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Há 53 anos, a França lançou um novo calendário – mas não deu certo

Em 1972, há 53 anos, a França decidiu criar um novo calendário. A invenção era, em alguns pontos, similar ao atual modelo gregoriano, mas com meses cujo número de dias não variasse tanto (veja fevereiro, por exemplo, que pode ter 28 ou – em anos bissextos – 29 dias, enquanto os demais meses chegam a 30 ou 31). O chamado calendário revolucionário francês, porém, não foi bem-recebido.

Entenda:

  • Em 1972, foi criado o calendário revolucionário francês;
  • A invenção francesa também tinha 12 meses – como o modelo gregoriano –, mas cada um deles era composto de 30 dias divididos em três “semanas”;
  • Além disso, cada mês foi nomeado com base em fenômenos ou condições naturais de cada época do ano (como geadas, chuvas e a colheita de uvas);
  • O calendário revolucionário foi implementado na França após a abolição da monarquia, mas foi substituído pelo gregoriano outra vez em 1806 sob as ordens de Napoleão;
  • Com informações do IFLScience.
Calendário francês tinha 12 meses com 30 dias cada. (Imagem: Philibert Louis Debucourt, Bibliothèque nationale de France/Wikimedia Commons)

Assim como o modelo cristão, o calendário francês tinha 12 meses. A diferença aqui é que cada um deles contava com 30 dias. Esses meses eram divididos em três “semanas” de 10 dias, chamados primidi, duodi, trididi, quartidi, quintidi, sextidi, septidi, octidi, nonidi e decadi. A soma, então, era de 360 dias, mas outros cinco ou seis (em anos bissextos) eram adicionados para completar o ano.

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Calendário francês foi baseado em fenômenos naturais

Outra diferença entre o calendário francês e o gregoriano é que, ao contrário de deuses, os meses do modelo revolucionário foram nomeados com base em fenômenos naturais ou condições de cada época do ano:

  • Vendémiaire (referência à “vindima”, a colheita das uvas): 22 de setembro a 21 de outubro;
  • Brumaire (“neblina”): 22 de outubro a 20 de novembro;
  • Frimaire (“geada”): 21 de novembro a 20 de dezembro;
  • Nivôse (“neve”): 21 de dezembro a 19 de janeiro;
  • Pluviôse (“chuva”): 20 de janeiro a 18 de fevereiro;
  • Ventôse (“vento”): 19 de fevereiro a 20 de março;
  • Germinal (“germinação de sementes”): 21 de março a 19 de abril;
  • Floréal (“flores”): 20 de abril a 19 de maio;
  • Prairial (“prado”): 20 de maio a 18 de junho;
  • Messidor (“colheita”): 19 de junho a 18 de julho;
  • Thermidor (“calor”): 19 de julho a 17 de agosto;
  • Fructidor (“frutas”): 18 de agosto a 16 de setembro.
Meses do calendário francês foram baseados em fenômenos naturais, como a neve. (Imagem: image1004/Shutterstock)

Com a abolição da monarquia e a implementação da Convenção Nacional, o calendário revolucionário vinha para celebrar a Ciência acima da religião, abandonando as antigas tradições. Mas a mudança, como os franceses logo perceberiam, veio acompanhada de uma série de desafios.

Calendário da França foi abandonado por Napoleão

A parcela ainda religiosa da população relutava em aceitar o novo calendário, e, claro, era muito difícil manter relações – marcar compromissos, por exemplo – com países que seguiam o modelo gregoriano.

Com isso, o calendário francês foi, aos poucos, caindo em desuso, substituído oficialmente pelo gregoriano em 1º de janeiro de 1806 sob as ordens de Napoleão Bonaparte.

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“Chuva de sangue” atinge Ilha Arco-íris e gera imagens impressionantes

Na última semana, a Ilha de Ormuz, no Irã, se transformou em um cenário digno de filme de terror. As águas do mar e a areia da praia ficaram completamente vermelhas, enquanto cascatas jorravam das montanhas, levando terra com alto teor de óxido de ferro para o oceano

Esse evento é conhecido como “chuva de sangue”, que acontece quando chuvas fortes atingem solos ricos em minerais como o óxido de ferro. O resultado é a mistura desses minerais com a água das chuvas, tingindo rios e córregos de vermelho. 

Embora o nome pareça sombrio, a explicação para o fenômeno é bem simples e curiosa: a terra vermelha da ilha é cheia de compostos metálicos, que deixam as águas com essa cor intensa.

“Chuva de sangue” em ilha no Irã atrai turistas e curiosos. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A terra vermelha da Ilha de Ormuz não é apenas uma curiosidade visual, mas também possui grande valor econômico. Usada em diversas indústrias, como produção de corantes, cosméticos, vidro e cerâmica, a terra é extraída e exportada para diferentes partes do mundo. O Conselho de Turismo do Irã destaca que a terra não só chama atenção pela cor, mas também pela sua utilidade no mercado global.

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Por que o nome Ilha Arco-íris?

Além disso, ao caminhar pela praia, os visitantes podem observar áreas onde a areia brilha, devido à presença de compostos metálicos na terra. A Ilha de Ormuz é conhecida também como “Ilha Arco-íris” por causa dos 70 minerais encontrados no solo. Esses minerais, ao interagir com a água e outras camadas rochosas, criam uma paleta de cores vívidas, como vermelho, amarelo e laranja.

Esse fenômeno natural tornou a Ilha de Ormuz um destino turístico popular. A visão das ondas vermelhas quebrando contra a costa, com as montanhas coloridas ao fundo, é hipnotizante. Turistas de diversas partes do mundo se aglomeram na ilha para ver o raro evento, que ocorre especialmente durante chuvas fortes.

Apesar de ser uma cena aparentemente assustadora, a “chuva de sangue” é inofensiva – e fascinante. A ilha Arco-íris oferece uma experiência única, onde beleza e ciência se encontram, revelando um espetáculo natural que é ao mesmo tempo inquietante e deslumbrante.

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