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Diversos usuários relataram, nas redes sociais, problemas para acessar o saldo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pelo aplicativo gerido pela Caixa Econômica Federal nesta segunda-feira (26). As queixas vão desde a ausência completa de valores na conta até falhas ao tentar consultar as informações.
A equipe do Olhar Digital fez testes e confirmou o problema: em alguns dispositivos, o sistema retornou a mensagem de “inexistente” onde deveria estar o saldo, enquanto em outros houve erro de carregamento ou falha de comunicação com o servidor. Não há, até o momento, um posicionamento oficial da Caixa sobre a instabilidade.
O Olhar Digital entrou em contato com a Caixa Econômica Federal para esclarecer o motivo da falha. Assim que houver retorno, este conteúdo será atualizado com as informações oficiais.
Falhas no FGTS começaram logo pela manhã
De acordo com as publicações no X (antigo Twitter), os primeiros relatos começaram ainda pela manhã, por volta das 7h. A maioria dos usuários afirmou que o saldo, que normalmente aparecia logo na tela inicial do aplicativo, passou a ser exibido como zero ou simplesmente deixou de carregar.
“Sumiu meu FGTS, está zerado. Nem extrato aparece mais”, relatou um internauta. Outro afirmou que recebeu a notificação de depósito do saque-aniversário, mas não conseguiu visualizar os valores na conta. Além do saldo zerado, muitos mencionaram que o app apresentava lentidão e travamentos.
A Polícia Federal desvendou um esquema de fraude bilionário que atingia beneficiários de programas sociais, seguro-desemprego e titulares do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Segundo a investigação revelada pelo Fantástico, o golpe, que já desviou mais de R$ 2 bilhões, contou com a participação de funcionários da Caixa Econômica Federal, responsáveis por facilitar o acesso dos criminosos aos sistemas internos.
A quadrilha operava de forma sofisticada, combinando métodos digitais e informações confidenciais. Dados pessoais das vítimas, como CPF e informações bancárias, eram obtidos por meio de páginas ilegais na internet e repassados aos servidores da Caixa envolvidos. Com acesso privilegiado, os criminosos conseguiam alterar os cadastros no aplicativo Caixa Tem, trocando os e-mails dos beneficiários por endereços controlados pelo grupo criminoso.
Criminosos alteraram cadastros no aplicativo Caixa Tem e obtiveram acesso para roubar o dinheiro depositado no FGTS (Imagem: Pamela Marciano / Shutterstock.com)
Como o golpe do FGTS era aplicado
Com o domínio sobre as contas, os criminosos geravam novas senhas de acesso e, a partir disso, realizavam transações via PIX, pagamentos de boletos e até saques diretos na boca do caixa, em alguns casos com a ajuda de servidores públicos.
Um dos funcionários da Caixa chegou a realizar o saque pessoalmente a mando do grupo, segundo aponta a investigação.
A repetição do golpe em grande escala era necessária para acumular valores mais altos, já que os benefícios pagos individualmente não eram elevados.
Para isso, a quadrilha usava um software que simula o funcionamento de celulares, o que permitia controlar diversas contas simultaneamente e acessar o sistema do Caixa Tem centenas de vezes por dia.
Investigações e medidas de segurança
A Polícia Federal atua no combate a esse tipo de crime desde 2010 e, recentemente, conduziu operações em 14 cidades do Rio de Janeiro, resultando na apreensão de computadores e celulares usados na fraude. As investigações mostram que várias quadrilhas em diferentes regiões do Brasil aplicam o mesmo tipo de golpe.
“A gente acredita que o fortalecimento dos setores de combate à fraude das instituições bancárias, notadamente da Caixa, é fundamental para isso”, declarou ao Fantástico o delegado da PF-RJ Pedro Bloomfield Gama Silva.
Polícia Federal atua no combate deste tipo de crime (Imagem: StockphotoVideo / Shutterstock.com)
Já Anderson Possa, vice-presidente de Logística, Operações e Segurança da Caixa, afirmou que a instituição está implementando sistemas de biometria e inteligência artificial para fazer um monitoramento preditivo das ações suspeitas.
Segundo a Caixa, os funcionários envolvidos no esquema foram demitidos. No entanto, tanto eles quanto os demais integrantes da quadrilha ainda respondem ao processo em liberdade.
As pessoas que identificarem movimentações suspeitas em suas contas ou acreditarem terem sido vítimas do golpe devem procurar uma agência da Caixa ou entrar em contato pelo telefone de atendimento ao consumidor: 0800 726 0101.