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Conheça a brasileira que pode se tornar a primeira mulher do país no espaço

Além do ex-astronauta e ex-ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, e do engenheiro e turista espacial Victor Hespanha, o Brasil pode ir ao espaço em breve novamente: e desta vez, representado por uma mulher. 

Laysa Peixoto, mineira de 22 anos, anunciou no Instagram nesta quinta-feira (5) que foi selecionada para se tornar astronauta de carreira e fará parte do voo inaugural da empresa privada Titans Space Industries, previsto para março de 2029. O comandante da missão será o veterano Bill McArthur, da NASA.

Caso a missão se concretize, Laysa se tornará a terceira pessoa brasileira a viajar para o espaço. Ela será membro de uma missão profissional, com foco em estações espaciais e futuras viagens à Lua e a Marte. Primeiro foi Pontes, como astronauta profissional em 2006, seguido por Hespanha, que participou de um voo turístico da Blue Origin em 2022.

Laysa é a primeira brasileira a liderar uma equipe na criação de tecnologias na NASA. Crédito: Reprodução/Instagram

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Brasileira lidera grupo de pesquisa na NASA

De acordo com a revista Forbes, a jovem trabalha desde 2023 na NASA, onde lidera um grupo de pesquisa voltado para o desenvolvimento de novas tecnologias espaciais. Naquele ano, ela fez parte da lista Forbes Under 30 como uma das jovens mais promissoras do Brasil.

Até 2029, Laysa continuará em treinamento, com simulações em voos suborbitais e missões privadas. Ela também está em processo de formação como piloto, passo importante para quem deseja atuar em operações espaciais. “Seguirei firme rumo ao meu primeiro voo como astronauta de carreira”.

A trajetória de Laysa começou cedo. Aos 18 anos, descobriu um asteroide por meio de um projeto da NASA e, desde então, vem se destacando na área científica. Foi a primeira brasileira a conduzir experimentos em gravidade zero e já teve dois projetos aprovados pela agência espacial norte-americana.

Laysa em treinamento na NASA para missões espaciais tripuladas. Crédito: Reprodução/Instagram

Jovem será cientista principal de missão de busca por vida na lua Encélado

Um desses projetos é o plano Orbiter, que será lançado em direção a Encélado, uma das luas de Saturno, com o objetivo de estudar a possibilidade de vida fora da Terra. Laysa será a cientista principal da missão, papel inédito para uma brasileira na NASA.

Além da carreira científica, a jovem também quer inspirar outras jovens. Ela criou a plataforma Elliptica Foundation, com conteúdos gratuitos sobre ciência e tecnologia para estudantes. E em dezembro, vai fazer parte do time de organização do World STEM Summit, considerado o maior evento estudantil de ciência do mundo.

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NASA revela imagens de raios vistos do espaço; confira

Tempestades carregadas de raios e trovões não são nenhuma raridade, mas, graças à NASA, agora temos a chance de observá-las de uma nova perspectiva: astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) revelaram imagens impressionantes de raios vistos de cima, diretamente do espaço.

Entenda:

  • Astronautas da NASA revelaram imagens fascinantes de raios vistos do espaço;
  • As fotos foram capturadas na Estação Espacial Internacional, a 400 quilômetros acima da superfície da Terra;
  • Para fotografar o fenômeno impressionante, a equipe usou uma técnica de imagem desenvolvida por um veterano da NASA.
Raios vistos do espaço. (Imagem: Nichole Ayers/NASA)

Em maio, as astronautas Anne McClain e Nichole Ayers – tripulantes da Expedição 73 da NASA – usaram seus perfis no X (antigo Twitter) para compartilhar as fotos fascinantes capturadas nas regiões do Alabama e da Georgia, nos EUA, a 400 quilômetros acima da superfície da Terra.

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Equipe usou técnica de astronauta da NASA para fotografar raios do espaço

Técnica de veterano da NASA foi usada para tirar fotos de raios no espaço. (Imagem: Nichole Ayers/NASA)

As imagens dos raios foram capturadas com uma técnica de imagem desenvolvida por Don Pettit, astronauta veterano da NASA. “As fotos são tiradas a 120 frames por segundo [fps], e os flashes que você vê duram apenas um frame”, explica McClain na legenda da publicação. “Rápido e furioso, mas também uma visão incrível!”

Um fenômeno de cores “hipnotizantes”

Raios vistos de cima possuem cores impressionantes. (Imagem: Anne McClain/NASA)

As fotos de Ayers foram tiradas da janela do laboratório da Estação Espacial, de acordo com a astronauta – que descreveu as cores do fenômeno como “hipnotizantes”. “Estou tão impressionada com a vista que temos daqui de cima dos sistemas climáticos da Terra – alguns dos quais são tão grandes que até me chamaram a atenção durante nossa caminhada espacial!”

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Qual é o cheiro do espaço? Exposição reproduz possíveis aromas do Universo

Uma exposição do Museu de História Natural de Londres, chamada Space: Could life exist beyond Earth? (“Espaço: Poderia existir vida além da Terra?”), tem levado os visitantes a uma experiência sensorial inédita. Entre as atrações, uma proposta curiosa chama a atenção: perfumes criados para simular como seria o cheiro do espaço sideral.

A ideia pode soar estranha à primeira vista, afinal, o espaço é um vácuo, sem ar e, portanto, sem cheiro. No entanto, quando moléculas presentes no cosmos interagem com objetos físicos, como trajes espaciais ou instrumentos de sondas, elas podem se fixar nesses materiais e liberar odores ao retornarem para ambientes com ar. E foi a partir desses indícios, combinados com dados astronômicos, que a cientista britânica Marina Barcenilla decidiu traduzir o Universo em fragrâncias.

Especialista em astrobiologia e perfumista, Barcenilla combinou essas duas áreas do conhecimento para criar essências que representassem diferentes locais do Sistema Solar e do espaço interestelar. A proposta é que os visitantes sintam o cheiro de corpos celestes como a Lua, Titã (o maior satélite natural de Saturno) e até mesmo de uma nebulosa localizada a milhares de anos-luz da Terra.

Marina Barcenilla, astrobiologia e perfumista que desenvolveu uma linha de aromas do espaço. Crédito: Divulgação

Peixe morto, carne queimada e ovo podre

Enquanto alguns perfumes têm notas doces e frutadas, outros são absolutamente desagradáveis – com aromas que lembram peixe morto, carne queimada ou ovo podre. E, curiosamente, todos esses cheiros fazem sentido do ponto de vista químico.

Um dos exemplos mais interessantes é o de Titã. A atmosfera dessa lua é rica em compostos orgânicos como amônia e cianeto de hidrogênio. Essas substâncias, quando traduzidas em perfume, criam um odor forte e repulsivo, semelhante a peixe em decomposição misturado com gás. A fragrância que representa Titã foi elaborada exatamente com esse objetivo: provocar uma reação visceral, mas também estimular a curiosidade científica.

Outra criação olfativa foi inspirada na Nebulosa de Sagitário B2, uma nuvem de gás e poeira localizada a cerca de 26 mil anos-luz do centro da Via Láctea. Os astrônomos detectaram ali a presença de etil formiato, o mesmo composto que dá cheiro e sabor às framboesas. Também foram identificadas moléculas de álcool, como metanol e etanol. O perfume correspondente mistura essas notas doces e alcoólicas, criando um aroma surpreendentemente familiar para representar um local tão distante.

A composição química da Nebulosa de Sagitário B2 sugere que ela teria cheiro de framboesa com álcool. Créditos: ESO/APEX & MSX/IPAC/NASA (nebulosa) / Keimani Storment – Shutterstock. Montagem: Olhar Digital

Barcenilla explica que, além de instigar o público, o projeto tem um forte propósito educativo. “O olfato é um sentido diretamente ligado à memória e à emoção. Quando uma pessoa sente um cheiro marcante, é mais provável que ela se lembre do que aprendeu naquele momento. Essa é uma maneira de aproximar as pessoas da ciência”, disse a cientista à BBC.

Astronautas no espaço relatam cheiro de ferro quente

A ideia de associar cheiros ao espaço não é nova. Desde as primeiras missões da NASA, astronautas relatavam odores peculiares após caminhadas espaciais. Ao retirarem seus capacetes, muitos afirmavam sentir um cheiro metálico, semelhante a “ferro quente”, “gás queimado” ou “bife grelhado”. Esses relatos se tornaram comuns e chamaram a atenção dos cientistas, que passaram a investigar quais moléculas poderiam estar associadas a esses odores.

Com o tempo, pesquisadores identificaram a presença de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos – compostos formados durante explosões estelares e comuns em regiões com intensa atividade cósmica. Esses hidrocarbonetos estão ligados, na Terra, ao cheiro da fumaça e de alimentos queimados. Por isso, os depoimentos dos astronautas faziam sentido.

Representação artística elaborada com Inteligência Artificial de um astronauta sentindo o odor da Estação Espacial Internacional (imagem meramente ilustrativa). Crédito: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital

Em 2020, uma empresa chamada Omega Ingredients desenvolveu o Eau de Space, um perfume criado com base nos relatos dos astronautas. O produto tornou-se viral nas redes sociais e, embora tenha apelo comercial, tinha também um viés educativo: parte do lucro foi destinado a programas de ensino de ciências para escolas. O sucesso do perfume mostrou como a curiosidade sensorial pode ser uma poderosa ferramenta de divulgação científica.

Além de atraente, a ideia de cheirar o espaço tem importância científica real. Detectar moléculas em planetas, luas, cometas e nuvens interestelares permite que os astrônomos estudem a química do Universo. Muitos desses compostos são considerados precursores da vida, como aminoácidos, álcoois e outros elementos orgânicos.

Um bom exemplo foi a missão Rosetta, da Agência Espacial Europeia (ESA). Em 2014, a sonda pousou no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko e analisou sua composição química. Entre os compostos detectados estavam sulfeto de hidrogênio (cheiro de ovo podre), amônia (cheiro de urina) e formaldeído (usado em conservantes e conhecido pelo forte odor químico). O coquetel resultante foi descrito como “um fedor insuportável” – mas extremamente revelador sobre as condições químicas do início do Sistema Solar.

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Aromas do espaço podem sinalizar presença de vida?

Ao reproduzir esses aromas na exposição, Barcenilla não quer apenas provocar reações. Ela também propõe uma reflexão: se os ingredientes básicos da vida estão espalhados pelo cosmos, seria tão improvável que a vida existisse em outros lugares do Universo?

Essa é a pergunta central da exposição. E, ao sentir os cheiros da Lua, de Titã, de um cometa e de uma nebulosa, o visitante deixa de ser um simples observador e se torna parte da investigação científica. “O cheiro é uma ponte entre a abstração do espaço e a experiência humana concreta”, diz Barcenilla.

Mesmo que os perfumes não sejam agradáveis, eles cumprem o importante papel de nos lembrar de que o Universo não é apenas visual ou matemático, mas também sensorial. Muitos visitantes saem da com expressões de espanto, riso ou até repulsa – mas todos levavam consigo uma nova maneira de imaginar o cosmos.

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O mundo está pronto para uma tempestade solar catastrófica?

O Sol é uma estrela, o que significa que ele não é apenas uma grande bola de luz no céu, mas uma gigantesca usina de energia movida a centenas de milhares de explosões nucleares quase simultâneas.

No núcleo solar, átomos de hidrogênio colidem em velocidades e pressões extremas, se fundindo e liberando quantidades inimagináveis de energia a cada segundo. Esse processo, chamado de fusão nuclear, é o que mantém o Sol brilhando e sustentando a vida na Terra.

No entanto, essa força também é instável e imprevisível. De tempos em tempos, o acúmulo de energia desencadeia violentas erupções e ejeções de massa coronal, capazes de lançar bilhões de toneladas de partículas eletricamente carregadas na direção do nosso planeta.

Quando essas tempestades solares alcançam a Terra, os efeitos podem ser devastadores. Mas será que estamos prontos para lidar com um evento solar catastrófico?

Uma explosão X2.3 foi desencadeada no grupo de manchas solares AR3912 em 8 de dezembro de 2024, liberando material solar no espaço. Crédito: NOAA

O mundo está pronto para uma tempestade solar catastrófica?

A cada novo ciclo solar, a atividade do Sol aumenta, trazendo com ela um risco que muitos especialistas classificam como inevitável, mas ainda amplamente subestimado: a ocorrência de uma tempestade solar catastrófica.

Esses eventos, provocados por ejeções de massa coronal e explosões solares intensas, liberam quantidades imensas de partículas altamente energéticas e radiação que podem atingir diretamente a Terra.

Quando isso acontece, os efeitos vão muito além do aparecimento de auroras coloridas no céu. Estamos falando de danos generalizados a satélites, redes elétricas, sistemas de comunicação, transporte e até ao fornecimento de água e alimentos.

Aurora Borealis
O Sol é a chave para as auroras boreais, com suas partículas energéticas criando as deslumbrantes luzes que vemos nos céus polares (Imagem: Smit/Shutterstock)

O problema central é que o mundo moderno depende profundamente de tecnologias que são vulneráveis ao impacto de uma supertempestade solar. Satélites usados para GPS, comunicação e previsão do tempo podem ser danificados ou destruídos. Redes elétricas interligadas em nível nacional ou continental podem sofrer colapsos em cascata.

Em 1989, uma tempestade solar moderada causou um blecaute em toda a província de Quebec, no Canadá. Agora imagine os impactos de um evento da mesma natureza, mas em escala global e com intensidade comparável à do evento de Carrington, registrado em 1859, quando a tecnologia ainda não dominava nossas vidas.

Hoje, qualquer tempestade solar desse porte poderia derrubar internet, interromper transações financeiras, comprometer bancos de dados hospitalares, desligar hospitais, paralisar transportes aéreos e marítimos e, em regiões dependentes de redes digitais, até interferir na distribuição de alimentos.

Satélites usados para monitorar derretimento de geleiras (Imagem: Universidade de Zurique/Divulgação)

As estimativas mais conservadoras preveem que os prejuízos econômicos ultrapassariam trilhões de dólares, com impacto imediato na vida de bilhões de pessoas.

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Embora a NASA e outras agências espaciais monitorem constantemente a atividade solar, o tempo de alerta disponível entre uma erupção solar e sua chegada à Terra é curto, variando de 15 horas a no máximo três dias. Isso significa que mesmo os países mais preparados têm uma margem de reação extremamente limitada.

Países como os Estados Unidos e o Reino Unido desenvolveram protocolos de resposta e planos emergenciais, mas essas medidas ainda são consideradas insuficientes diante da magnitude de uma tempestade solar extrema.

Terra vista do espaço
Imagem realista da Terra vista do espaço. Renderização 3D feita com elementos da NASA. Imagem: Summit Art Creations / Shutterstock

O Brasil, por exemplo, ainda caminha de forma lenta na implementação de sistemas de alerta e protocolos de contingência para proteger infraestrutura crítica contra riscos geomagnéticos. A maior parte das redes elétricas e sistemas de telecomunicação não foram projetadas pensando nesse tipo de ameaça.

Além disso, a dependência crescente da população por sistemas baseados em internet, aplicativos e GPS torna o cenário ainda mais vulnerável.

Outro risco importante é o impacto nas aeronaves e nos astronautas. Durante uma tempestade solar forte, a radiação ionizante pode colocar em risco a saúde de pilotos, tripulações e passageiros de voos em altitudes elevadas, especialmente sobre regiões polares.

Missões espaciais tripuladas, como as da Estação Espacial Internacional, precisam entrar em modo de proteção ou até interromper operações dependendo da intensidade do evento.

O primeiro módulo da Estação Espacial Internacional, Zarya, que marcou o início da montagem do posto avançado na órbita da Terra. Crédito: NASA/Roscosmos

Do ponto de vista ambiental, há ainda o debate sobre o impacto indireto dessas tempestades na atmosfera superior. Algumas pesquisas sugerem que eventos solares extremos poderiam afetar temporariamente a camada de ozônio, aumentando a incidência de radiação ultravioleta na superfície terrestre. Esse efeito, embora passageiro, pode ter consequências sobre a saúde humana e a fauna, especialmente em regiões mais expostas.

O fato é que, apesar dos alertas crescentes da comunidade científica, o mundo ainda não está pronto para lidar com uma tempestade solar de grande escala. A falta de políticas públicas, de planejamento intersetorial e de investimentos em tecnologias de resiliência continua deixando as nações expostas.

Diante disso, especialistas insistem que a conscientização global sobre o tema precisa deixar de ser um debate restrito à academia e aos círculos técnicos e se tornar uma prioridade nos fóruns de governança e segurança internacional.

Seca no Rio Negro
Rio Negro foi um dos rios mundiais afetaddos pela seca em 2023 (Imagem: jesper Sohof/Shutterstock)

Com informações de Phys.org.

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Cientistas encontram “mini galáxia” que não deveria existir

Escondido na constelação da Ursa Maior, um punhado de estrelas quase invisível pode estar prestes a reescrever os mapas do cosmos. UMa3/U1, localizado a “apenas” 30 mil anos-luz da Terra, é tão fraco que passou despercebido até agora. Mas o que ele é, exatamente, ainda intriga os astrônomos. Será a menor galáxia já encontrada, sustentada por matéria escura? Ou um aglomerado estelar à beira do colapso que tivemos a sorte de flagrar no momento exato antes de sua extinção?

Com apenas cerca de 60 estrelas e praticamente nenhuma luz para guiá-lo, UMa3/U1 desafia as definições clássicas do que é uma galáxia. Sua estrutura frágil, do tamanho de um bairro interestelar, parece contrariar as forças brutais da Via Láctea, que deveriam ter despedaçado o grupo há bilhões de anos.

As estrelas de UMa3/U1 são muito antigas, com mais de dez bilhões de anos, e se movem juntas em velocidades semelhantes, indicando que fazem parte de um sistema estável. Simulações recentes sugerem que, se for mesmo um aglomerado estelar, ele pode sobreviver por mais dois a três bilhões de anos antes de ser destruído pela gravidade da Via Láctea. As informações são do site IFLScience.

Um pequeno grupo de estrelas perdido na vasta imensidão do universo (Imagem: Alexandru Canpan/Shutterstock)

E se for uma galáxia?

  • Se UMa3/U1 for realmente uma galáxia, ela seria a menor já descoberta até hoje;
  • Para se manter estável com tão poucas estrelas, provavelmente dependeria de uma grande quantidade de matéria escura, que funcionaria como uma “cola” gravitacional;
  • Nesse caso, a massa estaria concentrada no centro do sistema, diferente de um aglomerado estelar, onde a massa fica distribuída de forma mais uniforme;
  • Essa concentração central é um dos sinais que os cientistas procuram para diferenciar galáxias de aglomerados.

Estudos recentes usaram a chamada “função de massa” para analisar a distribuição do sistema. Os resultados indicam que UMa3/U1 se encaixa melhor como um aglomerado de estrelas, mas a dúvida ainda não foi totalmente descartada.

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O que vem a seguir?

Embora ainda não haja uma resposta definitiva, a equipe liderada por Simon Smith, estudante da Universidade de Victoria (Austrália), e Marla Geha, professora da Universidade Yale (EUA), acredita que UMa3/U1 é mais, provavelmente, um aglomerado estelar do que a menor galáxia já encontrada.

Para confirmar isso, eles recomendam que futuras observações coletem dados fotométricos mais detalhados, chegando até a magnitude aparente 25.

A galáxia/aglomeração de estrelas está localizada na constelação de Ursa Maior (Imagem: Savvapanf Photo/Shutterstock)

Com grandes levantamentos astronômicos a caminho, como os realizados pelo Observatório Vera C. Rubin e outros projetos internacionais, espera-se descobrir muitos outros satélites fracos da Via Láctea na próxima década. Essas novas descobertas poderão usar testes de função de massa para, finalmente, revelar a verdadeira natureza de objetos como UMa3/U1.

O estudo que traz essas conclusões foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical e promete ajudar a avançar nossos modelos cosmológicos, trazendo mais clareza sobre os menores e mais misteriosos habitantes do nosso Universo.

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Blue Origin lança seis turistas ao espaço neste sábado – saiba como assistir

Neste sábado (31), acontece o 12º voo turístico da Blue Origin ao espaço. Este é o 32º lançamento do foguete New Shepard na contagem geral, considerando também os voos de carga – e você pode acompanhar tudo em tempo real.

O lançamento está marcado para 10h30 da manhã (pelo horário de Brasília), a partir do  Launch Site One, centro espacial da empresa no oeste do Texas. A transmissão ao vivo começa 30 minutos antes, no site da Blue Origin, no YouTube e no X (antigo Twitter), com informações e comentários.

Denominada NS-32, a missão levará seis passageiros civis para uma rápida viagem ao espaço. Eles não são astronautas profissionais, mas passaram por um treinamento breve antes do voo.

Entre os tripulantes estão: Aymette Medina Jorge, que trabalha com educação científica nos EUA; Gretchen Green, médica e entusiasta do espaço desde a infância; Jaime Alemán, ex-embaixador do Panamá nos EUA; Jesse Williams, montanhista que já escalou o Monte Everest; Mark Rocket, empresário aeroespacial que será o primeiro neozelandês a ir ao espaço, e Paul Jeris, viajante apaixonado pelo cosmos, inspirado pelo pai que trabalhou na NASA. Saiba mais sobre eles aqui.

Tripulação NS-32. Crédito: Divulgação/Blue Origin

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Como são os voos turísticos da Blue Origin

Os voos turísticos da Blue Origin são suborbitais (não atingem velocidade suficiente para alcançar a órbita da Terra) e costumam durar em torno de 11 minutos. A cápsula se separa do foguete logo após a decolagem e cruza a Linha de Kármán, marco considerado o início do espaço, a 100 km de altitude. Depois disso, retorna em queda livre e pousa com ajuda de paraquedas no deserto.

Durante cerca de quatro minutos, os passageiros viverão a sensação de ausência de peso e verão a Terra do alto. Muitos descrevem essa experiência como transformadora, com uma nova visão sobre o planeta e sua fragilidade diante do Universo.

No voo turístico mais recente, a Blue Origin levou ao espaço a cantora Katy Perry, que fez parte da primeira tripulação totalmente feminina da história desde a viagem solo da cosmonauta e engenheira soviética Valentina Tereshkova, em 1963. 

Katy Perry participou de uma missão espacial turística da Blue Origin composta apenas por mulheres. Crédito: Blue Origin

Na ocasião, a estrela pop se tornou a primeira artista profissional a cantar fora da Terra, soltando a voz com a música “What a Wonderful World”, de Louis Armstrong. No entanto, Katy não foi a primeira pessoa a fazer isso. Em 2013, o ex-astronauta canadense Chris Hadfield cantou “Space Oddity”, de David Bowie, durante uma missão na Estação Espacial Internacional (ISS), tocando violão enquanto apreciava a Terra pela janela do laboratório orbital.

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10 imagens do espaço que mostram a beleza e os mistérios do Universo

O Universo nos presenteia, constantemente, com imagens espetaculares que expandem nosso entendimento do cosmos e nos deixam maravilhados com sua beleza. De fenômenos celestes raros a avanços tecnológicos em missões espaciais, cada fotografia conta uma história única sobre a exploração espacial contemporânea.

Listamos aqui 10 das imagens mais marcantes capturadas nos últimos tempos, destacando as conquistas e descobertas que elas representam.

10 imagens do espaço real para admirar

Imagem: NASA/Don Pettit)

O astronauta da NASA Don Pettit compartilhou uma imagem intrigante dos satélites Starlink vistos da Estação Espacial Internacional (ISS). Ele descreveu os satélites como “uma versão em miniatura do monólito de ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’, onde a grande face plana do monólito aponta para a Terra e o painel solar se projeta como a barbatana de um dimetrodonte”.

A exposição prolongada da foto revelou rastros luminosos e irregulares, resultantes do reflexo da luz solar nos painéis solares dos satélites Starlink durante o crepúsculo.

A dança das galáxias espirais

Imagem: NASA, ESA, CSA, STScI

Duas galáxias espirais, IC 2163 e NGC 2207, foram capturadas em uma dança cósmica que lembrava uma máscara com olhos flamejantes e geraram umas das imagens mais incríveis do espaço em 2024.

A foto é uma combinação de capturas em espectros visíveis, ultravioleta e infravermelho médio, obtidas pelos telescópios espaciais Hubble e James Webb. Essa interação galáctica, ocorrida há milhões de anos, resultou em uma visão deslumbrante que fascina tanto cientistas quanto o público em geral.

A “Nebulosa da Galinha em Movimento” em tons de rosa

Imagem: ESO/VPHAS+ team. Acknowledgement: CASU

O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou uma imagem impressionante de uma seção da Nebulosa Gum 42 (IC 2948), também conhecida como Nebulosa da Galinha em Movimento (“Running Chicken” em inglês) repleta de nuvens rosadas e estrelas em formação.

Capturada pelo Telescópio de Pesquisa VLT, a foto revela detalhes de uma região que ocupa cerca de um terço do tamanho da lua cheia no céu, enquanto toda a nebulosa se estende por uma área equivalente a 25 luas cheias.

As garras do caranguejo

A Nebulosa do Caranguejo
(Imagem: NASA, ESA, CSA, STScI, Tea Temim – Princeton University)

Em 2024, o Telescópio Espacial James Webb revelou um novo mosaico da Nebulosa do Caranguejo, destacando suas estruturas semelhantes a garras em detalhes sem precedentes.

Esta incrível imagem do espaço mostra estruturas em forma de gaiola formadas por incontáveis grãos de poeira, especialmente visíveis como material magenta nas extremidades superior direita e inferior esquerda.

Visão de um sol infantil

(Imagem: NASA, ESA, G. Duchene (Universite de Grenoble I))

O Telescópio Espacial Hubble capturou uma imagem do jovem sistema estelar HP Tau, localizado a aproximadamente 550 anos-luz da Terra, na constelação de Touro. Com apenas 10 milhões de anos, HP Tau é o mais jovem de seus vizinhos e oferece uma visão de como nosso próprio Sol pode ter se parecido em seus primeiros estágios de formação.

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Nosso centro galáctico em luz polarizada

(Imagem: EHT Collaboration)

Astrônomos capturaram pela primeira vez em 2024 uma imagem espetacular do espaço: a luz polarizada e os campos magnéticos ao redor de Sagittarius A* (Sgr A*), o buraco negro supermassivo no coração da Via Láctea.

A observação histórica, realizada com o Telescópio Event Horizon (EHT), revelou semelhanças nos campos magnéticos com aqueles que cercam o buraco negro supermassivo no centro da galáxia M87.

Tentáculos de um berçário estelar

(Imagem: NASA, ESA, CSA, STScI))

O Telescópio Espacial James Webb, utilizando seu instrumento NIRCam, capturou uma visão em infravermelho próximo da região de formação estelar NGC 604, localizada na galáxia do Triângulo, a 2,7 milhões de anos-luz da Terra. A imagem mostra braços de gás e poeira que abrigam mais de 200 das estrelas mais quentes e massivas conhecidas.

Eclipse total

Proeminências solares são vistas durante um eclipse solar total em Dallas, Texas, na segunda-feira, 8 de abril de 2024
Proeminências solares são vistas durante um eclipse solar total em Dallas, Texas, na segunda-feira, 8 de abril de 2024. Imagem: Keegan Barber / NASA

Um dos eclipses mais observados da história ocorreu em abril de 2024, com imagens espetaculares capturadas ao longo de seu trajeto. Esse eclipse solar total cobriu uma vasta área da América do Norte, incluindo México, Estados Unidos e Canadá. Astrofotógrafos, como Miguel Claro, registraram momentos hipnotizantes do evento celestial, compartilhando com o mundo a beleza desse fenômeno raro.

Hubble observa uma estrela condenada

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(Imagem: NASA, ESA, Hubble; Processing & License: Judy Schmidt)

O Telescópio Espacial Hubble continuou seu monitoramento da estrela Eta Carinae, uma das mais massivas da Via Láctea, que está destinada a explodir como uma supernova. Embora o momento exato da explosão seja incerto, as observações contínuas fornecem insights valiosos sobre as fases finais de estrelas massivas e os processos que levam às supernovas.

A primeira caminhada espacial comercial

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(Imagem: SpaceX / Polaris Dawn)

Em setembro de 2024, a missão Polaris Dawn da SpaceX fez história ao realizar a primeira caminhada espacial comercial. Os astronautas Jared Isaacman e Sarah Gillis saíram da cápsula Crew Dragon em órbita terrestre, testando a mobilidade e funcionalidade dos novos trajes extraveiculares da SpaceX. Essa missão representa um marco significativo na exploração espacial privada, abrindo caminho para futuras missões comerciais no espaço.

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Cientistas da NASA colhem “alface espacial”

Dentro do Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida, cientistas acabam de colher a alface romana ‘Outredgeous’ cultivada no Advanced Plant Habitat, um laboratório terrestre especializado. Esta colheita faz parte do controle de solo do experimento Plant Habitat-07, enviado à Estação Espacial Internacional (ISS) em novembro de 2024, durante a missão de reabastecimento CRS-31 da SpaceX.

Segundo um comunicado da agência espacial norte-americana, o estudo busca entender como a umidade afeta o crescimento das plantas na microgravidade. Ele investiga também o conteúdo de nutrientes e o microbioma das plantas, informações essenciais para a criação de alimentos saudáveis e seguros para astronautas em missões espaciais de longa duração.

Essa pesquisa é uma continuação dos experimentos feitos desde 2014, quando a mesma alface foi cultivada pela primeira vez na ISS. O Plant Habitat-07 amplia o uso do Advanced Plant Habitat, ajudando a entender melhor como as plantas se adaptam às condições do espaço. As descobertas podem apoiar futuras missões à Lua, Marte e além, além de trazer benefícios para a agricultura na Terra.

Plantação de alface romana Outredgeous no Advanced Plant Habitat, um laboratório terrestre controlado que faz parte do projeto Plant Habitat-07. Crédito: NASA

Primeiro tomate cultivado no espaço se perdeu na estação espacial  

Além das alfaces, outro experimento de agricultura espacial ocorreu em março de 2023, quando o astronauta Frank Rubio colheu o primeiro tomate cultivado no espaço. O experimento, iniciado quatro meses antes, com a missão CRS-26 da SpaceX, também fazia parte do projeto da NASA de desenvolver um sistema contínuo de produção de alimentos frescos fora da Terra. No entanto, algo inusitado aconteceu: pouco após a colheita, o tomate desapareceu misteriosamente.

Quando voltou à Terra, Rubio explicou em entrevista que havia colocado o tomate em um saquinho para mostrá-lo a estudantes em um evento, mas o vegetal simplesmente sumiu. Clique aqui para saber como terminou esta história.

Tomates se perderam na Estação Espacial Internacional. Crédito: NASA

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China colhe arroz cultivado no espaço – e ele é mais doce

E não é somente a NASA que tem investido em cultivar alimentos no espaço. Em 2022, seis sementes de arroz foram enviadas à estação espacial Tiangong, da China. Ao longo de 180 dias, taikonautas (designação para astronautas da China) da missão Shenzhou-14 conduziram experimentos com esses grãos, cultivando 59 sementes em órbita a partir deles.

Ao retornarem para a Terra, algumas foram selecionadas para cultivo em uma sala de clima controlado, e o processo gerou cerca de 10 mil sementes adicionais, que foram plantadas em campos agrícolas para uma colheita em maior escala.

Zheng Huiqiong, pesquisadora do Centro de Excelência em Ciências Moleculares de Plantas da Academia Chinesa de Ciências, que lidera os estudos com o chamado “arroz espacial”, revelou à agência de notícias Xinhua as descobertas iniciais sobre as gerações resultantes. Uma delas é que esse arroz é “mais doce” – saiba mais aqui.

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10 curiosidades sobre o Sol, centro no nosso sistema planetário

Ao longo da história, o Sol foi reverenciado por civilizações de todo o mundo como uma entidade divina. Deuses solares como Rá no Egito, Hélio na Grécia e o deus Inti entre os incas simbolizavam poder, criação e fertilidade. Essas culturas antigas reconheciam intuitivamente a importância do Sol para a existência e continuidade da vida na Terra.

Essa curiosidade sobre o Sol não é gratuita. Afinal, sem sua luz e calor, os ciclos naturais não ocorreriam, as plantações não cresceriam e nenhuma forma de vida sobreviveria.

Nos tempos modernos, o fascínio pelo Sol permanece, agora guiado pela ciência. Estudá-lo nos ajuda a entender não apenas o funcionamento do nosso sistema solar, mas também a origem e os limites da vida em nosso planeta.

Dos fenômenos solares às mudanças de longo prazo em sua atividade, mergulhar nesses detalhes é como desvendar os segredos de um velho conhecido que, mesmo tão presente, ainda guarda muitos mistérios.

10 curiosidades sobre o Sol

1. O Sol é uma estrela comum, mas vital

Esse período costuma demorar 11 anos, será mesmo? (Imagem: Artsiom P/Shutterstock)

O Sol é uma estrela de tipo espectral G2V, classificada como uma anã amarela. Ele não é nem das maiores, nem das mais brilhantes do Universo, mas sua proximidade com a Terra o torna absolutamente essencial para a vida como conhecemos. Ele fornece luz, calor e energia para todos os processos que sustentam a existência dos seres vivos no planeta.

Mesmo sendo uma estrela comum, o Sol ocupa um papel extraordinário no nosso sistema planetário. Ele influencia o clima, determina os ciclos do dia e da noite e permite a fotossíntese, base de toda a cadeia alimentar terrestre. Sem ele, a Terra seria uma esfera congelada e inabitável vagando pelo espaço.

2. O Sol representa 99,8% da massa do Sistema Solar

sistema solar
Sistema Solar. (Imagem: Triff / Shutterstock.com)

Com um diâmetro de cerca de 1,4 milhão de quilômetros, o Sol é tão gigantesco que representa quase toda a massa de todo o sistema solar, cerca de 99,8%. Em comparação, a massa de Júpiter, o maior planeta, é apenas uma fração minúscula desse total.

Esse domínio gravitacional permite que o Sol mantenha todos os planetas, cometas, asteroides e luas em órbita. Se ele deixasse de existir, tudo o que conhecemos sairia de seu caminho atual e vagaria pelo espaço em linha reta, inclusive a Terra.

3. O núcleo solar é um verdadeiro reator nuclear

Representação artística de uma explosão no Sol liberando material para o espaço. Crédito: Skorzewiak – Shutterstock

Uma das principais curiosidades sobre o Sol diz respeito a como sua energia é gerada. No coração do Sol, a pressão e o calor são tão intensos que possibilitam a fusão nuclear: o processo no qual átomos de hidrogênio se fundem e formam hélio. Essa fusão libera uma quantidade gigantesca de energia, responsável por manter o Sol brilhando há bilhões de anos.

A energia gerada leva centenas de milhares de anos para sair do núcleo e atravessar as camadas internas até chegar à superfície. Quando finalmente é liberada como luz visível, ela demora pouco mais de 8 minutos para alcançar a Terra.

4. O Sol tem camadas distintas

Uma explosão X2.3 foi desencadeada no grupo de manchas solares AR3912 em 8 de dezembro de 2024, liberando material solar no espaço. Crédito: NOAA

Embora pareça uma esfera homogênea, o Sol possui várias camadas bem definidas. Entre elas estão o núcleo, a zona radiativa, a zona convectiva, a fotosfera (visível da Terra), a cromosfera e a coroa, que é a parte mais externa da atmosfera solar.

Cada camada desempenha funções específicas e influencia fenômenos como manchas solares, erupções e emissão de radiação. Entender essas camadas é essencial para estudar como o Sol afeta o ambiente espacial e até a tecnologia aqui na Terra.

5. A luz do Sol demora 8 minutos para chegar até nós

Segundo eclipse de 2025 será solar e acontecerá neste sábado (29). Crédito: Vyavan – Shutterstock

A luz que vemos do Sol não é imediata. Mesmo viajando à velocidade da luz (cerca de 300 mil km/s), ela leva aproximadamente 8 minutos e 20 segundos para sair da superfície solar e chegar aos nossos olhos na Terra.

Isso significa que quando observamos o Sol, estamos, na verdade, olhando para o passado, o que vemos é como ele estava há mais de 8 minutos. Em caso de algum fenômeno extremo no Sol, só perceberíamos após esse tempo.

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6. O Sol gira, mas em velocidades diferentes

imagem detalhada de um eclipse solar total
Eclipses podem ter influenciado, diretamente, antigos egípcios (Imagem: Miguel Claro)

Diferente da Terra, o Sol é composto de gases e plasma, o que faz com que ele não gire como um corpo sólido. O equador solar gira mais rápido (em cerca de 25 dias) do que as regiões próximas aos polos, que levam cerca de 35 dias.

Essa rotação diferencial é um dos fatores que influencia o campo magnético solar e pode causar o surgimento de manchas solares e outras atividades magnéticas, que impactam diretamente o clima espacial.

7. O campo magnético do Sol é extremamente ativo

Buraco coronal com 62 vezes o tamanho da Terra dispara material solar em direção ao planeta. Crédito: NASA/SDO

O campo magnético solar é dinâmico e complexo, sendo o responsável por muitos dos fenômenos mais violentos que ocorrem no Sol, como erupções solares e ejeções de massa coronal. Essas explosões lançam partículas carregadas em alta velocidade para o espaço.

Quando essas partículas alcançam a Terra, podem interferir em sistemas de comunicação, redes elétricas e até colocar em risco satélites e astronautas em órbita. Estudar o campo magnético solar é fundamental para prever e mitigar esses efeitos.

8. O Sol está ficando mais brilhante com o tempo

Configuração do céu no momento da conjunção entre a Lua e Marte neste domingo (9). Crédito: SolarSystemScope

Desde sua formação há cerca de 4,6 bilhões de anos, o Sol já se tornou cerca de 30% mais brilhante. Essa mudança ocorre porque, com o tempo, o processo de fusão em seu núcleo vai alterando sua composição, gerando mais energia.

Embora esse aumento seja lento, ele terá consequências a longo prazo. Em bilhões de anos, a radiação solar poderá ser tão intensa que tornará a Terra inabitável, mesmo antes do Sol se tornar uma gigante vermelha.

9. A coroa solar é mais quente do que a superfície

Imagem: NOAA/NASA

A fotosfera solar, ou superfície visível, atinge cerca de 5.500 °C. Porém, a coroa, que é a camada mais externa da atmosfera solar, pode alcançar temperaturas superiores a 1 milhão de graus Celsius, um fenômeno ainda não totalmente explicado.

Essa diferença de temperatura desconcertante é um dos grandes mistérios da astrofísica moderna. Missões como a Parker Solar Probe e a Solar Orbiter têm como um de seus principais objetivos entender esse comportamento.

10. O Sol tem um ciclo de atividade de 11 anos

Ilustração da sonda Parker Solar, da NASA, sobrevoando pertinho do Sol
(Imagem: NASA)

A cada 11 anos, o Sol passa por um ciclo de atividade que alterna entre períodos de calmaria e de intensa agitação magnética. Durante os picos de atividade, surgem mais manchas solares, erupções e tempestades solares.

Esse ciclo influencia o clima espacial e pode impactar desde GPS até satélites e redes elétricas. Por isso, astrônomos monitoram constantemente o comportamento solar para antecipar possíveis efeitos na Terra.

E vale a pena pensar que, se olharmos pelo ponto de vista cósmico, onde os ciclos geralmente levam milhões de anos para acontecer, o nosso sol com seu ciclo de onze anos, está, na verdade, piscando como uma luz de Natal (cosmologicamente falando).

Com informações de NASA Science – Sun Facts

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Se a Terra tivesse duas luas, como seriam as marés?

A Lua tem papel fundamental na dinâmica do nosso planeta. Ela influencia as marés, estabiliza o eixo de rotação da Terra, ajuda a manter o clima estável e até colabora com os ritmos biológicos de muitos seres vivos. Mas e se não fosse só uma Lua? Como seria o mundo com duas?

A hipótese de uma segunda lua permanente já foi explorada por cientistas em experimentos teóricos, como os do astrônomo Neil F. Comins. As conclusões não são nada tranquilas: com duas luas, a Terra enfrentaria consequências intensas, incluindo marés devastadoras, mudanças ambientais e até alterações no comportamento dos seres vivos.

Se a Terra tivesse duas luas, como seriam as marés?

Representação artística de uma minilua na órbita da Terra. Créditos: DVISIONS (Lua/Terra) – buradaki (asteroide) / Shutterstock. Edição: Olhar Digital

Se uma segunda lua orbitasse a Terra, os efeitos gravitacionais combinados seriam enormes. O sistema de marés atual já é controlado pela força gravitacional entre a Terra e a Lua. Com um segundo corpo celeste, a influência gravitacional se multiplicaria, gerando marés mais altas e mais baixas do que qualquer coisa que conhecemos hoje.

De acordo com a simulação proposta por Comins, uma segunda lua posicionada entre a atual Lua e a Terra causaria tsunamis gigantescos, alterações nas placas tectônicas e um aumento na atividade vulcânica. Com o tempo, esses eventos se estabilizariam, mas o impacto inicial poderia causar uma extinção em massa.

Mesmo após o equilíbrio orbital, as marés continuariam sendo mais intensas. Em vez da diferença de alguns metros entre maré alta e baixa, poderíamos ver variações de centenas ou milhares de metros, tornando impossível viver próximo aos oceanos.

Regiões costeiras seriam constantemente inundadas ou erodidas, e os humanos teriam que adaptar suas cidades, meios de transporte e até a forma como lidam com os oceanos.

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Além disso, o ciclo das noites mudaria drasticamente. As duas luas teriam fases diferentes, então seria raro ter uma noite completamente escura. Isso afetaria espécies noturnas, forçando uma adaptação na forma como caçam ou se protegem. A biodiversidade global, portanto, também seria transformada.

Por fim, com o passar dos milhões de anos, essas luas estariam gradualmente se afastando da Terra como acontece com a Lua atual. A tendência é que, eventualmente, elas colidissem. Esse choque lançaria detritos à atmosfera, possivelmente iniciando uma nova era de destruição e reorganização da vida no planeta.

Com informações de Phys.org

A Lua aumenta o tamanho das marés?

Sim. A gravidade da Lua puxa os oceanos, criando marés altas e baixas todos os dias.

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