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Câmara aprova urgência de projetos para crise da gripe aviária

A Câmara dos Deputados quer acelerar a votação de projetos de lei que buscam ajudar no combate a emergências sanitárias no país. Os parlamentares aprovaram, nesta segunda-feira (26), requerimentos de urgência para duas propostas após o foco de gripe aviária identificado no Rio Grande do Sul.

Por se tratarem de assuntos de urgência, os projetos não precisarão passar por comissões temáticas no Congresso. A expectativa é que os textos sejam votados no plenário entre esta terça-feira (27) e quarta-feira (28).

Uma das propostas cria fundo para apoiar treinamento de auditores que fiscalizam granjas (Imagem: Alfribeiro/iStock)

Quais são as propostas?

  • Uma das propostas cria o Fundo Nacional de Defesa Agropecuária (Fundagro), na forma de associação privada sem fins lucrativos, para reunir recursos de associados a fim de apoiar ações de prevenção, controle, vigilância e emergências zoofitossanitárias;
  • Além disso, o fundo também poderá pagar compensações e indenizações a produtores afetados. Os recursos ainda serão usados para apoiar instituições públicas na formação e treinamento de pessoal por meio de bolsas de pesquisa, manutenção de imóveis e equipamentos;
  • O outro projeto de lei cria adicionais de trabalho para auditores fiscais federais agropecuários e auxiliares de fiscalização que trabalhem com inspeção permanente nesses estabelecimentos;
  • Haverá um valor padrão e outro maior se a localidade for considerada estratégica pela Secretaria de Defesa Agropecuária, como nos casos recentes de gripe aviária. O custo será bancado por taxa criada pelo projeto a ser paga pelos estabelecimentos fiscalizados.

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Projeto aprovado nesta segunda-feira (26) não precisa ser apreciado no Congresso (Imagem: Diy13/iStock)

Relembre o caso do foco de gripe aviária

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) identificou um foco da gripe aviária em uma granja comercial no município de Montenegro (RS) em 15 de maio. O caso levou à suspensão de importação de frango por alguns países:

  • Suspensão total das exportações de carne de aves do Brasil: China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Jordânia, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, Albânia, Namíbia e Índia;
  • Suspensão restrita ao estado do Rio Grande do Sul: Arábia Saudita, Turquia, Reino Unido, Bahrein, Cuba, Macedônia, Montenegro, Cazaquistão, Bósnia e Herzegovina, Tajiquistão, Ucrânia, Rússia, Bielorrússia, Armênia, Quirguistão e Angola;
  • Suspensão limitada ao município de Montenegro (RS): Emirados Árabes Unidos e Japão.

Aos consumidores, o Mapa reiterou o esclarecimento de que o consumo de carne de aves e de ovos não apresenta risco para a saúde.

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Estudo relaciona consumo de frango a câncer — mas há um porém

Pesquisadores do Instituto Nacional de Gastroenterologia (Itália) identificaram possível associação entre o consumo frequente de carne de aves e o aumento do risco de morte precoce por câncer gastrointestinal.

O estudo, publicado na revista Nutrients, acompanhou 4.869 adultos italianos ao longo de 20 anos, avaliando seus hábitos alimentares, estado de saúde e causas de morte.

Estudo italiano encontra possíveis riscos no consumo elevado de aves, mas destaca limitações e necessidade de mais investigações (Imagem: AS Foodstudio/Shutterstock)

O que o estudo aponta

  • Tradicionalmente, carnes brancas, como o frango, são vistas como opções mais saudáveis do que carnes vermelhas, especialmente no que diz respeito à saúde cardiovascular e ao risco de certos tipos de câncer;
  • No entanto, esta nova pesquisa sugere que o consumo elevado de aves – acima de 300 gramas por semana – pode estar ligado a risco 27% maior de morte por câncer do sistema digestivo, em comparação com pessoas que consomem 100 gramas por semana ou menos;
  • Os dados foram obtidos por meio de entrevistas, exames médicos, questionários alimentares e registros regionais de saúde;
  • A análise apontou relação entre alta ingestão de aves e maior incidência de cânceres digestivos, além do aumento de mortes relacionadas a esses tipos de câncer.

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Calma! Você não precisa parar de comer frango

Apesar dos resultados, os autores destacam que são necessárias mais investigações para entender melhor essa associação. Portanto, nada de pânico! Os pesquisadores não estão dizendo que, efetivamente, precisamos cortar o consumo de frango para evitar desenvolver câncer.

Ainda não está claro se o risco elevado se deve, diretamente, ao consumo da carne de ave em si ou a outros fatores, como o método de preparo (por exemplo, frituras ou alimentos processados) e o uso de temperos ou aditivos.

O estudo também reconhece limitações, como ausência de dados sobre atividade física, que poderia influenciar os resultados. Os pesquisadores recomendam cautela na interpretação dos dados e sugerem que futuras pesquisas explorem, com mais profundidade, os possíveis mecanismos por trás dessa ligação.

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Pesquisadores observam associação entre aves e câncer, mas alertam: não é hora de cortar o frango do prato (Imagem: nelea33/Shutterstock)

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