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Citibank sofre nova instabilidade em menos de quatro meses nos EUA

Com 200 milhões de estadunidenses correntistas, o Citibank foi, novamente, atingido por uma interrupção nesta terça-feira (29), nos EUA. A falha afetou serviços em grandes cidades, como Nova York, Chicago, Dallas e Los Angeles.

Os primeiros relatos do problema começaram a ser divulgados no site Downdetector por volta das 10h (horário do leste dos EUA, 11h no horário de Brasília). Os clientes não conseguiam usar seus cartões de crédito ou recursos do aplicativo móvel do banco.

Banco informou que um “problema de tecnologia” afetou conjunto limitado de usuários de cartão de crédito (Imagem: JHVEPhoto/iStock)

No X, um usuário escreveu: “Citibank, por favor me ajude… acabei de passar mais de 2 horas no telefone sendo transferido sem solução; as informações do meu cartão de crédito desapareceram do meu aplicativo e ninguém consegue recuperá-las!”.

O que fez o Citibank?

  • Inicialmente, o site do banco mostrou uma mensagem de erro: “Encontramos um problema e estamos trabalhando para corrigi-lo“;
  • Nenhum outro detalhe foi fornecido, exceto que os clientes deveriam retornar ao site de dez a 15 minutos depois;
  • Por volta das 14h (horário do leste dos EUA, 15h no horário de Brasília), um porta-voz do Citibank disse ao DailyMail: “Um subconjunto limitado de usuários de cartão de crédito foi brevemente afetado por um problema de tecnologia que já foi resolvido.”

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Problema não é inédito

No início do ano, clientes do Citibank relataram o recebimento de alertas de fraude e dificuldades para acessar suas contas. Centenas de usuários registraram reclamações no Downdetector entre 9h e 12h daquele 16 de janeiro.

Banco tem 200 milhões de correntistas americanos (Imagem: tupungato/iStock)

Naquele momento, um porta-voz do banco esclareceu à NBC que a empresa estava “enfrentando alguns problemas técnicos com o aplicativo móvel do Citi” e que os clientes poderiam acessar informações no Citi.com “ou ligar para o número no verso do cartão ou no extrato mensal”.

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Míssil hipersônico que não pode ser interceptado é lançado pelos EUA

O exército dos Estados Unidos realizou um teste com um míssil hipersônico lançado da estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, na semana passada. Chamado de Dark Eagle, a arma representa o futuro militar do país em meio ao aumento das tensões globais.

O armamento é capaz de transportar ogivas nucleares e manobrar com precisão enquanto viaja a mais de 1.500 metros por segundo, o que representa mais de cinco vezes a velocidade do som. Por conta disso, ele é muito mais difícil de ser abatido do que um míssil tradicional.

Lançamento está envolto em mistérios

  • O exército dos EUA não divulgou maiores detalhes sobre o teste.
  • A confirmação do lançamento veio por meio de avisos de fechamento do espaço aéreo emitidos pela Administração Federal de Aviação na última sexta-feira, dia 25 de abril.
  • Fotógrafos chegaram a registrar imagens que poderiam ser do míssil hipersônico.
  • As fotos mostram o possível armamento em direção à Cordilheira Oriental, o espaço aéreo que costuma abrigar os lançamentos feitos na costa leste norte-americana.
  • As informações são do Space.com.

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Míssil torna obsoletos os sistemas de defesa de outros países

O nome Dark Eagle revela algumas informações importantes sobre o míssil. De acordo com um comunicado do exército dos EUA, a palavra “escuro” (dark, em inglês) reflete a capacidade do dispositivo de tornar obsoletos os sistemas antiaéreos de outros países.

Já “águia” (eagle, em inglês) é uma referência à ave que é um símbolo nacional dos Estados Unidos. O animal é conhecido por sua velocidade, furtividade e agilidade e reflete a “combinação de velocidade, precisão, manobrabilidade, capacidade de sobrevivência e versatilidade” do míssil.

Exército realizou um novo teste com o míssil hipersônico na última semana (Imagem: Departamento de Defesa dos EUA)

As forças armadas do país haviam testado o equipamento pela última vez em dezembro de 2024 em outro voo da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral. Esse teste alcançou velocidade hipersônica e demonstrou que a arma pode ser utilizada em combates.

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‘Pornografia da vingança’ vai virar crime nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve sancionar nos próximos dias a decisão que tipifica como crime federal a publicação da chamada “pornografia de vingança”. O projeto foi aprovado pela Câmara de Representantes dos EUA nesta semana.

No total, foram 409 votos a favor e dois contrários. Chamada de lei ‘Take it Down’, ela prevê a punição de publicações não consensuais de imagens íntimas na internet, sejam elas reais ou criadas por inteligência artificial.

Conteúdos precisarão ser removidos das plataformas

  • Em março, Trump prometeu promulgar o projeto de lei durante uma sessão conjunta do Congresso.
  • A nova legislação tem como objetivo combater a violência contra a mulher.
  • Ao mesmo tempo, visa impedir o avanço dos chamados deepfakes.
  • A primeira-dama Melania Trump endossou o projeto e disse que a aprovação “é uma declaração poderosa” da unidade do país em “proteger a dignidade, a privacidade e a segurança”.
  • Além da punição, as regras aprovadas ainda exigem que os conteúdos sejam removidos das plataformas.
Nova legislação visa combater deepfakes (Imagem: R.bussarin/Shutterstock)

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Deepfakes se tornaram um problema

Os vídeos ‘deepfakes’ geralmente são criados usando IA e outras ferramentas. Com o aperfeiçoamento destes recursos, é possível criar imagens realistas, dificultando a identificação de conteúdos falsos na internet.

É possível, por exemplo, criar imagens pornográficas falsas de mulheres reais. Estes conteúdos são então publicados sem o consentimento delas e se espalham rapidamente. Isso é chamado de “pornografia da vingança” porque muitas vezes envolve homens decepcionados com o fim de uma relação amorosa e que buscam se vingar de suas ex-companheiras.

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Deepfake permite, por exemplo, criar imagens pornográficas falsas de mulheres reais (Imagem: metamorworks/Shutterstock)

Alguns estados, como a Califórnia e a Flórida, já aprovaram leis que criminalizam a publicação de ‘deepfakes’ sexualmente explícitos.

Os críticos, no entanto, afirmaram que a nova legislação daria às autoridades maiores poderes de censura.

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Haddad aproveita viagem aos EUA para se reunir com big techs

O ministro da fazenda, Fernando Haddad, estará presente em jantar organizado pelo Milken Institute, na Califórnia (EUA), com investidores estrangeiros. Haddad vai aos EUA para se inteirar da economia local e, especialmente, das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.

Apesar de o foco do chefe da Pasta ser a economia dos EUA, não há previsão de reunião com autoridades locais, sendo que a viagem estava planejada desde antes da posse de Trump, segundo apuração da CNN.

Google, Amazon e Nvidia receberão o ministro (Imagem: gguy/Shutterstock)

A viagem está marcada para sexta-feira (2). Na ocasião, Haddad vai, primeiro, para Los Angeles (EUA). A seguir, passará por San José (EUA) e Cidade do México (México). O jantar do qual o ministro vai participar faz parte da Conferência Global Milken Institute, a ser realizada na segunda-feira (5). O político visa tratar da COP30 e das economias do Brasil e do resto do mundo.

Haddad também vai levar projetos de tecnologia aos EUA

  • O ministro também vai divulgar, nos EUA, o plano nacional de data centers, a ser lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em maio. O documento traz incentivos fiscais, segurança jurídica e regras específicas para o setor;
  • E Haddad vai além; ele tem reuniões bilaterais marcadas com líderes de big techs: Ruth Porat, CFO do Google, Jensen Huang, CEO e fundador da Nvidia e executivos da Amazon;
  • Ainda de acordo com a CNN, as reuniões com Nvidia e Amazon serão centradas em data centers, enquanto o encontro com a CFO do Google tem a ver com questões regulatórias;
  • O governo também espera, com ansiedade, um café da manhã a ser realizado pela Amcham Brasil, no qual se espera o encontro de empresários brasileiros e representantes dos grupos econômicos mais importantes dos EUA;
  • Já na Cidade do México, Haddad vai se encontrar com Edgar Amador Zamorra, secretário da Fazenda e Crédito Público local, para estreitar relações bilaterais entre os países;
  • O ministro brasileiro estará de volta à Brasília em 8 de maio.

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Cronograma da viagem

Abaixo, veja o cronograma completo da viagem do ministro Fernando Haddad aos EUA e ao México:

Domingo (04/05)

  • 20h – Jantar privado com investidores internacionais, oferecido pelo Milken Institute.

Segunda-feira (05/05)

  • 9h – reunião bilateral com Ruth Porat, CFO do Google;
  • 10h – Milken Institute Global Conference Sessão privada “Global Investors View: Brazil” – conversa com Sergio Suchodolski, fellow Milken Institute;
  • 11h30 – Milken Institute Global Conference Sessão pública “Uma conversa com o Ministro da Fazenda do Brasil” – Conversa com Laura Lacey, Milken Institute;
  • 15h – reunião bilateral com Jensen Huang, CEO da Nvidia;
  • 15h30 – visita às instalações da Nvidia.

Terça-feira (06/05)

  • 9h – Mesa Redonda “Breakfast Roundtable with Brazil’s Minister of Finance, Fernando Haddad”, organizada pela Amcham Brasil;
  • 10h30 – reunião bilateral com executivos da Amazon;
  • 21h55 – chegada à Cidade do México.

Quarta-feira (07/05)

  • 9h – café da manhã com atores econômicos brasileiros no México;
  • 11h – reunião bilateral com Edgar Amador Zamorra, secretário da Fazenda e Crédito Público do México.
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Haddad quer se inteirar da economia estadunidense e das tarifas de Trump (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

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EUA dizem que China está criando um ‘Capitão América’ da vida real

Você já assistiu Capitão América? No filme da Marvel, os Estados Unidos criam um supersoldado geneticamente modificado para enfrentar os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. O resto é história. Agora, imagine um Capitão América chinês. Claro que, neste caso, ele não teria esse nome.

Ao que tudo indica, os EUA realmente acreditam que isso pode ser possível: o país acusa a China de supostamente planejar um exército de soldados geneticamente modificados, mas dessa vez com inteligência artificial. Os hipotéticos planos chineses estão descritos em um relatório da Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente… sem nenhuma evidência que comprove as suposições.

Ou seja, por enquanto, tudo não passa de uma ‘teoria maluca’ tirada de um filme de ficção. E vale lembrar: não é a primeira vez que os americanos acusam os chineses sem provas. Por exemplo, a gestão de Donald Trump já acusou Pequim de iniciar a pandemia de Covid-19 em laboratório. Novamente, sem evidências.

Mas, claro, a teoria deu o que falar. O Olhar Digital conversou com especialistas para explicar de onde vem essa acusação e o quanto os supostos ‘soldados geneticamente modificados’ podem ter um fundo de verdade – ou mera viabilidade científica.

Segundo especialistas, relatório americano está mais para uma ‘teoria maluca’ do que realidade (Imagem gerada por IA via DALL-E/Vitória Gomez/Olhar Digital)

Suposto exército de soldados geneticamente modificados da China: o que dizem os EUA?

Não é segredo que os Estados Unidos estão travando uma guerra comercial e tecnológica contra a China – por exemplo, com a guerra dos chips e imposição de tarifas de 145% para produtos importados chineses. Se depender dos americanos, a batalha de narrativas se estenderá para os campos militar e da biotecnologia.

A ‘teoria’ está presente em um relatório da Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente. Segundo o site Interesting Engineering, o documento foi apresentado ao Congresso Nacional após dois anos de análise.

Veja o que os Estados Unidos dizem:

  • O documento analisou a abordagem da China no que diz respeito à união de biotecnologia e segurança nacional;
  • No centro dessa união, estaria um suposto desenvolvimento de um exército de classe mundial de soldados geneticamente modificados, que combinam decisões orientadas por inteligência artificial e integração no campo de batalha;
  • Os supersolados estariam nos planos do Exército de Liberação Popular (ELP) e poderiam ficar prontos até 2049;
  • O relatório também cita uma suposta ameaça estratégica amplificada na área de defesa, com técnicas melhoras de resistência, cognição e resistência, o que tornaria a “guerra por drones” antiquada;
  • Ainda de acordo com o documento, o método da China consiste em roubar propriedade intelectual, escalar a produção e controlar as cadeias de suprimentos, o que levaria uma manipulação dos mercados de tecnologias pelas mãos das entidades chinesas.
EUA e China travam uma guerra comercial e tecnológica… sem nenhum soldado envolvido (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

Além de descrever os supostos métodos chineses para dominar o mercado de biotecnologia, o documento propõe estratégias para combater esse cenário hipotético. Veja o que diz o resumo do relatório:

Haverá um momento de ChatGPT para a biotecnologia, e se a China chegar lá primeiro, não importa o quão rápido corramos, nunca a alcançaremos.

Nossa janela de ação está se fechando. Precisamos de uma estratégia de duas vias: fazer os Estados Unidos inovarem mais rápido e desacelerar a China.

Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente

Basicamente, os EUA propõem acelerar a inovação nacional, incluindo um investimento federal de no mínimo US$ 15 bilhões nos próximos cinco anos, e desacelerar a ascensão da China, o que inclui proteger propriedade intelectual de biotecnologia contra os chineses e não reconhecer empresas chinesas no mercado.

Como já destacamos aqui: o documento foi elaborado pelos Estados Unidos, sem nenhuma prova apresentada que embase as acusações. A China não confirmou nada.

O Olhar Digital deu mais detalhes sobre o relatório neste link.

Exército de robôs futuristas
IA já é usada em guerras… mas nada de modificações genéticas (Imagem: Mykola Holyutyak/Shutterstock)

A teoria maluca dos EUA pode ser verdadeira ou, no mínimo, viável?

Para Roberto Pena Spinelli, físico pela USP, com especialidade em Machine Learning por Stanford, pesquisador na área de Inteligência Artificial e colunista do Olhar Digital News, é muito difícil saber o quanto isso é real ou apenas “uma grande viagem” por parte dos Estados Unidos. Isso porque não sabemos o que está acontecendo na China ou o quanto a ‘teoria maluca’ é apenas uma cortina de fumaça dos EUA.

Ela cita um caso curioso envolve tardígrados. Em 2023, uma equipe de médicos militares chineses disse ter inserido genes dos tardígrados (criaturas microscópicas resistentes a ambientes extremos e radiação) em células-tronco embrionárias humanas.

Todo esse experimento aumentou a resistência das células humanas à radiação. Para eles, o sucesso do experimento poderia levar à criação de supersoldados geneticamente modificados capazes de sobreviver à radiação nuclear. O estudo chega a descrever todo o processo de modificação genética, mas, claro, tudo estava em estágios muito iniciais e não chegou nem perto de humanos. O caso foi reportado pelo jornal South China Morning Post.

O que isso nos diz sobre o caso? Pena lembra que é, sim, possível fazer modificações genéticas desse tipo, algo que é bastante usado na indústria farmacêutica para encontrar novas curas, por exemplo. Agora, em humanos? É bastante improvável que isso esteja acontecendo. O especialista afirma que seria algo extremamente antiético, que viola todos os critérios da Comissão de Ética Internacional.

Pena menciona que, indo muito longe na viagem americana, isso poderia estar acontecendo ‘debaixo dos panos’, mas é bastante cético sobre a hipótese. Agora, em relação à inteligência artificial, é mais provável:

A parte da inteligência artificial pode ser mais real, já que já existem avanços de IA nesse sentido [no campo militar]. Avanços na robótica também são mais reais, pé no chão. Dá para embarcar tecnologia no próprio solado, mas geneticamente… difícil.

Roberto Pena Spinelli

O especialista cita os exemplos da guerra da Ucrânia, em que drones equipados com IA já são utilizados em campo, ou na área da medicina, dando suporte em campo. Ainda, existem casos em que os próprios soldados usam inteligência artificial para ajudar nas estratégias e tomada de decisões.

Mas um exército de soldados geneticamente modificados com IA? Não.

Roberto Pena Spinelli também destrinchou o assunto na coluna Fala AI, no programa Olhar Digital News. Você pode conferir na íntegra aqui.

Montagem com fotos de Donald Trump e Xi Jinping
Atualmente, guerra envolve diplomacia (Imagem: Chip Somodevilla e Kaliva – Shutterstock)

Qual o objetivo dos Estados Unidos com tudo isso?

As suposições americanas são facilmente desmentidas. Então, qual o objetivo para todas as acusações?

O doutor Álvaro Machado Dias, neurocientista, futurista e colunista do Olhar Digital News, lembra como rumores deste tipo já surgiram antes. Ele chama atenção para algo importante no relatório desta vez: um pedido de financiamento bilionário, em um momento em que a guerra comercial acirrada entre EUA e China deixou os americanos em maus lençóis.

E pior: diante dos temores com o tarifaço de Trump, o orçamento estadunidense está disputado, ao mesmo tempo que o DOGE (departamento comandando por Elon Musk) precisar cortar gastos. Ou seja, “pleitear grana do governo americano não está sendo fácil”, explicou o especialista.

Leia mais:

Daí vem as acusações americanas: para Álvaro, trata-se de uma estratégia para manipular a opinião pública, criando um movimento favorável à liberação do orçamento, mesmo em um contexto de corte de gastos e incertezas.

Há todos os indícios de que isso seja meramente uma estratégia um tanto capciosa para trazer orçamento para uma divisão das Forças Armadas aos olhos dos congressistas, dado o impacto na mídia. Não há nenhum indício de que isso [as acusações americanas] seja verdade.

Álvaro Machado Dias

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Uma revolução nas baterias dos carros elétricos está chegando – mas não para os EUA

Os avanços tecnológicos têm permitido que a recarga de veículos elétricos aconteça de forma cada vez mais rápida. Hoje, existe uma verdadeira corrida entre duas empresas chinesas para fabricar baterias cada vez mais avançadas.

Mas em meio a uma disputa geopolítica entre China e Estados Unidos, estes últimos podem ficar de fora das últimas novidades. Isso porque as tarifas aplicadas por Donald Trump impossibilitam qualquer comércio entre as duas principais potências globais.

Novas baterias permitem recarga total em apenas cinco minutos

A chinesa CATL é responsável por fabricar mais de um terço das baterias de veículos elétricos do mundo, incluindo aquelas usadas em modelos da Tesla fabricados na China. Nos últimos dias, a empresa anunciou uma nova revolução no setor.

Foi apresentado um novo sistema de carregamento rápido que permite a recarga total de um veículo elétrico em apenas cinco minutos. A esperança é que esta nova tecnologia sirva como um novo impulso para o mercado eletrificado.

Empresa chinesa lançou sistema que permite recarga completa em apenas cinco minutos (Imagem: Victor Golmer/iStock)

O anúncio da CATL veio após a gigante BYD também desenvolver uma nova tecnologia de carregamento rápida. Este sistema permite que uma recarga completa aconteça nos mesmos cinco minutos, um avanço e tanto para o setor.

A expectativa é que estas tecnologias sejam amplamente utilizadas pelas empresas chinesas a partir da criação de uma rede de estações de carregamento que irá abranger diversos países do mundo. Mas não os Estados Unidos.

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Bandeiras de Estados Unidos e China
Guerra comercial entre EUA e China pode impedir exportação dos produtos (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

Usuários norte-americanos não devem ter acesso aos novos recursos

  • De acordo com reportagem do The Wall Street Journal, é provável que os novos produtos não cheguem ao mercado dos Estados Unidos, pelo menos num futuro próximo.
  • Isso porque a guerra comercial travada entre EUA e China tem dificultado o comércio entre as duas principais economias do planeta.
  • A CATL e a BYD estão na lista de companhias chinesas apresentada pelo Departamento de Defesa dos EUA.
  • Em outras palavras, isso torna mais difícil a venda de carros que utilizam estas baterias dentro do mercado norte-americano.

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Fim da lua de mel com Trump? Musk vai deixar governo meio de lado

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está repleto de decisões polêmicas. Uma delas foi a escolha de Elon Musk para chefiar cargo de chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).

O empresário, que é bastante próximo do republicano, tem como missão reduzir os gastos da Casa Branca. Mas acabou virou alvo de uma série de protestos, o que causou, inclusive, prejuízos a suas empresas, caso da Tesla.

Musk prometeu se afastar parcialmente do trabalho na Casa Branca

Depois de tanto barulho e de muita repercussão negativa, Musk pretende mudar sua atuação. Em uma teleconferência de resultados da Tesla, o sul-africano afirmou que planeja se afastar de seu trabalho na Casa Branca a partir deste mês de maio.

Musk é um dos principais aliados do presidente Trump (Imagem: bella1105/Shutterstock)

O bilionário disse que continuaria a “passar um ou dois dias” por semana focado em assuntos DOGE “provavelmente pelo restante do mandato do presidente”. E que segue a disposição de Trump para o que for necessário.

No entanto, pretende passar a maior parte de seu tempo focado na empresa de carros elétricos.

Ele ainda observou que a principal parte do trabalho de corte de gastos dentro da Casa Branca já foi concluído, permitindo que volte a focar em seus próprios negócios.

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Musk vai voltar a focar nos assuntos da montadora de veículos elétricos (Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock)

Uma decisão que favorece a Tesla

  • A notícia do afastamento, mesmo que parcial, de Musk da Casa Branca com certeza agrada aos acionistas da Tesla.
  • Estes investidores já haviam demonstrado preocupação com o fato do empresário ter diminuído a sua atenção com as questões da fabricante de veículos elétricos.
  • E tudo isso num momento de queda da demanda pelos produtos da empresa e do aumento da concorrência de chinesas, especialmente a BYD.
  • Além disso, diversas manifestações contra a atuação de Musk no governo dos EUA tiveram como alvo veículos e lojas da Tesla.
  • Em alguns casos houve violência e as autoridades norte-americanas chegaram a considerar alguns protestos como ataques terroristas domésticos.

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China estaria planejando exército de soldados geneticamente modificados com IA

Os Estados Unidos estão preocupados com a capacidade bélica e tecnológica da China. Um relatório da Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente cita a possibilidade dos chineses estarem desenvolvendo um exército de soldados geneticamente modificados.

Esses ‘supersoldados’ contariam com decisões orientadas por inteligência artificial e devem integrar um exército de classe mundial até 2049.

O relatório ainda alerta para as consequências futuras desse plano e traz estratégias para impedi-lo.

Relatório elaborado pelos EUA pede urgência na ação contra a China (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

Exército de supersoldados da China combina tecnologia e segurança nacional

De acordo com o site Interesting Engineering, o relatório da Comissão de Segurança Nacional foi entregue ao Congresso dos EUA após dois anos de análise. Ele pede ação urgente a nível nacional.

O documento analisou a abordagem da China no que diz respeito à união de biotecnologia e segurança nacional. No centro dessa união, estaria um suposto desenvolvimento de um exército de classe mundial de soldados geneticamente modificados, que combinam decisões orientadas por inteligência artificial e integração no campo de batalha. Os supersolados estariam nos planos do Exército de Liberação Popular (ELP) e podem ficar pronto até 2049.

Segundo o relatório, “haverá um momento ChatGPT para a biotecnologia”, se referindo ao momento que um lançamento de inteligência artificial popularizou a tecnologia e a tornou mais acessível. O documento complementa: “se a China chegar lá primeiro, talvez nunca a alcancemos”.

Documento alerta para possível dominância chinesa no setor militar, caso o plano se torne realidade (Imagem feita com inteligência Artificial via DALL-E/Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital)

Guerra por drones ficou no passado

O relatório cita uma ameaça estratégica amplificada na área de defesa, que tornaria a “guerra por drones” antiquada. O exército geneticamente modificado seria o próximo passo em técnicas melhoradas de resistência, cognição e resiliência.

Tudo isso forçaria o campo militar global, incluindo chinês, a entrar em uma área até então desconhecida.

A guerra por drones parecerá antiquada, se tivermos que lidar com supersoldados do ELP geneticamente modificados, com humanos e IA fundidos.

Comissão de Segurança Nacional dos EUA sobre Biotecnologia Emergente

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Relatório apontou medidas de proteção dos EUA contra a China (Imagem: Mykola Holyutyak/Shutterstock)

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Se isso der certo, quais as consequências?

  • De acordo com o relatório, o método da China consiste em roubar propriedade intelectual, escalar a produção com subsídios vindos do Estados e controlar as cadeias de suprimentos;
  • Isso levaria a uma manipulação dos mercados de biotecnologia pelas mãos das entidades chinesas;
  • Em seguida, as empresas chinesas cresceriam de forma atípica, prejudicando a concorrência estrangeira, inclusive em áreas sensíveis, como o setor farmacêutico e de sequenciamento genômico;
  • Isso levaria outros países a tomar medidas defensivas.

Para combater esse cenário, o relatório pede uma estratégia em duas partes. Primeiro, uma aceleração de inovação nos Estados Unidos, que inclui investimento federal de no mínimo US$ 15 bilhões nos próximos cinco anos. Segundo, uma desaceleração da ascensão da China, que inclui proteger propriedade intelectual de biotecnologia contra os chineses e não reconhecer empresas chinesas no mercado.

Vale lembrar que o documento foi elaborado pelos Estados Unidos. A China não confirmou nada.

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Médicos drenam 1 litro de líquido do pulmão de jovem que usava vape

Uma adolescente de Las Vegas, nos Estados Unidos, teve de passar por um procedimento de drenagem no pulmão após 18 meses de uso do cigarro eletrônico. Isabella Troncao, de 16 anos, contou ao The Daily Mail que começou a fumar vape de maconha para “impressionar” um garoto de quem gostava.

Ela disse que começou a se sentir mal após mudar para nicotina, relatando uma ardência na garganta que evoluiria para uma infecção pulmonar.  “Parecia que havia um peso de 22 kg no lado esquerdo do meu peito. Eu sentia tanta dor que era como se eu quisesse respirar, mas não conseguisse inspirar completamente”, relatou.

Infecção na garganta evoluiu para a síndrome de Lemierre Crédito: Amani A/Shutterstock

Atendimento no hospital

A mãe da jovem e o irmão tiveram de carregá-la até o hospital, pois a adolescente não conseguia andar. Ao chegar na unidade, a família foi informada que Isabella estava em choque séptico, uma condição de resposta a infecções que pode ser fatal.

“Disseram-me que, se eu tivesse chegado algumas horas depois naquele dia, teria morrido. Eu estava definitivamente perto da morte, então é uma loucura pensar nisso”, disse a adolescente à reportagem.

Segundo os médicos, a infecção na garganta evoluiu para a síndrome de Lemierre, uma infecção da veia jugular interna que desenvolveu a sepse. A equipe drenou um litro de líquido dos pulmões da adolescente, que passou um mês no hospital em recuperação.

Eles foram enfáticos: foi o uso do cigarro eletrônico que permitiu que bactérias se acumulassem nos pulmões da adolescente.

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Adolescente ficou internada por um mês em recuperação. Imagem: iama_sing/Shutterstock

Perigo constante

Nos Estados Unidos, cigarros eletrônicos são o produto de tabaco mais comumente usado entre os jovens desde 2014. Entre os alunos do ensino fundamental ou médio que usavam cigarros eletrônicos em 2024, 38,4% relataram uso frequente e 26,3% relataram uso diário, segundo relatório da ONG Truth Initiative.

Não há uma legislação federal sobre o assunto e cada estado tem autonomia para regulamentar o uso de vapes. A única regra nacional é a proibição do acesso de menores de 21 anos a produtos de tabaco.

“Todos nós fazemos coisas estúpidas, mas eles estão comercializando esses vapes com sabores frutados e cores extravagantes — eles são piores que cigarros”, desabafou a mãe da jovem internada ao site.

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DeepSeek coloca Nvidia na mira do governo dos EUA; entenda

O lançamento do DeepSeek, modelo de inteligência artificial desenvolvido na China, foi encarado desde o primeiro momento como uma ameaça pelos Estados Unidos. Isso porque um dos efeitos da nova ferramenta foi fortalecer o país asiático no cenário global tecnológico.

Neste cenário, o presidente Donald Trump tem anunciado algumas medidas visando impedir o avanço do chatbot chinês. Uma delas é a proibição de compra de chips de inteligência artificial da Nvidia, empresa que está sendo investigada pelo Congresso por sua relação com os chineses.

Nvidia pode ter violado regras dos EUA

As restrições fazem parte dos esforços da Casa Branca de impedir o avanço tecnológico da China. A popularidade do DeepSeek entre os desenvolvedores de IA dos EUA disparou nos últimos meses, e os preços competitivos da startup forçaram o Vale do Silício a oferecer modelos a custos mais baixos.

Congresso está investigando relação da Nvidia com a China (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Além de proibir a venda de chips da Nvidia, os líderes do Congresso norte-americano abriu uma investigação sobre a atuação da fabricante de chips. O objetivo é revelar se a empresa forneceu conscientemente a tecnologia necessária para desenvolver o DeepSeek.

Caso isso seja confirmado, seria uma evidente violação das regras impostas pelos EUA contra a China. Esta é a primeira investigação do tipo sobre os negócios da Nvidia, segundo informações do The New York Times.

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Ícones dos aplicativos do DeepSeek e do ChatGPT na tela inicial de um iPhone
DeepSeek virou um dos desafiantes do ChatGPT (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

Lançamento do DeepSeek foi um marco

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados surpreendentes.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.

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