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Katy Perry no espaço: Blue Origin lança tripulação 100% feminina para fora da Terra

Uma estrela pop no espaço! Nesta segunda-feira (14), a cantora Katy Perry foi lançada para fora da Terra, em um voo suborbital da Blue Origin, empresa de Jeff Bezos. Embora tenha sido o 11º voo turístico da companhia, a missão é chamada de NS-31 – por ser o 31º lançamento do foguete New Shepard na contagem geral (incluindo tripulados e de carga).

Composto exclusivamente por mulheres, o voo foi liderado pela namorada de Bezos, a atriz, jornalista e piloto Lauren Sánchez. Além de Katy e Lauren, a tripulação contou com Aisha Bowe, engenheira aeroespacial e CEO da STEMBoard; Kerianne Flynn, produtora de cinema; Gayle King, apresentadora do CBS Mornings; e Amanda Nguyen, cientista de bioastronáutica e ativista dos direitos humanos.

Katy Perry (a terceira, em pé, da esquerda para a direita) junto com as demais integrantes da missão NS-31, da Blue Origin, ao espaço. Crédito: Blue Origin

Essa foi a primeira missão espacial 100% feminina desde 1963, quando a soviética Valentina Tereshkova entrou para a história como a primeira mulher a ir ao espaço, de acordo com um comunicado da Blue Origin.

Todo o processo foi transmitido ao vivo pelo Olhar Digital, com apresentação de Bruno Capozzi, nosso editor-executivo, Lucas Soares, editor de Ciência e Espaço, e do astrônomo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).

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Como foi o voo de Katy Perry ao espaço suborbital

Composto por dois estágios (o propulsor e a cápsula de passageiros), o foguete New Shepard decolou do espaçoporto da Blue Origin no oeste do Texas às 10h32.

Poucos minutos depois, houve a separação dos estágios, com o booster retornando na sequência em um pouso vertical perto do local de lançamento para poder ser reaproveitado.

Enquanto isso, a cápsula RSS First Step seguiu viagem para o espaço suborbital, atingindo 105 mil metros (ultrapassando a linha de Kármán, que fica a 100 km de altitude é considerada o limite do espaço) e proporcionando às tripulantes visões únicas, além de alguns instantes de sensação de falta de gravidade, ao longo de cerca de 10 minutos no total.

A Blue Origin já levou outras celebridades ao espaço, como o ator William Shatner (o Capitão Kirk, de Star Trek) e o ex-jogador de futebol americano Michael Strahan. 

*Em atualização

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8 asteroides monitorados pela NASA e seus riscos de colisão com a Terra

NASA classifica como objetos potencialmente perigosos os asteroides com mais de 140 metros de diâmetro que se aproximam até cerca de 7,5 milhões de quilômetros da Terra. Nessa classificação existem alguns corpos celestes que se enquadram. 

Na sequência deste conteúdo, o Olhar Digital traz uma lista com 8 asteroides que podem ser um risco para a Terra e algumas de suas características. Continue a leitura e confira!

Conheça os 8 asteroides monitorados pela Nasa

Apesar do pequeno risco de realmente em algum momento ocorrer uma colisão com a Terra, a agência espacial NASA faz o monitoramento dos objetos abaixo com o objetivo de tomar as medidas necessárias caso realmente possa ser iminente o choque de um asteroide com o planeta. 

Em 2022, por exemplo, Lindley Johnson, gerente do programa de defesa planetária da NASA, afirmou que não havia nenhuma ameaça significativa de impacto de asteroide na Terra, mas que é importante realizar o monitoramento.

“Nosso objetivo é detectar qualquer possível impacto com anos ou décadas de antecedência, para que ele possa ser desviado com uma capacidade que utilize a tecnologia que já possuímos, como o DART (Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo)”, afirmou Johnson. Veja a lista abaixo!

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8 – 2023 DW

Descoberto em 2023, este asteroide tem uma chance bem pequena de atingir a Terra daqui a 23 anos, em 2046, especificamente no Dia dos Namorados, em 14 de fevereiro. 

O corpo celeste possui 50 metros de diâmetro, o que equivale ao tamanho de uma piscina olímpica, podendo destruir uma cidade inteira e liberar uma energia comparável à do meteoro de Chelyabinsk, que explodiu no ar sobre a cidade russa Chelyabinsk, em 15 de fevereiro de 2013, deixando várias pessoas feridas, uma grande trilha de fumaça no céu e outros estragos. Ele era menor, tinha cerca de 17 metros. 

7 – Apophis

(Imagem: Ana Luiza Figueiredo via DALL-E / Olhar Digital)

O asteroide Apophis, assim que descoberto, em 2002, foi tido como um grande risco para a vida na Terra. Após passar um longo período acompanhando o corpo celeste, hoje a NASA acredita que não há grandes riscos de ele colidir com a Terra por pelo menos 100 anos. Apesar disso, a agência segue monitorando. 

Com 379 metros de diâmetro, o objeto tem quase 10 vezes o tamanho do Cristo Redentor e em caso de colisão com a Terra pode gerar uma catástrofe global. A força de impacto equivaleria a 1.150 megatons de TNT, causando terremotos, tsunamis e incêndios de grandes proporções. 

6 – 2011 UL21

Este asteroide tem nada mais nada menos que o apelido de “assassino de planetas”. Ele passou relativamente “perto” de nosso planeta em junho de 2024, em uma distância de 6,6 milhões de quilômetros. O corpo celeste possui 2,3 km de diâmetro, sendo bem parecido com o tamanho do Monte Everest.

O 2011 UL21 tem uma capacidade de destruição em escala planetária e foi descoberto em 2011 pelo Catalina Sky Survey, instituto que possui o financiamento da NASA, em Tucson, Arizona. A agência espacial continua de olho no corpo celeste. 

5 – 2024 YR4

Com a possibilidade de 1,2% de colidir com a Terra no ano de 2032, o asteroide 2024 YR4 foi descoberto em dezembro de 2024. A probabilidade foi aumentada para 2,3%, o que despertou ainda mais atenção dos especialistas. A chance ainda chegou a ser maior, mas após muito estudo e observação, acredita-se que o risco de uma colisão é praticamente nula.

Conforme imagens captadas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, o corpo celeste deve passar de forma segura pelo nosso planeta em dezembro de 2032.

Asteróide 2024 YR4 passando pela Terra e se dirigindo para um potencial impacto com a Lua. Crédito: NOIRLab/NSF/AURA/R. Proctor

O objeto tem 60 metros de diâmetro, o que equivale a um prédio de aproximadamente 20 andares. Além disso, ele tem um formato achatado, aparecido com um disco de hóquei. Apesar de os especialistas terem quase certeza de que ele não atinge a Terra, o asteroide segue sendo monitorado, pois existe uma chance pequena, de 2%, de ele colidir com a Lua. 

4 – 1950 DA

Um dos asteroides que menos geram preocupação, pois tem uma chance muito baixa de explodir na Terra, em 2880, o 1950 DA está em observação porque possui capacidade para acabar com a vida humana. 

O impacto calculado de uma possível colisão é de 44.800 megatoneladas de TNT, o que geraria uma grande explosão e tsunamis. Além disso, a poeira poderia alterar o clima do planeta e extinguir os seres humanos. O objeto possui 1,3 km de diâmetro. 

3 – 2007 FT3

O asteroide 2007 FT3 era apontado como um potencial risco à Terra, com a chance de 1 em 11,5 milhões para atingir o planeta em 2024. Porém, felizmente isso não aconteceu. No entanto, como sua órbita o traz de forma periódica próximo ao nosso planeta, ele segue sendo monitorado pela NASA.

O corpo celeste tem 314 metros e em caso de um impacto poderia gerar uma energia equivalente a 2,6 bilhões de toneladas de TNT, dando grandes prejuízos em nosso mundo. 

2 – 1979 XB

Com um diâmetro estipulado em 700 metros e massa de 390 milhões de toneladas, o 1979 XB foi descoberto em dezembro de 1979, na Austrália, e foi constatado que ele tinha uma pequena chance, 0.000055%, ou 1 em 1,8 milhão, de se chocar com a Terra em 2113. 

O resultado seria uma energia de 30 bilhões de toneladas de TNT liberadas e várias avarias no planeta e humanidade. 

1 – Bennu

O asteroide Bennu tem 490 metros de diâmetro e massa de 67 milhões de toneladas. Ele foi descoberto em 1999 e tem chance de colisão de 0,037%, ou de uma em 2,7 mil. 

Este asteroide tem capacidade para liberar o equivalente a 1,4 milhão de toneladas de TNT, o que poderia destruir significativamente o local da colisão, mas não iria gerar estragos no mundo inteiro.

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Katy Perry pode se tornar a primeira artista a cantar no espaço

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a cantora Katy Perry será uma das tripulantes do próximo voo suborbital da Blue Origin, empresa espacial de Jeff Bezos. A missão NS-31, que deve decolar na segunda-feira (14), será composta exclusivamente por mulheres.

O voo será liderado pela namorada de Bezos, a atriz, jornalista e piloto Lauren Sánchez. Além de Katy e Lauren, a tripulação contará com Aisha Bowe, engenheira aeroespacial e CEO da STEMBoard; Kerianne Flynn, produtora de cinema; Gayle King, apresentadora do CBS Mornings; e Amanda Nguyen, cientista de bioastronáutica e ativista dos direitos humanos.

Tripulação 100% feminina da missão NS-31, da Blue Origin. Crédito: Blue Origin

Em entrevista à revista Elle, dos EUA, elas revelaram como estão os preparativos para a viagem, que pode representar a primeira vez que um artista canta fora da Terra – já que Katy teria aceitado uma sugestão feita por Lauren de entoar o hino de louvor “I Surrender All” (“Eu Entrego Tudo”) no espaço.

Essa será a primeira missão espacial 100% feminina desde 1963, quando a soviética Valentina Tereshkova entrou para a história como a primeira mulher a ir ao espaço. Em um comunicado, Lauren destacou que espera que o voo inspire futuras gerações de mulheres na exploração espacial.

As seis tripulantes da missão NS-31 vão ao espaço a bordo do foguete New Shepard, da Blue Origin. Crédito: Blue Origin

Composto por dois estágios (o propulsor e a cápsula de passageiros), o foguete New Shepard vai decolar do espaçoporto da Blue Origin no oeste do Texas. A bordo da cápsula de passageiros, a equipe voará para além da linha de Kármán, a 100 km de altitude, considerada o limite do espaço. 

O voo deve durar cerca de 11 minutos, permitindo que as tripulantes experimentem cerca de quatro minutos de microgravidade e desfrutem de uma vista privilegiada da Terra. A espaçonave é reutilizável e opera de forma totalmente autônoma.

Conhecida por uma estética futurista e figurinos inspirados no cosmos, Katy Perry poderá transformar em realidade a temática espacial que já apareceu em muitas de suas músicas e performances. Além de viver uma experiência única, ela também ajudará a tornar o espaço um ambiente mais acessível e representativo para mulheres.

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Como Katy Perry e companheiras de viagem se preparam para o voo

Para garantir segurança e tranquilidade durante o voo, a equipe participa de simulações intensas. O treinamento inclui voos parabólicos, que imitam os efeitos da microgravidade, e exercícios com trajes espaciais sob medida. As tripulantes também aprendem a operar os sistemas da cápsula e a responder rapidamente a instruções da base em caso de emergência.

Katy Perry, que considera ter recebido “sinal do Universo” para embarcar nessa missão (o símbolo da Blue Origin é uma pena, seu apelido de infância), disse que deseja levar algo vivo a bordo, como um símbolo da delicadeza da Terra. Embora não tenha especificado o que será, ela mencionou a possibilidade de carregar também alguns itens pessoais, como maquiagem, para manter sua identidade visual mesmo fora do planeta.

A cantora Katy Perry vai viajar para o espaço com a Blue Origin na príxima semana. Crédito: Reprodução/X @KatyPerry

A engenheira Aisha Bowe organizou um voo de treinamento em jato de combate para o grupo, com o objetivo de simular forças G elevadas e prepará-las para as acelerações bruscas da decolagem e da reentrada. Apaixonada por tecnologia e inovação, Aisha ainda pretende levar uma lembrança simbólica que represente meninas pretas na ciência.

Kerianne Flynn, que já participa de simulações em gravidade zero, revelou estar empolgada para filmar a experiência espacial e transformá-la em conteúdo cinematográfico. Como produtora de documentários, ela pretende levar à cápsula um pequeno dispositivo de gravação para captar os momentos mais emocionantes da viagem.

Gayle King, uma das apresentadoras mais conhecidas da TV norte-americana, começou a meditar para controlar a ansiedade pré-voo. Ela pretende levar uma pulseira dada por sua filha, como forma de manter um elo emocional com a família. 

Já Amanda Nguyen levará um símbolo de sua luta por justiça social – uma cópia miniaturizada da declaração dos direitos humanos, que representa sua trajetória como ativista.

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Katy Perry no espaço: voos turísticos da Blue Origin enfrentam críticas

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a cantora Katy Perry será lançada ao espaço suborbital com a Blue Origin no dia 14 de abril. A missão, denominada NS-31, terá uma tripulação formada exclusivamente por mulheres – algo que não acontecia desde 1963. O voo é promovido como uma celebração da presença feminina na exploração espacial.

A missão será comandada pela atriz e jornalista Lauren Sánchez, companheira de Jeff Bezos, dono da empresa. Ao lado dela, além de Katy, estarão Aisha Bowe (engenheira aeroespacial e CEO da STEMBoard), Kerianne Flynn (produtora de cinema), Gayle King (apresentadora do programa CBS Mornings) e Amanda Nguyen (cientista especializada em bioastronáutica e defensora dos direitos humanos). 

Tripulação 100% feminina da missão NS-31, da Blue Origin. Crédito: Blue Origin

Elas viajarão a bordo do foguete New Shepard, em uma jornada de 11 minutos que inclui aproximadamente quatro minutos em microgravidade. Durante esse breve período, as tripulantes poderão flutuar e observar a Terra a mais de 100 km de altitude. Essa visão costuma provocar o chamado “efeito de visão geral”, uma mudança de percepção sobre o planeta, relatada por muitos astronautas.

Blue Origin lança celebridades ao espaço e gera polêmica

Apesar do simbolismo da missão, a iniciativa recebeu críticas públicas. De acordo com o site USA Today, em entrevista ao programa TODAY with Jenna & Friends, no canal NBC, a atriz Olivia Munn (X-Men: Apocalipse) questionou a utilidade e os custos envolvidos no voo, especialmente diante das dificuldades econômicas enfrentadas por milhões de pessoas no mundo.

Olivia Munn como Pscylocke, de X-Men: Apocalipse (2016). Crédito: 20th Century Studios

A Blue Origin já levou outras celebridades ao espaço, como o ator William Shatner (o Capitão Kirk, de Star Trek) e o ex-jogador de futebol americano Michael Strahan. 

Munn afirmou que a experiência, embora impactante para os participantes, parece mais uma extravagância do que uma contribuição real para a ciência ou a sociedade. “Há muitas pessoas que não conseguem nem comprar ovos. E agora estamos lançando celebridades ao espaço?”, disse ela.

A atriz também levantou preocupações ambientais, ao criticar o uso de combustível para uma viagem tão curta. Para Munn, o turismo espacial soa mais como um luxo sem propósito, comparável a um passeio em um parque de diversões.

William Shatner, intérprete do Capitão Kirk, de Star Trek, também já foi ao espaço com a Blue Origin. Crédito: Blue Origin

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Turismo espacial de luxo levanta questões éticas, ambientais e sociais

Embora a Blue Origin não divulgue o preço cobrado por assento, o valor estimado para participar dessa experiência varia entre US$250 mil e US$300 mil (mais de R$1,5 milhão). A concorrente Virgin Galactic – que pausou seu programa de turismo espacial para renovação de frota – cobra cerca de US$600 mil (em torno de R$3,5 milhões). Isso reforça a ideia de que esse tipo de experiência continua restrita a uma pequena elite.

Durante o voo, Amanda Nguyen planeja realizar dois experimentos científicos: um em parceria com o Centro Espacial Nacional Vietnamita e outro voltado à saúde da mulher. A empresa afirma que a missão também busca inspirar futuras gerações.

Ainda assim, o debate permanece. Para muitos críticos, o turismo espacial de luxo levanta questões éticas, ambientais e sociais. Em um mundo cada vez mais desigual, é válido investir tanto para tão poucos irem tão longe – mesmo que só por alguns minutos?

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O que aconteceria com a Terra se o Sol desaparecesse?

Desde os tempos mais antigos, alguém sempre se dedicou a imaginar como tudo vai acabar. Quase todas as religiões trazem sua própria versão do apocalipse – com lobos devorando a Terra, céus desabando ou julgamentos divinos.

Mas e se de repente nossa estrela mãe, a responsável pela vida no nosso planeta, simplesmente sumisse? É difícil imaginar o fim do mundo acontecendo de forma tão abrupta. Mas e se, de repente, o Sol simplesmente deixasse de existir? Nenhuma explosão, nenhuma supernova, apenas sumisse.

A partir do momento em que o Sol desaparecesse, as consequências seriam imediatas e devastadoras, com efeitos que vão muito além da escuridão.

O impacto imediato: escuridão e caos no Sistema Solar

Imagem: Withan Tor/Shutterstock

Muito mais que um pontinho luminoso no céu diurno, o nosso Sol, como todas as estrelas, é uma gigantesca esfera de plasma incandescente, mantida unida pela própria gravidade e alimentada por reações nucleares em seu núcleo.

Lá, átomos de hidrogênio se fundem para formar hélio, liberando uma enorme quantidade de energia em forma de radiação e luz. Essa radiação é o que aquece a Terra e cria as condições necessárias para a existência da vida como conhecemos.

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Além de fornecer calor, a luz do Sol é essencial para processos biológicos fundamentais, como a fotossíntese, que permite que plantas transformem energia solar em alimento, sustentando toda a cadeia alimentar do planeta. Sem essa energia constante, a temperatura global cairia drasticamente, a fotossíntese cessaria e o ciclo natural de vida e morte se interromperia.

O Sol está a cerca de 150 milhões de quilômetros da Terra. Isso significa que a luz solar demora aproximadamente 8 minutos e 20 segundos para chegar até nós. Se o Sol desaparecesse de repente, a Terra continuaria iluminada e em sua órbita por exatamente esse tempo, até que a última luz e gravidade remanescente deixasse de nos alcançar.

Após esse breve intervalo, mergulharíamos numa escuridão total. O céu, antes azul e cheio de vida durante o dia, se tornaria um negro absoluto, pontuado apenas pelas estrelas. A Lua também deixaria de ser visível, já que não teria mais luz solar para refletir. Outros planetas do Sistema Solar seguiriam o mesmo destino, desviando de suas órbitas e vagando no espaço. O caos gravitacional tomaria conta do sistema como um todo.

O que aconteceria com a temperatura da Terra?

Barracas na Antártica
(Imagem: Reprodução/The Conversation)

Sem a energia constante do Sol, o planeta começaria a esfriar rapidamente. Em apenas uma semana, a temperatura média global cairia para cerca de – 20 °C. Em dois meses, já estaríamos próximos dos – 70 °C, tornando a maior parte da superfície terrestre inabitável.

Oceanos começariam a congelar de cima para baixo, formando uma camada sólida de gelo. No entanto, as profundezas ainda manteriam certa temperatura graças ao calor interno da Terra, o que retardaria o congelamento completo por algum tempo. Zonas próximas à crosta terrestre ainda liberariam calor geotérmico, o que seria essencial para possíveis formas de vida resistentes.

A Terra continuaria girando no espaço?

Sim, mas não como antes. Com o desaparecimento do Sol, a força gravitacional que mantém a Terra (e os outros planetas) em órbita também desapareceria. Isso significa que nosso planeta deixaria de seguir sua órbita elíptica e seguiria em linha reta pelo espaço, em direção ao desconhecido, carregando consigo sua atmosfera congelada, luas e os resquícios de uma civilização que já não teria mais para onde ir.

Esse tipo de corpo celeste (um planeta que vaga pelo espaço sem orbitar nenhuma estrela) é chamado de planeta errante ou órfão. Existem estimativas de que possam existir bilhões deles na Via Láctea, e a Terra, nesse cenário, se tornaria mais um.

Haveria alguma forma de vida sobrevivendo?

Imagem: cones/Shutterstock

Por incrível que pareça, sim. Mesmo sem Sol, algumas formas de vida poderiam resistir por algum tempo. Bactérias e micro-organismos extremófilos que vivem nas profundezas dos oceanos, perto de fontes hidrotermais (chaminés submarinas que liberam calor do núcleo terrestre), poderiam sobreviver por anos ou até séculos.

Esses ecossistemas já existem hoje sem depender diretamente da luz solar, alimentando-se de compostos químicos e calor liberado pela Terra. No entanto, a possibilidade de que formas de vida mais complexas resistissem é praticamente nula. Plantas, animais e humanos não conseguiriam viver num ambiente tão hostil por muito tempo.

Existe alguma chance da humanidade escapar?

Com a tecnologia atual, não. Mesmo com avanços significativos na exploração espacial, a humanidade está longe de possuir os recursos necessários para evacuar bilhões de pessoas da Terra e levá-las para outro sistema estelar. Além disso, não há tempo de resposta suficiente para planejar uma fuga em massa num evento tão súbito quanto o desaparecimento do Sol.

Em um cenário mais otimista, talvez algumas estações espaciais subterrâneas poderiam ser construídas em torno de fontes geotérmicas, oferecendo abrigo temporário. Mas essas soluções seriam extremamente limitadas, tanto em escala quanto em duração. A longo prazo, a extinção da humanidade seria quase inevitável.

Com informações de New Scientist.

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Megaestrutura no espaço pode ser construída pela China

Já pensou em uma usina de energia no espaço? Bem é isso que a China planeja há algum tempo e a construção ousada pretende ser um equivalente espacial da famosa Barragem das Três Gargantas. Conheça o ousado projeto da Academia Chinesa de Engenharia.

Ao contrário da maior hidrelétrica do mundo, no espaço a usina não será movida a água, mas será alimentada com energia solar. A vantagem é que os painéis poderiam receber luz do Sol 24 horas por dia, sem depender dos ciclos de dia e noite ou da interferência de nuvens.

Megaestrutura no espaço é algo extremamente ousado

Segundo o IFLScience, em palestra recente, Long Lehao, cientista de foguetes e membro da Academia Chinesa de Engenharia (CAE, na sigla em inglês), destacou a magnitude do projeto. “Estamos trabalhando neste projeto agora. É tão significativo quanto mover a Barragem das Três Gargantas para uma órbita geoestacionária a 36 mil km acima da Terra.”

Uma vez concluída, a estação orbital tem potencial para gerar quantidade de energia impressionante. De acordo com Long Lehao, “a energia coletada em um ano seria equivalente à quantidade total de petróleo que pode ser extraída da Terra”.

Estação de energia espacial é descrita como equivalente à construção da Barragem das Três Gargantas (Imagem: isabel kendzior/Shutterstock)

Como trazer essa energia para a Terra

Além do desafio logístico de usar foguetes para instalar uma base desse tamanho no espaço, existe ainda a necessidade de criar um meio de transferir essa energia para a Terra. 

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A solução proposta é a transmissão sem fio, por meio de ondas de rádio de alta energia, que seriam recebidas por estações terrestres preparadas para converter essa energia em eletricidade utilizável. Mas isso, está longe de ser algo simples. 

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Essa forma de vida extrema poderia sobreviver em Marte

Pesquisadores identificaram uma forma de vida que pode sobreviver nas duras condições de Marte, potencialmente ajudando na futura colonização do Planeta Vermelho.

Marte é visto como a opção mais viável para a habitação humana fora da Terra devido à sua proximidade com a zona habitável e sua superfície que permitiria a presença humana.

No entanto, transformar Marte em um ambiente habitável exigiria mudanças significativas, como temperaturas mais amenas e uma atmosfera respirável. Um dos primeiros passos seria cultivar plantas para converter o dióxido de carbono em oxigênio.

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Várias mudanças seriam necessárias para que seja possível colonizar Marte (Imagem: Artsiom P/Shutterstock)

Os líquens poderiam sobreviver em Marte

  • Em um estudo recente, pesquisadores investigaram a possibilidade de formas de vida extremas, como os líquens, sobreviverem no planeta.
  • Os líquens, conhecidos por sua resistência em ambientes hostis na Terra, podem ser bons candidatos para suportar as condições extremas de Marte.
  • A equipe de pesquisa testou duas espécies de líquenes, Diploschistes muscorum e Cetraria aculeata, simulando as condições de temperatura, radiação e pressão de Marte.
  • Enquanto C. aculeata teve dificuldades com a radiação, D. muscorum demonstrou ser capaz de manter seu metabolismo ativo e de se defender contra condições adversas, sugerindo que poderia sobreviver em Marte.
  • O estudo foi publicado no jornal IMA Fungus.

“Os líquens habitam diversos ecossistemas em todo o mundo, mas são particularmente cruciais em ambientes extremos como desertos quentes e regiões polares frias. Eles são conhecidos como extremófilos, capazes de sobreviver sob temperaturas extremas, radiação intensa e escassez prolongada de água”, diz o estudo.

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O líquen é uma colônia híbrida de fungos e algas e/ou cianobactérias – Imagem: Bildagentur Zoonar GmbH/Shutterstock

“As condições atmosféricas atuais em Marte são inóspitas e, portanto, os habitats potenciais para a vida existente são limitados. No entanto, podem existir ambientes habitáveis ​​abaixo ou na superfície durante períodos climáticos mais favoráveis ​. Esses nichos podem atuar como habitats isolados que protegem de condições adversas”, explica a pesquisa sobre o Planeta Vermelho.

O estudo é um passo importante para entender como organismos podem se adaptar e sobreviver em Marte. No entanto, mais pesquisas são necessárias para avaliar os efeitos de longos períodos de exposição às condições do planeta vermelho antes de considerar qualquer experimento de colonização.

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10 curiosidades sobre os cometas que você não sabia

Os cometas sempre fascinaram a humanidade com suas caudas brilhantes e trajetórias imprevisíveis. Mas por trás da beleza que vemos no céu, há muitos fatos científicos que revelam a importância desses corpos celestes para a compreensão do nosso Sistema Solar. Confira abaixo 10 curiosidades sobre os cometas que você provavelmente não sabia.

1. Cometas orbitam o Sol, assim como os planetas

Cometa cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) fotografado em Vega de San Mateo, nas Ilhas Canárias (Espanha). Crédito: Frank A. Rodriguez via Spaceweather.com

Embora muitas vezes pareçam surgir do nada, os cometas estão presos à gravidade do Sol, assim como todos os planetas do Sistema Solar. Eles seguem trajetórias bem definidas, ainda que bastante excêntricas e inclinadas. Quando se aproximam do Sol, tornam-se visíveis a olho nu, o que dá a impressão de que são imprevisíveis, mas seus movimentos podem ser calculados com precisão.

2. Eles são compostos por gelo, poeira e detritos rochosos

Cometa Hale-Bopp. Crédito: MarcelClemens – Shutterstock

Os cometas são verdadeiros “fósseis gelados” do Sistema Solar. Compostos por uma mistura de gelo, poeira e fragmentos rochosos, eles carregam em seu interior materiais primitivos formados há cerca de 4,5 bilhões de anos. Esses elementos são vestígios da nuvem que deu origem ao Sol e aos planetas, funcionando como cápsulas do tempo cósmicas.

3. Cometas vêm de regiões distantes como a Nuvem de Oort e o Cinturão de Kuiper

O distante Cinturão de Kuiper (além da órbita de Netuno) e a aonda mais distante Nuvem de Oort, são as regiões longínquas do Sistema Solar de onde tem origem os Cometas – Créditos: NASA

A maioria dos cometas tem origem em duas regiões extremas do Sistema Solar: a Nuvem de Oort e o Cinturão de Kuiper. A primeira fica muito além da órbita de Plutão, numa região quase intergaláctica. Já o Cinturão de Kuiper é mais próximo e é o lar de milhares de corpos gelados. Ambos os locais abrigam objetos remanescentes da formação do Sistema Solar, que ocasionalmente são empurrados em direção ao Sol por forças gravitacionais.

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4. As órbitas dos cometas são elípticas

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Cometa C/2024 G3 (ATLAS) no periélio Órbita e localização do cometa C/2024 G3 (linha branca e ponto) em relação ao resto do Sistema Solar interno em 13 de janeiro de 2025, quando o cometa está próximo do periélio. Imagem: NASA / JPL-Caltech

Ao contrário dos planetas, que têm órbitas quase circulares, os cometas seguem órbitas altamente elípticas. Isso significa que eles passam por períodos muito distantes do Sol, onde permanecem inativos e escuros, e outros em que se aproximam da estrela, ganhando brilho e desenvolvendo suas características caudas. Essa variação de distância influencia diretamente sua aparência e atividade.

5. Existem cometas de curto e longo período

Cometa Hale-Bopp. Crédito: MarcelClemens – Shutterstock

Os cometas são classificados de acordo com o tempo que levam para completar uma órbita em torno do Sol. Cometas de curto período completam esse ciclo em até 20 anos, como o famoso Halley. Já os de longo período podem levar centenas ou milhares de anos para retornar, como o cometa Hale-Bopp. Existe ainda uma categoria intermediária chamada de cometas do tipo Halley, com períodos entre 20 e 200 anos.

6. Cada cometa tem três partes principais

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Ao todo, dez cometas já foram vistos no Cinturão de Asteroides. Créditos: Marko Aliaksandr/Shutterstock

Um cometa é formado por três componentes principais: o núcleo, a coma e as caudas. O núcleo é o centro sólido, feito de gelo e rochas. A coma é uma nuvem de gás e poeira que envolve o núcleo quando ele aquece ao se aproximar do Sol. As caudas, sim, no plural, se formam quando partículas da coma são empurradas pelo vento solar, criando um rastro espetacular que pode se estender por milhões de quilômetros.

7. A cauda do cometa pode brilhar de diferentes formas

Representação artísticas das moléculas orgânicas encontradas no núcleo do foguete Hale-Bopp, que podem ter se formado nos estágios iniciais do Sistema Solar. Crédito: Eric R. Willis, Drew A. Christianson e Robin T. Garrod

A cauda de um cometa pode brilhar de duas maneiras distintas. A primeira é por reflexão da luz solar sobre a poeira expelida pelo núcleo. A segunda ocorre quando o gás da coma interage com a radiação do Sol, criando uma cauda azulada chamada de cauda iônica, composta por moléculas excitadas. Algumas caudas também emitem luz amarelada por causa de átomos de sódio neutros.

8. O tamanho dos cometas varia muito

Superlua e cometa podem ser vistos no céu esta noite (imagem meramente ilustrativa, já que, na verdade, os dois objetos estarão em lados opostos). Créditos: Smh.shuvo – Shutterstock. Edição: Olhar Digital

Os cometas podem ter tamanhos bem diferentes. Alguns possuem núcleos com menos de um quilômetro de diâmetro, enquanto outros, como o cometa Chiron, chegam a medir até 300 quilômetros. No entanto, cometas gigantes como esse não costumam se aproximar do interior do Sistema Solar. Em geral, os cometas visíveis da Terra têm entre 1 e 10 quilômetros de diâmetro.

9. Cometas podem colidir com a Terra

Cometa C/2024 S1 (ATLAS) em seu mergulho fatal no Sol. Crédito: SOHO

Embora seja raro, existe a possibilidade de um cometa colidir com a Terra. Por isso, cientistas monitoram constantemente a trajetória desses corpos celestes. Conhecer a estrutura, a composição e o comportamento dos cometas é fundamental para desenvolver planos de defesa planetária, caso um deles entre em rota de colisão com nosso planeta.

10. Ainda sabemos pouco sobre o interior dos cometas

[ Imagem: ESA/Rosetta ]
A missão Rosetta foi lançada há 10 anos rumo ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Crédito: ESA/Rosetta

Mesmo com os avanços da ciência, ainda há muito mistério em torno da estrutura interna dos cometas. Sabemos que sua superfície é escura e por vezes irregular, mas não se sabe ao certo se existe uma crosta sólida, camadas internas ou um núcleo poroso. Missões espaciais como a Deep Impact ajudam a desvendar essas questões, revelando como esses corpos se formaram e como evoluem com o tempo.

Com informações de University of Maryland – Deep Impact

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Starliner: saiba quando a nave que deixou astronautas na mão pode voltar ao espaço

Nesta quinta-feira (27), a NASA divulgou uma nova previsão para o retorno da cápsula Starliner, da Boeing, à Estação Espacial Internacional (ISS) – após o incidente que acabou deixando dois astronautas “presos” no espaço por mais de nove meses.

Segundo a agência, a espaçonave pode voar novamente no fim deste ano ou no início de 2026, a depender do andamento dos reparos necessários.

A Starliner fez seu primeiro voo tripulado em junho de 2024, levando os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams à ISS para uma missão que deveria durar cerca de uma semana, mas foi estendida por 286 dias devido a anomalias na espaçonave. 

Barry “Buch” Wilmore e Sunita “Suni” Williams, os astronautas da NASA que permaneceram missão prolongada no espaço após problemas com a nave Starliner, da Boeing. Crédito: NASA

Durante a viagem de ida, cinco dos 28 propulsores de controle de reação (RCS) falharam, e vazamentos de hélio foram identificados no sistema de propulsão. Esses problemas levantaram dúvidas sobre a segurança do retorno da cápsula à Terra.

Diante da incerteza, a NASA optou por manter Wilmore e Williams na ISS por um período mais longo do que o planejado. A agência optou por trazer a cápsula de volta vazia, enquanto buscava alternativas para resgatar os astronautas em outra missão. Com isso, os dois acabaram sendo incorporados à tripulação de longa duração da estação.

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Astronautas da Starliner voltaram à Terra com a SpaceX

Durante o tempo que permaneceram no laboratório orbital, eles ajudaram em pesquisas científicas, realizaram manutenção na estação e participaram de caminhadas espaciais. Então, finalmente, em 18 de março, eles conseguiram retornar à Terra, pegando “carona” na Crew Dragon Freedom, veículo da missão SpaceX Crew-9.

Enquanto isso, engenheiros da NASA e da Boeing analisavam os defeitos da Starliner e testavam soluções para evitar falhas futuras. As investigações indicaram que o superaquecimento dos motores pode ter restringido o fluxo de propelente, causando a falha dos propulsores. Ainda em órbita, quatro dos cinco propulsores voltaram a funcionar, mas os especialistas seguem estudando maneiras de evitar novos problemas.

A espaçonave Starliner da Boeing retornando para a Terra vazia em 7 de setembro de 2024. Crédito: NASA

Os próximos meses serão dedicados a testes na Instalação de Ensaios de White Sands, no Novo México. Os engenheiros pretendem validar modelos térmicos e avaliar possíveis melhorias nos sistemas de propulsão e proteção térmica da cápsula. Além disso, buscam formas mais eficazes de vedação para evitar novos vazamentos de hélio.

“Assim que concluirmos essas análises, teremos uma ideia mais clara sobre o próximo voo da Boeing”, afirmou Steve Stich, gerente do Programa de Tripulação Comercial da NASA. Ele explicou que a agência continuará certificando a cápsula e definirá qual missão será mais adequada para seu retorno.

Ainda não há uma decisão sobre o perfil da próxima missão da Starliner. A NASA cogita um voo tripulado de longa duração, mas também considera usá-la para transporte de carga, dependendo das necessidades do programa espacial.

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Fusão a frio: energia nuclear polêmica será testada no espaço

Uma startup de energia limpa na Índia quer levar uma tecnologia controversa para o espaço. A Hylenr Technologies, com sede em Hyderabad, assumiu um acordo com a empresa aeroespacial TakeMe2Space para testar um sistema de geração de energia baseado na chamada “fusão a frio”. A proposta é usar essa tecnologia para abastecer satélites equipados com inteligência artificial (IA).

A fusão a frio é uma técnica que promete gerar energia nuclear sem radiação e sem os riscos da fissão tradicional. No entanto, a maioria dos cientistas considera esse conceito duvidoso, já que não há comprovação sólida de que funcione na prática. Mesmo assim, a Hylenr afirma ter conseguido desenvolver um reator funcional.

A parceria firmada entre as duas empresas tem como objetivo validar a tecnologia no espaço. O teste será feito por meio de um pequeno gerador termoelétrico instalado em um satélite. A TakeMe2Space fornecerá a estrutura necessária para que o equipamento seja colocado em órbita e monitorado.

Por que o reator nuclear será testado em órbita

Em 2024, a Hylenr recebeu uma patente do governo indiano para seu Reator Nuclear de Baixa Energia (LENR). Segundo a empresa, durante uma demonstração, o reator teria gerado 1,5 vez mais calor do que a energia elétrica usada para alimentá-lo. A meta da startup é atingir um rendimento 2,5 vezes maior.

O processo desenvolvido pela Hylenr usa miligramas de hidrogênio e uma pequena corrente elétrica para estimular reações nucleares que geram calor. Essa energia pode ser aproveitada em diversas aplicações, tanto na Terra quanto no espaço. A tecnologia ainda está em fase experimental e não há confirmação independente de sua eficácia.

À direita, Siddhartha Durairajan, fundador e CEO da HYLENR, juntamente com Ronak Kumar Samantray, fundador da TakeMe2Space

Para a Hylenr, testar o reator em ambiente espacial é um passo essencial. “Validar nossa tecnologia no espaço é um marco importante”, declarou Siddhartha Durairajan, fundador e CEO da empresa, em comunicado. Ele acredita que a solução pode ser usada em missões de longa duração e para fornecer energia onde não há acesso à rede elétrica.

A TakeMe2Space também vê potencial na parceria. A empresa está criando uma rede de satélites de IA na órbita baixa da Terra e busca alternativas de energia para manter sua infraestrutura funcionando. Segundo Ronak Kumar Samantray, fundador da TakeMe2Space, o teste ajudará a entender se o sistema pode contribuir para o gerenciamento de calor e reaproveitamento de energia nos satélites.

Fusão a frio pode reduzir custos e riscos das missões espaciais

Além das aplicações espaciais, a Hylenr aposta que sua tecnologia poderá ser usada para gerar vapor, aquecer ambientes em regiões frias e até mesmo fornecer energia para uso doméstico e industrial. A empresa afirma que o reator pode reduzir custos e riscos em missões espaciais futuras.

Apesar das promessas, a fusão a frio continua sendo vista com cautela pela comunidade científica. A ideia surgiu em 1989, quando os pesquisadores Martin Fleischmann e Stanley Pons anunciaram ter conseguido realizar essa reação em laboratório. Desde então, diversas tentativas de replicar o feito fracassaram.

Mesmo assim, empresas como a Hylenr mantêm a aposta de que a fusão a frio possa, um dia, revolucionar a produção de energia. Por enquanto, resta esperar os testes em órbita para saber se essa tecnologia pode realmente sair do campo das promessas e entrar para a história.

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