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As big techs que os brasileiros mais desejam trabalhar em 2025

Entrar para o time de uma grande empresa de tecnologia continua sendo o objetivo de muitos profissionais em início de carreira ou em busca de consolidação no mercado.

No topo da lista de desejos estão as chamadas “Big Five” — Amazon, Apple, Google, Meta e Microsoft —, gigantes do setor que ditam tendências globais em inovação, produtos e serviços.

De acordo com um levantamento da DataCamp, plataforma especializada em cursos de dados e inteligência artificial, mais de 1,5 milhão de buscas por vagas nessas empresas foram registradas no último ano no Brasil.

O estudo analisou as pesquisas feitas no Google entre maio de 2024 e abril de 2025 e revelou um panorama das companhias mais procuradas por brasileiros interessados em trabalhar no setor.

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As buscas abrangem diversas modalidades de emprego, como trabalho remoto, vagas para estágio, jovem aprendiz e oportunidades para pessoas com deficiência (PCDs).

Entre os destaques, estão o aumento de 80% nas buscas por “Microsoft jovem aprendiz” e de 53% em “estágio Google” apenas entre fevereiro e abril de 2025.

Resultados do levantamento mostram o Google como o destino mais buscado – Imagem: DataCamp

Home office e jovem aprendiz

Buscas por vagas home office:

  • Google: 41.560
  • Amazon: 13.520
  • Meta: 5.720
  • Microsoft: 4.010
  • Apple: 2.740

Buscas por vagas de estágio e jovem aprendiz:

  • Google: 116.910
  • Amazon: 48.340
  • Microsoft: 29.580
  • Apple: 6.800
  • Meta: 5.540

Esse interesse crescente não se limita aos altos salários. As big techs são vistas como ambientes de aprendizado contínuo, desenvolvimento internacional e cultura de inovação — elementos cada vez mais valorizados por profissionais em diferentes estágios da carreira.

Como o levantamento foi feito

A DataCamp analisou os termos mais buscados relacionados a vagas de trabalho em grandes empresas de tecnologia, como “trabalhar na Amazon”, “Microsoft vagas”, “Google home office” e “Apple emprego”.

No caso da Meta, foram incluídas as pesquisas envolvendo suas principais plataformas — WhatsApp, Instagram e Facebook. O período analisado foi de maio de 2024 a abril de 2025.

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Estudo mostra aumento de até 80% na procura por oportunidades nas gigantes da tecnologia (Imagem: Ascannio / Shutterstock.com)

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IA pode roubar seu emprego, alerta CEO de empresa de IA

A cada dia, semana, mês, modelos de inteligência artificial (IA) ficam melhores em tarefas até então exclusivas a humanos. Escrever, pintar, compor. Isso pode, sim, impactar profundamente nichos do mercado de trabalho. E em pouco tempo. É o que alerta o CEO da Anthropic, Dario Amodei, em entrevista ao Axios.

A ironia: Anthropic está entre principais nomes quando o assunto é IA generativa (aquela capaz de “criar”). A empresa é rival direta da OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, por exemplo. E tem seu próprio “ChatGPT”, chamado Claude.

IA pode eliminar metade dos ‘primeiros empregos’ em áreas administrativas, diz CEO da Anthropic

Amodei alertou o seguinte: a IA pode eliminar metade dos empregos de nível inicial em áreas administrativas e causar desemprego entre 10% e 20% nos próximos um a cinco anos.

IA pode roubar ‘primeiros empregos’ de muita gente, diz CEO da Anthropic (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

Ele critica a postura de otimismo exagerado adotada por empresas de tecnologia e pelo próprio governo dos Estados Unidos.

A maioria nem sabe que isso está prestes a acontecer. Parece loucura e as pessoas simplesmente não acreditam.

Dario Amodei, CEO da Anthropic, em entrevista ao Axios

Para Amodei, é hora de parar de “dourar a pílula”. Ele recomenda encarar os riscos de um colapso no emprego, principalmente em setores como tecnologia, finanças, direito, consultoria e outras funções administrativas.

É irônico? Sim, mas…

Apesar de estar à frente do desenvolvimento da IA generativa, Amodei disse que se sente na obrigação de alertar a sociedade e pressionar por medidas de proteção.

Nós, como produtores dessa tecnologia, temos o dever e a obrigação de sermos honestos sobre o que está por vir“, disse Amodei.

Celular mostrando ícone do Claude, inteligência artificial da Anthropic, na frente de monitor com foto do CEO da Anthropic, Dario Amodei
CEO da Anthropic disse que se sente na obrigação de avisar sociedade sobre perigo de IA roubar empregos (Imagem: El editorial/Shutterstock)

Segundo o CEO, poucos estão prestando atenção. De um lado, parlamentares não compreendem o problema. De outro, CEOs evitam falar sobre. No fim, os trabalhadores só perceberão o impacto quando já for tarde.

“É uma dinâmica muito estranha”, disse Amodei.Estamos dizendo: ‘Vocês deveriam se preocupar com para onde está indo a tecnologia que estamos construindo’.

A tecnologia da Anthropic já é capaz de programar quase no mesmo nível de humanos. Amodei enxerga nela um potencial enorme tanto para o bem quanto para o mal.

O câncer é curado, a economia cresce 10% ao ano, o orçamento é equilibrado — e 20% das pessoas ficam sem trabalho.

Dario Amodei, CEO da Anthropic, em entrevista ao Axios

‘AI 2027’

Um alerta parecido veio de Daniel Kokotajlo – o “profeta do apocalipse” – numa entrevista a Ross Douthat no podcast Interesting Times, do New York Times (também disponível no Spotify e Apple Podcasts).

Kokotajlo é engenheiro e trabalhava na OpenAI. Em 2024, ele se demitiu por não compactuar com o que estava sendo feito na empresa. Depois, fundou um instituto para estudar os impactos da IA na sociedade. Recentemente, publicou um relatório intitulado “AI 2027“. Para ele, é o ano do apocalipse.

Demissão silenciosa causada pela IA já começou

O alerta de Dario Amodei, CEO da Anthropic, já está se concretizando. Enquanto alguns tratam a revolução da IA como algo distante, trabalhadores de escritório começam a sentir na pele o apocalipse do emprego, segundo reportagem do Quartz.

Ilustração de robô humanoide com inteligência artificial digitando em computador desktop num escritório
IA já começou a substituir trabalhadores humanos em escritórios (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

Desde empresas modernas como Accenture até setores mais tradicionais, cargos iniciantes e cargos gerenciais têm sido eliminados. Os cortes na Microsoft, que demitiu engenheiros de software, e no Duolingo, que substituiu redatores bilíngues, são apenas a ponta do iceberg.

Isso porque muitas demissões passam despercebidas. Essas acontecem de forma silenciosa: em convites de reunião, canais do Slack que param de ser usados, grupos que viram piadas. E pior: existem vagas que nunca são reabertas porque os cargos simplesmente deixaram de existir.

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O que começou a acontecer é diferente de automação em fábricas. Agora, a IA está alcançando escritórios. Onde antes bastavam diploma e capacidade de navegar em ambientes corporativos, hoje é a IA que ocupa o espaço.

Até mesmo CEOs e investidores temem perder seus cargos para a IA, segundo a reportagem. O “AI 2027” fica mais plausível a cada dia.

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5 motivos que impulsionam brasileiros a buscarem emprego no exterior

Uma movimentação silenciosa, mas crescente, tem reconfigurado o mercado de trabalho no Brasil: o desejo de atuar para empresas no exterior. De acordo com uma pesquisa do instituto Ipsos em parceria com a Gi Group Holding, 70% dos profissionais brasileiros têm interesse em viver uma experiência internacional, e 63% cogitam construir suas carreiras fora do país.

A tendência acompanha dados da Deel, que apontam um aumento de 53% na contratação de talentos brasileiros por companhias estrangeiras em 2024.

O movimento, que afeta especialmente setores estratégicos como tecnologia e inovação, revela motivações que vão além da conversão cambial.

Segundo Eduardo Garay, CEO da TechFX, plataforma de câmbio para profissionais que prestam serviços ao exterior, o fenômeno se baseia em uma combinação de fatores estruturais e aspiracionais. “Obviamente que a questão monetária é importante. Porém, as motivações são diversas, passando desde questões culturais até a busca pela qualidade de vida também através do trabalho”, pontua.

Pensando nisso, Garay aponta os principais motivos por trás da decisão de muitos brasileiros de buscar emprego no exterior, mesmo mantendo residência no Brasil. Confira:

1- Questão financeira

Não há como fugir: a estabilidade econômica acaba sendo um atrativo importante. O estudo Brazilian Global Salary, publicado pela TechFX, aponta que trabalhar para empresas internacionais pode representar salários até três vezes maiores do que aqueles pagos no mercado nacional.

“Além da valorização do dólar e do euro, que chegaram a ultrapassar R$ 6,00 recentemente, existe uma demanda global por profissionais qualificados, sobretudo na área tecnológica, que pressiona positivamente a remuneração desses talentos”, explica Garay.

Brasileiros encontram no trabalho remoto mais liberdade e melhores salários (Imagem: Microsoft/Divulgação)

2- Flexibilidade

A possibilidade de atuar remotamente para empresas de outros países tem sido uma vantagem estratégica para brasileiros. Em contraste com o Brasil, onde as vagas remotas caíram 24% entre julho de 2023 e julho de 2024, segundo o LinkedIn, empresas estrangeiras seguem oferecendo liberdade geográfica e flexibilidade de horários.

Além disso, o fuso também pode favorecer quem busca começar o expediente mais tarde ou terminar mais cedo, dependendo da região de origem da contratante.

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3- Qualidade de vida

Reduzir deslocamentos, fugir do trânsito e evitar interrupções fora do expediente têm atraído muitos colaboradores para modelos internacionais de trabalho.

Indo mais além, Garay também entende que muitos países têm culturas de trabalho mais voltadas ao bem-estar: “Em outros países, há um respeito maior pelo tempo do colaborador. Se ele está de férias ou após o expediente, não será acionado. Isso impacta diretamente na percepção de bem-estar”, observa.

Além disso, questões macroeconômicas (como inflação e instabilidade política) também levam muitos a enxergarem o exterior como um ambiente mais previsível e estável para o desenvolvimento profissional.

4- Cultura de trabalho

Retomando o gancho da percepção do estrangeiro diante do trabalho, o modo diferente como a atividade é encarada fora do Brasil também contribui na decisão. Empresas estrangeiras, segundo o executivo, costumam valorizar muito mais as entregas e resultados, em comparação com o anseio brasileiro pela presença e horas cumpridas.

“Um exemplo prático disso são as férias. Enquanto no Brasil o descanso é restrito a até 30 dias corridos somente após um ano de organização, em muitos países os dias podem ser distribuídos de forma mais flexível ao longo do ano, o que reflete muito bem a mentalidade diferente sobre o equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, explica.

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Buscar qualidade de vida é uma das principais motivações dos brasileiros ao trabalhar para empresas internacionais (Imagem: Liubomyr Vorona/iStock Photos)

5- Modelo de contratação

Por fim, o formato de contratação em modelo pessoa jurídica (PJ), comum em acordos com empresas internacionais, tem se mostrado vantajoso. O Brasil concede isenção de tributos como PIS, COFINS e ISS, que se aplicam às empresas que exportam serviços. “Na prática, um profissional que paga 27,5% de imposto na CLT pode ter essa carga reduzida para até 5% ao atuar como PJ para uma empresa no exterior”, conclui o CEO da TechFX.

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Pesquisa revela: norte-americanos temem perder empregos para IA

O avanço da inteligência artificial (IA) tem gerado novas oportunidades, mas também suscitado preocupações sobre o impacto no mercado de trabalho.

Uma pesquisa do Pew Research Center revela que muitos americanos temem a substituição de empregos pela IA, com 73% acreditando que a tecnologia reduzirá a necessidade de caixas, 59% para jornalistas e 67% para operários de fábrica.

Especialistas em IA compartilham preocupações semelhantes, especialmente em relação aos motoristas de caminhão.

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Alguns empregos poderão ser mais ameaçados pela IA do que outros – Imagem: Stokkete/Shutterstock

Cenário de incerteza vai crescendo

  • Molly Kinder, pesquisadora da Brookings Institution, alerta no Washington Post que a preocupação pública mistura a automação tradicional com a IA generativa, que afeta mais os empregos de “colarinho branco”, como assistentes administrativos, auxiliares jurídicos e programadores.
  • A IA generativa pode lidar com tarefas complexas como resumir documentos e processar grandes volumes de dados, o que expõe mais esses empregos à tecnologia.
  • Embora alguns empregos já estejam sendo impactados, a incerteza permanece sobre como a IA ajudará ou substituirá os trabalhadores.

Enquanto a IA continua a evoluir rapidamente, sua adoção ainda é lenta em setores regulamentados, como medicina e direito.

No entanto, a ansiedade pública sobre a perda de empregos está aumentando, com 51% dos entrevistados expressando preocupações, um aumento em relação aos anos anteriores.

Embora o impacto da IA continue a ser uma questão aberta, especialistas como Kinder garantem que sempre haverá uma função para os humanos, apesar da rápida inovação tecnológica.

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Enquanto a IA avança e pode abrir caminho para novos mercados, ela também gera preocupação pelo potencial de substituir humanos em certas profissões – Imagem: shutterstock/jittawit21

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Você sabe usar IA? É o que tem feito a diferença na busca por trabalho

A pergunta “você sabe usar IA?” tem sido cada vez mais comum em processos seletivos, segundo o Wall Street Journal (WSJ). Principalmente em vagas de emprego no setor de tecnologia. Mas não apenas neste nicho. Exigir conhecimento sobre inteligência artificial é uma tendência que tem furado a bolha tech.

Nos Estados Unidos, por exemplo, quase uma em cada quatro vagas de emprego no setor de tecnologia, publicadas entre janeiro e fevereiro de 2025, querem funcionários com habilidades em IA. Isso conforme “empresas de praticamente todos os setores da economia ajustam seus processos de recrutamento para abraçar a tecnologia“, de acordo com o WSJ.

Empresas de diversos setores abrem vagas de emprego para quem tem IA no currículo

Em janeiro, 36% das vagas de TI, por exemplo, estavam relacionadas a IA. Enquanto isso, empresas dos setores financeiros (bancos) e de consultoria buscavam profissionais que soubessem usar ou criar algoritmos e modelos de IA.

IA tem sido requisitada para vagas em empresas fora do setor de tecnologia (Imagem: NONGASIMO/Shutterstock)

Dados compilados pela Universidade de Maryland mostram que IA tem sido requisitada para vagas em empresas fora do setor de tecnologia. Por exemplo:

  • Grande empresa varejista: tem vaga para diretor para área de ciência da computação que consiga aplicar algoritmos preditivos para melhorar layout de lojas;
  • Fornecedor de utilidades: procura analista para avaliar o risco de incêndios florestais por meio de aprendizado de máquina;
  • Empresa farmacêutica: busca programador para seu grupo que usa conhecimento em química e computação.

Na área da saúde, uma parcela bem pequena das vagas de emprego são voltadas para tecnologia. Mas a fração de vagas com IA envolvida divulgadas em janeiro foi quase o dobro do que há alguns anos, segundo o WSJ.

Mãos de humano e de robô espalmadas; entre elas, a representação de uma cabeça humana formada por circuitos e um chip de computador escrito "IA" em seu centro
Boom do ChatGPT despertou a percepção sobre o poder de integrar IA em produtos e fluxos de trabalho (Imagem: Kitinut Jinapuck/Shutterstock)

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Jobs, tarefas e empregos com IA envolvida existem há mais tempo do que o ChatGPT, reforça o professor Anil Gupta, da Universidade de Maryland, em entrevista ao WSJ. Mas o boom do chatbot da OpenAI despertou a percepção sobre o poder de integrar IA em produtos e fluxos de trabalho, segundo Gupta.

Por sua vez, isso levou a uma “disseminação” da tecnologia por diversos setores. Ou seja, é uma tendência. Seja no ramo que for.

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