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China lança três astronautas ao espaço com a missão Shenzhou-20

Nesta quinta-feira (24), um foguete Long March 2F, da China, lançou três astronautas (ou taikonautas) rumo à estação espacial Tiangong. A missão, chamada Shenzhou-20, decolou às 6h17 da manhã (pelo horário de Brasília), do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no deserto de Gobi. 

A tripulação conta com o comandante Chen Dong, veterano em voos espaciais, e dois estreantes: Chen Zhongrui e Wang Jie. Eles devem chegar à estação cerca de 6,5 horas após a decolagem, quando a espaçonave se acoplar automaticamente à Tiangong.

No laboratório orbital, eles serão recebidos pela tripulação anterior, da missão Shenzhou-19, que entregará o controle da estação aos recém-chegados. Após a troca de comando, os astronautas da Shenzhou-19 retornarão à Terra, o que está previsto para 29 de abril.

Os membros da missão Shenzhou-20, Chen Dong, Chen Zhongrui e Wang Jie, vão passar seis meses na estação espacial chinesa. Crédito: CNSA

Chen Dong já foi ao espaço duas vezes. Em 2016, esteve no antigo laboratório Tiangong 2 e, em 2022, comandou a missão Shenzhou-14, que ajudou a completar a montagem da atual estação. Com experiência acumulada, ele lidera agora a nova missão de seis meses.

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De acordo com o site Space.com, na coletiva de imprensa antes do lançamento, Dong afirmou sentir orgulho e responsabilidade. “Cada missão é única. Espero ganhar mais experiência e alcançar novos avanços”. A Shenzhou 20 será a missão mais longa da sua carreira.

O novato Chen Zhongrui é ex-piloto da Força Aérea Chinesa. Já Wang Jie é engenheiro aeroespacial e trabalhou em projetos ligados à estação. Ambos passaram por anos de treinamento para se tornarem astronautas qualificados.

Zhongrui contou que enfrentou treinamentos intensos, como giros em cadeiras rotatórias e testes em centrífugas. Ele decidiu se tornar astronauta depois de assistir a uma palestra de Yang Liwei, o primeiro chinês a ir ao espaço.

Wang será o responsável pelo gerenciamento de materiais da estação. Sua função envolve organizar suprimentos e cuidar dos experimentos científicos. “Sentimos que essa missão é uma grande responsabilidade”.

Estação espacial Tiangong, da China. Crédito: Shujianyang – Creative Commons

China quer manter estação Tiangong ocupada por 10 anos

Durante a estadia da tripulação na Tiangong, a China também planeja enviar a missão de carga Tianzhou-9, que levará para a estação alimentos, combustível e novos materiais para experimentos científicos.

A Shenzhou 20 é a nona missão tripulada enviada à Tiangong. A estação, composta por três módulos, foi concluída em outubro de 2022 e orbita entre 340 e 450 quilômetros acima da Terra. Esta será a sexta visita ao complexo totalmente montado.

A China pretende manter a estação espacial ocupada de forma contínua por pelo menos dez anos. Além disso, o país quer expandir a Tiangong com novos módulos e usá-la também para projetos comerciais e parcerias internacionais.

Atualmente, a China negocia com o Paquistão o envio do primeiro astronauta estrangeiro para a Tiangong. O objetivo é tornar a estação um centro internacional de pesquisa no espaço, com participação de outros países e empresas.

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Estamos prestes a receber o sinal de tempo mais preciso já transmitido do espaço

A fronteira da medição do tempo será expandida para além da atmosfera terrestre. A Agência Espacial Europeia (AEE) deu um passo audacioso e vai instalar na Estação Espacial Internacional (EEI) o ACES, sigla para Conjunto de Relógios Atômicos no Espaço.

Este projeto inovador representa um salto importante na precisão da cronometragem no espaço, abrindo novas perspectivas para testar as bases da física moderna e explorar os mistérios do universo.

Desvendando os mistérios da relatividade

O objetivo desta missão é submeter as teorias da relatividade especial e geral de Einstein a um julgamento mais rigoroso. Um dos pilares dessas teorias é o intrigante efeito da dilatação do tempo.

Segundo a relatividade especial, quanto maior a velocidade de um objeto, mais lentamente seu tempo interno traspassa. Já a relatividade geral afirma que, quanto mais profundo um objeto estiver imerso em um campo gravitacional, mais lento será o seu ritmo temporal.

Esses efeitos, embora sutis para a nossa percepção, manifestam-se de forma mensurável em ambientes extremos como a órbita da ISS.

Estação Espacial Internacional fotografada em novembro de 2021 por uma espaçonave da SpaceX. Crédito: NASA/SpaceX

A estação espacial, movendo-se a impressionantes 8 quilômetros por segundo e orbitando a uma distância considerável do centro da Terra, experimenta uma combinação desses efeitos. A menor atração gravitacional na órbita da ISS e sua alta velocidade resultam em uma minúscula, porém detectável, diferença no tempo em comparação com relógios terrestres.

Dilatação do tempo em ação

Essa discrepância temporal, imperceptível para nós, é um campo fértil para os relógios atômicos de alta precisão. Ao longo dos 30 meses previstos para a realização dos experimentos, o ACES se dedicará a coletar medições contínuas em intervalos de pelo menos 10 sessões de 25 dias cada.

Os sinais emitidos pelos relógios serão enviados à Terra por meio de dois métodos distintos, onde serão meticulosamente comparados com os seus equivalentes terrestres.

Luigi Cacciapuoti, cientista do projeto na ESA, expressou grande entusiasmo com o potencial da missão. “Estamos entusiasmados com as oportunidades que a rede de relógios estabelecida trará para a pesquisa de física fundamental e cronometragem global”, afirmou em comunicado.

O que é o ACES

  • O coração do ACES é composto por dois relógios de última geração.
  • O PHARAO (Projeto de Relógio Atômico à Refrescamento de Átomos em Órbita) é um relógio atômico de césio, similar aos padrões terrestres, mas significativamente menor devido à microgravidade.
  • O segundo instrumento é o SHM (Maser de Hidrogênio Espacial), que utiliza micro-ondas e uma transição no hidrogênio para marcar o tempo com extrema precisão.
  • Um maser é análogo a um laser, mas operando na faixa das micro-ondas.
  • A combinação dos dois relógios do ACES é tão precisa que, juntos, atrasariam apenas um segundo a cada 300 milhões de anos.
  • Este sistema de cronometragem de ponta será acoplado à parte externa do módulo Columbus da ISS através do braço robótico da estação.

A complexidade do projeto exigiu soluções inovadoras, como explica Thomas Peignier, Engenheiro Principal do projeto. A sensibilidade dos relógios a campos magnéticos demandou um rigoroso processo de desmagnetização de todos os componentes e ferramentas utilizados na proximidade do equipamento. “É um trabalho de alta precisão para uma instalação de alta precisão”, resumiu.

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Sinal de tempo mais preciso já transmitido do espaço

Embora os relógios ópticos terrestres ostentem uma precisão impressionante (na ordem de algumas partes por bilhão de bilhões), a rede ACES representa um feito inédito para sistemas de satélite.

Essa precisão sem precedentes permitirá testes de dilatação do tempo com a maior exatidão já alcançada, além de possibilitar a investigação de possíveis variações em constantes fundamentais da natureza.

Adicionalmente, o ACES poderá ser uma ferramenta valiosa na busca por faixas de massa da elusiva matéria escura e no estudo das propriedades internas do nosso planeta, destaca o portal IFL Science.

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Onde termina a Terra e começa o espaço?

A humanidade sempre olhou para o céu com curiosidade, tentando entender onde a atmosfera terrestre acaba e o espaço sideral começa. Essa questão, que envolve ciência, tecnologia e até mesmo disputas políticas, é essencial para áreas como a astronomia, a exploração espacial e a aviação.

Mas afinal, onde começa espaço Terra? Há um limite preciso que separa nosso planeta do vasto universo? Para a ciência, definir essa fronteira não é simples. A Terra não possui uma “barreira” física que delimita o fim de sua atmosfera.

Em vez disso, sua camada gasosa se torna gradualmente mais rarefeita à medida que se afasta da superfície.

No entanto, por convenção, a linha de Kármán, situada a 100 km acima do nível do mar, é amplamente aceita como o ponto onde o espaço começa. Esse critério, porém, não é unânime e há outras definições que competem com essa ideia. 

Onde termina a Terra e começa o espaço?

A transição entre a atmosfera terrestre e o espaço não é abrupta, mas sim um processo gradual. Diferentes definições foram adotadas ao longo do tempo para tentar estabelecer um limite claro entre os dois. Veja algumas das principais abordagens para definir essa fronteira.

A linha de Kármán: a convenção mais aceita

A linha de Kármán, situada a 100 km acima do nível do mar, é a definição mais amplamente utilizada para determinar onde começa o espaço.

Objeto flutuando no espaço (Divulgação: Rocket Lab)

Esse conceito foi introduzido pelo engenheiro e físico húngaro Theodore von Kármán, que calculou que a partir dessa altitude a densidade atmosférica se torna tão baixa que um avião não consegue mais gerar sustentação suficiente para voar. Acima desse ponto, apenas foguetes conseguem operar de maneira eficiente.

Organizações como a Federação Aeronáutica Internacional (FAI) adotam essa definição para classificar astronautas e delimitar recordes de voo espacial. No entanto, algumas entidades, como a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), utilizam um critério diferente.

Os 80 km da USAF e NASA

Para as forças armadas e algumas agências espaciais dos EUA, a fronteira do espaço começa a 80 km de altitude.

A NASA e a Força Aérea concedem o título de astronauta a pilotos que ultrapassam essa marca, o que gerou discussões em missões espaciais suborbitais realizadas por empresas privadas, como a Blue Origin e a Virgin Galactic.

Essa diferença na definição pode influenciar até mesmo a regulamentação de voos comerciais espaciais.

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A exosfera: a visão científica da transição

Além das convenções estabelecidas, a ciência considera que a atmosfera da Terra se estende muito além dos 100 km.

A última camada atmosférica, chamada exosfera, pode alcançar até 10.000 km de altitude antes de se dissipar completamente no espaço interestelar. Nesta região, as partículas de gás são extremamente raras e podem viajar grandes distâncias sem colidir entre si.

Embora a exosfera ainda faça parte da Terra do ponto de vista atmosférico, ela já está praticamente no vácuo.

A magnetosfera e a influência gravitacional

Outro critério para definir onde termina a Terra e começa o espaço leva em conta a influência do campo gravitacional e magnético do planeta.

Ilustração da Terra vista do espaço, com destaque para a atmosfera
Ilustração digital mostra a visão da Terra direto do espaço sideral (Reprodução: Dima Zel/Shutterstock)

A magnetosfera, que se estende por milhares de quilômetros além da superfície, protege a Terra de partículas solares e cósmicas. Já a esfera de Hill, que marca o ponto em que a gravidade da Terra perde força em relação ao Sol, se encontra a aproximadamente 1,5 milhão de quilômetros de distância.

Considerando essa perspectiva, poderíamos dizer que o “espaço” só começa realmente muito além do que os limites tradicionalmente aceitos.

A importância da definição para a exploração espacial

Estabelecer onde começa o espaço tem implicações práticas e políticas. O reconhecimento de astronautas, a regulamentação de voos espaciais comerciais e até mesmo acordos internacionais sobre soberania aérea dependem dessa definição.

À medida que empresas privadas ampliam sua presença na exploração espacial, essas discussões se tornam ainda mais relevantes.

Embora a linha de Kármán continue sendo o padrão mais aceito, as diferentes abordagens demonstram que a resposta para onde começa espaço Terra depende do contexto.

Se considerarmos apenas critérios físicos, a transição da atmosfera para o espaço é gradual e pode se estender por milhares de quilômetros. Mas, para fins práticos e operacionais, 100 km ainda são a referência principal.

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Há 50 anos, enviamos uma mensagem ao espaço: o que ela dizia?

Há 50 anos – em 16 de novembro de 1974, para sermos mais exatos –, cientistas dispararam uma mensagem para o espaço. Usando o radiotelescópio de Arecibo, o sinal foi enviado ao Grande Aglomerado Globular de Hércules (ou Messier 13), localizado a cerca de 25 mil anos-luz da Terra. Mas, afinal, o que dizia o recado?

Entenda:

  • Em 1974, a humanidade enviou uma mensagem para o espaço;
  • O sinal – composto por sequências binárias e representações visuais – foi enviado pelo radiotelescópio de Arecibo, desativado e demolido em 2020;
  • A mensagem foi criada por uma equipe que incluiu os astrônomos Frank Drake e Carl Sagan;
  • O destinatário, Messier 13, está a 25 mil anos-luz da Terra, e o recado só deve chegar lá daqui a mais de 220 séculos!
Antena do Radiotelescópio de Arecibo, que enviou mensagem ao espaço. (Imagem: Mario Roberto Durán Ortiz/Wikimedia Commons)

Inaugurado em 1963, o radiotelescópio de Arecibo chegou a ser considerado o maior de abertura única do mundo até 2016, quando o chinês FAST (sigla em inglês para Telescópio Esférico de Abertura de 500 Metros) chegou para ocupar esse posto. Em dezembro de 2020, o telescópio de Arecibo foi desativado depois que sua plataforma desabou sobre a antena.

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O que dizia a mensagem de Arecibo?

Antes de mais nada, é preciso entender que a mensagem nunca teve o objetivo direto de estabelecer qualquer tipo de comunicação com extraterrestres.

Criado por Frank Drake, Carl Sagan e membros do Observatório de Arecibo, o sinal foi disparado para celebrar a reinauguração do radiotelescópio em 1974 – após uma reforma que ampliou as capacidades na busca por sinais de vida inteligente fora da Terra.

Quanto à mensagem em si, transmitida em três minutos, era composta por 1.679 dígitos e codificada em uma matriz de 23 colunas e 73 linhas, com 210 bytes ao todo. O sinal incluiu desde informações simbólicas, como sequências binárias representando números de 1 a 10 e elementos químicos do DNA, até representações visuais, como uma silhueta humana, um mapa do sistema solar e dados demográficos da população mundial naquele ano.

Mensagem de Arecibo
Mensagem de Arecibo. (Imagem: Arecibo Observatory)

Mensagem de Arecibo ainda não chegou ao espaço!

Em novembro de 2025, fará 51 anos desde o envio da mensagem de Arecibo ao espaço. Apesar disso, como já pontuamos, o destinatário está a muitos – e muitos – milhares de anos-luz de distância do nosso planeta azul. 

A estimativa é de que o sinal ainda leve mais de 220 séculos para chegar até Messier 13 – e isso também depende, claro, de que o aglomerado ainda esteja na mesma posição. 

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Foguete nuclear pode reduzir tempo de viagem a Marte pela metade

A startup britânica Pulsar Fusion revelou o conceito de um foguete com propulsão baseada em fusão nuclear. O modelo Sunbird foi projetado para “redefinir viagens espaciais”, atingindo velocidades inéditas no setor aeroespacial.

A ideia é que as espaçonaves em órbita se acoplem ao foguete para chegar ao destino em alta velocidade.

As naves poderiam chegar a 805.000 quilômetros por hora — mais do que o objeto mais rápido já construído, a Sonda Solar Parker da NASA, que atingiu 692.000 quilômetros por hora usando a força gravitacional do Sol.

O Sunbird ainda está nos estágios iniciais de construção, mas a empresa acredita que será possível realizar testes em órbita pela primeira vez em 2027. Com protótipo estimado em US$ 70 milhões, o projeto é financiado pela Agência Espacial do Reino Unido.

Protótipo tem custo estimado em US$ 70 milhões (Imagem: Pulsar Fusion/Divulgação)

Por que apostar na fusão nuclear?

A fusão nuclear tem desafiado cientistas há décadas — afinal, tentar replicar o funcionamento interno de uma estrela na Terra não é tarefa simples. O processo libera quatro milhões de vezes mais energia do que os combustíveis fósseis.

Ao contrário da fissão nuclear, que demanda materiais radioativos perigosos, a fusão requer elementos muito leves, como o hidrogênio, para combiná-los com elementos mais pesados em condições de temperaturas e pressões extremamente altas.

“É muito antinatural fazer fusão na Terra”, afirmou Richard Dinan, fundador e CEO da Pulsar, à CNN. “A fusão não funciona na atmosfera. O espaço é um lugar muito mais lógico e sensato para fazer fusão, porque é lá que ela quer acontecer de qualquer maneira.”

O Sunbird usa ímãs que aquecem um plasma para fundir o combustível do foguete, hélio-3, produzindo prótons que funcionariam como um “exaustor nuclear” para fornecer propulsão, impulsionando a espaçonave.

Estações de recarga seriam colocadas no espaço (Imagem: Pulsar Fusion/Divulgação)

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Menos tempo de viagem

Em missões interplanetárias, os Sunbirds poderiam transportar até 2.000 quilos de carga para Marte em menos de seis meses ou enviar sondas para Júpiter ou Saturno em dois a quatro anos. Uma missão de mineração em asteroides duraria de um a dois anos, e não mais três.

A empresa também espera criar estações de recarga no espaço, possivelmente nas proximidades de Marte e em uma estação em órbita baixa da Terra.

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O que é asterismo?

Ao observarmos o céu noturno, é comum identificar padrões formados pelas estrelas, que muitas vezes lembram objetos, figuras ou formas conhecidas. Desde os tempos antigos, diferentes culturas atribuem significados e nomes a esses desenhos celestes.

Entre essas formações estão os chamados asterismos, estruturas que, embora não sejam oficialmente reconhecidas como constelações, são amplamente usadas para facilitar a navegação astronômica e a localização de estrelas.

Eles representam um elo entre o conhecimento científico moderno e a observação ancestral do cosmos.

O que é um asterismo?

Asterismo é o nome dado a um padrão reconhecível de estrelas no céu que forma uma figura, como um triângulo, uma colher ou uma linha brilhante.

A nebulosa NGC-1999, que fica a 1,4 mil anos-luz de distância na Terra, na constelação de Órion, é uma nebulosa de reflexão. Imagem: Tragoolchitr Jittasaiyapan – Shutterstock

Esses desenhos, visíveis a olho nu, não são considerados constelações formais, mas ainda assim ajudam observadores a se localizar no céu noturno.

Enquanto as constelações foram oficialmente definidas pela União Astronômica Internacional (UAI), os asterismos são construções populares, criadas por culturas ao longo da história para facilitar a navegação e a identificação de regiões celestes.

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A diferença entre constelação e asterismo está principalmente na oficialidade e abrangência. Uma constelação é uma área do céu com fronteiras claramente definidas, como Leão ou Escorpião.

Já o asterismo é apenas um agrupamento de estrelas dentro de uma ou mais constelações. Eles podem ser parte de uma constelação (como o Cruzeiro do Sul, que é ao mesmo tempo constelação e asterismo) ou compostos por estrelas de várias constelações diferentes.

Um dos asterismos mais conhecidos do Hemisfério Norte é o Grande Carro (ou Big Dipper), que faz parte da constelação Ursa Maior.

Ele forma a figura de uma grande concha ou colher e tem sido usado há séculos como uma ferramenta para localização no céu. Prolongando-se em linha reta a partir das duas estrelas frontais do Grande Carro, é possível encontrar a Estrela Polar, que está alinhada com o Polo Norte Celeste.

Constelações de Ursa Maior e Ursa Menor, com a estrela Polaris na ponta. Crédito: Mycola – iStockphotos

Outro exemplo importante é o Triângulo de Verão, composto pelas estrelas Vega (da constelação Lira), Altair (da constelação Águia) e Deneb (da constelação Cisne).

Esse triângulo imaginário se destaca durante os meses mais quentes no Hemisfério Norte e serve como ponto de partida para localizar outras estrelas e constelações.

Já no Hemisfério Sul, o Cruzeiro do Sul é um asterismo notável e culturalmente importante, presente até mesmo em bandeiras de países como Brasil, Austrália e Nova Zelândia.

Os asterismos também são valiosos na educação astronômica. Como são fáceis de visualizar e memorizar, eles ajudam iniciantes a se familiarizarem com o céu noturno.

Alguns são visíveis mesmo em áreas urbanas, onde a poluição luminosa torna difícil identificar constelações completas. São como atalhos visuais que introduzem os curiosos à astronomia, funcionando quase como placas de trânsito estelar.

Vale destacar que diferentes culturas podem reconhecer diferentes asterismos. Antes da padronização das constelações pela UAI, em 1922, muitos povos já mapeavam o céu com base em padrões próprios. Isso faz dos asterismos uma ponte entre ciência e tradição, unindo conhecimento astronômico moderno com saberes antigos.

Com informações de EarthSky

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Nenhum astronauta jamais deixou a atmosfera da Terra – nem aqueles que pisaram na Lua

Pode parecer estranho, mas há uma frase tecnicamente correta que deixa muita gente confusa: nenhum astronauta, nem mesmo quem já foi à Lua, saiu de verdade da atmosfera da Terra. Oi?

Bem, isso não significa que a ida ao espaço seja mentira nem tem relação com qualquer teoria da conspiração. A questão-chave está em como definimos a “atmosfera”.

Mesmo a Estação Espacial Internacional (ISS), que orbita a Terra a cerca de 400 km de altitude, ainda está dentro de uma camada muito fina da atmosfera. Lá em cima, os astronautas sentem uma gravidade apenas um pouco menor do que sentimos aqui no solo – cerca de 90% da força total.

O que mantém a ISS em órbita, apesar de estar em uma região com ar rarefeito, é sua velocidade. No entanto, esse ar ainda exerce resistência. Por isso, a estação precisa periodicamente ser “empurrada” por espaçonaves como as cápsulas Progress, da Rússia, e (mais recentemente) Dragon, da SpaceX. Sem isso, ela desaceleraria e acabaria caindo de volta à Terra.

Na órbita da Terra, a cerca de 440 km de altitude, a Estação Espacial Internacional perde altitude periodicamente, devendo ter sua órbita reajustada. Crédito: Artsiom P – Shutterstock

Em um vídeo publicado no canal da NASA no YouTube, o especialista em heliofísica Doug Rowland explica que a atmosfera não termina de forma brusca. Ela vai ficando cada vez mais tênue, mas segue existindo até altitudes impressionantes. É como se o “ar” fosse se dissolvendo devagar, quase sumindo, mas nunca desaparecendo por completo.

Até onde vai a atmosfera da Terra?

Para fins legais e operacionais, a comunidade internacional adota um limite chamado “linha de Kármán”, a 100 km de altitude, acima do qual consideramos oficialmente que começa o espaço. No entanto, essa fronteira é apenas uma convenção, pois a atmosfera vai muito além dela.

Um estudo de 2019, feito com dados do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO, na sigla em inglês), revelou que a atmosfera terrestre – mais especificamente uma nuvem de hidrogênio chamada geocorona – pode se estender por até 630 mil km. Isso significa que até a Lua, que fica a cerca de 384 mil km, estaria dentro da atmosfera.

Diagrama mostra Linha de Kármán, ponto internacionalmente reconhecido como limite onde começa o espaço (para fins técnicos). Crédito: VectorMine – Shutterstock

Nesse estudo, cientistas detectaram cerca de 70 átomos de hidrogênio por centímetro cúbico a 60 mil quilômetros da Terra. Na altura da Lua, ainda havia em média 0,2 átomo por centímetro cúbico. Esses números são muito baixos, mas suficientes para mostrar que a atmosfera se prolonga muito mais do que se imaginava.

O autor principal do estudo, Igor Baliukin, do Instituto de Pesquisa Espacial da Rússia, afirmou em um comunicado na época que essa descoberta só foi possível ao revisitar observações feitas há mais de 20 anos. Isso mudou a forma como entendemos os limites do planeta.

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E há outro detalhe: a própria Terra, junto com a Lua, está mergulhada na atmosfera do Sol, chamada heliosfera. Essa imensa bolha de partículas solares envolve todo o Sistema Solar e só termina na chamada heliopausa, muito além de Plutão.

“O ponto forte deste estudo é apontar até onde se estendem os limites da atmosfera terrestre”, explica Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital

“Nós já sabíamos que a exosfera, camada mais externa da nossa atmosfera, se estende por várias dezenas de milhares de quilômetros acima da superfície da Terra, o que já incluiria grande parte das nossas viagens espaciais tripuladas”, disse o especialista. “Mas, o que esse estudo russo mostra agora é que nem mesmo os astronautas da Apollo 13, os seres humanos que mais distantes estiveram do nosso planeta (400 mil km), nem mesmo eles chegaram a deixar nossa atmosfera. É curioso, mas não diminui em nada o tamanho das conquistas alcançadas por nossos exploradores do espaço”.

Mas, e quanto ao termo “reentrada na atmosfera”, usado para dizer que um objeto retornou ao planeta? Zurita explica que ele continua fazendo sentido, pois se refere a atravessar as camadas mais densas, onde a resistência do ar é forte o bastante para queimar as espaçonaves. 

No fim das contas, a pergunta “onde começa o espaço?” não tem uma única resposta. Depende de para que você quer saber. Para fins técnicos, usamos a linha de Kármán. Para fins científicos, é uma zona de transição longa e gradual.

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Blue Origin divulga imagens de Katy Perry e companheiras de missão no espaço

Na manhã desta segunda-feira (14), a Blue Origin lançou sua 11ª missão de turismo espacial. A bordo da espaçonave New Shepard, havia seis tripulantes, todas mulheres – entre elas, a cantora pop Katy Perry.

Algumas horas depois, durante uma entrevista coletiva, foram divulgadas imagens internas da cápsula, que mostram as passageiras curtindo a sensação de ausência de gravidade e contemplando vistas únicas da Terra.

Sobre a viagem de Katy Perry ao espaço:

  • A cantora Katy Perry foi lançada para fora da Terra, em um voo suborbital da Blue Origin, empresa de Jeff Bezos;
  • Embora tenha sido o 11º voo turístico da companhia, a missão é chamada de NS-31 – por ser o 31º lançamento do foguete New Shepard na contagem geral (incluindo tripulados e de carga);
  • Composto exclusivamente por mulheres, o voo foi liderado pela namorada de Bezos, a atriz, jornalista e piloto Lauren Sánchez;
  • Além de Katy e Lauren, a tripulação contou com Aisha Bowe, engenheira aeroespacial e CEO da STEMBoard; Kerianne Flynn, produtora de cinema; Gayle King, apresentadora do CBS Mornings; e Amanda Nguyen, cientista de bioastronáutica e ativista dos direitos das mulheres;
  • Essa foi a primeira missão espacial 100% feminina desde 1963, quando a soviética Valentina Tereshkova entrou para a história como a primeira mulher a ir ao espaço.

Na ocasião, ela se tornou a primeira artista a cantar fora da Terra, soltando a voz com a música “What a Wonderful World”, de Louis Armstrong. No entanto, Katy não foi a primeira pessoa a fazer isso. Em 2013, o ex-astronauta canadense Chris Hadfield cantou “Space Oddity”, de David Bowie, durante uma missão na Estação Espacial Internacional (ISS), tocando violão enquanto apreciava a Terra pela janela do laboratório orbital.

Foguete New Shepard, da Blue Origin, sendo lançado com Katy Perry a bordo. Crédito: Blue Origin

Em entrevista concedida logo após o pouso, a cantora explicou a escolha da música, enquanto segurava uma pequena margarida (Daisy, em inglês – em homenagem à filha, que tem esse nome). “Gravei um cover desta música no passado. Mas, nunca imaginaria que a cantaria no espaço. Não é sobre mim ou sobre cantar minhas canções. É sobre uma energia coletiva. Sobre nós. Sobre o espaço. Sobre o futuro das mulheres indo ao espaço. Esse sentimento de pertencimento. E sobre esse mundo maravilhoso que a gente compartilha. É tudo pelo benefício da Terra”. 

Tripulação 100% feminina da missão NS-31, da Blue Origin. Crédito: Blue Origin

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Olhar Digital transmitiu ao vivo o voo de Katy Perry ao espaço

Todo o processo foi transmitido ao vivo pelo Olhar Digital, com apresentação de Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, Lucas Soares, editor de Ciência e Espaço, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).

Composto por dois estágios (o propulsor e a cápsula de passageiros), o foguete New Shepard decolou do espaçoporto da Blue Origin no oeste do Texas às 10h32.

Pouso da cápsula RSS First Step, após levar Katy Perry ao espaço. Crédito: Blue Origin

Poucos minutos depois, houve a separação dos estágios, com o booster retornando na sequência em um pouso vertical perto do local de lançamento para poder ser reaproveitado.

Enquanto isso, a cápsula RSS First Step seguiu viagem para o espaço suborbital, atingindo 106 mil metros (ultrapassando a linha de Kármán, que fica a 100 km de altitude é considerada o limite do espaço) e proporcionando às tripulantes visões únicas, além de alguns instantes de sensação de falta de gravidade.

Pouco mais de 10 minutos após a decolagem, a cápsula pousou com o auxílio de paraquedas. Ao fim da rápida missão (com duração total de apenas 10 minutos), a espaçonave voltou à Terra e pousou com o apoio de paraquedas em uma área desértica próxima. As tripulantes foram retiradas da espaçonave pela equipe de resgate da Blue Origin quase 20 minutos depois do pouso, duração média padrão desse processo.

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Katy Perry cantou no espaço – saiba qual foi a música

Na manhã desta segunda-feira (14), a Blue Origin lançou sua 11ª missão de turismo espacial. A bordo da espaçonave New Shepard, havia seis tripulantes, todas mulheres – entre elas, a cantora pop Katy Perry.

Sobre a viagem de Katy Perry ao espaço:

  • A cantora Katy Perry foi lançada para fora da Terra, em um voo suborbital da Blue Origin, empresa de Jeff Bezos;
  • Embora tenha sido o 11º voo turístico da companhia, a missão é chamada de NS-31 – por ser o 31º lançamento do foguete New Shepard na contagem geral (incluindo tripulados e de carga);
  • Composto exclusivamente por mulheres, o voo foi liderado pela namorada de Bezos, a atriz, jornalista e piloto Lauren Sánchez;
  • Além de Katy e Lauren, a tripulação contou com Aisha Bowe, engenheira aeroespacial e CEO da STEMBoard; Kerianne Flynn, produtora de cinema; Gayle King, apresentadora do CBS Mornings; e Amanda Nguyen, cientista de bioastronáutica e ativista dos direitos das mulheres;
  • Essa foi a primeira missão espacial 100% feminina desde 1963, quando a soviética Valentina Tereshkova entrou para a história como a primeira mulher a ir ao espaço.
Katy Perry (a terceira, em pé, da esquerda para a direita) junto com as demais integrantes da missão NS-31, da Blue Origin, ao espaço. Crédito: Blue Origin

Na ocasião, ela se tornou a primeira artista a cantar fora da Terra, soltando a voz com a música “What a Wonderful World”, de Louis Armstrong. No entanto, Katy não foi a primeira pessoa a fazer isso. Em 2013, o ex-astronauta canadense Chris Hadfield cantou “Space Oddity”, de David Bowie, durante uma missão na Estação Espacial Internacional (ISS), tocando violão enquanto apreciava a Terra pela janela do laboratório orbital.

Em entrevista concedida logo após o pouso, a cantora explicou a escolha da música, enquanto segurava uma pequena margarida (Daisy, em inglês – em homenagem à filha, que tem esse nome). “Gravei um cover desta música no passado. Mas, nunca imaginaria que a cantaria no espaço. Não é sobre mim ou sobre cantar minhas canções. É sobre uma energia coletiva. Sobre nós. Sobre o espaço. Sobre o futuro das mulheres indo ao espaço. Esse sentimento de pertencimento. E sobre esse mundo maravilhoso que a gente compartilha. É tudo pelo benefício da Terra”. 

A cantora Katy Perry se tornou a primeira artista do mundo a cantar fora da Terra. Crédito: Reprodução/X @KatyPerry

Confira a letra da música cantada por Katy Perry:

What a Wonderful World

Que Mundo Maravilhoso

I see trees of green, red roses too

Eu vejo as árvores verdes, rosas vermelhas também

I see them bloom for me and you

Eu as vejo florescer para mim e para você

And I think to myself: What a wonderful world

E penso comigo: Que mundo maravilhoso

I see skies of blue and clouds of white

Eu vejo os céus tão azuis e as nuvens tão brancas

The bright blessed days, the dark sacred night

O brilho abençoado do dia, e a escuridão sagrada da noite

And I think to myself: What a wonderful world

E eu penso comigo: Que mundo maravilhoso

The colors of the rainbow, so pretty in the sky

As cores do arco-íris, tão bonitas no céu

Are also on the faces of people going by

Estão também nos rostos das pessoas que passam

I see friends shaking hands, saying: How do you do?

Vejo amigos apertando as mãos, dizendo: Como vai você?

They’re really saying: I love you!

Eles realmente dizem: Eu te amo!

I hear babies crying, I watch them grow

Eu ouço bebês chorando, eu os vejo crescer

They’ll learn much more, than I’ll never know

Eles vão aprender muito mais que eu jamais vou saber

And I think to myself: What a wonderful world

E eu penso comigo: Que mundo maravilhoso

Yes, I think to myself: What a wonderful world

Sim, eu penso comigo: Que mundo maravilhoso

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Olhar Digital transmitiu ao vivo o voo de Katy Perry ao espaço

Todo o processo foi transmitido ao vivo pelo Olhar Digital, com apresentação de Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, Lucas Soares, editor de Ciência e Espaço, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).

Composto por dois estágios (o propulsor e a cápsula de passageiros), o foguete New Shepard decolou do espaçoporto da Blue Origin no oeste do Texas às 10h32.

Poucos minutos depois, houve a separação dos estágios, com o booster retornando na sequência em um pouso vertical perto do local de lançamento para poder ser reaproveitado.

Enquanto isso, a cápsula RSS First Step seguiu viagem para o espaço suborbital, atingindo 106 mil metros (ultrapassando a linha de Kármán, que fica a 100 km de altitude é considerada o limite do espaço) e proporcionando às tripulantes visões únicas, além de alguns instantes de sensação de falta de gravidade.

Pouco mais de 10 minutos após a decolagem, a cápsula pousou com o auxílio de paraquedas. Ao fim da rápida missão (com duração total de apenas 10 minutos), a espaçonave voltou à Terra e pousou com o apoio de paraquedas em uma área desértica próxima. As tripulantes foram retiradas da espaçonave pela equipe de resgate da Blue Origin quase 20 minutos depois do pouso, duração média padrão desse processo.

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Katy Perry no espaço: Blue Origin lança tripulação 100% feminina para fora da Terra

Uma estrela pop no espaço! Nesta segunda-feira (14), a cantora Katy Perry foi lançada para fora da Terra, em um voo suborbital da Blue Origin, empresa de Jeff Bezos. Embora tenha sido o 11º voo turístico da companhia, a missão é chamada de NS-31 – por ser o 31º lançamento do foguete New Shepard na contagem geral (incluindo tripulados e de carga).

Composto exclusivamente por mulheres, o voo foi liderado pela namorada de Bezos, a atriz, jornalista e piloto Lauren Sánchez. Além de Katy e Lauren, a tripulação contou com Aisha Bowe, engenheira aeroespacial e CEO da STEMBoard; Kerianne Flynn, produtora de cinema; Gayle King, apresentadora do CBS Mornings; e Amanda Nguyen, cientista de bioastronáutica e ativista dos direitos humanos.

Katy Perry (a terceira, em pé, da esquerda para a direita) junto com as demais integrantes da missão NS-31, da Blue Origin, ao espaço. Crédito: Blue Origin

Essa foi a primeira missão espacial 100% feminina desde 1963, quando a soviética Valentina Tereshkova entrou para a história como a primeira mulher a ir ao espaço, de acordo com um comunicado da Blue Origin.

Todo o processo foi transmitido ao vivo pelo Olhar Digital, com apresentação de Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, Lucas Soares, editor de Ciência e Espaço, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).

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Como foi o voo de Katy Perry ao espaço suborbital

Composto por dois estágios (o propulsor e a cápsula de passageiros), o foguete New Shepard decolou do espaçoporto da Blue Origin no oeste do Texas às 10h32.

Poucos minutos depois, houve a separação dos estágios, com o booster retornando na sequência em um pouso vertical perto do local de lançamento para poder ser reaproveitado.

Enquanto isso, a cápsula RSS First Step seguiu viagem para o espaço suborbital, atingindo 105 mil metros (ultrapassando a linha de Kármán, que fica a 100 km de altitude é considerada o limite do espaço) e proporcionando às tripulantes visões únicas, além de alguns instantes de sensação de falta de gravidade, ao longo de cerca de 10 minutos no total.

A Blue Origin já levou outras celebridades ao espaço, como o ator William Shatner (o Capitão Kirk, de Star Trek) e o ex-jogador de futebol americano Michael Strahan. 

*Em atualização

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