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Musk está pronto para acessar planos dos EUA para possível guerra com a China

Nesta sexta-feira (21), o Pentágono deve apresentar a Elon Musk os planos militares dos Estados Unidos para um eventual conflito com a China, segundo informaram dois altos funcionários estadunidenses nesta quinta-feira (20) ao The New York Times.

Outra fonte do jornal afirmou que a apresentação terá foco na China, sem, contudo, revelar mais detalhes. Um quarto funcionário confirmou a presença de Musk no Pentágono na sexta-feira (21), mas também não forneceu informações adicionais.

Conceder a Musk acesso a alguns dos segredos militares mais bem guardados do país representaria ampliação significativa de seu já extenso papel como conselheiro do presidente Donald Trump e líder na iniciativa de redução de gastos e eliminação de pessoas e políticas consideradas indesejáveis pelo governo.

Essa situação também evidencia as questões relativas aos conflitos de interesse envolvendo Musk, visto que ele atua em diversas áreas da burocracia federal enquanto continua à frente de empresas que são importantes contratadas pelo governo. Nesse contexto, o bilionário e CEO de SpaceX e Tesla é um dos principais fornecedores do Pentágono e possui investimentos financeiros expressivos na China.

Bilionário está ganhando cada vez mais poderes (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Musk e os planos militares mais bem guardados do mundo

  • Os chamados planos de guerra do Pentágono, conhecidos no meio militar como O-plans ou planos operacionais, estão entre os segredos mais protegidos das Forças Armadas;
  • Se um país estrangeiro soubesse como os Estados Unidos planejam lutar contra ele, poderia fortalecer suas defesas e corrigir suas vulnerabilidades, reduzindo, significativamente, a eficácia desses planos;
  • A apresentação ultrassecreta sobre o plano de guerra contra a China consiste em cerca de 20 a 30 slides, nos quais se expõe como os Estados Unidos conduziria um conflito dessa natureza;
  • Segundo autoridades que têm conhecimento do assunto, o material abrange desde os primeiros sinais e alertas sobre a ameaça chinesa até as diversas opções de alvos a serem atingidos, em determinado período, que seriam submetidos à decisão do presidente Trump.

Um porta-voz da Casa Branca não respondeu a e-mail do Times que pedia esclarecimentos sobre o objetivo da visita, como ela foi organizada, se o presidente tinha ciência da mesma e se isso suscitaria dúvidas quanto a conflitos de interesse. A administração não informou se Trump assinou termo de isenção de conflito de interesses para Musk.

Poderes (quase) ilimitados

Após a publicação da reportagem, Sean Parnell, o principal porta-voz do Departamento de Defesa, afirmou, em comunicado: “O Departamento de Defesa está entusiasmado em receber Elon Musk no Pentágono na sexta-feira. Ele foi convidado pelo secretário Hegseth e está apenas visitando.”

O encontro ressalta o duplo papel extraordinário desempenhado por Musk, que, além de ser o homem mais rico do mundo, recebeu amplos poderes do presidente Trump.

Musk possui autorização de segurança e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, pode decidir quem tem acesso às informações sobre o plano. Entretanto, compartilhar muitos detalhes técnicos com Musk é questão à parte.

De acordo com os oficiais, o secretário Hegseth, o almirante Christopher W. Grady, presidente interino do Estado-Maior Conjunto, e o almirante Samuel J. Paparo, comandante do Comando Indo-Pacífico, estão programados para apresentar a Musk os detalhes do plano dos EUA para conter a China em caso de conflito militar.

Planos operacionais para contingências importantes, como uma guerra com a China, são extremamente complexos para quem não possui vasta experiência em planejamento militar. Devido à sua natureza técnica, geralmente, os presidentes recebem apenas os contornos gerais do plano e não o documento completo. Ainda não está claro quantos detalhes Musk desejará ou precisará conhecer.

Segundo autoridades próximas ao assunto, Hegseth recebeu parte da apresentação sobre o plano de guerra contra a China na semana passada e outra parte na quarta-feira (19).

Não ficou claro qual foi o motivo para conceder a Musk uma apresentação tão sensível. Ele não faz parte da cadeia de comando militar, nem é conselheiro oficial de Trump em questões militares relacionadas à China.

Entretanto, existe possível razão para que o bilionário precise conhecer certos aspectos do plano de guerra. Se Musk e sua equipe de redução de custos do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) pretendem cortar o orçamento do Pentágono de forma responsável, eles podem necessitar saber quais sistemas de armas o Pentágono planeja utilizar em eventual conflito com a China, explana o Times.

Por exemplo, considere os porta-aviões. Reduzir a produção futura desses navios poderia economizar bilhões de dólares, recursos que poderiam ser investidos em drones ou outras armas. Contudo, se a estratégia de guerra dos EUA depende do uso inovador dos porta-aviões para surpreender a China, desativar navios existentes ou interromper a produção de novos pode comprometer esse plano.

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Preparo para conflito com a China e gastos militares astronômicos

O planejamento para uma guerra com a China tem sido preocupação constante no Pentágono há décadas, muito antes de um confronto com Pequim se tornar opinião consolidada no Congresso. Os Estados Unidos estruturaram suas Forças Aéreas, Marinha e Forças Espaciais — e, mais recentemente, também os seus Marines e Exército — com a possibilidade de conflito com os chineses em mente.

Críticos afirmam que o setor militar investiu demais em sistemas caros e de grande porte, como caças e porta-aviões, e de menos em drones de médio alcance e defesas costeiras. No entanto, para que Musk possa reorientar os gastos do Pentágono, ele precisa saber quais equipamentos o setor militar pretende utilizar e para qual finalidade.

O bilionário já chegou a defender que o Pentágono pare de adquirir itens de alto custo, como os caças F-35, fabricados por um de seus concorrentes na área de lançamentos espaciais, a Lockheed Martin, em programa que custa aos Estados Unidos mais de US$ 12 bilhões (R$ 67,94 bilhões) por ano.

Por outro lado, os amplos interesses empresariais de Musk tornam seu acesso a segredos estratégicos sobre a China uma questão séria, do ponto de vista ético. Autoridades afirmam que as revisões dos planos de guerra contra a China têm dado ênfase à atualização das estratégias de defesa contra ataques espaciais. A China desenvolveu um conjunto de armas capazes de atingir satélites dos EUA.

Embora as constelações de satélites Starlink de baixa órbita, de propriedade de Musk, sejam consideradas mais resilientes do que os satélites convencionais, ele pode ter interesse em saber se os Estados Unidos conseguiriam proteger seus satélites em conflito com os asiáticos.

Participar de uma sessão ultrassecreta sobre a ameaça chinesa, ao lado de alguns dos mais altos funcionários do Pentágono e das Forças Armadas dos EUA, seria oportunidade extremamente valiosa para qualquer contratada de defesa que deseje fornecer serviços ao setor militar.

O líder do DOGE poderia, assim, obter insights sobre novas tecnologias que o Pentágono possa vir a necessitar e que a SpaceX, onde ele continua atuando como CEO, poderia oferecer.

Embora contratadas que trabalham em projetos relacionados ao Pentágono, geralmente, tenham acesso a certos documentos de planejamento de guerra – mas somente após sua aprovação –, executivos individuais, raramente, conseguem acesso exclusivo a altos funcionários do Pentágono para apresentação desse tipo, conforme afirmou Todd Harrison, pesquisador sênior do American Enterprise Institute, que se dedica à estratégia de defesa, ao Times.

“Musk participando de uma apresentação de planejamento de guerra?” afirmou Harrison. “Conceder ao CEO de uma única empresa de defesa um acesso exclusivo pode servir de base para protestos contratuais e configura verdadeiro conflito de interesses.”

A SpaceX já recebe bilhões de dólares do Pentágono e de agências de inteligência para ajudar os Estados Unidos a construir novas redes de satélites militares, com o objetivo de enfrentar as crescentes ameaças militares da China. A empresa espacial lança a maioria desses satélites militares a bordo de seus foguetes Falcon 9, que decolam de bases militares estabelecidas pela empresa na Flórida (EUA) e na Califórnia (EUA).

Além disso, a empresa já recebeu centenas de milhões de dólares do Pentágono, que, atualmente, depende fortemente da rede de comunicações via satélite da Starlink (cuja dona é a SpaceX) para transmitir dados de militares ao redor do mundo.

Retrato de Trump e Musk.
Elon Musk, dono de seis empresas, incluindo a Tesla, garantiu US$ 13 bilhões em contratos federais nos últimos cinco anos. Com Trump no poder, sua influência no governo só cresce (Imagem: bella1105/Shutterstock)

Em 2024, a SpaceX foi contemplada com, aproximadamente, US$ 1,6 bilhão (R$ 9,05 bilhões) em contratos com a Força Aérea. Esse valor não inclui os gastos classificados que o Escritório Nacional de Reconhecimento investe na empresa para a construção de nova constelação de satélites de baixa órbita, destinada a espionagem contra a China, Rússia e outras adversárias.

Trump já propôs a criação de novo sistema militar, denominado Golden Dome, sistema de defesa antimísseis baseado no Espaço que remete às iniciativas do presidente Ronald Reagan (cujo sistema “Star Wars” nunca foi totalmente concretizado).

A percepção de ameaças de mísseis vindos da China — seja de armas nucleares, mísseis hipersônicos ou mísseis de cruzeiro — foi um dos principais motivos que levaram Trump a assinar ordem executiva recente, instruindo o Pentágono a iniciar os trabalhos sobre o Golden Dome.

Mesmo o simples planejamento e construção dos primeiros componentes do sistema deverá custar dezenas de bilhões de dólares, segundo autoridades do Pentágono, o que, provavelmente, abrirá grandes oportunidades de negócio para a SpaceX, que já fornece lançamentos de foguetes, estruturas de satélites e sistemas de comunicação de dados baseados no Espaço, todos necessários para o Golden Dome.

Em paralelo, Musk tem sido alvo de investigações conduzidas pelo auditor-geral do Pentágono sobre possíveis descumprimentos relacionados à sua autorização de segurança ultrassecreta.

Essas investigações tiveram início no ano passado, após reclamações de funcionários da SpaceX junto a órgãos governamentais, que alegaram que Musk e outros membros da empresa não estariam reportando, adequadamente, contatos ou conversas com líderes estrangeiros.

Antes do final da administração Biden, autoridades da Força Aérea iniciaram sua própria revisão, após questionamentos de senadores democratas, que afirmaram que Musk não estava cumprindo os requisitos para a autorização de segurança.

De fato, a Força Aérea havia negado pedido de Musk para obter autorização de segurança de nível ainda mais elevado, o chamado Special Access Program – destinado a programas ultrassecretos –, alegando riscos de segurança associados ao bilionário.

A importância da SpaceX para o Pentágono chegou a tal ponto que o governo chinês passou a considerar a empresa uma extensão das Forças Armadas dos Estados Unidos.

Um artigo, intitulado “Militarização do Starlink e Seu Impacto na Estabilidade Estratégica Global”, foi publicado no ano passado por uma universidade chinesa de defesa, conforme tradução realizada pelo Center for Strategic and International Studies.

Além disso, Musk e Tesla – empresa de veículos elétricos sob seu controle – mantêm forte dependência da China, onde opera uma das principais fábricas da montadora, em Xangai. Inaugurada em 2019, essa instalação de última geração foi construída com autorização especial do governo chinês e, atualmente, responde por mais da metade das entregas globais da Tesla.

No ano passado, a empresa informou, em registros financeiros, que possuía acordo de empréstimo de US$ 2,8 bilhões (R$ 15,85 bilhões) com bancos chineses para despesas de produção.

Em público, Musk tem evitado críticas a Pequim e demonstrado disposição para colaborar com o Partido Comunista Chinês. Em 2022, ele escreveu coluna para a revista da Administração do Ciberespaço da China – órgão de censura do país – enaltecendo suas empresas e suas missões de aprimorar a humanidade.

Nesse mesmo ano, o bilionário afirmou ao The Financial Times que a China deveria receber algum controle sobre Taiwan, sugerindo a criação de “zona administrativa especial para Taiwan que fosse razoavelmente aceitável”, comentário que irritou políticos da ilha independente. Na mesma entrevista, Musk também destacou que Pequim exigiu garantias de que ele não venderia a Starlink na China.

No ano seguinte, durante conferência de tecnologia, Musk chegou a se referir à ilha democrática como “parte integrante da China que, de forma arbitrária, não faz parte da China”, comparando a situação entre Taiwan e China à relação entre Havaí e Estados Unidos.

No X, que ele mesmo administra, Musk, frequentemente, elogia a China, afirmando que o país é, “de longe”, líder mundial em veículos elétricos e energia solar, além de elogiar seu programa espacial por ser “muito mais avançado do que se imagina”. Ele também tem incentivado visitas ao país e manifestado abertamente sua crença em aliança inevitável entre Rússia e China.

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Arquivos secretos sobre assassinato de Kennedy citam Brasil; veja como acessar

O governo dos Estados Unidos liberou milhares de registros relacionados ao assassinato do ex-presidente John F. Kennedy, em 1963. O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva determinando a divulgação dos documentos.

Alguns dos arquivos citam o Brasil. Um deles trata sobre uma oferta de auxílio de China e Cuba, em 1961, e outro sobre influência do regime cubano e a “operação de propaganda” do país caribenho em território brasileiro.

Cerca de 80 mil páginas relacionadas ao caso foram liberadas, estando disponíveis para consulta no site dos Arquivos Nacionais dos EUA (os registros estão em inglês).

Oferecimento de ajuda para Leonel Brizola

De acordo com um dos arquivos, datado de 1961, Mao Tsé-Tung, então líder do Partido Comunista da China, e Fidel Castro, primeiro-ministro de Cuba, ofereceram “materiais, “suporte” e “voluntários” para Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul, em agosto daquele ano. Na ocasião, Brizola estava liderando os esforços para sucessão de poder no Brasil após a renúncia de Jânio Quadros.

China e Cuba teriam oferecido ajuda ao Brasil (Imagem: divulgação/Arquivo Nacional dos EUA)

O presidente brasileiro havia tentado um “autogolpe” na esperança de que a renúncia não fosse aceita e que, com o clamor de autoridades e da população, ele ganhasse mais poder. No entanto, a saída de Quadros acabou aceita e começaram os trabalhos para a posse do vice-presidente João Goulart, que acabou deposto em 1964 com o início da Ditadura Militar.

O arquivo da CIA cita que Brizola agradeceu a oferta de ajuda dos líderes de Cuba e China, mas acabou a recusando. De acordo com o governo dos EUA, o governador não queria levar a crise no Brasil ao cenário internacional, temendo uma possível reação dos norte-americanos. Por fim, o documento ressalta que a oferta de auxílio de Fidel Castro foi descoberta e relatada pela imprensa, enquanto a de Mao Tsé-Tung, não.

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Documento cita operações de Cuba no Brasil (Imagem: divulgação/Arquivo Nacional dos EUA)

Atividade do regime cubano no Brasil

  • Um outro documento, datado de julho de 1964, relata o que seriam “esforços de subversão de Cuba na América Latina” desde julho de 1963.
  • O arquivo afirma que o governo do país caribenho acreditava que era possível fazer uma “segunda Cuba” na Venezuela.
  • Ele pontua que Che Guevara afirmou à época que a disseminação da “revolução” era “nossa responsabilidade e é parte de nossa preocupação diária”.
  • Além disso, destaca que Cuba promoveu o financiamento de grupos pró-Castro no Brasil antes da tomada do poder pelos militares.
  • Em outro trecho, o documento diz que a derrubada do então presidente João Goulart com a ditadura no Brasil foi uma “derrota severa” para os cubanos.

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EUA divulgam documentos sigilosos sobre assassinato de John F. Kennedy; saiba onde acessar

O governo dos Estados Unidos publicou, nesta terça-feira (18), um conjunto de documentos referentes ao assassinato do ex-presidente John F. Kennedy.

Segundo o presidente Donald Trump, cerca de 80 mil páginas relacionadas ao caso foram liberadas, estando disponíveis para consulta no site dos Arquivos Nacionais dos EUA (os registros estão em inglês).

Como surgiu a ideia de liberar documentos sobre o assassinato de Kennedy

  • Em janeiro, Trump anunciou o fim do sigilo sobre as investigações do atentado ocorrido em 22 de novembro de 1963, quando Kennedy foi baleado enquanto sua comitiva transitava pelo centro de Dallas, Texas (EUA);
  • O assassinato de JFK continua sendo motivo de fascínio e origem de inúmeras teorias conspiratórias no país. Oficialmente, o crime é atribuído a Lee Harvey Oswald, que teria agido sozinho;
  • Apesar de o Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) e outras agências federais terem confirmado essa conclusão ao longo dos anos, pesquisas indicam que muitos estadunidenses acreditam em conspiração mais ampla envolvendo o caso;
  • Especialistas não esperam que a divulgação dos novos documentos modifique os fatos essenciais: Oswald teria disparado contra Kennedy a partir de uma janela de um depósito de livros escolares, enquanto o comboio presidencial passava pela Dealey Plaza, em Dallas.

Quem espera revelações bombásticas, provavelmente, ficará desapontado”, afirmou Larry Sabato, diretor do Centro de Política da Universidade da Virgínia e autor de um livro sobre o assunto. De acordo com o g1, ele acrescentou que parte dos documentos pode corresponder a materiais já divulgados anteriormente, apenas com determinadas palavras censuradas.

Além disso, Trump prometeu que, em breve, serão liberados arquivos relacionados às investigações dos assassinatos do senador Robert F. Kennedy e do ativista Martin Luther King Jr.

Para acessar os arquivos secretos acerca da morte de John F. Kennedy, clique aqui.

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Assassinato de Kennedy

Seis dias após o atentado, o então presidente Lyndon B. Johnson, que assumiu o cargo, instituiu a Comissão Warren para investigar o caso e fornecer resposta definitiva ao público. Na época, a pressão popular era intensa, especialmente depois que Lee Harvey Oswald – principal suspeito – foi morto a tiros, dois dias após o atentado, diante das câmeras de TV.

A Comissão Warren concluiu que Kennedy foi assassinado por Oswald, que teria agido sozinho, e que este foi, posteriormente, morto por Jack Ruby, dono de uma boate com supostas ligações com a máfia, também sem cúmplices.

Um dos pontos centrais da investigação foi a chamada “teoria da bala única”. Segundo essa hipótese, o primeiro disparo atingiu a nuca de Kennedy, atravessando sua garganta, e, em seguida, a mesma bala teria ferido o governador do Texas, John Connally.

O relatório final apontou que todos os disparos foram efetuados por Oswald do sexto andar de um depósito de livros escolares na Elm Street, que estava vazio devido a reformas.

Entre os registros analisados, o mais emblemático foi o “Filme de Zapruder” – gravação colorida de cerca de 30 segundos feita pelo cinegrafista amador Abraham Zapruder –, considerado o registro mais nítido do assassinato, embora não seja o único.

A Comissão recebeu o nome em homenagem a Earl Warren, então presidente da Suprema Corte dos EUA, e contou com participação de senadores e deputados (um republicano e um democrata de cada Casa do Congresso), além do ex-diretor da CIA, Allen Dulles, e do alto funcionário John McCloy.

Outras investigações, conduzidas por comissões governamentais e legislativas nas décadas seguintes, chegaram a questionar algumas conclusões do relatório original.

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Como os EUA estão perdendo a corrida do “Sol artificial” para a China

China e EUA estão em uma corrida para desenvolver a primeira usina de fusão nuclear em escala de rede. Após décadas de liderança estadunidense, a China vem se aproximando, investindo o dobro dos recursos e construindo projetos em velocidade recorde.

Frequentemente chamada de “santo graal” da energia limpa, a fusão nuclear produz quatro vezes mais energia por quilograma de combustível do que a fissão nuclear tradicional e quatro milhões de vezes mais do que a queima de carvão, sem emitir gases de efeito estufa ou gerar resíduos radioativos de longa duração.

Se tudo correr conforme o planejado, o mercado pode ultrapassar US$ 1 trilhão (R$ 5,68 trilhões, na conversão direta) até 2050, segundo a Ignition Research. Mas existe um grande obstáculo: “O único reator de fusão em funcionamento no Universo, no momento, são as estrelas”, afirmou Dennis Whyte, professor de ciência e engenharia nuclear no MIT, à CNBC.

Imagem de satélite de grande projeto nuclear em Mianyang (China), que parece incluir quatro compartimentos de laser apontando para uma cúpula de contenção do tamanho aproximado de um campo de futebol, quase duas vezes maior que a Instalação Nacional de Ignição e Fusão dos EUA (Imagem: Laboratórios Planetários PBC)

EUA, China e a luta pela fusão nuclear

  • Os EUA foram pioneiros na utilização em larga escala da fusão com o teste da bomba de hidrogênio em 1952;
  • Nos mais de 70 anos seguintes, cientistas do mundo todo têm lutado para dominar as reações de fusão e convertê-las em energia elétrica;
  • As reações de fusão ocorrem quando os átomos de hidrogênio atingem temperaturas tão extremas que se fundem, formando gás superaquecido conhecido como plasma;
  • A massa “perdida” durante esse processo pode, em teoria, ser convertida em enormes quantidades de energia, mas controlar o plasma é um desafio;
  • Um dos métodos mais populares utiliza ímãs poderosos para suspender e controlar o plasma dentro de um tokamak – dispositivo metálico com formato de uma rosquinha;
  • Outra abordagem emprega lasers de alta energia direcionados a um pellet de combustível do tamanho de uma pimenta-do-reino, comprimindo-o e fazendo-o implodir rapidamente.

Foi dessa forma que os EUA alcançaram a histórica ignição da fusão, gerando energia líquida positiva no Lawrence Livermore National Ignition Facility (NIF) em 2022.

Desde então, o investimento privado em startups de fusão nos Estados Unidos disparou para mais de US$ 8 bilhões (R$ 45,47 bilhões) – salto significativo em relação aos US$ 1,2 bilhão (R$ 6,82 bilhões) investidos em 2021, de acordo com a Fusion Industry Association (FIA). Das 40 empresas associadas à FIA, 25 estão sediadas nos EUA.

Enquanto isso, a energia nuclear tradicional – baseada na fissão – também tem atraído grandes investimentos, impulsionada pelas gigantes da tecnologia que buscam suprir a crescente demanda de energia dos data centers de inteligência artificial (IA). Empresas, como Amazon, Google e Meta, se comprometeram a triplicar a energia nuclear mundial até 2050.

“Se você se importa com a IA e com a liderança em energia, precisa investir em fusão”, declarou Andrew Holland, CEO da FIA. “Se os Estados Unidos não liderarem, a China o fará.”

Apesar de os EUA terem a maior quantidade de usinas nucleares ativas, a China lidera em termos de novos projetos. Mesmo tendo iniciado a construção de seu primeiro reator quase quatro décadas depois dos EUA, o país asiático, agora, constrói muito mais usinas de fissão do que qualquer outra nação.

A entrada da China na corrida da fusão se deu no início dos anos 2000 – cerca de 50 anos após os EUA – quando o país se juntou a mais de 30 nações no megaprojeto ITER, sediado na França. Contudo, o ITER tem enfrentado grandes atrasos.

Embora a competição se dê entre países, o setor privado estadunidense ainda lidera. Dos US$ 8 bilhões (R$ 45,47 bilhões) investidos globalmente em fusão, US$ 6 bilhões (R$ 34,1 bilhões) estão concentrados nos EUA, segundo a FIA.

Entre as startups, a Commonwealth Fusion Systems, originada no MIT, arrecadou quase US$ 2 bilhões (R$ 11,36 bilhões) de investidores, como Bill Gates, Jeff Bezos e Google.

A Helion, com sede em Washington (EUA), captou US$ 1 bilhão (R$ 5,68 bilhões) de investidores, entre eles, Sam Altman, da OpenAI, e firmou acordo ambicioso com a Microsoft para levar energia de fusão à rede elétrica até 2028. Já a TAE Technologies, apoiada pelo Google, levantou US$ 1,2 bilhão (R$ 6,82 bilhões).

Quem possui energia abundantemente ilimitada pode impactar tudo o que se imaginar”, afirmou Michl Binderbauer, CEO da TAE Technologies. “Isso é assustador se cair em mãos erradas.”

No que diz respeito ao financiamento público, a China está muito à frente. Pequim investe cerca de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,52 bilhões) por ano no setor, enquanto os repasses federais dos EUA para a fusão têm girado em torno de US$ 800 milhões (R$ 4,54 bilhões) anuais nos últimos anos, conforme dados do Office of Fusion Energy Sciences do Departamento de Energia dos EUA.

O apoio presidencial também variou. Durante o primeiro mandato de Donald Trump, houve impulso ao suporte nuclear – inclusive para a fusão – e essa tendência continuou sob o governo do ex-presidente Joe Biden. Contudo, o cenário para o segundo mandato de Trump permanece incerto, especialmente em meio à redução maciça dos investimentos federais.

Senadores e especialistas em fusão dos EUA publicaram, em fevereiro, relatório que pedia US$ 10 bilhões (R$ 56,84 bilhões) em fundos federais para evitar que o país perdesse sua liderança.

Porém, os EUA podem já ter perdido vantagem no quesito tamanho dos reatores. Em geral, quanto maior a área do reator, mais eficiente é o aquecimento e confinamento do plasma, aumentando as chances de se obter energia líquida positiva.

Imagens de satélite, fornecidas à CNBC pela Planet Labs, mostram a rápida construção de enorme complexo de fusão a laser na China. A cúpula de contenção, onde ocorrerá a reação de fusão, tem, aproximadamente, o dobro do tamanho do NIF, projeto estadunidense de fusão a laser, conforme informou Decker Eveleth, da CNA Corporation. Segundo Holland, a instalação chinesa provavelmente funcionará como híbrido de fusão-fissão.

“Um híbrido de fusão-fissão é como replicar uma bomba, mas como usina elétrica. Isso nunca funcionaria nem seria permitido em um país como os Estados Unidos, onde o regime regulatório exige rigorosos padrões de segurança”, explicou Holland. “Mas, em um contexto como o da China, onde as opiniões locais têm menos peso, se o governo decidir, a obra segue.”

O projeto nacional de tokamak da China, o EAST, tem batido recordes, disputando com o projeto WEST, da França, pelo tempo mais longo de contenção de plasma em um reator – embora esse feito seja menos impactante do que atingir energia líquida positiva.

Outro grande projeto financiado pelo Estado, o CRAFT, deverá ser concluído ainda este ano. Com investimento de US$ 700 milhões (R$ 3,97 bilhões) em espaço de 40 hectares no leste do país, o CRAFT também abrigará um novo tokamak, o BEST, que deve ser finalizado em 2027.

Segundo Holland, o projeto CRAFT da China segue plano estadunidense publicado por centenas de cientistas em 2020. “O Congresso não fez nada para investir os recursos necessários para colocar isso em prática. Nós publicamos o plano e, os chineses, então, o construíram”, afirmou.

Além disso, a startup estadunidense Helion informou à CNBC que alguns projetos chineses estão copiando seus designs patenteados. “Na China, estamos vendo agências estatais investindo em empresas para replicar os projetos de empresas estadunidenses”, comentou David Kirtley, fundador e CEO da Helion.

Tokamak SPARC da Commonwealth Fusion Systems
Tokamak SPARC da Commonwealth Fusion Systems; ele está programado para usar ímãs supercondutores para atingir a ignição por fusão em 2027 (Imagem:
Sistemas de fusão da Commonwealth)

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O rápido lançamento dos novos projetos de fusão na China ocorre em momento em que os esforços nos EUA se concentram, principalmente, na modernização de instalações já existentes – algumas com mais de 30 anos.

Ninguém quer trabalhar com máquinas obsoletas”, afirmou Binderbauer, da TAE, acrescentando que novos projetos atraem mais talentos e que isso tem causado uma espécie de “fuga de cérebros”. Nos anos 2000, cortes nos orçamentos de pesquisa em fusão obrigaram universidades estadunidenses a interromper a construção de novos equipamentos, enviando pesquisadores para aprender com os equipamentos de outros países, inclusive dos chineses.

“Em vez de construir novos reatores, fomos para a China e ajudamos a construir os deles, pensando: ‘Que ótimo, eles terão a instalação e nós aprenderemos’”, comentou Bob Mumgaard, cofundador e CEO da Commonwealth Fusion Systems. “Mas isso foi um grande erro.

Atualmente, a China detém o maior número de patentes em fusão e possui dez vezes mais doutorados em ciência e engenharia de fusão do que os EUA, conforme relatório da Nikkei Asia. “Há um número finito de profissionais qualificados no Ocidente para os quais todas as empresas concorrem”, afirmou Binderbauer, ressaltando que isso representa uma limitação fundamental.

Além da mão de obra, os projetos de fusão exigem enorme quantidade de materiais, como ímãs de alta potência, metais específicos, capacitores e semicondutores de potência. Kirtley, da Helion, comentou que o cronograma do mais recente protótipo da empresa, o Polaris, foi determinado pela disponibilidade de semicondutores.

A China também está se movendo para dominar a cadeia de suprimentos desses materiais, seguindo estratégia semelhante à que a ajudou a conquistar liderança em painéis solares e baterias para veículos elétricos. “A China está investindo dez vezes mais do que os EUA em desenvolvimento de materiais avançados. Precisamos mudar isso”, afirmou Kirtley.

A empresa de fusão Energy Singularity, sediada em Xangai (China), afirmou à CNBC que se beneficia “indubitavelmente” da cadeia de suprimentos eficiente da China. Em junho, a Energy Singularity divulgou que conseguiu criar plasma em tempo recorde, apenas dois anos após iniciar o projeto do seu tokamak.

Apesar dos avanços, ainda estamos longe de alcançar a fusão nuclear em escala comercial. A Helion pretende ser a primeira, com meta para 2028, enquanto a Commonwealth anunciou um local na Virgínia (EUA) para inaugurar a primeira usina de fusão, a ARC, no início dos anos 2030.

“Mesmo que os primeiros reatores sejam instalados nos EUA, não devemos nos acomodar”, ressaltou o professor Whyte, do MIT. “O verdadeiro objetivo é ter uma indústria de fusão madura, produzindo energia para ser utilizada globalmente, inclusive em centros de IA.”

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De Ben Stiller a Cate Blanchett: artistas furiosos com Google e OpenAI

Uma carta enviada ao Gabinete de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca reúne assinaturas de mais de 400 líderes criativos pedindo a proteção de regras de direitos autorais nos Estados Unidos, segundo a revista Variety. Leia o documento na íntegra abaixo.

A lista de cineastas, escritores, atores e músicos inclui nomes como Ben Stiller, Mark Ruffalo, Cynthia Erivo, Cate Blanchett, Cord Jefferson, Paul McCartney, Ron Howard e Taika Waititi.

A carta foi redigida em resposta a recentes submissões feitas pela OpenAI e pelo Google defendendo que a lei de direitos autorais dos EUA deveria permitir o treinamento de IA usando obras protegidas sem a necessidade de permissão de seus autores.

(Imagem: photoquest7/iStock)

“Acreditamos firmemente que a liderança global em IA dos Estados Unidos não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais”, diz o texto. “A América não se tornou uma potência cultural global por acidente. Nosso sucesso decorre diretamente do nosso respeito fundamental pelos direitos autorais.”

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O que dizem as empresas

A OpenAI propôs que os Estados Unidos “tomem medidas para garantir que o sistema de direitos autorais continue a apoiar a liderança americana em IA e a segurança econômica e nacional americana”, incluindo “trabalhar para impedir que países menos inovadores imponham seus regimes legais às empresas americanas de IA e retardem a taxa de progresso”.

O Google defendeu “regras de direitos autorais equilibradas, como exceções de uso justo e mineração de texto e dados”, que a empresa disse ter sido “essencial para permitir que sistemas de IA aprendam com conhecimento prévio e dados disponíveis publicamente, desbloqueando avanços científicos e sociais”.

Fachada da Casa Branca
Artistas acusam empresas de tecnologia de pedir “isenção especial” para explorar lei (Imagem: Chiarascura/Shutterstock)

A gigante da tecnologia alega ainda que a mudança não impactaria “significativamente os detentores de direitos e evitam negociações frequentemente altamente imprevisíveis, desequilibradas e demoradas com detentores de dados durante o desenvolvimento de modelos ou experimentação científica”.

Recentemente, uma discussão semelhante sobre alterações em regras de direitos autorais no Reino Unido mobilizou a indústria criativa do país e uniu jornais em uma campanha inédita, como relatou o Olhar Digital.

Íntegra do documento

Olá amigos e estranhos. Como vocês devem saber, recentemente houve uma recomendação da OpenAI e do Google para a atual Administração dos EUA que está ganhando força alarmante para remover todas as proteções legais e barreiras existentes em torno das proteções da lei de direitos autorais para o treinamento de Inteligência Artificial. Esta reescrita da lei estabelecida em favor do chamado “Uso Justo” precisava de uma resposta inicial até as 23h59 ET de sábado, então enviamos uma carta inicial com os signatários que tínhamos naquela época. Agora continuamos aceitando assinaturas para uma emenda à nossa declaração inicial. Sinta-se à vontade para encaminhar isso a qualquer pessoa que você ache que possa estar investida na manutenção ética de sua propriedade intelectual. Você pode adicionar seu nome e quaisquer guildas ou sindicatos ou descrição de si mesmo que achar apropriado, mas não edite a carta em si. Muito obrigado por divulgar isso em uma noite de sábado!

A resposta de Hollywood ao Plano de Ação de Inteligência Artificial do governo e a necessidade de que a lei de direitos autorais seja mantida.

Nós, os membros da indústria do entretenimento dos Estados Unidos — representando uma intersecção de diretores de fotografia, diretores, produtores, atores, escritores, estúdios, produtoras, músicos, compositores, figurinistas, designers de som e produção, editores, chefes, membros do sindicato e da academia, e outros profissionais de conteúdo criativos e dedicados — enviamos esta declaração unificada em resposta à solicitação da Administração por contribuições sobre o Plano de Ação de IA.

Acreditamos firmemente que a liderança global em IA dos Estados Unidos não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais. A indústria de artes e entretenimento dos Estados Unidos sustenta mais de 2,3 milhões de empregos americanos com mais de US$ 229 bilhões em salários anualmente, ao mesmo tempo em que fornece a base para a influência democrática americana e o soft power no exterior. Mas as empresas de IA estão pedindo para minar essa força econômica e cultural enfraquecendo as proteções de direitos autorais para filmes, séries de televisão, obras de arte, textos, músicas e vozes usadas para treinar modelos de IA no cerne de avaliações corporativas multibilionárias.

Não se engane: essa questão vai muito além da indústria do entretenimento, pois o direito de treinar IA em todo conteúdo protegido por direitos autorais impacta todas as indústrias de conhecimento dos Estados Unidos. Quando empresas de tecnologia e IA exigem acesso irrestrito a todos os dados e informações, elas não estão apenas ameaçando filmes, livros e música, mas o trabalho de todos os escritores, editores, fotógrafos, cientistas, arquitetos, engenheiros, designers, médicos, desenvolvedores de software e todos os outros profissionais que trabalham com computadores e geram propriedade intelectual. Essas profissões são o cerne de como descobrimos, aprendemos e compartilhamos conhecimento como sociedade e como nação. Essa questão não é apenas sobre liderança em IA ou sobre economia e direitos individuais, mas sobre a liderança contínua dos Estados Unidos na criação e posse de propriedade intelectual valiosa em todos os campos.

Está claro que o Google (avaliado em US$ 2 trilhões) e a OpenAI (avaliada em mais de US$ 157 bilhões) estão argumentando por uma isenção especial do governo para que possam explorar livremente as indústrias criativas e de conhecimento dos Estados Unidos, apesar de suas receitas substanciais e fundos disponíveis. Não há razão para enfraquecer ou eliminar as proteções de direitos autorais que ajudaram os Estados Unidos a florescer. Não quando as empresas de IA podem usar nosso material protegido por direitos autorais simplesmente fazendo o que a lei exige: negociando licenças apropriadas com detentores de direitos autorais — assim como todas as outras indústrias fazem. O acesso ao catálogo criativo de filmes, textos, conteúdo de vídeo e música dos Estados Unidos não é uma questão de segurança nacional. Eles não exigem uma isenção obrigatória do governo da lei de direitos autorais existente nos Estados Unidos.

A América não se tornou uma potência cultural global por acidente. Nosso sucesso decorre diretamente do nosso respeito fundamental pela PI e direitos autorais que recompensam a tomada de riscos criativos por americanos talentosos e trabalhadores de todos os estados e territórios. Por quase 250 anos, a lei de direitos autorais dos EUA equilibrou os direitos do criador com as necessidades do público, criando a economia criativa mais vibrante do mundo. Recomendamos que o Plano de Ação de IA Americano mantenha as estruturas de direitos autorais existentes para manter a força das indústrias criativas e de conhecimento dos EUA, bem como a influência cultural americana no exterior.

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Tensão no Oriente Médio: porta-aviões dos EUA tem 5 mil tripulantes e até lojas

As tensões no Oriente Médio voltaram a crescer após um ataque realizado pelos Estados Unidos contra os Houthis, um grupo rebelde do Iêmen que é apoiado pelo Irã. No total, 53 pessoas morreram e 98 ficaram feridas.

O presidente Donald Trump ordenou o bombardeio para defender ativos de transporte marítimos norte-americanos e impedir ameaças terroristas. Nos últimos meses, os rebeldes têm realizado ataques contra navios comerciais que circulam pelo Mar Vermelho.

Entenda o que está acontecendo na região

  • As ações dos Houthis começaram no final de 2023.
  • O grupo alega que os ataques são uma forma de demonstrar apoio aos palestinos e repudiar as ações de Israel na guerra na Faixa de Gaza.
  • Em janeiro deste ano, eles interromperam as operações após um acordo de cessar-fogo na região.
  • No entanto, com as incertezas sobre os próximos passos do conflito, os rebeldes anunciaram que estavam planejando bombardear outros navios.
  • Essa declaração motivou a reação dos EUA.
Ação dos rebeldes tem ligação com os combates em Gaza (Imagem: Below the Sky/Shutterstock)

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Porta-aviões USS Harry S. Truman

Para atingir os rebeldes iemenitas, as forças dos EUA utilizaram o porta-aviões USS Harry S. Truman. Descrito como uma “cidade no mar”, ele tem capacidade para transportar 90 aeronaves e mais de 5 mil tripulantes, possuindo até lojas a bordo.

A embarcação foi lançada oficialmente em setembro de 1996 e é o nono porta-aviões produzido pelos Estados Unidos movido a energia nuclear. Ele também faz parte da Classe Nimitz, que foi inaugurada durante a Guerra Fria.

Porta-aviões pode transportar até 90 aeronaves simultaneamente (Imagem: Gail Heaton/Shutterstock)

O navio tem 333 metros de comprimento e pesa cerca de 100 mil toneladas. Ele pode atingir uma velocidade de até 56 km/h. Desde o início dos anos 2000, o USS Harry S. Truman é equipado com internet e recentemente passou a disponibilizar conexão wi-fi para os tripulantes.

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Como o Vale do Silício quer conquistar o mercado de defesa dos EUA

Empresas de capital de risco, que há anos investem em startups de defesa nos EUA, agora, direcionam suas atenções para Israel, aplicando recursos em companhias de tecnologia militar que surgiram após os conflitos em Gaza e no Líbano.

A estratégia de investir em empresas israelenses parte da convicção de que elas terão cada vez mais oportunidades de disputar contratos tanto nos EUA quanto em países europeus, onde os gastos com defesa tendem a crescer nos próximos anos.

Um exemplo disso é a startup Kela, que, recentemente, atraiu aportes de dois dos maiores fundos de capital de risco dos EUA dedicados ao setor de defesa – além do investimento do braço de capital da CIA.

David Cahn, da Sequoia Capital, responsável por financiar toda a rodada inicial da Kela, afirmou ao The Wall Street Journal: “Esta é a primeira grande aposta de venture capital em Israel.” Em seguida, a Lux Capital participou da rodada Série A, elevando o montante total arrecadado pela empresa para US$ 39 milhões (R$ 171,22 milhões, na conversão direta).

O produto da Kela não é uma arma convencional, como drones ou mísseis, mas um software capaz de integrar tecnologias comerciais e militares para aplicações como a defesa de fronteiras.

Startup israelense Kela fornece software para aplicações, como defesa de fronteiras; seus fundadores incluem, da esquerda: Jason Manne, Hamutal Meridor, Alon Dror e Omer Bar-Ilan (Imagem: Divulgação/KELA)

Esse sistema representa apenas o começo dos planos da companhia, que ambiciona disputar contratos para desenvolver e integrar sistemas de armamentos mais complexos, conforme explica a cofundadora e presidente Hamutal Meridor. “Fora de Israel, nos EUA e na Europa, nosso foco serão os grandes programas”, afirmou.

Vale do Silício aposta em startups israelenses para chegar no mercado de defesa dos EUA

  • Enquanto Israel espera que haja fluxo maior de investimentos significativos no setor de tecnologia de defesa – atualmente dominado por gigantes, como Elbit Systems, Israel Aerospace Industries e Rafael Advanced Defense Systems –, o país já sediou, em dezembro, seu primeiro summit de defesa tecnológica. O evento, organizado pelo Ministério da Defesa e pela Universidade de Tel Aviv, reuniu investidores, empresas e autoridades governamentais;
  • Lorne Abony, da Texas Venture Partners, destacou no encontro que “vivemos um renascimento na tecnologia de defesa que se encaixa perfeitamente no ecossistema que temos em Israel”;
  • A empresa de Abony, lançada no ano passado com US$ 50 milhões (R$ 285,38 milhões), tem como objetivo investir em firmas de defesa israelenses;
  • Mesmo sendo novas no mercado, as startups israelenses de defesa contam com histórico tecnológico de excelência. “A chance de se criar um unicórnio tecnológico por meio de um investimento em Israel é cinco vezes e meia maior do que com um investimento nos EUA”, ressalta Abony, que, vale notar, não investiu na Kela.

Por sua vez, as startups de defesa estadunidenses já ganham destaque na administração do presidente Donald Trump. Elon Musk, CEO da SpaceX – também um importante contratante de defesa – está à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).

Além disso, a mudança de foco do Pentágono para novas tecnologias tem impulsionado empresas apoiadas no Vale do Silício, como a Palantir Technologies – cuja ação disparou após a última eleição presidencial – e a Anduril Industries, que se prepara para fechar sua última rodada de investimentos com avaliação de US$ 28 bilhões (R$ 159,81 bilhões).

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Aposta estratégica

Os fundos de capital de risco estadunidenses não são estranhos ao ecossistema de startups israelenses. Empresas de cibersegurança – muitas fundadas por ex-integrantes da renomada Unidade 8200já se beneficiaram dos aportes do Vale do Silício. Além disso, Israel possui diversas startups de drones, como a Xtend, cujos veículos aéreos não tripulados já foram empregados pelo exército israelense em Gaza.

A Startup Nation Central, organização sem fins lucrativos sediada em Tel Aviv (Israel), acompanha mais de 300 empresas israelenses que atuam no setor de defesa, número que dobrou em relação ao ano anterior, segundo seu CEO, Avi Hasson.

Para Hasson, o investimento expressivo na Kela demonstra a confiança dos investidores no potencial das startups israelenses de defesa. “É uma aposta estratégica tanto no mercado quanto nos empreendedores e no setor”, afirmou.

Contudo, as startups dos EUA, que conquistam apenas cerca de 1% dos contratos do Departamento de Defesa, enfrentam batalha difícil para competir com os cinco maiores grupos de defesa estadunidenses.

O desafio para uma empresa israelense adentrar o mercado do Pentágono pode ser ainda maior. Raj Shah, da Shield Capital, comenta que “há grande e crescente montante de recursos de venture capital investindo no fato de que os governos estão ampliando os gastos com defesa – e, mais importante, direcionando esses recursos para novas startups. A dúvida é se o Pentágono vai comprar de empresas não estadunidenses. Ainda não sabemos a resposta para isso”, ponderou.

A abordagem da Kela segue linha semelhante à adotada pela Palantir em seus primeiros anos, quando a empresa expandiu sua base de clientes com “engenheiros de software destacados que operavam junto aos soldados, em locais, como o Afeganistão”.

De forma análoga, a Kela promove seus engenheiros como “tecnoguerreiros” – profissionais que combinam expertise técnica com experiência em combate, capazes de compartilhar aprendizados adquiridos no campo de batalha com clientes dos EUA e da Europa.

As semelhanças com a Palantir não são por acaso. Hamutal Meridor, que já atuou como gerente geral da Palantir em Israel, utiliza retórica similar à do CEO da Palantir, Alex Karp, que costuma descrever a missão de sua empresa de forma quase messiânica, como uma luta para “salvar o Ocidente”.

“A criação da Kela está fortemente ligada ao 7 de outubro, obviamente. E percebemos que o Ocidente ainda vive sob a sombra do 6 de outubro. Sentimos que nossa missão é evitar que o Ocidente enfrente um novo 7 de outubro”, declarou Meridor.

Uma série de prédios vistos de baixo para cima
Vale do Silício vê startups israelenses com bons olhos (Imagem: PHOTOGRAPHY IS ON/Shutterstock)

Alon Dror, CEO e cofundador da Kela, conta que a empresa se apoia intensamente na experiência de combate adquirida por Israel após o 7 de outubro. Ele relembrou que, na véspera de uma operação terrestre contra o Hezbollah no Líbano, circulou entre os pelotões para contar equipamentos – constatando que cada comandante de pelotão ou companhia dispunha de apenas alguns óculos de visão noturna.

Em contraste, as forças do Hezbollah possuíam um par de óculos para cada combatente, adquiridos online, o que, segundo Dror, “é surpreendente”. Dror ressaltou que a plataforma de software da Kela foi desenvolvida para permitir a integração de tecnologias comerciais e militares, como óculos de visão noturna, sensores e inteligência artificial (IA).

Brandon Reeves, sócio da Lux Capital, enfatiza que a experiência militar dos colaboradores da Kela é um diferencial decisivo. Ele observa que, entre os engenheiros das cinco maiores empresas de defesa dos EUA, a participação em combates é praticamente inexistente – enquanto, na Kela, essa característica se aproxima de 100%, “é uma DNA totalmente diferente.”

Clayton Williams, diretor da filial do Reino Unido da IQT (braço de capital de risco da CIA, anteriormente conhecido como In-Q-Tel), destacou que seu investimento na Kela se deu exatamente por conta desse tipo de vivência. “Empresas que aprendem diretamente dos campos de batalha e recebem feedback das linhas de frente estão evoluindo suas tecnologias a uma velocidade que, pessoalmente, nunca vi antes”, afirmou Williams.

Embora a IQT já tenha realizado outros investimentos em Israel, a Kela representa sua primeira participação direta em uma startup israelense voltada especificamente para o mercado militar. Apesar de seu aporte ser inferior aos feitos pela Sequoia e pela Lux, o selo de aprovação de um investimento da CIA tem ajudado outras empresas – como a Palantir – a entrar no setor de defesa. “Nós abrimos portas”, concluiu Williams.

Até mesmo os defensores das startups israelenses de defesa, como Abony, reconhecem que empresas bem-sucedidas em áreas, como cibersegurança e biotecnologia, muitas vezes, não estão preparadas para vender ao Pentágono.

A firma de Abony trabalha em estreita colaboração com companhias israelenses para aprimorar suas apresentações ao Departamento de Defesa dos EUA. “Chegamos a essa conclusão após observar diversas empresas investidas – ou potenciais investimentos – tentando apresentar propostas ao Departamento de Defesa e, francamente, foram péssimas. Não voltaremos a vê-las”, afirmou.

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A ‘empresa mais poderosa do mundo’ acenou a Trump. O que isso significa?

Nas últimas semanas, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciaram o fechamento de um acordo bilionário. Serão investidos US$ 100 bilhões (quase R$ 600 bilhões) na expansão das operações da empresa em solo norte-americano.

Durante o encontro que selou o negócio, o republicano chegou a chamar a fabricante de chips de “a empresa mais poderosa do mundo”. Apesar do potencial, a parceria tem gerado uma série de preocupações.

Taiwan teme que EUA abandonem proteção da ilha

O plano inclui a construção de três novas fábricas no Arizona, no mesmo local onde já opera sua unidade Fab 21, perto de Phoenix. A empresa ainda não especificou quais tecnologias serão produzidas nas novas instalações. A expectativa é gerar 40 mil empregos na construção civil nos próximos quatro anos, o dobro da estimativa inicial de 20 mil até o fim da década.

O clima em Taiwan, no entanto, não é de otimismo. Isso porque alguns acreditam que a expansão das operações nos EUA não é um bom negócio para a ilha, uma vez que pode diminuir a vontade da Casa Branca defender a região de um possível ataque da China.

Declarações de Trump põe em dúvida promessa de defesa de Taiwan pelos EUA (Imagem: Andy.LIU/Shutterstock)

A TSMC produz mais de 90% dos microchips avançados do mundo, que alimentam desde smartphones e inteligência artificial até armas. É por isso que muitos em Taiwan acreditam que esta dependência global serve como um “escudo de silício” contra invasões chinesas.

Manifestações recentes de Trump, entretanto, colocam em dúvida o apoio dos EUA (é importante lembrar que os taiwaneses dependem do apoio militar norte-americano). O republicano chegou a acusar Taiwan de “roubar” a indústria de semicondutores do país, além de afirmar que a ilha deveria pagar pela proteção da Casa Branca.

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Ao fundo, logo da TSMC; à frente, um chip
Empresa é a líder na fabricação de chips semicondutores (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Governo e TSMC minimizam riscos

  • Após o anúncio do acordo, o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, apareceu ao lado do CEO da TSMC, CC Wei, para minimizar os temores.
  • Ele disse que o investimento da empresa nos EUA não prejudicaria seu compromisso com a defesa da ilha.
  • Também garantiu que o território não “enfrentou nenhuma pressão de Washington” para fechar o negócio.
  • Wei, por sua vez, atribuiu o investimento à “forte demanda” de clientes norte-americanos como Apple, Nvidia, AMD, Qualcomm e Broadcom, que queriam reduzir os riscos potenciais da cadeia de suprimentos com chips fabricados localmente.
  • Ele também prometeu que, apesar do avanço nos EUA, a produção de tecnologias mais avançadas da TSMC deve continuar em Taiwan, onde a empresa mantém seus centros de desenvolvimento de processos de fabricação.

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Tentativas do “golpe do pedágio” disparam nos EUA  

O chamado “golpe do pedágio” saiu do controle nos Estados Unidos — e já incomoda até o FBI. As notificações do esquema quadruplicaram em volume do início de janeiro ao final de fevereiro deste ano, segundo relatório da empresa de segurança McAfee.

Mas as pessoas também estão mais conscientes das tentativas de golpe usando nomes de gestores de pedágios nos EUA. Na internet, as pesquisas pelo assunto aumentaram 900% nos últimos três meses, de acordo com a empresa de segurança cibernética Trend Micro. 

As principais cidades que estão na mira dos criminosos são Dallas, Atlanta, Los Angeles, Chicago e Orlando. Os textos citam diferentes controladoras, como o Peach Pass da Geórgia, o Sun Pass da Flórida ou o Texas Tag do Texas, de acordo com a CNBC.

Golpistas enviam SMS com falsa ameaça e link fictício para pagamento (Imagem: Reprodução/McAfee)

Um especialista consultado pela reportagem explicou que o golpe é barato e fácil. As pessoas podem ser facilmente persuadidas a pagar uma taxa de US$ 3 (R$ 17,22, na conversão direta) para evitar a suposta ameaça de multas ou revogação de licença. Mas as informações pessoais inseridas no link falso terão muito mais valor para os criminosos.

Como funciona o golpe?

  • As mensagens são enviadas em texto por SMS, informando que a pessoa tem uma conta de pedágio não paga e que precisa quitada imediatamente;
  • Como muitos golpes, a mensagem contém um link para pagamento que leva a vítima para um site de phishing, solicitando informações, como número de carteira de motorista, ou, até mesmo, número de Seguro Social;
  • Os dados coletados podem levar a fraude de identidade e, possivelmente, roubo de identidade, segundo a McAfee.
Página criada por golpistas para simular aparência de marca legítima (Imagem: Reprodução/McAfee)

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Os criminosos também criaram páginas da web e avisos com aparência legítima, usando design de papel timbrado digital de marca. O golpe saiu tanto do controle que a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) emitiu aviso com os seguintes conselhos (que também valem para casos no Brasil):

  • Não clique em nenhum link ou responda a textos inesperados. Golpistas querem que você reaja rapidamente, mas é melhor parar e verificar;
  • Verifique se o texto é legítimo.  Entre em contato com a agência de pedágio do estado usando um número de telefone ou site que você sabe que é realnão as informações do texto;
  • Denuncie e exclua mensagens de texto indesejadas.  Use a opção “denunciar lixo” do seu telefone para denunciar mensagens indesejadas ao seu aplicativo de mensagens. Depois de verificar e denunciar, exclua a mensagem.

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EUA: motor de avião da American Airlines pega fogo após pouso forçado

Na noite desta quinta-feira (13), um avião da American Airlines pegou fogo após realizar pouso forçado no Aeroporto Internacional de Denver (EUA). A aeronave em questão é um Boeing 737-800, operando no voo 1006 da American Airlines, procedente de Colorado Springs (EUA).

O piloto precisou desviar o avião de seu destino original, que era Dallas (EUA), após a tripulação relatar vibrações no motor, culminando em um incêndio que obrigou a evacuação de todos a bordo, segundo a Reuters.

Modelo que pegou fogo é um Boeing 737-800 com 13 anos de uso (Imagem: Markus Mainka/Shutterstock)

Abaixo, confira mais imagens do incidente:

Como o motor do avião da American Airlines pegou fogo

  • Por volta das 17h15 (horário local), 20h15 (horário de Brasília), o avião pousou com segurança em Denver (EUA) e iniciou o taxiamento rumo ao portão, quando um problema relacionado ao motor passou a se manifestar;
  • Imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram momentos tensos: passageiros foram vistos posicionados na asa da aeronave e os slides de emergência foram acionados para facilitar a evacuação, enquanto uma densa fumaça se espalhava pelo motor;
  • De acordo com informações da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) e da própria American Airlines, os 172 passageiros e seis tripulantes conseguiram desembarcar sem maiores incidentes;
  • Entretanto, seis passageiros necessitaram de atendimento médico e foram encaminhados a um hospital local para avaliações complementares.

O incidente aconteceu em um Boeing 737-800 com 13 anos de operação, equipado com dois motores CFM56, fabricados pela CFM International – joint venture de GE e Safran. Segundo a FAA, o caso será investigado minuciosamente para determinar a causa exata do incêndio, enquanto a Boeing preferiu encaminhar as indagações à American Airlines e aos órgãos responsáveis pela investigação.

Em comunicado, a American Airlines destacou que, após o pouso seguro e a chegada ao portão, a situação foi rapidamente controlada graças à ação decisiva dos tripulantes, da equipe de solo em Denver e dos primeiros socorristas, garantindo que a segurança de todos fosse a prioridade máxima.

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Problemas constantes em aviões em 2025

Este episódio é o mais recente de uma série de incidentes que têm levantado preocupações acerca da segurança na aviação estadunidense.

Entre os acontecimentos mais graves, destaca-se a colisão ocorrida em 29 de janeiro entre um jato regional da American Airlines e um helicóptero do Exército, que resultou na trágica perda de 67 vidas.

Adicionalmente, incidentes recentes, como a capotagem de um avião regional da Delta Air Lines durante o pouso em Toronto (Canadá), que deixou 18 feridos, têm contribuído para o debate sobre a necessidade de melhorias contínuas nos protocolos de segurança e manutenção das aeronaves.

Mapa indicando a rota do avião e dados sobre ele
Mapa mostra desvio de rotada do avião e informações do modelo e voo (Imagem: Reprodução/FlightRadar24)

O Brasil e outros países também vêm testemunhando diversos acidentes aéreos. Por aqui, até o momento, pelo menos três ocorrências mais graves foram registradas, além várias outras de menor intensidade e que não registraram mortos.

Enquanto as investigações sobre o incêndio prosseguem, especialistas enfatizam a importância de revisões constantes nos procedimentos operacionais e de manutenção, a fim de prevenir futuros incidentes e assegurar a confiança dos passageiros na aviação.

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