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Essas empresas querem fazer do lixo algo valioso

Um grupo de empresas de tecnologia, incluindo Stripe, Google e Salesforce, investiu quase US$ 32 milhões em um projeto de captura de carbono na Noruega, visando remover 100.000 toneladas métricas de CO₂ da atmosfera entre 2029 e 2030, como mostra uma matéria exclusiva do Wall Street Journal.

O projeto, parte da iniciativa Northern Lights, captura as emissões de dióxido de carbono geradas pela queima de lixo doméstico em Oslo para aquecer a cidade, armazenando o CO₂ no fundo do Mar do Norte.

Como funciona o processo

  • O lixo é separado em fóssil e biogênico, sendo que este último, proveniente de fontes orgânicas, gera menos impacto ao ser queimado, já que o CO₂ liberado é capturado e removido do ciclo atmosférico.
  • O metano, que seria emitido se o lixo biogênico fosse para aterros, é substituído por um processo que evita o aquecimento global.
  • A captura de CO₂ também evita emissões de plásticos e outros resíduos fósseis.
Remoção do CO₂ ocorre por meio da captura de gás emitido quando o lixo doméstico é incinerado (Imagem: LookerStudio/Shutterstock)

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Esse modelo de captura pode ser replicado em até 500 locais na Europa, com potencial para remover 400 milhões de toneladas de CO₂ até 2050.

Apesar de ser uma tecnologia emergente e cara, a compra antecipada de créditos de carbono visa financiar o desenvolvimento e demonstrar a viabilidade do mercado, que ainda está nos estágios iniciais.

Com incentivos governamentais e altos preços para créditos de remoção de carbono, projetos como esse oferecem uma solução promissora para a redução de gases de efeito estufa.

Projeto visa capturar 100 mil toneladas de CO₂ e transformar resíduos em energia limpa – Imagem: Vladislav Gajic/Shutterstock

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Carros elétricos podem piorar problema que eles deveriam resolver

Um novo estudo reforçou algo que nem todo mundo se dá conta: a transição global para veículos elétricos não reduzirá as emissões de carbono a menos que os países limpem suas redes elétricas. E teve um ‘plus’.

Pesquisadores da Universidade de Auckland e da Universidade de Xiamen realizaram a pesquisa, publicada na revista Energy, e revelaram que a adoção de carros elétricos, em países onde a eletricidade vem de combustíveis fósseis, pode até aumentar as emissões de CO₂.

Isso ocorre porque a eletricidade usada para carregar esses veículos é gerada pela queima de carvão ou petróleo, o que contraria a crença de que os veículos elétricos ajudam na descarbonização.

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Carros elétricos foram criados para ajudar na descarbonização, mas a adoção desses veículos sem o uso de energias limpas pode piorar a situação – Imagem: d.ee_angelo/Shutterstock

Energias renováveis precisam aumentar

  • Os pesquisadores analisaram dados de 26 países ao longo de 15 anos e descobriram que a maior adoção de EVs estava associada ao aumento das emissões de CO₂.
  • Segundo os resultados, os carros elétricos só contribuirão para a redução das emissões quando a participação de energia renovável na matriz elétrica mundial atingir cerca de 48%.
  • Em 2023, as energias renováveis representavam apenas 30% da eletricidade mundial.
  • A pesquisa destaca que, para a descarbonização do transporte ser eficaz, é necessário não só adotar os EVs, mas também promover a transição para energias renováveis.

Incentivo político é essencial

Políticas governamentais precisam apoiar a integração de fontes limpas de energia, como solar e hidrelétrica, além de incentivar investimentos em redes de energia mais eficientes. A eliminação de subsídios para combustíveis fósseis e a precificação de carbono também podem acelerar esse processo.

Além disso, o estudo mostrou que o crescimento econômico tende a aumentar as emissões, enquanto a inovação em tecnologias verdes e o uso de energia renovável têm um impacto significativo na redução delas.

Eletricidade usada para carregar carros elétricos precisa ser proveniente de fontes renováveis (Imagem: bombermoon/Shutterstock)

Carros elétricos: Brasil tem carta na manga para fazer diferente e melhor

O Olhar Digital produziu uma reportagem especial sobre o assunto. Confira como o Brasil pode fazer mais e melhor na eletrificação da frota!

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Metade das emissões de CO² do mundo vêm de 36 empresas, mostra estudo

Em 2023, 36 empresas de combustíveis fósseis foram responsáveis por metade das emissões globais de carbono, gerando mais de 20 bilhões de toneladas de CO², segundo uma nova pesquisa da plataforma Carbon Majors.

Entre essas empresas estão gigantes como Saudi Aramco, ExxonMobil, Shell e empresas chinesas. Se a Saudi Aramco fosse um país, ficaria em quarto lugar entre os maiores poluidores, atrás apenas de China, EUA e Índia.

Apesar da meta global de reduzir as emissões em 45% até 2030 para limitar o aquecimento global a 1,5 °C, as emissões continuam a crescer. A Agência Internacional de Energia alertou que novos projetos de combustíveis fósseis após 2021 são incompatíveis com o objetivo de emissões líquidas zero até 2050.

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Emissões de carbono em crescimento estão em desacordo com metas de 2030
(Imagem: SuPatMaN/Shutterstock)

Dependência por combustíveis fósseis precisa diminuir

  • Christiana Figueres, ex-chefe da ONU sobre mudanças climáticas, enfatizou a necessidade de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e avançar para um sistema econômico descarbonizado.
  • O relatório destaca o impacto desproporcional das maiores empresas de combustíveis fósseis, que estão aumentando sua produção e emissões, apesar dos compromissos climáticos globais.
  • Esses dados têm sido usados em processos judiciais e regulatórios, incluindo ações nos EUA para responsabilizar empresas por danos climáticos.
  • As 36 empresas, que incluem estatais como a China Energy e Gazprom, dominam as emissões, com o carvão sendo a principal fonte (41%), seguido por petróleo (32%) e gás (23%).

Os dados históricos indicam que dois terços das emissões de carbono desde a Revolução Industrial vêm de 180 empresas, com muitas delas ainda operando. O estudo alertou para a necessidade de ação governamental para enfrentar a expansão dos combustíveis fósseis e mitigar a crise climática.

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Dados de novo estudo podem servir de evidência para aprovar medidas que impeçam novos projetos usando combustíveis fósseis – Imagem: Lane V. Erickson / Shutterstock.com

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