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Não são bons só de memória! Elefantes são praticamente imunes ao câncer

Os elefantes são considerados animais sagrados na Índia, mas não somente lá que eles despertam a curiosidades dos humanos.

Além da mística que envolve esses animais, eles também chamam a atenção por seu visual e atributos físicos. E, agora, uma nova característica despertou o interesse da ciência: eles, aparentemente, são imunes ao câncer.

Cientistas descobriram que os maiores animais terrestres do planeta possuem índices muito baixos de tumores. Segundo os pesquisadores, os genes desses gigantes contam com variações que previnem esse tipo de doença.

Elefantes são sagrados na Índia, gigantes, bons de memória, e… talvez resistam mais ao câncer! (Reprodução: Henk Bogaard/Shutterstock)

Como funciona o câncer

  • Conforme um indivíduo cresce, suas células se multiplicam de maneira proporcional. Ou seja, um elefante vai passar por esse processo incontáveis vezes;
  • Essas características estão diretamente ligadas com o risco de câncer – quanto mais as células se dividem, maiores as chances de uma mutação ocorrer e, consequentemente, maiores as chances de um tumor aparecer.

Segundo o portal New Atlas, essa afirmação se mostrou correta em diversas espécies, desde humanos altos, até cachorros grandes. A correlação entre o tamanho do corpo com o risco de câncer parece ser um padrão. Isso significa que animais maiores que vivem muito tem mais chances de desenvolver a condição.

Entretanto, os elefantes desafiam esse padrão devido a um diferencial genético: eles possuem cerca de 20 cópias do gene p53, fundamental para detectar danos no DNA e impedir a divisão celular quando há mutações. Humanos têm apenas uma cópia, o que ajuda a explicar a menor incidência de câncer nesses gigantes.

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O gene “guardião” dos elefantes

O gene p53 codifica uma proteína que funciona como um “guardião” das células, evitando que as danificadas se multipliquem e formem tumores. A presença de múltiplas cópias aumenta a eficiência desse mecanismo, resultando em apenas cerca de 5% dos elefantes desenvolvendo câncer, contra 25% dos humanos.

Além disso, a atividade do p53 é regulada pelo gene MDM2, que produz proteína capaz de inativar o p53. A interação entre essas múltiplas cópias de p53 e a regulação por MDM2 cria sistema robusto de supressão, ajudando os elefantes a resistir ao câncer mesmo com sua grande massa corporal e longevidade.

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Como esse tipo de paquiderme tem 20 vezes mais cópias do gene p53 do que nós, eles conseguem resistir bem mais à geração de um tumor (Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock)

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Conheça a ‘planta alienígena’ que pode viver por mais de mil anos

No deserto do Namibe, entre a Angola e a Namíbia, vive uma misteriosa “planta alienígena” cuja vida pode se estender por mais de um milênio. Na verdade, estimativas apontam que a idade máxima da chamada Welwitschia mirabilis pode chegar a até 3.000 anos – o que explica seu apelido de “fóssil vivo”. E ela realmente parece de outro planeta!

Entenda:

  • Uma “planta alienígena” do deserto do Namibe pode viver por mais de mil anos;
  • Chamada de Welwitschia mirabilis, a planta passou por um evento de duplicação genética há milhões de anos, adquirindo uma combinação de genes que a mantém protegida nas condições extremas do deserto;
  • Além de raízes, a planta ainda possui duas folhas extremamente longas que capturam umidade;
  • Ainda, capaz de capturar matéria orgânica carregada do vento no deserto, a impressionante planta alienígena evita que o solo se torne infértil.
‘Planta alienígena’ vive no deserto e pode chegar a mais de mil anos. (Imagem: Pavaphon Supanantananont/Shutterstock)

A W. mirabilis é, na verdade, o único gênero vivo da família Welwitschiaceae, e sua longevidade impressionante está relacionada a um evento de duplicação genética que aconteceu há 86 milhões de anos. De acordo com um estudo publicado na Nature Communications, uma combinação de genes ajudou a planta a se adaptar e se manter protegida nas condições extremamente secas e quentes do deserto. 

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Planta alienígena tem folhas que nunca param de crescer

Foram necessárias duas décadas de pesquisas para confirmar a hipótese, mas, em 2005, um estudo determinou que a W. mirabilis desenvolveu algo chamado de metabolismo ácido das crassuláceas (MAC). O processo permite que a planta absorva dióxido de carbono na forma de ácido málico durante a noite, e o transforme em glicose durante o dia, através da fotossíntese.

Comprimento das folhas de ‘planta alienígena’ impressiona. (Imagem: Boonthasak1995/Shutterstock)

Além de raízes longas para encontrar água no subsolo, a planta alienígena também pode contar com um impressionante e igualmente extenso par de folhas que servem como uma “armadilha” de água, capturando a umidade na neblina. Para se ter ideia, suas folhas nunca param de crescer, podendo alcançar mais de 10 metros de circunferência.

E como se tudo isso já não fosse impressionante o suficiente, a W. mirabilis ainda consegue evitar que o solo se torne infértil apesar das condições extremas, enriquecendo-o com a matéria orgânica carregada pelo vento no deserto.

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