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Etanol e hidrogênio: USP estuda o futuro da mobilidade

Uma célula a combustível de hidrogênio, um cilindro de armazenamento e uma membrana para célula a combustível de hidrogênio doados por uma subsidiária da GWM serão usados em pesquisas de descarbonização na Universidade de São Paulo (USP).

Os experimentos serão conduzidos no Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da instituição, que recebeu a doação da empresa FTXT, especializada em tecnologia de hidrogênio, segundo o Jornal da USP.

A cerimônia realizada no mês passado contou com a presença de delegações da China, incluindo autoridades e representantes empresariais da província de Hebi e da cidade de Baoding, onde fica a sede da GWM.

Pesquisador testa células de etanol em laboratório para produzir energia de forma sustentável (Imagem: Cecília Bastos/USP Imagens)

“Sabemos que a USP é a universidade mais renomada da América Latina, e todos os indicadores demonstram a qualidade de seus talentos em diversas áreas. Vejo grande potencial para parcerias e intercâmbios significativos em pesquisas nas áreas de medicina, energias renováveis ​​e humanidades”, disse o prefeito Dang Xiaolong ao jornal.

Inovações a caminho

O foco será a viabilidade do uso de etanol em veículos pesados, que, atualmente, dependem do diesel, um dos combustíveis fósseis que mais contribuem para a poluição atmosférica. O teste será feito em um caminhão enviado pela GWM da China.

Células a combustível de hidrogênio podem ser uma alternativa sustentável por não emitirem gases de efeito estufa e garantirem grande autonomia, podendo ser carregadas de forma rápida com poucas quantidades, como ocorre atualmente com veículos convencionais.

O sistema que converte a energia química do hidrogênio em eletricidade foi projetado inicialmente para atender veículos pesados, mas testes estão sendo realizados na China, Japão, Alemanha e Canadá para ampliá-los para automóveis de passeio.

Cerimônia realizada no mês passado contou com a presença de delegações da China (Imagem: Cecília Bastos/USP Imagens)

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Parceria consolidada

O centro já vem realizando pesquisas sobre efeito estufa com cientistas de diversas áreas, como engenharia, biologia, direito e psicologia. Os pesquisadores envolvidos vêm de 21 estados brasileiros, além de 60 estrangeiros, segundo a reportagem.

Recentemente, a universidade inaugurou o Centro USP-China, que fomenta a cooperação acadêmica, científica e tecnológica entre os países. A troca de conhecimento foca nas áreas de agricultura, ciências naturais, saúde, engenharia, arquitetura e humanidades.

“Brasil e China compartilham diversos desafios, incluindo a transição energética para reduzir as emissões de carbono. Trabalhar juntos para superar esses desafios representa uma grande oportunidade, já que a China se tornou um dos principais players globais neste setor”, disse o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior ao jornal.

Foco será a viabilidade do uso de etanol em veículos pesados (Imagem: Cecília Bastos/USP Imagens)

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Japão compra jatos da Embraer — e quer combustível brasileiro

A Embraer fechou acordo com a principal empresa japonesa do setor aéreo que vai render R$ 10 bilhões à companhia brasileira. A companhia All Nippon Aiways optou por 15 modelos E-190 e informou que pretende adquirir outras cinco aeronaves em um futuro breve.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (26) pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que participa de uma comitiva no país asiático. Segundo ele, o contrato sela a confiança dos japoneses, abrindo caminho para parcerias com outras nações.

“Com a venda dos aviões para os mercados internacionais, precisaremos preparar mão-de-obra brasileira, estruturando nosso grande plano de preparar nossos jovens para esse novo mercado de trabalho da aviação”, disse o ministro.

Embraer quer ampliar participação no mercado internacional (Imagem: Embraer/Divulgação)

Além disso, há conversas entre Embraer e investidores para o desenvolvimento da aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical (eVTOL), popularmente conhecido como “carro voador”. A companhia brasileira fechou uma joint venture com uma empresa japonesa para produzir os motores elétricos.

O plano é disponibilizar esse tipo de veículo para o mercado até o final de 2027. Regiões com trânsito intenso, como São Paulo, Los Angeles ou Nova York, seriam priorizadas.

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De olho no futuro

O governo brasileiro diz que avançou nas negociações para venda do Combustível Sustentável de Aviação (SAF) ao setor de aviação japonês, garantindo uma alternativa ao combustível de origem fóssil.

Governo brasileiro diz que avançou nas negociações para venda do Combustível Sustentável de Aviação (Imagem: Embraer/Divulgação)

O etanol produzido a partir da cana-de-açúcar tem sido promovido pela comitiva como uma opção sustentável que pode ser obtida também de resíduos da agricultura, óleo de cozinha usado, gorduras e milho, entre outros, puros ou misturados.

“O SAF é um combustível que é constituído de etanol. Portanto, é significativo para indústria do agronegócio brasileiro. Além disso, estamos trabalhando ao lado de todos os ministros do Japão, inclusive o primeiro-ministro, para que 10% do combustível aqui no Japão seja feito de etanol”, informou o ministro Silvio Costa Filho.

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