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Gemini vai ganhar mais destaque dentro do Gmail

O Gemini vai ganhar mais espaço dentro do Gmail: o Google anunciou que a inteligência artificial vai exibir resumo de e-mails para usuários por padrão. Em breve, longas trocas de e-mails serão resumidas em tópicos para facilitar a leitura.

Esses resumos de e-mails não são novidade — eles existem desde que o Gemini foi incorporado ao Gmail. O que muda é que, a partir de agora, eles são ativados por padrão.

Como vai funcionar o resumo de e-mails por IA do Gemini no Google

Os novos cards de resumo listam os principais tópicos discutidos nos e-mails recebidos. No caso de conversas com múltiplos participantes, a IA atualizará em tempo real a discussão conforme novas mensagens chegam à caixa de entrada.

Leia mais:

Desde a chegada da IA ao Gmail, o resumo de mensagens estava disponível, mas era preciso selecionar manualmente o recurso para o Gemini entrar em ação.

A partir de agora, usuários que não quiserem a ferramenta precisarão entrar nas configurações do Gmail para desativar o recurso.

Google segue incorporando Gemini a tudo

Essa é mais uma ação tomada pelo Google para ampliar a integração do Gemini com os diferentes produtos e serviços oferecidos pela empresa. Durante o Google I/O 2025, a empresa anunciou uma série de novidades para a IA, incluindo integração mais profunda com o buscador e com o navegador Chrome.

Google Gemini em funcionamento em um smartphone (Imagem: Gguy/Shutterstock)

Apesar disso, há questionamentos relacionados à constante adição de recursos de IA em serviços da internet. Ferramentas de inteligência artificial ainda cometem muitos erros. Não é incomum encontrar informações imprecisas e incorretas em serviços do tipo.

Por enquanto, o resumo de e-mails por IA do Gemini no Gmail só está disponível para mensagens em inglês.

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YouTube Shorts vai ganhar integração com Google Lens para buscas em vídeo

O YouTube começará a testar uma nova funcionalidade que pode transformar a forma como os usuários interagem com vídeos curtos: a integração do Google Lens com os Shorts. A novidade permitirá fazer buscas rápidas com base em imagens ou textos exibidos nos vídeos, diretamente pela interface do aplicativo.

O Google Lens é uma ferramenta poderosa, capaz de identificar textos e imagens e fazer pesquisas a partir daí. Esses poderes serão incorporados nos Shorts, facilitando buscas a partir do vídeo que o usuário está assistindo.

A proposta é clara: tornar mais simples e rápida a busca por informações visuais — como locais, objetos ou produtos — que aparecem em vídeos curtos. Por exemplo, ao assistir a um Short e notar uma paisagem interessante, bastará pausar o vídeo, tocar na opção do Lens, e visualizar os resultados de busca relacionados àquela imagem.

Como vai funcionar o Google Lens nos Shorts do YouTube

O recurso estará disponível tanto no Android quanto no iOS, inicialmente em fase de testes. O processo de uso será simples:

  1. Acesse a aba de Shorts no app do YouTube;
  2. Reproduza qualquer vídeo e pause quando quiser usar o Lens;
  3. No menu superior, selecione a opção do Google Lens;
  4. Os resultados aparecerão sobre a interface do vídeo, com possibilidade de aprofundar a pesquisa no navegador.
Ferramenta está recebendo mais e mais recursos (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

Essa integração representa um passo a mais na estratégia do Google de unificar seus serviços e oferecer recursos de busca cada vez mais integrados à experiência visual e interativa dos usuários.

Leia mais:

Quando o Google Lens será incorporado ao YouTube Shorts?

De acordo com um anúncio oficial do Google, a ferramenta começará a ser testada em breve entre usuários da versão beta do YouTube. Não há previsão ainda para a funcionalidade ser liberada para todos os usuários.

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Testou o Veo 3? Veja 5 prompts para usar na ferramenta do Google

O Veo 3 é o modelo de vídeo generativo mais avançado do Google atualmente. Ele pode ser utilizado para criar vídeos cinematográficos extremamente realistas. Além disso, os conteúdos incluem diálogos, ruídos e efeitos sonoros. Para que isso seja possível, o usuário deve enviar prompts descrevendo o que deseja ver no vídeo. 

Para utilizar a plataforma, o usuário deve ter assinatura do Google AI Pro ou do Google AI Ultra. Porém, pelo menos até então, o Google disponibilizou 1 mês grátis para quem assinar o Google AI Pro. Depois ele passa a custar R$ 96,99 mensais. 

Também é importante salientar que o Veo 3 não aparece como parte do pacote do Google AI Pro, mas no teste que realizamos, ele fica disponível no Gemini mesmo para os assinantes desse plano. Além disso, também é possível ter acesso utilizando a ferramenta Flow. Porém, na primeira, há uma maior facilidade, pois basta inserir prompts simples. 

Leia mais:

Veja 5 prompts para utilizar no Veo 3 do Google para criar vídeos

A geração de vídeos por meio do Veo 3 não é algo simples. Porém, é necessário seguir algumas diretrizes para garantir a qualidade do conteúdo. Liste os elementos cinemáticos que devem estar no conteúdo, como a atmosfera, personagens, formato e estilo visual. Caso você queira deixar tudo ainda mais profissional, acrescente no prompt detalhes como planos de câmera e ângulos de filmagem. 

Outro aspecto que você pode inserir no prompt é o enquadramento. A seguir, confira algumas ideias para você utilizar no Veo 3 por meio do Gemini. O vídeo criado terá 8 segundos. 

1 – Vídeo sobre futebol 

O prompt abaixo é um tipo de comando que pode ajudar criadores de conteúdo a terem vídeos para postagens que podem gerar engajamento. No exemplo abaixo, está uma simulação de uma possível final da Copa do Mundo de 2026, entre Brasil e Argentina.

Captura de tela do prompt e vídeo gerado por meio do Veo no Gemini – Imagem: Matheus Chaves/Olhar Digital

“Um estádio vai sendo mostrado aos poucos, começando pela fachada até uma imagem aérea que o revela em sua totalidade. Em seguida, as imagens se aproximam do campo até chegar ao gramado, onde estarão os jogadores de futebol da Seleção Brasileira devidamente uniformizados, assim como os atletas da Seleção Argentina, todos posicionados em seus lugares e prontos para dar o pontapé inicial da grande final da Copa do Mundo de 2026.

Na parte inferior do vídeo, aparece a frase: ‘Brasil x Argentina: Final da Copa do Mundo de 2026’.” 

2 – Robôs trabalhando na montagem de veículos

É possível usar a ferramenta também para elaborar vídeos ilustrativos sobre trabalhos, como no prompt a seguir:

“Faça um vídeo que mostra o processo de montagem de veículos sendo feito por robôs. O conteúdo inicia-se em uma fábrica bem iluminada. Nela, chapas de aço começam a chegar, passam por uma inspeção e, em seguida, são cortadas em prensas para adquirir o tamanho e formato ideais para se ajustarem ao carro.

Depois, a parte dianteira do veículo, que estava separada a princípio, recebe uma etiqueta de identificação. Na sequência, tem início a etapa chamada body shop, onde ocorre a montagem da carroceria.

Um robô traz a parte lateral do carro e a une à parte dianteira e ao assoalho. Todas as partes são então unidas por meio de soldas realizadas por robôs.

Dê um close-up no momento em que os robôs fazem a soldagem. Em seguida, o automóvel já aparece com a estrutura completamente montada”.

3 – Dia dos namorados

Aproveitando o clima de Dia dos Namorados, que é comemorado todo dia 12 de junho, é possível pensar em um prompt que permita criar um vídeo que os estabelecimentos possam usar para atrair o público. O exemplo também serve para você reutilizar esse prompt para usar em outras datas especiais.

“Um homem com barba chega e entrega um buquê de flores à sua namorada, em uma casa. Faça um close-up no rosto da mulher, capturando a felicidade estampada em sua expressão e a emoção ao receber as flores.

Em seguida, ela se aproxima do homem, dá um selinho e os dois saem juntos, de mãos dadas, em direção a um carro.

No final da cena, eles aparecem em um restaurante luxuoso para um jantar romântico. Capture os detalhes do ambiente: mesas com toalhas vermelhas, música de fundo, lustres que proporcionam uma iluminação refinada, garçons e atendentes vestidos com trajes elegantes. Por fim, mostre os pratos de filé-mignon ao molho de vinho tinto com purê de batatas trufado sendo servidos à mesa do casal”.

Caso o vídeo não saia como você desejou, é possível pedir alterações, como feito abaixo:

“No vídeo acima, acrescente a cena do casal chegando no restaurante, sentando na mesa e o garçom vindo servir o jantar. A música deve ser apenas no restaurante”.

Captura de tela do prompt e vídeo gerado por meio do Veo no Gemini – Imagem: Matheus Chaves/Olhar Digital

4 – Cena para um filme de ação

Você também pode usar a ferramenta para criar cenas de filmes. Veja abaixo o prompt que utilizamos:

“No vídeo, mostre imagens aéreas da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, totalmente escura. A única iluminação que existe é a dos faróis dos carros e letreiros de neon. Neste cenário desolador, ainda cai uma chuva intensa. Então, um homem de casaco preto caminha por uma viela estreita. O som de seus passos se mistura ao gotejar constante das calhas. Então, dois capangas aparecem na entrada do beco e o homem de casaco preto para e fecha as mãos em punhos”.

5 – Apresentação de algo

O Veo 3 também pode ser ótimo para a apresentação de alguma coisa, seja na faculdade, vida pessoal ou até mesmo profissional. Confira o exemplo abaixo sobre a própria Veo 3.

“Mostre a ferramenta Veo 3 disponível no Google Gemini e fale que esse é o modelo de vídeo generativo mais avançado do Google até o momento, sendo capaz de gerar resultados cinematográficos impressionantes que se destacam pelo realismo. Também diga que ele se destaca por seus vídeos com som, diálogos, efeitos sonoros e ruídos. Tudo isso por meio de descrições realizadas por meio de texto ou imagens. Ao longo de toda essa descrição, insira imagens do funcionamento dela, com alguém utilizando-a no notebook”.

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Agora Gemini resume vídeos e responde perguntas no Google Drive

O Google facilitou a vida de quem lida com muitos vídeos no trabalho e/ou nos estudos. Como? Agora, o painel lateral do Gemini no Google Drive resume conteúdos de vídeos colocados na nuvem e responde perguntas sobre eles.

Funciona assim: ao abrir um vídeo no Google Drive pela web, basta tocar no ícone do Gemini no canto superior direito. O painel lateral será ativado e mostrará um “Resumo deste conteúdo“.

Além disso, aparecerão sugestões de comandos, como “Resumir os principais pontos” e “Listar ações” (em tradução livre) – possivelmente útil para quem grava reuniões, por exemplo.

Você também pode digitar perguntas mais específicas, como “Quais são os destaques?”. E o Gemini analisa o vídeo para trazer respostas rápidas.

Google coloca Gemini para agilizar vida de quem lida com vídeos no Drive

“Vídeos contêm grande quantidade de informações, mas voltar para assisti-los pode levar muito tempo”, aponta o Google, em comunicado.

Painel lateral do Gemini no Google Drive vai ter botões para resumir e analisar vídeos (Imagem: Reprodução/Google)

“Com esta atualização, os usuários podem aproveitar o Gemini para obter rapidamente o que precisam de seus vídeos.”

A análise de vídeos está sendo liberada gradualmente para os assinantes do plano Google One AI Premium, agora chamado de AI Pro, e para os seguintes clientes do Google Workspace:

  • Business Standard e Plus;
  • Enterprise Standard e Plus;
  • Complementos Gemini Education ou Gemini Education Premium.

Por enquanto, a função está disponível apenas para computadores. Por ora, não é possível enviar vídeos – apenas imagens e documentos – no aplicativo do Gemini para celulares.

Leia mais:

Número de vezes que vídeo foi aberto

Captura de tela no Google Drive com destaque para contador de vezes que vídeo foi reproduzido
Google Drive passará a mostrar um contador de vezes que um vídeo foi aberto (Imagem: Reprodução/Google)

O Google também informou que o Drive passará a mostrar um contador de vezes que um vídeo foi aberto. Essa informação ficará visível na nova seção de Análises, dentro do painel de Detalhes.

Esse recurso estará disponível para todos os clientes do Google Workspace, assinantes do Google Workspace Individual e usuários com contas pessoais do Google.

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Inteligência artificial será maior do que a internet, diz CEO do Google

O Google I/O aconteceu há exatamente uma semana. A principal conferência de desenvolvedores da empresa trouxe novidades em praticamente todos os setores, mas principalmente no campo da inteligência artificial – e na forma como ela impacta os produtos do Google.

Por exemplo, você não precisar entrar no site do Gemini para usar a IA. Agora, ele está presente no Google Meet, no Gmail, no Chrome e até na pesquisa, uma dos serviços mais tradicionais da big tech. Além das integrações com produtos já conhecidos, a companhia também anunciou novidades ‘do zero’, como os geradores de vídeo Flow e Veo 3, atualizações do Gemini 2.5 e até óculos inteligentes com Gemini embutido. Você pode encontrar um resumo dos principais anúncios do I/O neste link.

A mensagem do evento ficou bastante clara: o Google está investindo pesado em inteligência artificial, desde uma busca simples até o setor de medicina.

O site estadunidense The Verge entrevistou Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet (controladora do Google), logo após o I/O da semana passada. O executivo falou sobre suas expectativas com a IA, futuro da pesquisa na web, a venda do Chrome e até sobre como está lidando com a postura de Donald Trump no setor de tecnologia.

Veja os destaques.

Google I/O, da semana passada, é a principal conferência de desenvolvedores da empresa no ano (Imagem: Google/Divulgação)

Google está investindo pesado em inteligência artificial

A entrevista aconteceu logo após o Google I/O, na semana passada.

Durante a conversa, Pichai destacou como a empresa está ampliando suas fronteiras de inteligência artificial: “priorizamos a IA há algum tempo”, revelou.

Para ele, a tecnologia vai melhorar com o tempo e permitir que as pessoas criem coisas novas, aumentando o poder criativo da sociedade. No entanto, isso vai acontecer aos poucos. O CEO explicou suas ideias com uma comparação da IA com os blogs, na época do surgimento da internet:

Imagine só quando a internet surgiu e os blogs se tornaram realidade. Antes da internet, pouquíssimas pessoas tinham um meio de expor seus pensamentos ao mundo. Com a internet, surgiu um novo meio, que permitiu às pessoas criar e se expressar de uma nova maneira. Com os celulares, vieram as câmeras, e era possível filmar e criar vídeos. Veja o que aconteceu com o YouTube. Para mim, uma parte semelhante disso é que estamos todos falando sobre coisas como codificação. Ontem, você viu o Veo 3 (…). Acho que [no futuro] as pessoas vão conseguir criar aplicativos de IA, mas esse poder ainda não foi liberado. Estamos apenas arranhando a superfície, e esses modelos ainda não estão lá. (…) Acho que [no futuro] veremos uma nova onda de coisas, assim como aconteceu com os dispositivos móveis. Assim como aconteceu com a internet.

Sundar Pichai, CEO da Google e da Alphabet, em entrevista ao The Verge

Pichai também revelou que a empresa está trabalhando com companhias parceiras em aplicações corporativas e de ciência, como na medicina, por exemplo. Isso tudo ajuda a expandir as capacidades da tecnologia.

Ele voltou a reforçar que, por enquanto, essa expansão está acontecendo em todos os níveis e está em estágios iniciais. Mas isso vai evoluir e a presença da IA deve se concretizar de vez em mais setores nos próximos três a cinco anos.

Tela de smartphone com os dizeres: "Welcome to the Gemini era"
IA está evoluindo… mas ainda está em estágios iniciais (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

Qual o produto de IA mais lucrativo do Google?

Como falamos, o Google está investindo pesado em IA, desde pesquisa e data centers até o desenvolvimento dos produtos em si. Tudo isso envolve (muito) dinheiro. Quando questionado qual produto era responsável por retornar esses investimentos, Sundar Pichai deu uma explicação longa.

Segundo ele, quando o Gmail foi criado, era usado apenas como um serviço de e-mail interno. O Google mal pensou que ele se tornaria tão grande quanto é hoje. O mesmo vale para o Google Cloud, setor de nuvem da empresa. O investimento inicial foi uma aposta arriscada… que, hoje, rende bilhões de dólares em receita.

Pichai destacou a importância dessa visão a longo prazo, em vez de pular de inovação para inovação. A Waymo, empresa de veículos autônomos que agora faz parte da Alphabet, é uma dessas apostas.

Já a IA está um pouco mais avançada. Segundo o CEO, a inteligência artificial virou uma tecnologia horizontal que está presente em todos os negócios da companhia, impactando desde os serviços de busca do Google até o YouTube, o Cloud e o Android.

Voltando à pergunta sobre o produto mais lucrativo, Pichai não deu uma resposta objetiva. Para ele, a IA será muito útil como assistente e as pessoas estarão dispostas a pagar por elas, o que abre caminho para os serviços por assinatura e receita.

Logo do Google na fachada de uma loja
Antes do Google I/O, empresa realizou uma conferência apenas para o Android, também com novidades voltadas para IA (Imagem: Below the Sky/Shutterstock)

E a concorrência?

Durante a entrevista, o The Verge lembrou que o designer Jony Ive (ex-Apple) agora se uniu à OpenAI. Com a compra da empresa de hardware io (o Olhar Digital deu os detalhes aqui), a desenvolvedora do ChatGPT está mirando no desenvolvimento de produtos físicos.

Pichai elogiou Ive e destacou o futuro promissor no campo da inteligência artificial… mesmo na concorrência. Ele ressaltou que, quando a internet surgiu, o Google nem existia. E a IA será ainda maior que a internet (imagine as possibilidades, então).

Veja o que ele disse sobre a união de Ive com a OpenAI:

Acredito que a IA será maior que a internet. Haverá empresas, produtos e categorias criadas das quais não temos conhecimento hoje. Acho que o futuro parece promissor. Acredito que há muitas oportunidades para inovar em termos de formatos de hardware neste momento. Estou ansioso para ver o que eles [OpenAI e Ive] farão. Nós [Google] também faremos muita coisa. Acho que é um momento empolgante para ser consumidor, é um momento empolgante para ser desenvolvedor. Estou ansioso por isso.

Sundar Pichai, CEO da Google e da Alphabet, em entrevista ao The Verge

Imagem mostra o designer Jony Ive e o CEo da OpenAI, Sam Altman, conversando em um balcão de bar
OpenAI comprou a empresa de hardware de Ive, a io (Imagem: OpenAI/Reprodução)

Até a pesquisa do Google está mudando

Quem nunca usou o Google? O buscador é um dos serviços mais famosos da empresa… mas ele está passando por mudanças. Um exemplo são as respostas geradas por IA (saiba mais sobre elas aqui).

Quando questionado sobre os efeitos do uso de IA no mecanismo de busca da empresa, Pichai reforçou que o tráfego está aumentando e as pessoas estão passando mais tempo no Google. No entanto, nem sempre o tráfego maior significa mais visualizações para os sites listados. O CEO não se aprofundou na questão, já que a empresa não costuma divulgar detalhes sobre isso.

O executivo também falou sobre agentes de IA na web:

  • Como ficou claro, Pichai acredita que a busca está mudando. A internet como um todo está mudando desde a chegada da IA.
  • Isso se intensifica com os agentes de IA, que podem ‘pensar’ e resolver tarefas por conta própria: para ele, os agentes são “como um novo formato poderoso”;
  • Porém, por enquanto, eles ainda estão começando e vão afetar primeiro as empresas do que os consumidores (nós, meros usuários da internet).
Página inicial da Busca do Google aberta no Safari num MacBook
Buscador do Google está indo na onda das mudanças atuais (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Chrome e política no Google

Pichai também foi questionado sobre o processo em andamento no Departamento de Justiça dos Estados Unidos que pode obrigar o Google a vender o Chrome. Você pode entender esse caso por completo aqui.

Ele se recusou a comentar, mas destacou como ele próprio esteve envolvido na construção do Chrome e que, enquanto uma empresa de tecnologia, o Google continuaria investindo em seus produtos para “construir um negócio de sucesso em todos os cenários”.

Leia mais:

O CEO também falou sobre o contato com o governo de Donald Trump. Ele foi um dos executivos de big techs que esteve presente na posse, em janeiro, mas negou que a gestão do republicano influencie diretamente na condução dos negócios.

Mantivemos contato com o Departamento de Justiça, como fizemos ao longo dos anos, no contexto de todos os casos que temos. Então é assim que normalmente mantemos essas conversas.

Sundar Pichai, CEO da Google e da Alphabet, em entrevista ao The Verge

Quando questionando se a inteligência artificial da empresa ou os mecanismos de busca cederiam à pressão política (como o Grok, que defende Trump e Elon Musk, por exemplo), ele respondeu apenas “não”.

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Se sua senha for fraca, o Chrome pode mudá-la automaticamente

O Google anunciou, durante a conferência Google I/O, que o gerenciador de senhas do Chrome vai ganhar um novo recurso: a capacidade de alterar automaticamente senhas consideradas fracas ou comprometidas. A previsão é que a funcionalidade seja lançada ainda este ano.

Segundo a empresa explicou em um post de seu blog, quando o Chrome identificar uma senha vulnerável durante o login, o Gerenciador de Senhas do Google oferecerá ao usuário a opção de corrigi-la automaticamente.

Em sites compatíveis, o navegador poderá gerar uma nova senha forte e substituir a antiga de forma automatizada.

Recurso anunciado na Google I/O 2025 detecta senhas fracas ou vazadas e oferece substituição automática (Imagem: Primakov/Shutterstock)

Segurança extra sem incomodar o usuário

  • O objetivo da nova função, segundo o Google, é facilitar o reforço da segurança digital sem exigir esforço adicional do usuário.
  • “Sabemos que, se for trabalhoso, as pessoas simplesmente não vão trocar suas senhas”, disse Parisa Tabriz, vice-presidente e gerente geral do Chrome, em um briefing antes do evento.
  • “Acreditamos que essa troca automática representa uma vitória tanto para a segurança quanto para a usabilidade.”

É preciso autorizar o navegador antes

Apesar da automação, o recurso não será ativado sem o consentimento do usuário. O Chrome não mudará nenhuma senha por conta própria, mesmo que ela esteja comprometida. “Estamos comprometidos em manter o usuário no controle do processo”, afirmou Tabriz.

O Google está divulgando a novidade agora para que desenvolvedores tenham tempo de adaptar seus sites e aplicativos ao novo sistema antes do lançamento oficial.

MacBook Pro com logotipo do Google Chrome na tela
Função visa facilitar a proteção de contas em sites compatíveis, com foco na experiência do usuário (Imagem: mindea/Shutterstock)

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Google está na mira de entidades ligadas ao jornalismo no Brasil; entenda

Associações representativas da imprensa estão cobrando mais rigor do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na apuração de possíveis abusos cometidos pelo Google no uso de conteúdos jornalísticos. O caso está em análise desde 2018, foi arquivado em 2024 e reaberto em abril de 2025, com julgamento marcado para a próxima sessão do Tribunal Administrativo do Cade, no dia 28.

O inquérito investiga se o Google abusou de sua posição dominante ao exibir trechos de notícias produzidas por veículos jornalísticos em plataformas como a busca do Google e o Google News sem a devida compensação financeira. A prática de “scraping” — quando trechos de textos são copiados automaticamente — tem sido apontada por entidades como um fator que limita o tráfego direto aos sites de notícias e impacta a distribuição de receitas de publicidade digital.

Inquérito investiga se o Google abusou de posição dominante no mercado de buscas em relação a veículos jornalísticos (Imagem: Tada Images / Shutterstock.com)

Preocupações com transparência e concorrência

  • Entidades como Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Associação Nacional de Jornais (ANJ), Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), Associação de Jornalismo Digital (Ajor) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) defendem que o Cade transforme o inquérito em processo formal.
  • Segundo elas, isso permitiria acesso mais amplo a dados e uma apuração aprofundada sobre o impacto do comportamento do Google no ecossistema jornalístico.
  • “É preciso produzir mais informações sobre os impactos das ferramentas de busca e, principalmente, de um mecanismo que tem o monopólio global desse serviço, como é o caso do Google, na imprensa brasileira”, afirma Bia Barbosa, coordenadora de incidência da RSF para a América Latina.
  • Ela também criticou a “baixa transparência” das plataformas e a dificuldade de acesso a dados que comprovem ou não condutas anticoncorrenciais.

Disputa por atenção e publicidade

Outro ponto destacado pelas associações é a forma como o Google atua no mercado publicitário. Apesar de a empresa afirmar que não exibe anúncios junto a resultados noticiosos, entidades como a RSF afirmam que há, sim, conteúdo patrocinado e que o Google compete diretamente com os veículos de imprensa pela atenção do público.

“O Google disputa o mercado publicitário não apenas com o Search, mas com serviços como o AdSense, que coleta dados dos usuários e segmenta anúncios de forma eficiente”, explica Bia Barbosa. Segundo ela, isso representa uma concorrência desleal com sites jornalísticos que dependem desse mesmo mercado para sobreviver.

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Google disputa mercado publicitário com serviços como o AdSense, além da Busca (Imagem: Casimiro PT / Shutterstock.com)

Papel da inteligência artificial

A ascensão da inteligência artificial (IA) também entrou no debate. As entidades defendem que o uso da IA nos mecanismos de busca intensifica a retenção de tráfego por parte do Google, dificultando ainda mais o acesso direto aos veículos de mídia. Para Marcelo Rech, presidente-executivo da ANJ, esse é um momento-chave para que o Brasil siga na vanguarda da regulação de práticas anticompetitivas.

“O Cade deve ampliar o exame do processo, especialmente agora, quando organismos antitruste no mundo todo estão analisando o impacto das plataformas”, reforça Rech. Bia Barbosa complementa: “A forma como a IA responde às perguntas dos usuários mostra claramente que há retenção de tráfego que poderia ser direcionado aos veículos de comunicação”.

Reação internacional e precedentes

Casos semelhantes têm sido observados fora do Brasil. Nos Estados Unidos, o Departamento de Justiça propôs que o Google se desfaça de plataformas de publicidade como AdX e DFP, após decisão judicial que identificou monopólio ilegal em dois mercados. Na África do Sul, a Comissão de Concorrência sugeriu que a empresa pague até 500 milhões de rands por ano a veículos jornalísticos.

Essas movimentações internacionais fortalecem o argumento das entidades brasileiras de que é preciso agir agora para garantir a pluralidade de vozes e proteger a sustentabilidade do jornalismo profissional no ambiente digital. “É fundamental que o Cade reconheça a gravidade das práticas adotadas pelo Google”, afirmou Flávio Lara Resende, presidente da Abert.

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Entidades brasileiras buscam proteger a sustentabilidade do jornalismo profissional no ambiente digital (Imagem: Photo Kozyr / Shutterstock.com)

Leia mais:

Caminhos para valorização do conteúdo jornalístico

Para representantes da Ajor e outras associações, o julgamento que se aproxima deve considerar o papel essencial do conteúdo jornalístico no modelo de negócios das plataformas. Eles pedem que o Cade tenha acesso a dados como tráfego, segmentação de audiência e uso de conteúdo nos rankings de busca.

“O tribunal tem a oportunidade de promover avanços na transparência das práticas de ranqueamento e valorização econômica do jornalismo”, conclui um representante da Ajor. As entidades esperam que o Cade se posicione de forma clara e efetiva diante da influência crescente das plataformas no ecossistema informacional brasileiro.

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IA vai “responder” na Justiça por caso de adolescente que tirou própria vida

Um juiz federal em Orlando, Flórida (EUA), rejeitou a tentativa da startup de inteligência artificial (IA) Character.AI de encerrar processo judicial envolvendo o suicídio de um adolescente, argumentando que as mensagens geradas por seu chatbot não estão automaticamente protegidas pela Primeira Emenda.

A decisão abre caminho para que o caso siga adiante, levantando questões importantes sobre a responsabilidade legal de empresas que desenvolvem sistemas de IA baseados em linguagem.

Detalhes do caso

  • Sewell Setzer III, 14 anos, tirou a própria vida em 2023, pouco depois de trocar mensagens com um chatbot da Character.AI;
  • A mãe do jovem, Megan Garcia, afirma que a empresa falhou ao lançar um produto voltado a interações emocionais sem implementar proteções adequadas para usuários vulneráveis;
  • O chatbot, inspirado em uma personagem de “Game of Thrones“, teria encorajado Setzer a voltar para casa pouco antes do suicídio;
  • Segundo o processo (via The Washington Post), o adolescente se tornou obcecado pela IA e passou a se isolar da família.
Justiça dos EUA manteve processo contra a Character.AI (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)

A Character.AI alegava que os diálogos do bot estariam protegidos como forma de expressão, mas a juíza Anne Conway afirmou que, neste estágio do processo, a empresa não conseguiu provar que a linguagem gerada pela IA se qualifica como discurso constitucionalmente protegido.

Leia mais:

Julgamento pode abrir precedentes quanto à IA

O caso pode se tornar marco legal para definir os limites de responsabilidade de sistemas de IA generativa. Além da Character.AI, o processo incluirá os fundadores da empresa, Noam Shazeer e Daniel De Freitas, e o Google, acusado de ligação técnica com a startup.

O Google nega envolvimento direto com o aplicativo e promete recorrer da decisão. Enquanto o processo avança, a Character.AI afirma ter adotado medidas de segurança, como versões para menores e filtros de detecção de automutilação.

Representantes legais da família de Setzer consideram a decisão um passo importante para responsabilizar empresas que desenvolvem tecnologias de alto risco sem salvaguardas apropriadas.

Montagem de um rosto digital em azul
Decisão marca possível precedente sobre responsabilidade de chatbots (Imagem: Yuichiro Chino/Shutterstock)

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Google: estudantes podem ter Gemini Pro de graça; saiba como

Se você é estudante e quer utilizar os recursos de inteligência artificial (IA) do Google gratuitamente, saiba que você pode. A big tech está oferecendo 15 meses sem custo do pacote Google AI Pro com Gemini.

Para tanto, é preciso comprovar o vínculo com uma instituição de ensino, entre outros quesitos. Normalmente, o pacote mais caro de IA do Google sai por R$ 96,99 ao mês. A big tech quer que os estudantes possam se preparar para provas, organizar tarefas de casa, entre outros.

Normalmente, pacote custa R$ 96,99 mensais (Imagem: Robert Way/Shutterstock)

Além do Gemini, o que o Google AI Pro oferece?

Além de tudo o que o plano Google AI Premium garante, o AI Pro oferta:

  • Gemini Pro 2.5, com janela de contexto, gerador de conteúdo multimídia e assistente de pesquisa inteligente;
  • Recursos de auxílio do Gemini em serviços da gigante das buscas, como Documentos, Planilhas, Apresentações e Gmail;
  • Veo 2, que permite a criação de vídeos a partir de comandos de texto ou imagens;
  • NotebookLM, que resume obras, organiza ideias e transforma conteúdos em podcasts;
  • Acesso prioritário a novos recursos de IA implementados pelo Google;
  • Google One com 2 TB de armazenamento dividido entre Drive, Gmail e Fotos;
  • Outros recursos do Google Meet (como mais tempo para chamadas) e Agenda (melhor agendamento de compromissos);
  • 10% de reembolso em compras de certos dispositivos na Google Store.

Como faço para obter os 15 meses gratuitos?

  • Para acessar a promoção, acesse este link e logue-se com sua Conta Google;
  • Clique em Garanta já e comece o cadastro;
  • A seguir, insira o e-mail vinculado à instituição de ensino visando confirmar que você pode obter o benefício;
  • Uma vez aprovado, a confirmação e liberação é obtida praticamente em tempo real, necessitando apenas que você digite um código enviado ao e-mail da instituição.

Vale lembrar que, se você já possuir outro plano do Google One, ele será substituído pela oferta de 15 meses sem custo. Mas, atenção: o desconto é limitado e deve ser ativado até 30 de junho de 2025.

Leia mais:

Requisitos para solicitar o desconto

A seguir, saiba quais são os pré-requisitos pedidos pelo Google para que você acesse o Google AI Pro gratuitamente por 15 meses:

  • Ter 18 anos e morar no Brasil, Estados Unidos, Indonésia, Japão ou Reino Unido;
  • Possuir endereço de e-mail válido e atrelado à sua instituição de ensino;
  • Ter uma conta pessoal do Google;
  • “Reverificar” a matrícula até 31 de agosto de 2025;
  • Contar com uma conta para pagamentos no Google Play com forma de pagamento válida, mesmo que não haja cobranças;
  • Não ser cliente corporativo, assinante do Google One com pacote superior ou via terceiros, nem ser dono de Conta Google supervisionada.
Captura de tela explicando sobre o desconto
São 15 meses sem custo (Imagem: Reprodução/Google)

O Google anuciou várias novidades no Google I/O 2025. Quer ficar por dentro de tudo o que a big tech liberou no evento? Veja este resumão especial do Olhar Digital!

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Google é investigado por violação antitruste em acordo com startup de IA

O Departamento de Justiça dos EUA está investigando se o Google violou leis antitruste ao firmar um acordo com a Character.AI, startup especializada em chatbots. As informações são da Bloomberg.

Segundo fontes próximas ao caso, a suspeita é de que o Google tenha estruturado o acordo de forma a evitar uma análise formal de fusão pelas autoridades.

Acordo gerou desconfiança

  • O acordo, fechado no ano passado, trouxe os fundadores da Character.AI — ex-funcionários do Google — de volta à empresa, além de conceder ao Google uma licença não exclusiva para uso da tecnologia de linguagem da startup.
  • Apesar disso, a Character.AI permanece como uma empresa independente e o Google afirma não deter participação acionária.
  • Esse tipo de parceria, comum no Vale do Silício, tem levantado preocupações entre reguladores, que temem que gigantes da tecnologia estejam usando sua influência para sufocar a inovação e manter sua dominância no mercado de inteligência artificial.
Acordo com Character.AI pode ter sido uma manobra do Google para manter vantagem competitiva (Imagem: T. Schneider / Shutterstock.com)

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Investigações estão no início, e ainda não há acusação formal

A investigação está em estágio inicial e, até o momento, não houve acusações formais contra o Google. Ainda assim, ela se soma ao crescente escrutínio antitruste que a empresa enfrenta, especialmente após decisões judiciais que a acusaram de manter monopólios ilegais nos mercados de buscas e publicidade online.

O governo Biden tem intensificado a vigilância sobre o ecossistema de IA, avaliando se alianças entre big techs e startups dão vantagens desleais às empresas mais poderosas. Uma decisão sobre medidas mais rígidas de controle sobre essas parcerias é esperada ainda este ano.

Logo do Google na fachada de uma loja
Investigação avalia se gigante da tecnologia estruturou parceria com a Character.AI para manter domínio no setor de inteligência artificial (Imagem: Below the Sky/Shutterstock)

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