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De Ben Stiller a Cate Blanchett: artistas furiosos com Google e OpenAI

Uma carta enviada ao Gabinete de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca reúne assinaturas de mais de 400 líderes criativos pedindo a proteção de regras de direitos autorais nos Estados Unidos, segundo a revista Variety. Leia o documento na íntegra abaixo.

A lista de cineastas, escritores, atores e músicos inclui nomes como Ben Stiller, Mark Ruffalo, Cynthia Erivo, Cate Blanchett, Cord Jefferson, Paul McCartney, Ron Howard e Taika Waititi.

A carta foi redigida em resposta a recentes submissões feitas pela OpenAI e pelo Google defendendo que a lei de direitos autorais dos EUA deveria permitir o treinamento de IA usando obras protegidas sem a necessidade de permissão de seus autores.

(Imagem: photoquest7/iStock)

“Acreditamos firmemente que a liderança global em IA dos Estados Unidos não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais”, diz o texto. “A América não se tornou uma potência cultural global por acidente. Nosso sucesso decorre diretamente do nosso respeito fundamental pelos direitos autorais.”

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O que dizem as empresas

A OpenAI propôs que os Estados Unidos “tomem medidas para garantir que o sistema de direitos autorais continue a apoiar a liderança americana em IA e a segurança econômica e nacional americana”, incluindo “trabalhar para impedir que países menos inovadores imponham seus regimes legais às empresas americanas de IA e retardem a taxa de progresso”.

O Google defendeu “regras de direitos autorais equilibradas, como exceções de uso justo e mineração de texto e dados”, que a empresa disse ter sido “essencial para permitir que sistemas de IA aprendam com conhecimento prévio e dados disponíveis publicamente, desbloqueando avanços científicos e sociais”.

Fachada da Casa Branca
Artistas acusam empresas de tecnologia de pedir “isenção especial” para explorar lei (Imagem: Chiarascura/Shutterstock)

A gigante da tecnologia alega ainda que a mudança não impactaria “significativamente os detentores de direitos e evitam negociações frequentemente altamente imprevisíveis, desequilibradas e demoradas com detentores de dados durante o desenvolvimento de modelos ou experimentação científica”.

Recentemente, uma discussão semelhante sobre alterações em regras de direitos autorais no Reino Unido mobilizou a indústria criativa do país e uniu jornais em uma campanha inédita, como relatou o Olhar Digital.

Íntegra do documento

Olá amigos e estranhos. Como vocês devem saber, recentemente houve uma recomendação da OpenAI e do Google para a atual Administração dos EUA que está ganhando força alarmante para remover todas as proteções legais e barreiras existentes em torno das proteções da lei de direitos autorais para o treinamento de Inteligência Artificial. Esta reescrita da lei estabelecida em favor do chamado “Uso Justo” precisava de uma resposta inicial até as 23h59 ET de sábado, então enviamos uma carta inicial com os signatários que tínhamos naquela época. Agora continuamos aceitando assinaturas para uma emenda à nossa declaração inicial. Sinta-se à vontade para encaminhar isso a qualquer pessoa que você ache que possa estar investida na manutenção ética de sua propriedade intelectual. Você pode adicionar seu nome e quaisquer guildas ou sindicatos ou descrição de si mesmo que achar apropriado, mas não edite a carta em si. Muito obrigado por divulgar isso em uma noite de sábado!

A resposta de Hollywood ao Plano de Ação de Inteligência Artificial do governo e a necessidade de que a lei de direitos autorais seja mantida.

Nós, os membros da indústria do entretenimento dos Estados Unidos — representando uma intersecção de diretores de fotografia, diretores, produtores, atores, escritores, estúdios, produtoras, músicos, compositores, figurinistas, designers de som e produção, editores, chefes, membros do sindicato e da academia, e outros profissionais de conteúdo criativos e dedicados — enviamos esta declaração unificada em resposta à solicitação da Administração por contribuições sobre o Plano de Ação de IA.

Acreditamos firmemente que a liderança global em IA dos Estados Unidos não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais. A indústria de artes e entretenimento dos Estados Unidos sustenta mais de 2,3 milhões de empregos americanos com mais de US$ 229 bilhões em salários anualmente, ao mesmo tempo em que fornece a base para a influência democrática americana e o soft power no exterior. Mas as empresas de IA estão pedindo para minar essa força econômica e cultural enfraquecendo as proteções de direitos autorais para filmes, séries de televisão, obras de arte, textos, músicas e vozes usadas para treinar modelos de IA no cerne de avaliações corporativas multibilionárias.

Não se engane: essa questão vai muito além da indústria do entretenimento, pois o direito de treinar IA em todo conteúdo protegido por direitos autorais impacta todas as indústrias de conhecimento dos Estados Unidos. Quando empresas de tecnologia e IA exigem acesso irrestrito a todos os dados e informações, elas não estão apenas ameaçando filmes, livros e música, mas o trabalho de todos os escritores, editores, fotógrafos, cientistas, arquitetos, engenheiros, designers, médicos, desenvolvedores de software e todos os outros profissionais que trabalham com computadores e geram propriedade intelectual. Essas profissões são o cerne de como descobrimos, aprendemos e compartilhamos conhecimento como sociedade e como nação. Essa questão não é apenas sobre liderança em IA ou sobre economia e direitos individuais, mas sobre a liderança contínua dos Estados Unidos na criação e posse de propriedade intelectual valiosa em todos os campos.

Está claro que o Google (avaliado em US$ 2 trilhões) e a OpenAI (avaliada em mais de US$ 157 bilhões) estão argumentando por uma isenção especial do governo para que possam explorar livremente as indústrias criativas e de conhecimento dos Estados Unidos, apesar de suas receitas substanciais e fundos disponíveis. Não há razão para enfraquecer ou eliminar as proteções de direitos autorais que ajudaram os Estados Unidos a florescer. Não quando as empresas de IA podem usar nosso material protegido por direitos autorais simplesmente fazendo o que a lei exige: negociando licenças apropriadas com detentores de direitos autorais — assim como todas as outras indústrias fazem. O acesso ao catálogo criativo de filmes, textos, conteúdo de vídeo e música dos Estados Unidos não é uma questão de segurança nacional. Eles não exigem uma isenção obrigatória do governo da lei de direitos autorais existente nos Estados Unidos.

A América não se tornou uma potência cultural global por acidente. Nosso sucesso decorre diretamente do nosso respeito fundamental pela PI e direitos autorais que recompensam a tomada de riscos criativos por americanos talentosos e trabalhadores de todos os estados e territórios. Por quase 250 anos, a lei de direitos autorais dos EUA equilibrou os direitos do criador com as necessidades do público, criando a economia criativa mais vibrante do mundo. Recomendamos que o Plano de Ação de IA Americano mantenha as estruturas de direitos autorais existentes para manter a força das indústrias criativas e de conhecimento dos EUA, bem como a influência cultural americana no exterior.

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Google corrige bug em Chromecasts restaurados; veja como instalar atualização

O Google lançou uma nova atualização crucial para corrigir um problema generalizado que afetou os dispositivos Chromecast de 2ª geração e Chromecast Audio na última semana.

Um bug ainda impedia a atualização de dispositivos restaurados para o padrão de fábrica. A nova atualização lançada na segunda-feira (17) visa resolver essa questão, permitindo que os usuários configurem seus Chromecasts normalmente após a restauração para as configurações de fábrica.

O que aconteceu com o Chromecast?

  • O problema começou no domingo (9), quando usuários relataram nas redes sociais a incapacidade de transmitir conteúdo para seus Chromecasts.
  • Um erro impedia o uso dos dispositivos mencionados, exibindo uma mensagem de “dispositivo não confiável” e apontando para um firmware desatualizado.
  • A causa do problema foi identificada como a expiração do certificado de autorização do Chromecast, que bloqueou a transmissão de conteúdo.
  • O Google, ciente do transtorno, liberou uma atualização na última sexta-feira (14) que está sendo distribuída automaticamente para dispositivos que não foram restaurados. 
  • A empresa recomendou que os proprietários dos aparelhos não restaurassem as configurações de fábrica, dado que essa operação desabilitaria a possibilidade de receber atualizações de forma automática.
O Chromecast Audio também foi afetado pelo problema. (Imagem: Colin Hui / Shutterstock)

Como resolver o bug em Chromecasts restaurados

A correção foi implementada na versão mais recente do aplicativo Google Home, disponível para dispositivos Android e iOS. Para restaurar a funcionalidade dos Chromecasts afetados, os usuários devem atualizar o aplicativo e refazer a configuração dos dispositivos.

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É importante observar que o Google descontinuou oficialmente o Chromecast em agosto de 2024. Embora os dispositivos continuem recebendo atualizações essenciais por tempo limitado, o Google não especificou até quando esse suporte será mantido.

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Perplexity zoa Google em novo anúncio sobre IA; assista

O mecanismo de busca de IA Perplexity não parece se intimidar pelo Google. A plataforma acaba de estrear um novo anúncio que tem como alvo uma gafe cometida por um dos sistemas de inteligência artificial da gigante americana no ano passado.

No comercial, a estrela de Round 6, da Netflix, Lee Jung-jae aparece preso em uma sala e precisa responder a uma série de perguntas para escapar. Ele, então, usa o Perplexity para questionar: “Como faço para que o queijo grude em uma pizza?”.

Personagem se mostra decepcionado com resultados no “Poogle”, referência ao Google (Imagem: Perplexity/Reprodução)

Foi justamente a pergunta que evidenciou falhas nas “Visões Gerais de IA” no Google Search. Usuários encontraram uma resposta específica que dizia “Misture cerca de 1/8 de xícara de cola Elmer no molho” para fazer o queijo grudar na pizza.

O anúncio mostra Lee decepcionado com os resultados do “Poogle” (uma clara referência ao Google) antes de recorrer ao Perplexity. “Use mussarela fresca e com pouca umidade. Não use cola”, diz o assistente de IA.

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Queijo na cola do Google

Esse não foi o único caso em que o assunto “queijo” deu dor de cabeça para o Google. No início do ano, um dos anúncios do Gemini no Super Bowl sobre como pequenas empresas usam a IA da empresa mostrou que uma informação que foi apontada como “imprecisa”.

Um dos textos dizia que o Gouda é responsável por “50 a 60% do consumo mundial de queijo” — mas não é bem assim. “Embora o Gouda seja provavelmente a variedade única mais comum no comércio mundial, é quase certo que não é o mais amplamente consumido”, disse Andrew Novakovic, professor emérito de Economia Agrícola da EV Baker na Universidade Cornell, ao site The Verge.

Estrela de Round 6, da Netflix, Lee Jung-jae precisa responder perguntas para sair da sala em novo comercial (Imagem: Perplexity/Reprodução)

À época, o Google indicou à reportagem uma resposta do presidente de aplicativos do Google Cloud, Jerry Dischler, sobre o assunto. “Não é uma alucinação. O Gemini é baseado na Web — e os usuários sempre podem verificar os resultados e referências. Neste caso, vários sites na web incluem a estatística de 50-60%”, disse Dischler.

Apesar disso, a big tech silenciosamente apagou o trecho polêmico do vídeo postado no YouTube, de acordo com o site Ars. A nova versão do anúncio simplesmente mostra Gemini chamando o Gouda de “um dos queijos mais populares do mundo”, sem entrar em números específicos.

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Doutor Google: será possível receber sugestões de saúde de usuários com o mesmo ‘problema’

Quem nunca usou o Google para pesquisar sobre problemas de saúde e, quem sabe, obter um diagnóstico por conta própria? Isso não é recomendado, mas também não é nada incomum. A empresa anunciou nesta terça-feira (18) que facilitará esse tipo de pesquisa, permitindo que usuários comparem experiências com outras pessoas com a mesma condição.

A medida faz parte de um recurso chamado “What People Suggest” (O que as pessoas sugerem, em tradução livre), para melhorar a assistência médica no Google.

Google vai facilitar pesquisas de saúde usando IA (Imagem: LALAKA/Shutterstock)

Google vai facilitar pesquisas médicas

De acordo com o site CNBC, o What People Suggest usa IA para reunir comentários online de pacientes com diagnósticos parecidos. Assim, quando você faz uma pesquisa de saúde, será possível comparar sugestões, dicas e comentários com outros pacientes. Um exemplo do próprio Google: um paciente com artrite pode pesquisar como outras pessoas com a mesma condição fazem exercícios.

Segundo a empresa, o recurso está disponível apenas para dispositivos móveis nos Estados Unidos e permite que o Gemini melhore as visões gerais de IA para tópicos de saúde.

Outras atualizações

  • O Google também está expandindo os “painéis de conhecimento”, aquela seção à direita da página, que apresenta um resumo dos principais resultados de uma pesquisa;
  • Agora, ele poderá cobrir “milhares” de tópicos de saúde a mais;
  • A expansão começará em dispositivos móveis nos idiomas espanhol, japonês e português (além do inglês).
Fachada do Gogle
Google investe em recursos de saúde (Imagem: JHVEPhoto/Shutterstock)

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Google está focado nos recursos de saúde

A novidade não é uma surpresa, já que o Google parece estar focado em suas divisões de saúde. Nos últimos anos, a big tech lançou vários projetos e recursos de assistência médica, incluindo uma divisão própria para isso: o Google Health, de 2018.

A iniciativa foi dissolvida em 2021, mas a diretora de saúde da empresa, Karen DeSalvo, afirmou à CNBC nos meses seguintes que o Google ainda estava “totalmente focado em saúde”.

Alguns dos lançamentos da companhia nesse sentido são o MedLM, um conjunto de modelos projetados especialmente para assistência médica, e o Vertex AI Search for Healthcare, ferramenta de IA para pesquisa de informações em registros médicos.

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Dona do Google fecha acordo para maior aquisição da sua história

A Alphabet, empresa dona do Google, anunciou, nesta terça-feira (18), planos para comprar a Wiz, startup de cibersegurança fundada em Israel, por US$ 32 bilhões (aproximadamente R$ 182 bilhões). A aquisição – ainda sujeita a aprovações regulatórias – seria a maior da história da big tech.

A ideia é trazer a Wiz para a divisão Google Cloud, conforme divulgado pela empresa em seu blog. Em outras palavras, a Alphabet planeja investir mais de 30 bilhões de dólares para incrementar a segurança da sua nuvem.

Alphabet oficializa segunda tentativa de comprar Wiz, startup de cibersegurança fundada em Israel

Esta é a segunda tentativa da empresa de comprar a Wiz. Em 2024, quando a oferta era mais baixa (US$ 23 bilhões), as negociações estagnaram. A compra foi cancelada no ano passado após diretores e investidores da Wiz ficarem receosos de que ela pudesse violar requisitos antitruste, segundo o Financial Times.

Wiz é uma startup de cibersegurança que trabalha com empresas como Microsoft e Amazon (Imagem: Urbano Creativo/Shutterstock)

A Wiz é uma startup que trabalha com empresas como Microsoft e Amazon para fornecer soluções de cibersegurança baseadas na nuvem.

“Ser parte do Google Cloud é, efetivamente, colocar um foguete nas nossas costas: isso acelerará nossa taxa de inovação mais rápido do que conseguiríamos como uma empresa independente”, disse o cofundador e CEO da Wiz, Assaf Rappaport, na postagem do Google.

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Celular com logotipo da Wiz na tela colocado sobre teclado de notebook cuja tela exibe nome da Alphabet, empresa dona do Google
Alphabet e a Wiz esperam que a administração atual dos EUA e o novo presidente da FTC adotem abordagem mais branda no escrutínio (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

A compra da Wiz ainda enfrentará escrutínio. Mas a Alphabet e a Wiz esperam que a administração atual dos EUA e o novo presidente da Comissão Federal de Comércio (FTC), Andrew Ferguson, adotem abordagem mais branda.

Além disso, o Google informou que os produtos da Wiz continuarão disponíveis nas plataformas de nuvem concorrentes – por exemplo: Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Oracle Cloud.

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Você percebeu? Pesquisa no Google está mudando

Praticamente todo mundo já usou o Google. Você deve se lembrar que, até pouco tempo atrás, uma pesquisa simples resultava nos principais links aparecendo logo na primeira página. Isso está mudando, com o buscador passando a apostar nos resultados gerados pela inteligência artificial, através do Gemini.

Pode fazer o teste. Agora, ao realizar uma mesma pesquisa simples, o primeiro item da tela será um resultado gerado por IA.

Mas isso não é necessariamente ruim. Um novo levantamento da Adobe revelou que a pesquisa por IA está aumentando – e melhorando – o tráfego de sites varejistas, sendo um importante canal de acessos. Os consumidores também estão aproveitando o recurso, com resultados mais personalizados e sem anúncios para atrapalhar.

Agora, pesquisas do Google contam com resultado de IA logo no topo da página (Imagens: Nwz/Shutterstock)

Resultados de pesquisa gerados por IA são positivos para empresas e consumidores

O levantamento da Adobe analisou “mais de um trilhão de visitas a sites de varejo dos Estados Unidos” através de uma plataforma própria de análise. Além disso, entrevistou mais de 5 mil pessoas no país, para entender como elas usam IA.

Veja os resultados do relatório:

  • Os acessos através das referências de IA (quando a própria pesquisa de IA do Google apresenta o site de referência) aumentou em 1.300% durante as férias de 2024 em comparação com 2023. Só durante a Cyber Monday (em dezembro), o salto foi de 1.950%;
  • Os usuários que chegam a um site a partir da pesquisa de IA (seja do Google ou Bing) permanecem 8% mais tempo no site, navegam 12% mais em páginas diferentes e têm 23% menos probabilidade de clicar no link e fechar logo em seguida;
  • Já as entrevistas com consumidores revelaram que 39% das pessoas usa a pesquisa de IA para fazer compras online, 55% usa para fazer pesquisas gerais e 47% usa para encontrar recomendações de compra.

Como lembrou o The Verge, o aumento expressivo nos resultados da inteligência artificial tem a ver com a implementação recente, já que, no ano passado, as ferramentas ainda estavam em estágios iniciais. Já o aumento na retenção de usuários mostra que a IA está direcionando pessoas para páginas mais relevantes do que a antiga pesquisa tradicional do Google (aquela dos links na primeira tela).

Montagem mostrando cursor em cima de botão do Deep Research da OpenAI na caixa de mensagens do ChatGPT
Google não é o unico: OpenAI lançou um recurso de pesquisas dentro do ChatGPT (Imagem: Divulgação/OpenAI)

Qual o futuro da pesquisa no Google?

As ferramentas de pesquisa de IA não são exatamente novas, mas tiveram avanços recentes. No caso do Google, o recurso funciona através do Gemini, logo na primeira página do buscador, e teve que superar alguns erros bizarros antes de operar adequadamente. A expectativa é que isso se torne um mecanismo de pesquisa real daqui para frente.

O Google não é o único investindo nisso. A startup de IA Perplexity aposta em um chatbot focado em pesquisa, mas com publicidade. No entanto, os primeiros casos de uso apontaram erros e relatos de plágio, inclusive por parte de um editor da Forbes acusando a empresa de copiar reportagens. Na época, o CEO Araving Srinivas respondeu que o produto “será aprimorado” ao longo do tempo.

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A OpenAI é outra. A desenvolvedora lançou o Deep Research, capaz de realizar pesquisas aprofundadas. Para diminuir os relatos de erros, a empresa deixou claro se tratar de um protótipo e que os próprios donos de uma conteúdo poderiam controlar como eles eram apresentados nos resultados do ChatGPT.

Por ora, a OpenAI não conta com anúncios, mas esse já foi um assunto debatido. O CEO Sam Altman afirmou que a implementação de anúncios no ChatGPT seria um “último recurso”, para não atrapalhar a experiência dos usuários.

As empresas devem continuar investindo nas pesquisas. Mas e os consumidores? O levantamento da Adobe mostrou que eles também estão se beneficiando da IA, possivelmente com melhoras na busca do Google, com menos anúncios e spams, e mais sugestões mais personalizadas.

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Encontre Meu Dispositivo agora compartilha sua localização

O Google incluiu nova funcionalidade do recurso Encontre Meu Dispositivo para Android: agora, é possível compartilhar sua localização com amigos e familiares. A versão beta está disponível na nova aba “Pessoas”.

Nela, o usuário verá um layout de planilha com a capacidade de filtrar por “Compartilhando com você” e “Você está compartilhando com”. As configurações podem ser acessadas no menu do perfil, onde também é possível alternar contas, entrar como convidado e visualizar usuários bloqueados.

Assim como ocorre em outras plataformas, como o WhatsApp, é possível selecionar a duração de compartilhamento: “Por uma hora”, “Somente hoje”, “Até você desativar isso” e “Duração personalizada”.

Também será necessário “conceder permissões de localização ao aplicativo para exibir um ponto azul no seu mapa e calcular a distância dos seus amigos até você”. Os nomes das pessoas aparecem com endereço e proximidade.

Nova função é ativada manualmente (Imagem: Reprodução/Google)

“O compartilhamento de localização ao vivo mostra onde seus amigos estão em visualização de mapa, não importa qual telefone ou tablet você e seus amigos usam. Os dados de localização são armazenados com segurança — com lembretes regulares sobre as pessoas com quem você está compartilhando”, diz o comunicado.

A aba “Dispositivos” também foi alterada, com filtros menores para acompanhar telefones, tablets, smartwatches, fones de ouvido e rastreadores, acompanhados de um mapa. A versão 3.1.277-4 do Encontre Meu Dispositivo já está disponível no Google Play.

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Aplicativo pode ser usado para localizar itens do dia a dia (Imagem: Reprodução/Google)

Conhecendo outras funções do app além da localização

  • Localize dispositivos offline: o recurso permite localizar aparelhos mesmo quando estiverem offline ou se a bateria estiver descarregada;
  • Acompanhe itens do dia a dia: é possível localizar chaves, carteira ou bagagem com etiquetas rastreadoras Bluetooth da Chipolo e Pebblebee no aplicativo;
  • Encontre itens próximos: o botão “Encontrar nas proximidades” ajuda a encontrar itens que podem estar bem debaixo do nosso nariz;
  • Identifique dispositivos em casa: o aplicativo mostra a proximidade de um dispositivo perdido aos seus dispositivos Nest domésticos, dando um ponto de referência fácil;
  • Compartilhe acessórios: é possível compartilhar a chave de casa com um colega de quarto, o controle remoto da TV com um amigo ou a bagagem com um companheiro de viagem.

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Alphabet está prestes a fazer a maior aquisição de sua história

A Alphabet retomou as negociações para aquisição da empresa de segurança em nuvem Wiz e deve anunciar a maior transação da sua história ainda nesta semana. O acordo pode chegar a US$ 33 bilhões (R$ 187 bilhões, na conversão direta), segundo a Bloomberg.

O valor é consideravelmente maior do que a oferta feita pela controladora do Google em julho do ano passado, de US$ 23 bilhões (R$ 130 bilhões), recusada pela Wiz.

À época, o presidente-executivo da empresa de segurança em nuvem, Assaf Rappaport, descreveu a situação como “humilhante” e que transformaria a companhia em gigante independente da segurança cibernética, competindo com CrowdStrike e Palo Alto Networks.

Controladora do Google deve anunciar acordo nesta semana (Imagem: Sundry Photography/iStock)

De acordo com a reportagem, a Wiz também temia um processo de aprovação regulatória prolongado, em momento no qual autoridades estadunidenses e europeias vêm aumentando a fiscalização no setor de tecnologia.

Recentemente, o negócio foi avaliado em US$ 12 bilhões (R$ 68 bilhões), incluindo as marcas Sequoia Capital, Index Ventures, Insight Partners e Cyberstarts. A empresa foi idealizada por israelenses e tem sede em Nova York (EUA).

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Federal Trade Commission (FTC) dos EUA deverá analisar a negociação (Imagem: hapabapa/iStock)

Alphabet de olho no mercado em expansão

  • Os serviços de segurança em nuvem do Google ainda perdem para Microsoft e Amazon, e a aquisição pode dar novo fôlego para a empresa abocanhar fatia maior do mercado;
  • O setor chegou a desacelerar anos atrás, mas voltou a reagir com os avanços em inteligência artificial (IA);
  • Mas o alto valor da oferta pela aquisição pode travar esse plano. A Alphabet vem respondendo a processos judiciais que questionam sua posição dominante no meio digital. No ano passado, um juiz federal considerou que o Google mantém monopólio ilegal em buscas, por exemplo.

Ainda assim, a administração do presidente Donald Trump deve garantir ambiente mais permissível para a negociação, segundo a Bloomberg, já que há relação cada vez mais estreita entre Casa Branca e Vale do Silício.

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IA inteligente igual humanos é questão de tempo, diz CEO do Google DeepMind

A inteligência artificial (IA) ainda está distante da inteligência humana. Para entregarem conteúdo de qualidade, os modelos ainda precisam de ser conduzidos por pessoas. Mas é apenas questão de tempo até a IA alcançar a potência dos nossos cérebros. É o que disse o CEO do Google DeepMind, Demis Hassabis, nesta segunda-feira (17).

Enquanto conversava com jornalistas numa coletiva de imprensa no escritório da DeepMind em Londres, Hassabis falou sobre o futuro da IA. Entre os tópicos da conversa, estava inteligência artificial geral (IAG) – a IA inteligente igual humanos.

Acho que, nos próximos cinco a dez anos, muitas dessas capacidades [de sistemas de IA] começarão a surgir e começaremos a avançar para o que chamamos de inteligência artificial geral.

Demis Hassabis, CEO do Google DeepMind, segundo a CNBC

‘Ainda não chegamos lá’, diz CEO do Google DeepMind sobre IA inteligente igual humanos

Para Hassabis, IAG é “um sistema capaz de exibir todas as capacidades complicadas que os humanos podem”. “Ainda não chegamos lá. Esses sistemas são muito impressionantes em certas coisas. Mas há outras coisas que eles ainda não conseguem fazer. E ainda temos bastante trabalho de pesquisa pela frente até lá.”

Para CEO do Google DeepMind, IA inteligente igual humanos surgiria dentro ‘de cinco a dez anos’ (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

Hassabis disse que o principal desafio para alcançar a IAG é fazer os sistemas de IA atuais entenderem contextos no mundo real.

“A questão é: quão rápido podemos generalizar as ideias de planejamento e os comportamentos de agentes, planejamento e raciocínio”, disse Hassabis.

No entanto, o desafio não para aí. “Depois, [vem] generalizar isso para funcionar no mundo real, em cima de coisas como modelos do mundo — modelos que são capazes de entender o mundo ao nosso redor.”

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Palpites de outros CEOs sobre IAG

Donos e CEOs de outras empresas de tecnologia já palpitaram sobre o desenvolvimento de IAG. Alguns disseram que levaria mais tempo do que o apontado por Hassabis. Outros, menos.

Ilustração digital de de inteligência artificial em forma de um cérebro humano estilizado com circuitos eletrônicos brilhando em azul, flutuando em um ambiente surreal de grades quânticas e partículas entrelaçadas
Alguns CEOs de tecnologia acreditam que IAG está distante, enquanto outros apostam que é questão de alguns anos (Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

O CEO do Baidu, Robin Li, por exemplo, disse que a IAG está “a mais de dez anos de distância”. Já o CEO da Anthropic, Dario Amodei, disse à CNBC que uma IAG “melhor do que quase todos os humanos em quase todas as tarefas” surgiria nos “próximos dois ou três anos”.

Elon Musk também já falou sobre IAG. Para o bilionário, a IAG provavelmente estaria disponível até 2026. Entre as empresas de Musk, está a xAI, que desenvolve modelos e plataformas de IA (por exemplo: o Grok, disponível no X).

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OpenAI e Google pressionam por acesso a dados protegidos para treinar IA

A OpenAI e o Google estão pressionando o governo dos EUA para permitir que seus modelos de IA sejam treinados utilizando material protegido por direitos autorais. A informação é do portal The Verge.

Ambas as empresas argumentam que a aplicação de proteções de uso justo à IA é crucial para garantir a segurança nacional e para manter a liderança dos EUA no campo da inteligência artificial, especialmente em relação à China.

As propostas foram feitas em resposta a um pedido da Casa Branca para que diversos setores contribuam com o “Plano de Ação de IA” do governo, uma iniciativa que visa fortalecer a posição dos Estados Unidos como potência em IA, ao mesmo tempo em que evita a imposição de “requisitos onerosos” que possam afetar a inovação.

OpenAI teme ser superada pelas IAs chinesas

  • A OpenAI defende que, se as empresas americanas não puderem acessar material protegido por direitos autorais para treinar seus modelos de IA, os EUA poderão perder sua liderança na área para a China.
  • A empresa argumenta que os desenvolvedores de IA na China terão acesso irrestrito a dados, incluindo dados protegidos, o que fortalecerá seus modelos.
  • Caso as empresas americanas não tenham acesso ao uso justo desses dados, a corrida pela IA estaria, segundo a OpenAI, efetivamente encerrada.
OpenAI e outras empresas de IA enfrentam desafios legais relacionados ao uso de dados protegidos (Imagem: TY Lim/Shutterstock)

Google ressalta importância dos dados públicos para treinar IA

  • O Google compartilha uma visão semelhante, afirmando que as políticas de direitos autorais, privacidade e patentes podem limitar o acesso a dados essenciais para o treinamento de modelos de IA.
  • A empresa ressalta que as exceções de uso justo e de mineração de texto e dados têm sido “críticas” para o treinamento de IA utilizando dados públicos disponíveis, pois permitem o uso de material protegido sem prejudicar os detentores dos direitos autorais.
  • Além disso, evitam negociações longas e desequilibradas com detentores de dados durante o desenvolvimento dos modelos.
  • Além disso, evitam negociações longas e desequilibradas com detentores de dados durante o desenvolvimento dos modelos.

Anthropic pede ao governo mais infraestrutura

  • A Anthropic, outra empresa importante no setor de IA, também enviou uma proposta ao governo, mas focou em aspectos diferentes.
  • A empresa pediu que o governo desenvolvesse um sistema para avaliar os riscos de segurança nacional dos modelos de IA e sugeriu o fortalecimento dos controles de exportação de chips de IA.
  • Além disso, como o Google e a OpenAI, a Anthropic também sugeriu que os EUA investissem em uma infraestrutura energética mais robusta para suportar o crescimento da inteligência artificial.

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Entretanto, várias empresas de IA, incluindo a OpenAI, enfrentam processos judiciais por usar conteúdo protegido por direitos autorais no treinamento de seus modelos.

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Empresas de IA dos EUA temem serem superadas se seu acesso a dados para treinar modelos for limitado – Imagem: Ascannio/Shutterstock

A OpenAI está sendo processada por veículos de notícias, como o New York Times, e até celebridades, como Sarah Silverman e George R.R. Martin.

Outras empresas, como Apple, Anthropic e Nvidia, também foram acusadas de utilizar legendas de vídeos do YouTube, o que a plataforma alegou violar seus termos de serviço.

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