indiretamente. Para o coordenador, as ações de Trump colocam os EUA em oposição a muitos países, que se sentem na necessidade de defender sua soberania em diversos campos… inclusive em relação às plataformas digitais americanas.

Embates entre Elon Musk, dono da rede social X e atual aliado de Trump, e o Supremo Tribunal Federal também ajudaram no avanço do debate:

  • De acordo com Albuquere, Trump, Musk e Zuckerberg (da Meta) foram pouco sutis ao tentar intervir em assuntos internos do Brasil e de outros países;
  • Com isso, eles destacam a necessidade das nações quererem soberania em relação às plataformas americanas;
  • Para Brant, os embates entre Musk e STF criaram um precedente positivo para a regulação das redes sociais no Brasil, já que o mundo inteiro está de olho no que vamos fazer;
  • Já o secretário destacou dois cenários que podem ajudar a própria população a se posicionar a favor da regulação: a proteção de crianças e adolescentes nas redes sociais, e a quantidade de golpes no ambiente digital.

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Disputa aumenta: OpenAI leva briga com Elon Musk à justiça

Em um novo capítulo da conturbada relação entre a OpenAI e Elon Musk, a empresa de inteligência artificial entrou na justiça contra o bilionário, acusando-o de “ações ininterruptas” para “desacelerar a OpenAI e tomar o controle das principais inovações de IA para seu benefício pessoal”.

A ação judicial, protocolada nesta quarta-feira (9), eleva o tom da disputa, que já conta com processos de Musk contra a OpenAI.

Musk acusado de ‘oferta falsa’

Os advogados da OpenAI classificam os ataques de Musk como “táticas de má-fé” e a “falsa oferta pública de aquisição” uma forma de prejudicar o futuro da empresa.

A oferta, no valor de US$ 97,4 bilhões, foi rejeitada unanimemente pelo conselho da OpenAI, que agora busca impedir Musk de “praticar novas ações ilegais e injustas” e responsabilizá-lo pelos danos já causados.

Advogados da OpenAI classificam ataques de Musk como “táticas de má-fé”. (Imagem: Meir Chaimowitz/Shutterstock)

O julgamento do caso está previsto para meados de 2026, mas a troca de acusações e as manobras judiciais indicam que a batalha entre Musk e a OpenAI está longe de terminar.

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Musk x OpenAI

A batalha judicial se arrasta desde a primavera de 2024, quando Musk, um dos fundadores da OpenAI, processou a empresa alegando que ela havia se desviado de sua missão original de desenvolver a IA para o benefício da humanidade, priorizando o lucro. Após desistir do processo em junho, Musk voltou a atacar a OpenAI em agosto, intensificando a disputa.

Em dezembro, a OpenAI publicou um extenso artigo em seu blog, intitulado “Elon Musk queria uma OpenAI com fins lucrativos”, apresentando documentos e e-mails que contradizem as alegações do bilionário. A publicação detalha o histórico de envolvimento de Musk com a empresa, incluindo seus planos iniciais de transformá-la em uma organização com fins lucrativos.

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Tarifas de Trump “queimam” fortuna dos homens mais ricos do mundo

Alguns dos homens mais ricos do mundo apoiaram publicamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No entanto, as tarifas econômicas anunciadas pelo republicano, que provocaram quedas expressivas no mercado de ações de todos os continentes, também prejudicaram estes ricaços.

Apenas 48 horas depois do anúncio do tarifaço, as 500 pessoas mais ricas do mundo perderam um total de US$ 536 bilhões (mais de R$ 3,2 trilhões). Esta é a maior perda já registrada em um período de tempo tão curto.

Aliado de Trump foi o mais impactado pelas tarifas

Principal apoiador de Trump e o homem mais rico do mundo, Elon Musk foi o maior prejudicado até agora. Desde o anúncio do tarifaço, o bilionário teve uma perda de US$ 30 bilhões (cerca de R$ 181 bilhões).

As tarifas anunciadas por Trump causaram perdas bilionárias até agora (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Se considerado o período desde o início do ano, o patrimônio do empresário sul-africano encolheu US$ 130 bilhões (R$ 785 bilhões). Isso é resultado do mau momento vivido pela Tesla, além dos fortes protestos contra Musk por sua atuação no governo dos Estados Unidos.

Apesar de toda a turbulência atual, ele continua sendo extremamente rico. Na verdade, não perdeu nem o posto de o homem mais rico do mundo, totalizando aproximadamente US$ 300 bilhões (mais de R$ 1,8 trilhão) em patrimônio.

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Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg
Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg foram muito afetados pela medida de Trump (Imagens: Frederic Legrand – COMEO e lev radin/Shutterstock)

Outras perdas bilionárias

  • Outro bastante impactado pelo tarifaço é Jeff Bezos.
  • O fundador da Amazon teve perdas que somam US$ 24 bilhões (cerca de R$ 145 bilhões).
  • A queda ocorreu principalmente em razão da desvalorização das ações da empresa de comércio eletrônico.
  • Mesmo assim, Bezos segue sendo a segunda pessoa mais rica do mundo, com um patrimônio líquido estimado em US$ 190 bilhões (mais de R$ 1,1 trilhão).
  • Já o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, contabiliza um prejuízo de US$ 28 bilhões (R$ 169 bilhões).
  • Sua fortuna agora é de US$ 180 bilhões (aproximadamente R$ 1 trilhão), a terceira maior do mundo.

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Trump anuncia tarifa de 104% para a China – e Musk está revoltado

A disputa comercial entre Estados Unidos e China ficou ainda mais acirrada nesta semana. Depois do tarifaço anunciado pelo presidente americano Donald Trump na semana passada, o governo chinês respondeu com uma taxação retaliatória. O republicano foi além: anunciou nesta terça-feira (08) que colocaria tarifas adicionais de 50% se a China não voltasse atrás na medida até o fim do dia, resultando em uma taxa total de 104%.

Como você tem acompanhado no Olhar Digital, o mundo da tecnologia (incluindo as big techs e bilionários do setor) sentiu os efeitos do tarifaço, com perdas bilionárias em ações nas bolsas de valores. Um dos nomes que foi pessoalmente prejudicado foi Elon Musk, dono da Tesla, SpaceX e X. Ele também ocupa um cargo no governo de Trump e é um aliado pessoal do presidente.

Mas Musk não está nada feliz com as tarifas.

Tarifas de Trump podem não ter o efeito desejado (Imagem: Chip Somodevilla – Shutterstock)

Estados Unidos ameaçam aumentar tarifas da China

O tarifaço de Trump não caiu nada bem no mundo, mas a situação com a China foi ainda pior. Entenda o que aconteceu:

  • Na semana passada, o presidente dos EUA anunciou tarifas em produtos importados para todos os países. As tarifas impostas para a China foram de 34% adicionais;
  • A China revidou anunciando uma taxação recíproca, também de 34% adicionais;
  • Trump não gostou nada da ‘resposta’ e, na segunda-feira (07), anunciou que aumentaria as tarifas em 50%. As taxas somadas ficariam em 104% para produtos chineses – a menos que Pequim retirasse as tarifas recíprocas até meia-noite do dia de hoje;
  • A China prometeu que não obedeceria.
Elon Musk
Musk já perdeu bilhões desde o começou do governo Trump (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Elon Musk subiu o tom

Segundo o The Washington Post, durante o final de semana, Elon Musk apelou pessoalmente para que Donald Trump revertesse o tarifaço. Além de dono de várias empresas, Musk comanda o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), do governo federal, e é aliado pessoal do republicano.

De acordo com o jornal, pessoas familiarizadas com o assunto confirmaram que o bilionário tentou intervir nas medidas em conversas privadas com o presidente. O que, pelo jeito, não deu certo.

Musk já vinha criticando o conselheiro comercial de Trump, Peter Navarro, que defende as tarifas. Nesta terça-feira (08), o executivo subiu o tom e publicou no X que “Navarro é realmente um idiota”.

Matéria em atualização

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Com Musk ao lado de Trump, o X é quem leva a melhor

Recentemente, na Casa Branca, jornalistas notaram um novo rosto na sala de imprensa: John Stoll, recentemente nomeado chefe de notícias do X, o antigo Twitter, com novo nome desde que foi adquirido por Elon Musk.

Durante a coletiva, a secretária de imprensa Karoline Leavitt introduziu Stoll, destacando a importância do X como uma plataforma com milhões de usuários e jornalistas independentes, antes de convidá-lo a fazer a primeira pergunta, como explica uma matéria do New York Times.

A decisão de dar visibilidade ao X reflete seu crescente poder, especialmente desde que Elon Musk se tornou uma figura influente no governo, com sua plataforma sendo uma fonte importante de informações, incluindo atualizações sobre o governo dos EUA.

Leia mais:

Rede social de Elon Musk vai se tormando uma ferramenta crucial para o governo (Imagem: kovop/Shutterstock)

Mesmo em meio a polêmicas, investimentos chegaram

  • Embora a rede social ainda enfrente dificuldades financeiras e regulação externa, o apoio de Musk ao governo e a crescente popularidade da plataforma ajudaram a atrair investidores e anunciantes, como Amazon e Apple.
  • Musk, que comprou o X por US$ 44 bilhões em 2022, tem sido criticado por mudanças polêmicas, como demissões em massa e a remoção de regras de moderação de conteúdo.
  • Contudo, ele conseguiu atrair mais investimentos e aumentar o valor da plataforma para US$ 33 bilhões em 2025, ao combinar o X com sua empresa de IA, xAI.

O X tem se posicionado como uma mídia governamental, com contas oficiais para agências e um foco no corte de custos.

O governo também tem utilizado a plataforma para divulgar suas iniciativas, e Musk tem interagido diretamente com usuários para promover essas políticas.

A recente criação de um cargo de “chefe de notícias” para gerenciar parcerias com a mídia reflete a crescente influência dessa rede social na política e no jornalismo.

À esquerda, rosto de ElonMusk em preto e branco; à direita, logo do X em fundo preto projetado em um smartphone
Após período turbulento, o X parece no caminho para recuperar sua saúde financeira (Imagem: Kemarrravv13/Shutterstock)

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Parece que a lua de mel de Trump e Musk acabou, segundo jornal

Elon Musk se tornou um dos principais aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A proximidade entre eles é tanta que o bilionário foi nomeado para chefiar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) da Casa Branca.

No entanto, parece que esta relação começou a azedar. E o motivo seriam as tarifas econômicas recíprocas anunciadas pelo republicano na semana passada contra todos os países do mundo.

Musk seria contrário ao tarifaço global

  • De acordo com o The Washington Post, Musk estaria pressionando Trump a reverter a mais recente medida da Casa Branca.
  • O empresário teria feito apelos diretos ao republicano para que derrubasse as tarifas, mas sem sucesso.
  • Após o anúncio das taxações, o bilionário publicou no X (antigo Twitter) críticas a Peter Navarro, assessor de Trump visto como arquiteto do plano tarifário.
  • Musk questionou a formação de Navarro, afirmando que “um PhD em Economia por Harvard é uma coisa ruim, não uma coisa boa”.
  • O sul-africano também compartilhou um vídeo que mostra o economista Milton Friedman falando sobre os benefícios da cooperação comercial internacional.
Musk estaria incomodado com o tarifaço global de Trump (Imagem: Frederic Legrand/Shutterstock)

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Tarifas prejudicam empresas do bilionário

A reportagem cita que Musk estaria preocupado com os impactos das tarifas na economia global. Nos últimos dias, as Bolsas de Valores do mundo todo “derreteram”, causando um prejuízo bilionário para quase todas as empresas e aumentando os temores de uma recessão mundial.

Este cenário seria bastante negativo para diversas empresas do bilionário.

A Tesla, por exemplo, depende bastante da China para fabricar os seus veículos elétricos, e as tarifas de Trump podem afetar diretamente a produção em um momento já delicado da companhia.

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Medidas de Trump causam prejuízos nas operações da Tesla (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

As discordâncias entre Elon Musk e Donald Trump ocorrem em meio a rumores de que o empresário esteja de saída do governo. O bilionário negou a informação, enquanto o republicano admitiu que o sul-africano pode deixar a Casa Branca em breve para cuidar dos próprios negócios.

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Elon Musk teria uma nova profissão: espião

A proximidade com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rendeu a Elon Musk o cargo de chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). O empresário tem como missão reduzir os gastos da Casa Branca e virou alvo de uma série de protestos por conta da sua atuação.

Agora, uma nova informação pode aumentar as críticas contra o dono da Tesla, da SpaceX, do Twitter (X) e de tantas outras empresas.

Funcionários federais acusam o bilionário de usar inteligência artificial para espionagem dentro do governo.

Acusações contra Elon Musk são pesadas

  • De acordo com reportagem da Reuters, Musk teria usado a IA para vigiar as comunicações de uma agência federal suspeita de não apoiar totalmente o presidente Trump.
  • A equipe do DOGE também estaria usando o aplicativo Signal para se comunicar.
  • Isso viola as regras federais de manutenção de registros, uma vez que as mensagens podem ser configuradas para desaparecer após um período de tempo.
  • Outro ponto de discussão é que o departamento teria implantado o chatbot Grok, a IA desenvolvida pelo próprio Elon Musk, em detrimento do rival ChatGPT.
  • A Casa Branca, o DOGE e Musk não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto até o momento.
Trump tem na figura de Musk um de seus principais aliados (Imagem: bella1105/Shutterstock)

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Falta de transparência gera temores

O uso da IA e do Signal reforça as preocupações sobre a falta de transparência do governo Trump. Um dos temores é que a Casa Branca esteja usando as informações coletadas a partir da inteligência artificial para promover seus próprios interesses ou perseguir alvos políticos.

Lembrando que funcionários do governo dos EUA se envolveram em um escândalo nos últimos dias ao usar o aplicativo de mensagens não oficial para planejar operações militares no Iêmen. Além disso, eles incluíram um jornalista na conversa por engano. O caso ainda está sendo investigado.

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Funcionários do governo dos EUA alegam ser alvos de espionagem (Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E/Olhar Digital)

Para Kathleen Clark, especialista em ética governamental da Universidade de Washington em St. Louis, o uso do Signal significa que eles não estão fazendo o backup de todas as mensagens em arquivos federais. E isso representa uma grave violação da lei.

Já na Agência de Proteção Ambiental, alguns funcionários denunciam que a equipe de Musk está usando a IA para monitorar os trabalhos, incluindo a busca de comunicações consideradas hostis a Trump ou ao próprio Musk. A entidade, que trabalha para proteger o meio ambiente, está na mira da Casa Branca e já teve quase 65% de seu orçamento cortado.

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Processo de Elon Musk contra OpenAI já tem data para ir a julgamento

O processo de Elon Musk contra a OpenAI será julgado por um júri por volta de março de 2026, conforme decisão da juíza federal Yvonne Gonzalez Rogers tomada na semana passada. As informações são da Reuters.

A disputa envolve a mudança da OpenAI para um modelo com fins lucrativos, o que Musk considera um desvio de sua missão original de desenvolver inteligência artificial para o bem da humanidade.

Elon Musk, que cofundou a OpenAI em 2015, deixou a empresa antes de ela ganhar destaque e, em 2023, fundou a xAI, uma concorrente no campo da IA. Quando o bilionário adquiriu a plataforma de mídia social X, o antigo Twitter, o valor da xAI passou a ser compartilhado com os investidores da rede social.

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Elon Musk acusa a OpenAI de se afastar de sua missão original ao buscar uma transição para ter fins lucrativos (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Meir Chaimowitz/Shutterstock – Montagem: Olhar Digital)

Como a disputa começou

  • O conflito com Sam Altman, atual CEO da OpenAI, começou quando Musk entrou com um processo acusando a OpenAI de priorizar lucro em vez do desenvolvimento de IA voltado para o bem comum.
  • A OpenAI nega as acusações e afirma que o processo seria uma tentativa de Elon Musk de desacelerar a concorrência.
  • A transição da OpenAI para o modelo com fins lucrativos é vista como essencial para levantar mais capital e enfrentar a concorrência no crescente mercado de IA.

A OpenAI também está sob pressão para acelerar sua transição, já que está em processo de captação de novos investimentos.

Além disso, Altman rejeitou uma oferta não solicitada de aquisição da OpenAI por US$ 97,4 bilhões feita por Musk e um consórcio de investidores, respondendo com um firme “não, obrigado“.

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Elon Musk apresentou proposta para comprar a OpenAI, que foi negada (Imagem: QubixStudio/Shutterstock)

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