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“Vulcão zumbi” na Bolívia tem mistério revelado em pesquisa

No sul da Bolívia, o Uturuncu, conhecido como “vulcão zumbi”, tem dado sinais de atividade há décadas, mas cientistas não entendiam se sua erupção era iminente. Uma nova equipe utilizou um método inovador para analisar as “tubulações” do vulcão e conferir se ele está mesmo morto ou se ressurgiu dos mortos, como um zumbi.

A última erupção do Uturuncu ocorreu há 250 mil anos. Porém, desde a década de 1990, ele tem se mostrado instável: está liberando gases, gerando tremores e deformando o solo ao seu redor. 

Na época, medições por radar e GPS mostraram que a superfície no entorno do vulcão estava ficando no formato de um “sombrero” – o chapéu mexicano. A região central do terreno se elevou, enquanto os arredores afundaram. Esse crescimento ocorre há 50 anos, a uma taxa média de até 1 centímetro por ano.

Por enquanto, o Uturuncu é considerado um vulcão dormente. Ele tem 6 quilômetros de altura acima do nível do mar e é um estratovulcão, com formato de cone e tendo nascido da deposição das camadas de lava endurecida. Sua erupção é explosiva, porque a viscosidade do magma prende os gases internos e cria pressão, fazendo com que a saída seja intensa.

O solo ao redor do vulcão tem afundado no formato de um chapéu mexicano. (Imagem: Jon Blundy, University of Oxford)

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Tubos do vulcão revelam a resposta

A equipe analisou sinais de mais de 1700 terremotos e mapeou os fluxos internos de lava, outros fluidos e gases, no Uturuncu. Eles geraram imagens em alta resolução do interior do vulcão para compreender o que acontece abaixo do solo, nas “tubulações subterrâneas”.

O vulcão zumbi está acima de uma reserva de lava nomeada de Corpo de Magma Altiplano-Puna (APMB). Ela se estende pelo sul da Bolívia, norte do Chile e Argentina. Segundo estudos anteriores,  o magma do depósito pode estar subindo e se acumulando perto da superfície, o que indicaria que Uturuncu se prepara para uma erupção.

No entanto, os pesquisadores notaram que a APMB está também elevando fluidos quentes e gases para a superfície por meio de estruturas tubulares. Esses fluxos podem explicar a deformação do solo e os terremotos.

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O método aplicado no Uturuncu pode servir para outros vulcões ao redor do mundo. (Imagem: Jon Blundy, University of Oxford)

Caso sejam os culpados, o vulcão pode não estar se preparando para entrar em erupção. O fenômeno também explicaria a deformação em “sombrero” e os sinais de atividade.

Para o grupo, as chances de erupção são mínimas. “Com base na caracterização do sistema magmático-hidrotermal sob Uturuncu, deduzimos que ele apresenta atualmente baixo risco de erupção”, concluíram os pesquisadores.

O uso de terremotos para compreender a “tubulação” abaixo de um vulcão é um método que a equipe pretende levar para outros casos de pesquisa no futuro.

“Essa abordagem abrangente não apenas explica por que um vulcão “zumbi” permanece ativo, mas também oferece percepções sobre seu potencial de erupção, estabelecendo uma técnica que poderia ser aplicada para avaliar os riscos de erupção em outros vulcões ativos”, constataram os cientistas.

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Supervulcão pode entrar em erupção em breve nos EUA

Yellowstone é considerado um supervulcão localizado nos Estados Unidos. Ele recebe esta designação, pois uma possível erupção sua poderia durar semanas e provocar efeitos globais que persistiriam por meses ou até por anos.

A boa notícia é que a última explosão no local aconteceu há centenas de milhares de anos. A ruim é que ele ainda está ativo e uma recente descoberta aumenta a possibilidade de que uma nova erupção ocorra em breve.

Calor e pressão estão controlados

  • Os cientistas sabem há décadas que existe magma sob Yellowstone.
  • No entanto, a profundidade em que ela se encontra e como ela está depositada eram mistérios.
  • Agora, um novo estudo publicado na revista Nature identificou uma espécie de depósito de magma dentro do supervulcão.
  • Ela está localizada a 3,8 quilômetros abaixo da superfície e age como uma verdadeira tampa.
  • Segundo os pesquisadores, o objeto retém uma quantidade significativa de calor, mas também libera parte dessa pressão, evitando que todo o sistema exploda.
  • A descoberta permite uma melhor compreensão de onde o magma de Yellowstone está.
  • E isso pode ajudar prever novas erupções no local.
Vulcão fica no mais antigo parque nacional do mundo (Imagem: Susanne Pommer/Shutterstock)

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Descoberta ajuda a prever comportamento do supervulcão

Os pesquisadores explicam que as bolhas que se acumulam em um sistema vulcânico podem aumentar a pressão e ajudar a desencadear erupções. Mas, em Yellowstone, elas estão subindo e escapando pela capa porosa, liberando assim a pressão e diminuindo os riscos de explosões.

Além disso, os cientistas descobriram que os níveis derretimento estão abaixo dos normalmente associados a uma erupção iminente. Isso não quer dizer, no entanto, que explosões não possam acontecer no futuro próximo.

Diagrama mostra funcionamento da atividade vulcânica em Yellowstone (Imagem: Agil Leonardo/Shutterstock)

É por isso que a descoberta é considerada fascinante. Ela permite um maior entendimento sobre como funciona o supervulcão, o que pode ajudar a prever o comportamento de todo este complexo sistema vulcânico.

Foram três erupções em Yellowstone nos últimos 2,1 milhões de anos. A mais recente aconteceu há 640 mil anos e causou destruição em uma área de 7.500 quilômetros quadrados. Um efeito devastador, mas que pode ser minimizando a partir do novo conhecimento adquirido pela equipe.

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Tsunami no Brasil pode ser causado por erupção de vulcão nas Ilhas Canárias?

O vulcão Cumbre Vieja, localizado na ilha de La Palma, na Espanha, entrou em erupção nas últimas horas. Cientistas já haviam detectado um aumento na atividade sísmica na região e a explosão liberou grandes quantidades de lava, além de nuvens de fumaça.

Apesar de ficar a noroeste da África, próximo da costa do Marrocos e do Saara Ocidental, este vulcão pode ameaçar também o Brasil. Isso porque, dependendo da força da explosão, ela teria o potencial de provocar um tsunami na costa brasileira.

Possibilidade é considerada bastante remota

  • As projeções indicam que, neste caso, ondas gigantes poderiam atingir toda a costa brasileira, de norte a sul.
  • Outros países banhados pelo Oceano Atlântico também seriam afetados.
  • Mas calma, não é preciso entrar em pânico.
  • Pesquisadores explicam que seria necessário um colapso sem precedentes na história do nosso planeta para que o pior acontecesse.
  • Ou seja, esta é uma possibilidade considerada bastante remota.
  • As informações são da Agência Brasil.
Vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção neste domingo (Imagem: Oscar Garcia-Dils/Shutterstock)

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Falta informação sobre como se proteger de tsunamis, alerta pesquisador brasileira

Apesar de um tsunami no Brasil ser algo muito distante, alguns especialistas destacam que a população brasileira deveria ser conscientizada. É o que defende o geólogo Mauro Gustavo Reese Filho, da Universidade Federal do Paraná.

O pesquisador brasileiro aponta a falta de cuidados preventivos na costa do nosso país. E afirma que deveriam existir sistemas de alarme que possibilitassem a evacuação de áreas atingidas por ondas gigantes ou outros desastres relacionados.

Onda grande reproduzida em ilustração com o sol da tarde ao fundo
Ocorrência de tsunami no Brasil dependeria de erupção de grande magnitude (Imagem: Willyam Bradberry/Shutterstock)

Segundo ele, a simples possibilidade de ocorrência deste evento, mesmo que remota, deveria mobilizar as autoridades. Ele conclui destacando que a falta de informação é a principal causadora deste problema, uma vez que muitas pessoas sequer imaginam que um fenômeno dessa magnitude possa acontecer.

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Vulcão entra em erupção pela 10ª vez em 3 anos na Islândia

Após ficar adormecido por 800 anos, um vulcão na Islândia tem tido um comportamento bastante ativo nos últimos meses. Nesta semana, ele voltou a entrar em erupção, o que exigiu a evacuação da cidade Grindavik e de um spa de luxo.

Segundo autoridades do país, o fluxo de magma começou por volta das 6h30 do horário local (3h30 no horário de Brasília) desta segunda-feira (1º).

Ele foi acompanhado de tremores, semelhante ao que aconteceu em erupções anteriores.

Erupção não deixou feridos

  • Em comunicado, o Met Office da Islândia afirmou que “a fissura tem agora cerca de 500 metros de comprimento”.
  • As autoridades ainda destacaram que ela continua crescendo, especialmente mais ao sul da região.
  • Os tremores não afetaram diretamente a capital, Reykjavik, mas continuam sendo monitorados.
  • Além disso, não houve dispersão significativa de cinzas na estratosfera, evitando interrupções no tráfego aéreo, por exemplo.
  • De qualquer forma, a Islândia continua em estado de alerta.
Fluxo de lava ameaça populações vizinhas (Imagem: divulgação/Proteção Civil da Islândia)

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Atividade vulcânica está aumentando

Esta é a décima erupção do vulcão em um período de apenas três anos. Por conta da intensa atividade vulcânica, Grindavik chegou a ser esvaziada ainda no final de 2023. Na oportunidade, os moradores puderam voltar para suas casas no dia 22 de dezembro, antes de serem removidos do local mais uma vez.

Após a primeira erupção, muros foram construídos ao redor do vulcão. O objetivo era que, em caso de novas atividades vulcânicas, a lava fosse direcionada para longe das casas.

Erupção começou nesta segunda-feira (1º) (Imagem: divulgação/Met Office)

Uma das explicações para as várias erupções registradas no local é que a ilha da Islândia fica entre duas placas tectônicas: a norte-americana e a euroasiática. Uma falha contorna a capital da Islândia, Reykjavik, e atravessa diretamente a península de Reykjanes, onde fica Grindavik.

No total, o país tem 33 vulcões, ou sistemas vulcânicos, catalogados como ativos. Em média, ocorre uma erupção a cada quatro ou cinco anos em território islandês.

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Vulcão na Indonésia entra em erupção e força cancelamento de voos; veja vídeo

O vulcão Lewotobi Laki-Laki, na ilha de Flores, na Indonésia, entrou em erupção novamente na noite de quinta-feira (20). O fenômeno foi registrado por moradores nas redes sociais e provocou o cancelamento de pelo menos sete voos internacionais na ilha turística de Bali.

O monte já entrou em erupção várias vezes e, em novembro do ano passado, provocou a morte de nove pessoas.

Registro aéreo feito pela missão Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia, em novembro de 2024 (Imagem: ESA/Reprodução)

Veja erupção do vulcão Lewotobi Laki-Laki

Na quinta-feira, a agência geológica da Indonésia elevou o nível de alerta para o mais alto em uma escala de quatro. Uma zona de sete a oito quilômetros ao redor do vulcão foi restrita.

A erupção começou às 22h56 do horário local da ilha de Flores e durou 11 minutos e 9 segundos. Segundo a agência indonésia de vulcanologia, o Lewotobi Laki-Laki, que tem 1.703 metros de altura, lançou uma coluna de cinzas de 8 mil metros e causou fortes estrondos. Os barulhos foram ouvidos até na cidade de Maumere, a mais de 80 quilômetros a leste, e no distrito de Larantuka, a mais de 50 quilômetros a oeste.

A mídia local e internacional, e moradores da ilha registraram a erupção. Veja o vídeo da agência de notícias AFP, que mostra os habitantes limpando os escombros da explosão:

O usuário @volcaholic1, do X, registrou o som da explosão do vulcão:

Vulcão provocou cancelamento de voos em Bali

De acordo com comunicado do Aeroporto Internacional Ngurah Rai, em Bali, “sete voos internacionais foram cancelados” até 9h45 desta sexta-feira, no horário local. Outros voos locais e internacionais sofreram atrasos.

Bali fica a cerca de uma hora de voo da ilha de Flores, onde fica o vulcão. O aeroporto local, no entanto, não foi afetado e operou normalmente.

Lewotobi Laki-Laki em erupção em novembro de 2024 (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

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Essa não é a primeira vez que o Lewotobi Laki-Laki entra em erupção

  • O monte Lewotobi Laki-Laki fica na região do Cinturão de Fogo do Pacífico, conhecida por sua atividade sísmica e vulcânica intensa;
  • O vulcão já havia entrada em erupção várias outras vezes;
  • Em novembro do ano passado, provocou a evacuação de milhares de moradores e a morte de nove pessoas, além de cancelamentos de dezenas de voos.

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Vulcão Kilauea lança lava a quase 100 metros de altura no Havaí

Aconteceu de novo. Um dos vulcões mais ativos do mundo voltou a entrar em erupção. O Kilauea, no Havaí, lançou uma grande quantidade de lava a aproximadamente 90 metros de altura durante um período de 12 horas.

O evento colocou o Serviço Geológico dos Estados Unidos, do qual a ilha faz parte, em alerta. No entanto, as autoridades informaram que a atividade terminou ainda nesta terça-feira (11), embora o monitoramento continue.

Nuvem tóxica e “cabelos de pele” geram riscos

Segundo cientistas, o vulcão tem registrado erupções com frequência desde que voltou à atividade, em dezembro do ano passado. A mais recente explosão, a décima terceira da contagem, foi registrada na cratera que fica no topo do Kilauea.

Não há registro de feridos ou de destruição causada pela lava. No entanto, as autoridades da ilha alertam que a atividade vulcânica pode produzir gases perigosos como o dióxido de enxofre. Essas partículas podem ser especialmente perigosas para pessoas com problemas cardíacos ou respiratórios. 

Lava jorrando do vulcão (Imagem: M. Patrick/Serviço Geológico dos Estados Unidos)

Além disso, o lançamento de pedaços de vidro vulcânico semelhantes a fios, um fenômeno conhecido como “cabelo de Pele”, também é considerado um perigo, uma vez que podem contaminar a água e acabar sendo ingeridos. Estes materiais, que se formam quando bolhas de gás dentro da lava explodem na superfície, podem passar de meio metro de comprimento e foram lançados a mais de 40 quilômetros pela mais recente explosão.

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O vulcão Kilauea, no Havaí, expelindo lava da caldeira
Vulcão é um dos mais famosos do mundo (Imagem: Islamic Footage/Shutterstock)

Um dos vulcões mais ativos do mundo

  • O Kilauea está localizado cerca de 320 quilômetros a sudeste de Honolulu, a capital do Havaí.
  • Ele é o mais jovem e ativo da Ilha Grande, que também abriga três outros vulcões ativos: Mauna Loa, Mauna Kea e Hualalai. 
  • Apesar disso, o Kilauea se tornou o mais famoso deles em razão da atividade quase que constante.
  • Em 1959, por exemplo, o vulcão expeliu uma fonte de lava a 580 metros de altura.
  • E este foi apenas um dos exemplos do poder dele.

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