Foguete sofre acidente em lançamento de satélite

Nesta terça-feira (29), às 10h37 (pelo horário de Brasília), a empresa Firefly Aerospace, dos EUA, realizou o sexto lançamento do foguete Alpha, a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, em meio a uma densa neblina. No entanto, o voo não saiu como planejado: após a separação dos estágios, o segundo módulo apresentou um comportamento anormal.

Pouco depois da separação, o segundo estágio pareceu cair ou desviar da rota, mas tentou se corrigir. A Firefly confirmou que houve um impacto no bico do motor do módulo durante a separação. Esse dano comprometeu a trajetória do foguete, que acabou entrando em uma órbita mais baixa do que a prevista inicialmente.

O lançamento fazia parte da missão “Message in a Booster”, que tinha como objetivo levar ao espaço um satélite experimental chamado LM 400. O satélite foi desenvolvido pela Lockheed Martin e deveria ser colocado na órbita baixa da Terra (LEO, na sigla em inglês). A missão busca testar um novo modelo de satélite que pode ser usado em diferentes aplicações.

De acordo com um comunicado da Firefly, está sendo conduzida uma investigação para entender exatamente o que causou a falha. A empresa está trabalhando em conjunto com a Lockheed Martin, a Força Espacial dos EUA e a Administração Federal de Aviação (FAA). O objetivo é garantir que futuros lançamentos não enfrentem o mesmo problema.

O segundo estágio do foguete Alpha, da Firefly Aerospace, parece cair ligeiramente durante o lançamento da missão “Message in a Booster”, em 29 de abril de 2025. Crédito: Firefly Aerospace/NSF via YouTube

O lançamento desta terça-feira era o primeiro de até 25 previstos dentro de um contrato assinado entre a Firefly e a Lockheed Martin. Ao longo de cinco anos, a Firefly deve realizar diversas missões para levar cargas úteis ao espaço, como satélites de comunicação, observação e uso militar ou civil.

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Foguete Alpha já passou por falhas anteriores

O satélite LM 400, usado nesta missão, é uma plataforma versátil desenvolvida para mostrar a capacidade da Lockheed Martin de oferecer um “barramento” – estrutura básica – que pode ser adaptado para diferentes missões. Ele pode abrigar sensores de radar, câmeras, antenas de comunicação e outros equipamentos, operando em variadas órbitas ao redor da Terra.

O foguete Alpha, usado nesse lançamento, tem dois estágios e mede quase 30 metros de altura. Ele é capaz de transportar até 1.030 kg de carga útil para a órbita baixa. Apesar de ser um modelo relativamente novo, o Alpha já passou por falhas anteriores. Em dezembro de 2023, por exemplo, uma carga foi entregue na órbita errada.

Mesmo assim, a Firefly tem conseguido avançar no setor espacial. Em março deste ano, a empresa conseguiu pousar com sucesso o módulo lunar Blue Ghost na superfície da Lua.

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Foguete nuclear pode reduzir tempo de viagem a Marte pela metade

A startup britânica Pulsar Fusion revelou o conceito de um foguete com propulsão baseada em fusão nuclear. O modelo Sunbird foi projetado para “redefinir viagens espaciais”, atingindo velocidades inéditas no setor aeroespacial.

A ideia é que as espaçonaves em órbita se acoplem ao foguete para chegar ao destino em alta velocidade.

As naves poderiam chegar a 805.000 quilômetros por hora — mais do que o objeto mais rápido já construído, a Sonda Solar Parker da NASA, que atingiu 692.000 quilômetros por hora usando a força gravitacional do Sol.

O Sunbird ainda está nos estágios iniciais de construção, mas a empresa acredita que será possível realizar testes em órbita pela primeira vez em 2027. Com protótipo estimado em US$ 70 milhões, o projeto é financiado pela Agência Espacial do Reino Unido.

Protótipo tem custo estimado em US$ 70 milhões (Imagem: Pulsar Fusion/Divulgação)

Por que apostar na fusão nuclear?

A fusão nuclear tem desafiado cientistas há décadas — afinal, tentar replicar o funcionamento interno de uma estrela na Terra não é tarefa simples. O processo libera quatro milhões de vezes mais energia do que os combustíveis fósseis.

Ao contrário da fissão nuclear, que demanda materiais radioativos perigosos, a fusão requer elementos muito leves, como o hidrogênio, para combiná-los com elementos mais pesados em condições de temperaturas e pressões extremamente altas.

“É muito antinatural fazer fusão na Terra”, afirmou Richard Dinan, fundador e CEO da Pulsar, à CNN. “A fusão não funciona na atmosfera. O espaço é um lugar muito mais lógico e sensato para fazer fusão, porque é lá que ela quer acontecer de qualquer maneira.”

O Sunbird usa ímãs que aquecem um plasma para fundir o combustível do foguete, hélio-3, produzindo prótons que funcionariam como um “exaustor nuclear” para fornecer propulsão, impulsionando a espaçonave.

Estações de recarga seriam colocadas no espaço (Imagem: Pulsar Fusion/Divulgação)

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Menos tempo de viagem

Em missões interplanetárias, os Sunbirds poderiam transportar até 2.000 quilos de carga para Marte em menos de seis meses ou enviar sondas para Júpiter ou Saturno em dois a quatro anos. Uma missão de mineração em asteroides duraria de um a dois anos, e não mais três.

A empresa também espera criar estações de recarga no espaço, possivelmente nas proximidades de Marte e em uma estação em órbita baixa da Terra.

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Corrida espacial: foguete alemão explode segundos após decolagem

Um foguete de teste que marcaria o início dos lançamentos orbitais de satélites feitos a partir da Europa caiu e explodiu menos de 40 segundos após a decolagem, neste domingo (30), no norte da Noruega. A startup alemã Isar Aerospace, responsável pelo lançamento, classificou o episódio como um teste inicial.

Chamado de Spectrum, o foguete não é tripulado. A iniciativa ocorre em um momento em que países como Suécia e Reino Unido disputam relevância em um mercado global cada vez mais aquecido de missões espaciais comerciais.

A Isar Aerospace havia alertado previamente que o voo inaugural poderia terminar de forma prematura. Apesar disso, a empresa afirmou que conseguiu reunir dados valiosos que vão ajudar no aprimoramento da tecnologia desenvolvida.

O Spectrum decolou do Porto Espacial Ártico de Andøya, na Noruega, e foi projetado para transportar satélites de pequeno ou médio porte. No entanto, o foguete não levava carga útil em sua primeira missão.

Segundo a Isar Aerospace, sediada em Munique, o objetivo principal era testar todos os sistemas integrados do veículo de lançamento, desenvolvidos pela própria empresa.

Com este voo de teste, conseguimos reunir com sucesso dados valiosos e experiência para futuras missões. Graças aos rigorosos procedimentos de segurança da Isar Aerospace e do Andøya Spaceport, todo o pessoal permaneceu seguro o tempo todo.

Com os foguetes Spectrum nº 2 e nº 3 já em produção, a Isar Aerospace se prepara para seu próximo lançamento!

Isar Aerospace, em postagens no X

Apesar de curto, o voo reuniu dados importantes para a sequência dos trabalhos da empresa. Imagem: Isar Aerospace

A nova corrida espacial

A Isar Aerospace já havia informado que consideraria um voo de apenas 30 segundos como bem-sucedido. Apesar de não ter como objetivo alcançar a órbita logo na primeira tentativa, o teste representou o primeiro voo orbital comercial de uma plataforma de lançamento desenvolvida no continente europeu — excluindo a Rússia.

O CEO e cofundador da Isar Aerospace, Daniel Metzler, afirmou: “Nosso primeiro voo de teste atendeu a todas as nossas expectativas e foi um grande sucesso. Tivemos uma decolagem limpa, 30 segundos de voo e ainda conseguimos validar nosso Sistema de Terminação de Voo”.

Historicamente, os países da Europa têm dependido das bases de lançamento russas para colocar seus satélites em órbita. No entanto, essa cooperação foi abalada após a invasão da Ucrânia por Moscou, em fevereiro de 2022.

Enquanto isso, empresas norte-americanas como SpaceX, Lockheed Martin e Boeing vêm se consolidando como líderes em um mercado em rápida expansão. Elas oferecem lançamentos para satélites de internet de banda larga, equipamentos de observação e outras tecnologias voltadas tanto para governos quanto para o setor privado. Empresas chinesas também estão se movimentando para disputar espaço nesse setor em crescimento.

Estimativas sugerem que a indústria espacial global pode gerar receitas de mais de US$ 1 trilhão nas próximas duas décadas.

Europa na corrida espacial

“Seja qual for o resultado, o próximo lançamento do Spectrum da Isar Aerospace será histórico: o primeiro lançamento orbital comercial da Europa continental”. As palavras são do diretor da Agência Espacial Europeia, Josef Aschbacher, antes do voo de teste da Isar Aerospace. “O suporte e o cofinanciamento que a Agência Espacial Europeia deu à Isar Aerospace e outras startups provedoras de serviços de lançamento estão rendendo frutos para uma maior autonomia na Europa”.

Além da Isar Aerospace, a Europa abriga as alemãs HyImpulse e Rocket Factory Augsburg, os grupos franceses Latitude e MaiaSpace, e a espanhola PLD Space .

Em 2024, um relatório de Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu e ex-primeiro-ministro da Itália, recomendou que a Europa impulsionasse seu crescimento econômico priorizando o setor espacial. O acesso independente à órbita também é visto, cada vez mais, como uma questão geopolítica e de segurança.

A indústria espacial europeia viu atrasos no desenvolvimento do foguete Ariane 6 e a suspensão do lançador de satélites europeu Vega-C após um acidente.

A Isar Aerospace assinou um contrato com a agência espacial norueguesa para colocar dois satélites de vigilância marítima em órbita até 2028.

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Força Espacial dos EUA aprova foguete da United Launch Alliance

A Força Espacial dos Estados Unidos anunciou, nesta quarta-feira (26), que certificou o foguete Vulcan, da United Launch Alliance, para realizar missões de segurança nacional.

“Ter acesso garantido ao espaço é função essencial da Força Espacial e elemento crítico para a segurança nacional“, afirmou o general de brigada Panzenhagen, responsável pelo programa de Acesso Garantido ao Espaço, em comunicado à imprensa. “A certificação do Vulcan aumenta a capacidade de lançamentos, a resiliência e a flexibilidade necessárias para os sistemas espaciais mais críticos de nossa nação.”

Falcon 9 e Vulcan serão “companheiros” (Imagem: Sundry Photography/Shutterstock)

Foguete Vulcan voando com o Falcon 9?

  • O anúncio oficial encerra processo que durou anos, marcado por vários atrasos no desenvolvimento do foguete Vulcan, além de duas anomalias ocorridas nos últimos anos, que também atrasaram a certificação;
  • A primeira anomalia, uma explosão em uma bancada de testes no norte do Alabama (EUA) na primavera estadunidense de 2023, atrasou o primeiro voo de teste do Vulcan em vários meses;
  • Em seguida, em outubro de 2024, durante o segundo voo de teste do foguete, ocorreu uma falha em um dos bicos de um dos dois propulsores laterais do Vulcan;
  • Essa questão do bico, ocorrida há mais de cinco meses, agravou a extensa papelada necessária para certificar o Vulcan para as missões mais sensíveis do Departamento de Defesa dos EUA.

Burocracia para aprovação de foguetes nos EUA

O exército dispõe de várias opções para que as empresas certifiquem seus foguetes, dependendo do número de voos realizados, que pode ser dois, três ou mais. Quanto menor o número de voos, maior a quantidade de documentos e revisões que precisam ser feitos.

No caso do Vulcan, esse processo incluiu:

  • 52 critérios de certificação;
  • Mais de 180 tarefas discretas;
  • Duas demonstrações de voo de certificação;
  • 60 verificações dos requisitos de interface de carga útil;
  • 18 revisões de design e teste dos subsistemas;
  • 114 auditorias de hardware e software.

Com o processo de certificação concluído, a United Launch Alliance, agora, está apta a realizar missões de segurança nacional ao lado da SpaceX, cuja frota de foguetes é composta pelos Falcon 9 e Falcon Heavy.

Quanto à anomalia no propulsor, o chefe da United Launch Alliance, Tory Bruno, explicou, recentemente, que ela se deveu a defeito de fabricação.

Isolamos a causa raiz e tomamos as medidas corretivas apropriadas“, afirmou ao ArsTechnica, conforme confirmado em teste de ignição estática de um motor em um centro de testes da Northrop em Utah (EUA), em fevereiro. “Portanto, estamos retomando a fabricação de hardware e, pelo menos inicialmente, buscando identificar a causa raiz do problema.”

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Novidades além do Vulcan

Entretanto, o Vulcan não será o próximo foguete a ser lançado pela empresa. O primeiro a ser lançado será um dos propulsores remanescentes do Atlas 5, transportando os satélites de banda larga do Projeto Kuiper, da Amazon.

Esse lançamento pode ocorrer em abril, embora a United Launch ainda não tenha definido uma data. Em seguida, virão os dois primeiros lançamentos de segurança nacional com o Vulcan, USSF-106 e USSF-87. Segundo a Força Espacial, o primeiro desses lançamentos pode ocorrer “durante o próximo verão“.

Foguete Atlas V, da ULA, sendo transportado para a plataforma de lançamento
Foguete Atlas V, da ULA, sendo transportado para a plataforma de lançamento (Imagem: Divulgação/United Launch Alliance)

Agora que a United Launch Alliance concluiu o processo de certificação, o próximo passo é acelerar a cadência de lançamentos do veículo.

Antes deste ano, Bruno havia afirmado que a empresa planejava lançar duas dúzias de foguetes em 2025 (uma mistura de Atlases e Vulcans), mas essa estimativa foi reduzida para cerca de uma dúzia.

No ano passado, um alto oficial da Força Aérea expressou preocupação quanto à capacidade da United Launch de ampliar sua capacidade de fabricação e atingir alta cadência de lançamentos. Bruno e outros representantes da empresa afirmaram que isso seria viável após a conclusão do processo de certificação.

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Misteriosa espiral brilhante surge no céu da Europa; veja!

Uma grande espiral brilhante ficou visível no céu por vários minutos nesta semana, o que acabou gerando curiosidade e até medo. A forma semelhante a uma nuvem foi avistada sobre o Reino Unido e outros países da Europa

Após algumas análises de imagens do fenômeno, a agência britânica de meteorologia, Met Office, desvendou o mistério. De acordo com os meteorologistas, ele teria sido causado pelo lançamento de um foguete.

Missão secreta teria causado o fenômeno

  • O equipamento em questão era um foguete Falcon 9, da SpaceX, de Elon Musk.
  • Ele foi lançado nesta segunda-feira (24) por volta das 13h50, horário local, na Flórida (14h50 no horário de Brasília), em uma missão do governo dos Estados Unidos.
  • A empresa confirmou que realizou um lançamento neste dia e horário.
  • As autoridades dos EUA também admitiram o lançamento, mas destacaram que trata-se de uma missão sigilosa, não fornecendo maiores informações.
Fenômeno teria sido causado por foguete da SpaceX (Imagem: Michael Vi/Shutterstock)

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A explicação dos cientistas

Os meteorologistas afirmam que o fenômeno provavelmente foi produzido por uma coluna de combustível congelada do escapamento do foguete. Ela teria refletido a luz do Sol, causando o efeito na atmosfera.

O Falcon 9 é um foguete reutilizável. Após o lançamento, a primeira parte dele leva a carga útil para o espaço. Enquanto ela retorna em direção à Terra, uma segunda parte do foguete continua levando o satélite para a órbita correta.

Uma vez liberada, esta segunda parte ejeta qualquer combustível restante, que congela instantaneamente devido à altitude e forma um padrão de espiral devido ao movimento do foguete conforme ele cai de volta à Terra. A luz é então refletida no combustível congelado, tornando o fenômeno visível em algumas partes do planeta.

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Foguete reutilizável terá plataforma de pouso no mar; conheça

Uma empresa de sistemas espaciais dos Estados Unidos vai construir no mar uma plataforma de pouso para seu foguete reutilizável com o objetivo de atender a demanda crescente pela implantação de constelações de satélites.

A Rocket Lab já é líder global em serviços de lançamentos espaciais e vai dar mais um passo para consolidar a presença no mercado com o projeto “’Return On Investment”. A plataforma começará a ser construída este ano e estará pronta para uso em 2026.

A barcaça de 122 metros vai passar por modificações que incluem um equipamento autônomo de suporte terrestre para capturar e proteger o foguete, blindagem contra explosões e propulsores de manutenção de estação para posicionamento preciso.

Plataforma foi adquirida de empresa de transporte marítimo (Imagem: Rocket Lab/Divulgação)

Operada na Costa Leste dos EUA, a plataforma está sendo construída sobre a antiga embarcação “Oceanus” — fornecida pela Canal Barge Inc., uma empresa de transporte marítimo de Nova Orleans — e nomeada em homenagem ao titã grego Oceanus, a personificação do rio que os gregos acreditavam que circundava o mundo inteiro.

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Um novo foguete para chamar de seu

O projeto integra um plano maior de lançamento do novo foguete da empresa, o Neutron, feito a partir de carbono reutilizável. O veículo de médio porte — 43 metros — é capaz de implantar cargas úteis de até 15.000 kg e foi projetado não só para transportar satélites, mas também para uso em missões de segurança nacional, bem como exploração lunar e interplanetária.

Novo foguete pode implantar cargas de até 15.000 kg (Imagem: Rocket Lab/Divulgação)

O Neutron pode executar dois perfis de missão: Return To Launch Site (RTLS) para pousos propulsivos no Rocket Lab Launch Complex 3, na Virgínia; e missão reutilizável com manobra Down Range Landing, com pouso na plataforma instalada no mar. O voo de estreia está previsto para o segundo semestre de 2025.

“Estamos trabalhando duro para colocar a Neutron na ativa com um dos cronogramas de desenvolvimento mais rápidos da história para um novo foguete, porque sabemos que as oportunidades de lançamento de médio porte são limitadas e o acesso ao espaço está sendo sufocado”, afirmou o fundador e CEO da Rocket Lab, Sir Peter Beck.

Além do Neutron, a empresa também revelou um novo satélite que pode ser produzido em grandes volumes e adaptado para grandes constelações. O Flatellite promete conectividade segura, de baixa latência, alta velocidade e capacidade de sensoriamento remoto para mercados de segurança nacional, defesa e comerciais.

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Ariane 6: foguete europeu ganha nova data de lançamento; veja quando

O lançamento do foguete de carga pesada europeu Ariane 6 (sucessor do importante Ariane 5) estava marcado para segunda-feira, 3 de março, mas teve que ser adiado por uma “anomalia” descoberta poucos minutos antes da decolagem.

A empresa francesa Arianespace, responsável pelo desenvolvimento da aeronave, divulgou a data da próxima tentativa de voo: esta quinta-feira, 6 de março.

Este será o segundo voo do Ariane 6, mas apenas a primeira missão comercial do foguete.

Foguete Ariane 6 é sucessor do Ariane 5, importante foguete europeu (Imagem: Agência Espacial Europeia)

Ariane 6 fará seu segundo voo nesta semana

O foguete europeu de carga pesada Ariane 6, da Agência Espacial Europeia (ESA), é o sucessor do Ariane 5, que levou o Telescópio Espacial James Webb ao espaço. Ele já realizou um primeiro voo de teste em julho de 2024.

O segundo voo será a primeira missão comercial da nave, em que levará um satélite espião francês à órbita heliossíncrona da Terra (mais informações abaixo). A primeira tentativa deveria ter acontecido em dezembro do ano passado, mas foi adiada para 3 de março para conclusão da revisão técnica. Já nesta semana, a Arianespace detectou uma “anomalia” em uma das válvulas da nave, o que levou ao novo adiamento.

Dessa vez, a nova data está próxima: será nesta quinta-feira, 6 de março, às 13h24 do horário de Kourou, na Guiana Francesa, onde está localizado o Porto Espacial Europeu. O local está no mesmo fuso horário que o Brasil.

Em publicação no X, a Arianespace escreveu que investigações em solo foram realizadas e que tanto o Ariane 6 quando o satélite estão estáveis.

Qual será a missão do Ariane 6

O segundo voo e primeira missão comercial do Ariane 6 levará o satélite espião francês CSO-3 em uma órbita heliossíncrona a 800 quilômetro acima da Terra. Como explicou o Space.com, satélites nessa região cruzam o planeta no mesmo horário solar todos os dias, possibilitando a visualização de um local quando ele ainda está iluminado.

Já de acordo com o Phys.org, a missão tem como objetivo estabelecer acesso europeu independente ao espaço, de forma que a região não dependa dos Estados Unidos ou da Rússia. Isso acontece em um momento em que a Europa procura se manter competitiva diante na corrida espacial liderada pelos EUA, principalmente com a SpaceX.

Os dois primeiros satélites espiões, CSO-1 e CSO-2, foram lançados em 2018 e 2020 (respectivamente).

Lançamento inaugural do foguete Ariane 6 aconteceu em 9 de julho de 2024 (Crédito: ESA/S. Corvaja)

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Relembre a trajetória do foguete

  • Ariane 6 é o sucesso do Ariane 5, um foguete de carga pesada que se aposentou em 2023, após 117 missões orbitais. Foi ele quem lançou o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para o espaço, no Natal de 2021.
  • O desenvolvimento da nova aeronave começou em 2014 e fez seu primeiro voo em julho de 2024;
  • Na ocasião, o foguete enviou nova cubesats para a órbita terrestre. No entanto, apesar do sucesso da missão, o estágio superior não conseguiu completar a queima de motor planejada para garantir a reentrada;
  • O segundo teste do Ariane 6 deveria acontece no ano passado, mas, por conta do erro, teve que ser adiada.

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Voa, Ariane 6! Foguete europeu decola pela 2ª vez – veja o lançamento ao vivo

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, em julho de 2024 aconteceu o primeiro voo do foguete Ariane 6, da Agência Espacial Europeia (ESA). Naquela ocasião, o veículo estava fazendo apenas um teste, em uma missão de demonstração de capacidade.

Agora, ele se prepara para sua primeira missão comercial – que seria em dezembro passado, mas foi adiada para conclusão da revisão técnica. O Ariane 6, desenvolvido pela Arianespace, será lançado nesta segunda-feira (3), às 13h24 (horário de Brasília), a partir do Espaçoporto Europeu em Kourou, na Guiana Francesa. O evento será transmitido ao vivo no canal da empresa no YouTube, com início meia hora antes da decolagem.

O Ariane 6 representa a evolução do bem-sucedido Ariane 5, que desempenhou um papel crucial para a Europa ao longo de 27 anos. De 1996 até 2023, o veículo realizou 117 lançamentos, sendo 112 bem-sucedidos. Foi ele, por exemplo, que enviou o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para o espaço no Natal de 2021.

Primeiro contratante do foguete Ariane 6 é o exército da França

Desta vez, a missão carrega o satélite espião CSO-3, a serviço do exército francês. O equipamento será posicionado a 800 km da Terra, em uma órbita sincronizada com o Sol. Esse tipo de trajetória permite que o satélite observe os mesmos locais sempre no mesmo horário solar, garantindo iluminação constante para imagens mais precisas.

Representação artística do foguete Ariane-6 na órbita na Terra. Crédito: ESA

O CSO-3 é o terceiro satélite da constelação CSO, parte do programa militar MUSIS (sigla para Sistema Multinacional de Imagens Baseadas no Espaço). Os dois primeiros, CSO-1 e CSO-2, foram lançados em 2018 e 2020. O projeto é liderado pela agência francesa de defesa (DGA), responsável pelas compras e contratações do Departamento de Defesa do país.

Com esse lançamento, o Ariane 6 entra oficialmente no mercado comercial. O foguete representa a aposta da Europa para competir no setor de lançamentos espaciais, oferecendo uma alternativa às opções estadunidenses, russas e chinesas.

E ainda nesta segunda, não perca: o Olhar Digital transmite, ao vivo, o oitavo lançamento do megafoguete Starship, da SpaceX. Saiba tudo aqui.

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