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O plano de Trump para que os EUA se tornem líderes em voos supersônicos

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos está novamente autorizada a realizar voos supersônicos em solo americano. O presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva derrubando a proibição que vigorava há 52 anos. 

De acordo com a Casa Branca, avanços na engenharia aeroespacial, ciência dos materiais e redução de ruído agora tornam o voo supersônico não apenas possível, mas seguro, sustentável e comercialmente viável. 

“A realidade é que os americanos deveriam conseguir voar de Nova York para Los Angeles em menos de quatro horas”, disse Michael Kratsios, diretor do Gabinete de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca, a repórteres.

FAA terá de estabelecer um padrão provisório de certificação baseado em ruído em até 18 meses (Imagem: CRobertson/iStock)

O que diz a ordem

O documento diz que esse é o início de um “esforço nacional histórico para restabelecer os Estados Unidos como líderes indiscutíveis na aviação de alta velocidade”. 

Ficará a cargo da FAA estabelecer um padrão provisório de certificação baseado em ruído, permitindo voos mais rápidos que o som, desde que nenhum estrondo sônico atinja o solo. 

“A regra proposta deverá definir limites de ruído aceitáveis ​​para decolagem, pouso e operação supersônica em rota com base em testes operacionais e dados de pesquisa, desenvolvimento, teste e avaliação”, diz a ordem.

Além disso, a ordem inclui a revogação de leis com “barreiras regulatórias adicionais que impedem o avanço da tecnologia de aviação supersônica nos Estados Unidos”.

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Trump quer tornar os EUA “líderes indiscutíveis na aviação de alta velocidade” (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Trump também ordenou o envolvimento dos secretários de Defesa, Comércio, Transporte, além do Administrador da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço, para desenvolver projetos de pesquisa sobre voos supersônicos.

A equipe deverá envolver a Organização Internacional de Aviação Civil e os principais parceiros estrangeiros para buscar alinhamento global em relação às abordagens regulatórias supersônicas, diz a ordem.

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Boom Technology é uma das startups favorecidas pelas mudanças na FAA (Imagem: Divulgação/Boom Technology)

E já tem interessado na história…

A mudança pode favorecer o desenvolvimento de jatos comerciais da Boom Supersonic, empresa que criou o XB-1. No início do ano, a aeronave quebrou a barreira do som no seu último voo de teste — isso ocorre quando sua velocidade atinge 1.234 km/h, algo inédito nos EUA.

Ao site TechCrunch, o CEO da Boom, Blake Scholl, se manifestou sobre as mudanças na FAA: “A barreira do som nunca foi física — foi regulatória. Com a legalização do supersônico, o retorno das viagens aéreas de passageiros supersônicas é apenas uma questão de tempo.”

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SpaceX deve investigar voo fracassado da Starship, exige FAA

Na última terça-feira (27), a SpaceX lançou o megafoguete Starship pela nona vez em um voo de teste. O resultado, no entanto, não foi o esperado. O propulsor Super Heavy não conseguiu realizar todos os testes programados para a reentrada, e o segundo estágio, que dá nome ao complexo veicular, sofreu um vazamento de combustível. De acordo com um comunicado emitido nesta sexta-feira (30), a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) exige que a empresa investigue as causas e envie um relatório oficial.

Composto por dois estágios (o propulsor Super Heavy, que dá o impulso inicial, e a nave Starship, que segue até o espaço), o foguete mais poderoso do mundo partiu da base Starbase, no sul do Texas, às 20h38 (pelo horário de Brasília), com oito minutos de atraso.

Lançamento do nono voo de teste do megafoguete Starship, da SpaceX, em 27 de maio de 2025. Crédito: SpaceX

A separação dos estágios aconteceu pouco mais de dois minutos após a decolagem. Era esperado que o booster realizasse uma série de experimentos durante a subida e na descida sobre o Golfo do México, desta vez sem retornar à base de lançamento. Um dos testes envolveria uma simulação de falha em um dos três motores durante a queima final, para avaliar a capacidade de pouso em situações não ideais – mas isso não aconteceu.

Segundo o astrônomo Marcelo Zurita, que apresentava a transmissão ao vivo do evento pelo Olhar Digital junto com o editor Lucas Soares, houve uma falha geral. “Pouco mais de seis minutos após a decolagem, os motores foram acionados, os três centrais e a maioria do anel intermediario. Desligaram todos logo em seguida, e o booster começa a cair em altíssima velocidade em direção ao oceano”.

Visão do plasma superquente fluindo sobre os motores da espaçonave Starship durante a reentrada. Crédito: SpaceX

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Nave Starship tem vazamento de combustível e perde o controle

Já o estágio superior da Starship tinha como um dos objetivos realizar uma simulação de implantação orbital com oito satélites Starlink fictícios, que deveriam se autodestruir na reentrada. No entanto, isso não ocorreu dentro do planejado. Segundo a SpaceX, a porta de carga útil necessária para a demonstração de implantação dos satélites não abriu totalmente como esperado. Portanto, a espaçonave não foi capaz de implantar a carga.

Também seria testado o acionamento de um motor Raptor no espaço, mas antes disso a nave sofreu um aparente vazamento de propelente e ficou girando no espaço, incapaz de reentrar com sucesso na atmosfera da Terra. Às 21h32, a SpaceX informou no X (antigo Twitter) que a espaçonave sofreu uma “rápida desmontagem desprogramada” – mesma expressão usada para explicar o que aconteceu nos voos 7 e 8.

A FAA afirmou que vai investigar apenas o problema com o segundo estágio, pois o propulsor estava dentro dos riscos previstos.

Implantação de carga útil planejada para este voo não pôde ser realizada. Crédito: SpaceX

SpaceX reutiliza propulsor pela primeira vez

Pela primeira vez, a SpaceX utilizou um propulsor que já havia voado (mesmo propulsor do voo 7, realizado em janeiro). Neste teste, a empresa tentou uma manobra nova: fazer a reentrada com um ângulo mais inclinado, para gerar mais resistência do ar e reduzir a velocidade. Mas, o plano não deu certo. O contato com o propulsor foi perdido cerca de seis minutos após a decolagem, e ele acabou se desintegrando no Golfo do México.

A nave Starship deveria seguir até o Oceano Índico e pousar perto da Austrália. No entanto, como perdeu o controle de direção durante o voo, ela não conseguiu se posicionar corretamente para a reentrada. Para reduzir riscos, um sistema de segurança liberou a pressão interna da Starship. Mesmo assim, o contato foi perdido com 46 minutos de voo, e a nave foi destruída.

Apesar dos problemas, a SpaceX considera que houve progresso. Nas missões anteriores, a nave se perdeu com menos de 10 minutos de voo. Desta vez, ela resistiu por mais tempo e caiu em uma área segura. Segundo a FAA, não houve feridos nem danos materiais. O impacto no tráfego aéreo também foi mínimo: apenas um voo precisou ser desviado e outro teve atraso de 24 minutos.

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Foguete não pode voltar a voar enquanto investigação sobre acidente não for concluída

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, nesta terça-feira (29), às 10h37 (pelo horário de Brasília), a empresa Firefly Aerospace, dos EUA, fez o sexto lançamento do foguete Alpha. A decolagem aconteceu na Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, em meio a uma forte neblina. Apesar do início bem-sucedido, a missão enfrentou problemas depois da separação dos estágios.

O foguete Alpha tem dois estágios, ou seja, duas partes que se separam durante o voo. Logo após essa separação, o segundo estágio apresentou falhas e tentou se corrigir. A empresa descobriu que houve uma batida no bico do motor, o que prejudicou o controle e impediu que o veículo atingisse a altura e velocidade esperadas.

Foguete Alpha, da Firefly Aerospace, lançando um satélite para órbita da Terra nesta terça-feira (29). Crédito: Firefly Aerospace

Por causa do problema, o foguete entrou em uma órbita mais baixa do que o planejado. O objetivo da missão era levar um satélite protótipo da Lockheed Martin para a órbita da Terra, mas isso não foi possível. A carga e a parte superior do foguete acabaram caindo com segurança no Oceano Pacífico, ao norte da Antártida.

A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), que regula lançamentos espaciais no país, determinou que a Firefly investigue o que aconteceu. A empresa só poderá fazer novos voos após mostrar que corrigiu as falhas e receber o aval da agência para continuar.

Chamada de Message in a Booster, esta foi a sexta missão do foguete Alpha, que mede quase 30 metros de altura. Segundo a Firefly, o motor do segundo estágio perdeu força depois do impacto. Inicialmente, parecia que ele tinha atingido 320 km de altitude, mas não alcançou velocidade suficiente para entrar em órbita.

Embora a investigação do acidente seja de responsabilidade da Firefly, a FAA acompanhará todo o processo. O relatório final com as conclusões também precisa da aprovação da agência.

Aquele foi o primeiro lançamento de até 25 previstos dentro de um contrato assinado entre a Firefly e a Lockheed Martin. Ao longo de cinco anos, a parceria deve realizar diversas missões para levar cargas úteis ao espaço, como satélites de comunicação, observação e uso militar ou civil.

O segundo estágio do foguete Alpha, da Firefly Aerospace, parece cair ligeiramente durante o lançamento da missão “Message in a Booster”, em 29 de abril de 2025. Crédito: Firefly Aerospace/NSF via YouTube

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Foguete já passou por falhas anteriores

O satélite LM 400, usado nesta missão, é uma plataforma versátil desenvolvida para mostrar a capacidade da Lockheed Martin de oferecer um “barramento” – estrutura básica – que pode ser adaptado para diferentes missões. Ele pode abrigar sensores de radar, câmeras, antenas de comunicação e outros equipamentos, operando em variadas órbitas ao redor da Terra.

O foguete Alpha, usado nesse lançamento, tem dois estágios e mede quase 30 metros de altura. Ele é capaz de transportar até 1.030 kg de carga útil para a órbita baixa. Apesar de ser um modelo relativamente novo, o Alpha já passou por falhas anteriores. Em dezembro de 2023, por exemplo, uma carga foi entregue na órbita errada.

Mesmo assim, a Firefly tem conseguido avançar no setor espacial. Em março deste ano, a empresa conseguiu pousar com sucesso o módulo lunar Blue Ghost na superfície da Lua.

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Starship: FAA aprova investigação da SpaceX sobre explosão do foguete em voo de teste

No início do ano, aconteceu o sétimo voo de teste do megafoguete Starship, da SpaceX, que terminou em uma explosão sobre o Oceano Atlântico. Na segunda-feira (31), a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) anunciou que a investigação sobre o incidente conduzida pela SpaceX foi concluída e aceita.

O lançamento ocorreu em 16 de janeiro, a partir da Starbase, que fica na região da praia de Boca Chica, no Texas. No começo, tudo correu bem: o primeiro estágio, chamado Super Heavy, retornou à base e pousou conforme o planejado. No entanto, o estágio superior, que dá nome ao Starship, com 52 metros de altura, explodiu minutos depois, espalhando destroços sobre as Ilhas Turks e Caicos.

Pedaços do primeiro estágio do foguete Starship, da SpaceX, que caiu em janeiro nas ilhas Truks e Caicos, no Caribe. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A SpaceX identificou a causa da falha como um vazamento de propelente provocado por vibrações mais intensas do que o esperado. Esse problema gerou estresse excessivo no sistema de propulsão, levando à falha do hardware. A FAA supervisionou a investigação da empresa e confirmou a implementação de 11 ações corretivas para evitar que o problema se repita.

Foguetão da SpaceX também explodiu no voo seguinte

No dia 6 de março, aconteceu o oitavo voo de teste do megafoguete, que terminou de forma semelhante. O Super Heavy retornou com sucesso à base, mas o estágio superior se perdeu sobre o oceano. A investigação desse novo incidente ainda está em andamento, mas a FAA já havia autorizado o lançamento antes mesmo da conclusão da análise do voo 7.

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A agência do governo também finalizou a investigação sobre a falha no pouso do foguete New Glenn, da Blue Origin, ocorrido no mesmo dia do teste do Starship. Apesar de atingir a órbita como planejado, o primeiro estágio do New Glenn falhou ao tentar reiniciar seus motores para a reentrada, resultando na perda do veículo no oceano.

Os relatórios de ambos os incidentes foram concluídos em 28 de março. A FAA ressaltou que nenhuma das duas situações causou ferimentos ou danos significativos a propriedades públicas. 

Com o encerramento dessas investigações, as empresas podem seguir com seus programas de testes. A SpaceX continua aprimorando o Starship, que faz parte dos planos da NASA para futuras missões à Lua e Marte. A Blue Origin também segue desenvolvendo o New Glenn, projetado para ser um foguete reutilizável para lançamentos comerciais e científicos.

Apesar dos desafios técnicos, os ensaios são essenciais para a evolução dessas tecnologias. Com cada voo de teste, os engenheiros identificam falhas e implementam melhorias, aproximando a exploração espacial de novos avanços. 

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Destroços do Starship que caíram do céu não são tóxicos, diz SpaceX

A SpaceX está investigando, em conjunto com a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), as possíveis causas da explosão do foguete Starship em seu oitavo voo. Destroços foram flagrados no céu da região das Bahamas nesta quinta-feira (6), mas a empresa de Elon Musk não confirmou a relação das filmagens com a missão.

O lançamento ocorreu às 20h31 (horário de Brasília) em Boca Chica, no Texas, (EUA). O contato final com o maior foguete do mundo — não tripulado — ocorreu aos 9m30s após a decolagem.

“Qualquer detrito sobrevivente teria caído dentro da Área de Resposta a Detritos pré-planejada. Não há materiais tóxicos presentes nos destroços e não se espera que ocorram impactos significativos em espécies marinhas ou na qualidade da água”, diz o comunicado.

Lançamento ocorreu na base da SpaceX no Texas (EUA) (Imagem: Reprodução/SpaceX)

Como noticiado pelo Olhar Digital, um evento energético na parte traseira do Starship resultou na perda de quatro dos seis motores Raptor, levando a perda de controle de atitude e, em seguida, a perda de comunicação com a Terra.

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O que é a Área de Resposta a Detritos onde o Starship teria que cair?

Um dos objetivos da FAA é garantir a integração de serviços espaciais com operações comerciais, garantindo resposta rápida em caso de acidentes. A Área de Resposta a Detritos (Debris Response Area, em inglês) foi criada como um plano de contingência com esse propósito.

Uma vez que o DRA é ativado, os controladores de tráfego aéreo seguem protocolo padrão para minimizar os impactos de falhas não programadas. No caso de reentrada espacial que gere detritos, eles emitem a localização aproximada da área de resposta, como mostra o exemplo abaixo:

“Atenção a todas as aeronaves, devido a um acidente com veículo espacial, possíveis destroços caindo no NAS de aproximadamente Brownsville, Texas, estendendo-se para leste por aproximadamente quinhentas milhas. Aguardem instruções individuais.”

Evento energético levou à perda de motores e falha na comunicação (Imagem: Reprodução/SpaceX)

A transmissão de alerta é feita a cada 15 minutos. O plano pode ser desativado quando todos os detritos deixam de representar um risco para outras aeronaves. Segundo a FAA, o protocolo é válido somente em áreas com grande capacidade de vigilância e cobertura de rádio.

A missão mais recente da SpaceX causou o adiamento de voos no Aeroporto Internacional de Miami e no Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale-Hollywood. Além disso, foram emitidas restrições temporárias de decolagens e pousos para ambos os terminais.

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