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Como funciona o 1º exoesqueleto do mundo com IA e ‘memória muscular’

A German Bionic lançou o que diz ser o primeiro exoesqueleto para humanos do mundo com inteligência artificial (IA) aumentada. Chamado de Exia, seu diferencial é a capacidade de aprender e se adaptar aos movimentos do usuário na hora de ajudá-lo a carregar peso, segundo a empresa.

O equipamento pesa sete quilos e oferece assistência para até 38 quilos. Na prática, ele faz com que um item de 30 quilos, por exemplo, pareça pesar cinco quilos para o usuário. Pelo menos, é o que afirma a German Bionic.

Exoesqueleto pode parecer pesado, mas faz usuário se sentir ‘forte, alto e capaz’, diz CPO

O CPO da empresa, Norma Steller, reconhece que o Exia pode parecer “estranho e pesado no início”. Mas, após ativá-lo, “você se sente forte, alto e capaz”, disse o executivo ao The Next Web.

Exia pode parecer “estranho e pesado no início” – afinal, é como se fosse uma mochila de sete quilos (Imagem: Divulgação/German Bionic)

Como o exoesqueleto da German Bionic funciona

  • Vestir: usuário coloca como se fosse mochila;
  • Detecção: sensores identificam movimentos (levantar, caminhar, curvar);
  • Ativação: motor de elevação adaptativo entra em ação automaticamente;
  • Assistência: sistema amplifica força e apoia movimentos;
  • Recarga: acoplamento para recarregar bateria no fim do turno.

Entre as funcionalidade adicionais do exoesqueleto da German Bionic, estão:

  • Coleta de dados sobre movimentos;
  • Identificação de comportamentos que aumentam risco de lesão;
  • Monitoramento de repetição excessiva;
  • Detecção de movimentos inadequados de levantamento/torção.
Montagem com exoesqueleto Exia, da German Bionic, feito para humanos
Exoesqueleto da German Bionic tem motor de elevação adaptativo que entra em ação automaticamente (Imagem: Divulgação/German Bionic)

O Exia pode ser útil para trabalhadores de setores como logística e construção civil. Atualmente, o exoesqueleto está disponível na América do Norte, Europa e Reino Unido. Seu preço varia conforme requisitos, quantidade e dados desejados, informou a empresa.

CEO considera Exia um ‘avanço’ para aprimoramento humano por meio da tecnologia

“O Exia não apenas responde ou mesmo apenas pensa – ele realmente aprende“, disse Armin G. Schmidt, CEO e cofundador da German Bionic. Isso é um “avanço” – palavra do CEO – do aprimoramento tecnológico para humanos.

  • O que esses palavrões significam juntos: pessoas usando tecnologia para aprimorar ou estender suas habilidades físicas ou cognitivas (é o que Tony Stark faz no universo da Marvel, por exemplo).
Homem de costas usando o exoesqueleto Exia, da German Bionic, manuseando um item numa esteira
Exia aprende e antecipa movimentos do usuário graças à IA numa espécie de memória muscular (Imagem: Divulgação/German Bionic)

Como o exoesqueleto “aprende”? Por meio de IA aumentada, tipo projetado para aprimorar a inteligência humana. É uma espécie de memória muscular para máquinas. O equipamento aprende e antecipa movimentos do usuário.

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Outras opções no mercado

A German Bionic não é a única empresa a desenvolver um exoesqueleto para humanos. Entre outras companhias que oferecem produtos parecidos, estão:

  • Ekso Bionics (EUA): exoesqueleto para construção (foco em ombros);
  • Marsi Bionics (Espanha): exoesqueleto para crianças com doenças neuromusculares;
  • Wundercraft (França): exoesqueleto para recuperação de lesões da medula.

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Hypershell X Series: o exoesqueleto gringo realmente funciona?

Homem de Ferro, Batman, Besouro Azul, Dr. Octopus, as armaduras da Irmandade de Aço em Fallout… A humanidade sempre sonhou com exoesqueletos tecnológicos capazes de melhorar o desempenho e incrementar as nossas habilidades.

O mundo real já conta com alguns desses equipamentos. É verdade que nenhum deles te fazem voar ou te transformam em um tanque de guerra humano, mas ainda assim têm suas qualidades.

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O último lançamento do tipo fez bastante sucesso na CES 2025 e já está disponível para venda no mercado internacional. A linha Hypershell X Series, da marca que leva o mesmo nome, oferece uma estrutura de quase 2,5 kg em volta da sua cintura e suas pernas e promete auxiliar na caminhada e revolucionar a exploração outdoor.

A publicidade da marca é, de fato, muito bonita, mas será que o Hypershell X representa mesmo essa revolução prometida? Será que um dia veremos todo mundo na rua usando um desses? Ou levando um desses na mala de viagem?

Diferentes jornalistas da imprensa internacional testaram o produto. A gente mostra a impressão deles a seguir.

Um exoesqueleto pro dia a dia?

  • Antes de tudo, é importante deixar claro que o exoesqueleto não te transforma em um Super-Homem: ele não te dá mais força nem te deixa mais rápido.
  • A empresa até afirma que o produto aumenta em 40% a força dos membros inferiores e reduz em 30% o esforço físico.
  • Para o editor-sênior do site The Verge, Sean Hollister, porém, a história não é bem assim.
  • Segundo ele, você só percebe mesmo o efeito do Hypershell depois que retira ele do corpo.
  • O jornalista explica que você sente o exoesqueleto num primeiro momento (até por que ele pesa quase 2,5 kg).
  • Depois, no entanto, você se acostuma – e andar com ele parece igual a andar sem nada.
  • O editor afirmou que se sentiu menos cansado depois de uma longa caminhada e conseguiu subir escadas mais rapidamente.
  • Isso graças a uma assistência motorizada que entrega até 800W de potência.
  • A bateria dura cerca de 17 quilômetros e o produto acompanha um carregador USB-C.
  • Ant Pruitt, do site ZD Net, também fez elogios e disse que recomendaria o exoesqueleto para pessoas que fazem trilha regularmente.
  • Já Kyle Barr, do Gizmodo, gostou do aparelho, mas fez uma ressalva em relação ao preço.
  • Os valores variam de US$ 900 (no modelo Hypershell Go) até US$ 1.500, no Hypershell Carbon X.
  • Fazendo a conversão, estamos falando em algo entre R$ 5 mil e R$ 8.500, isso sem taxas.
  • É muito dinheiro, principalmente para algo que não vai mudar a vida do cidadão médio.
Para usá-lo, você deve acoplar o aparelho nas duas coxas (próximo aos joelhos) e na cintura – Imagem: Reprodução/Hypershell

Os exoesqueletos e o futuro

É legal destacar que os exoesqueletos podem fazer a diferença na vida de pessoas com necessidades especiais, ou em recuperação física. Este, por exemplo, ajuda pacientes que sofreram um AVC a voltar a andar.

Existem relatos também de uso em algumas indústrias, sobretudo para auxiliar os funcionários a carregarem mais peso ou se movimentarem com mais precisão.

A proposta da Hypershell, porém, foca mais nas pessoas comuns – que utilizariam o produto para o lazer. Nesses casos, o preço torna o acessório quase proibitivo – e exclusivo apenas para os mais ricos.

Sim, ele pode ajudar bastante na sua caminhada, mas, como disse Sean Hollister, o melhor investimento ainda são os exercícios físicos e o aumento natural da sua resistência muscular. Juro que você vai se sentir menos cansado. E ainda vai economizar seu dinheiro suado.

As informações são do Gizmodo.

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