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Google: a busca terá uma cara nova – e talvez você não goste muito

Na última quarta-feira, o Google anunciou que começará a exibir anúncios no Modo IA da Busca, integrando-os às respostas geradas por inteligência artificial “quando forem relevantes”.

Essa mudança faz parte de um teste e inclui anúncios de Pesquisa e Shopping, inicialmente disponíveis nos EUA para usuários de desktop e dispositivos móveis.

Anúncios podem agregar no Modo IA

O Modo IA permite que usuários façam perguntas e recebam respostas geradas por IA, com a possibilidade de aprofundamento. Segundo o Google, anúncios podem ser úteis ao direcionar o usuário a criadores de conteúdo ou ideias de negócio.

Anunciantes que já utilizam campanhas como Performance Max, Shopping e Pesquisa com correspondência ampla estarão automaticamente qualificados para participar.

Apesar de os anúncios representarem a principal fonte de receita do Google — US$ 66,89 bilhões no primeiro trimestre de 2025 —, a aceitação por parte do público ainda é incerta. Uma pesquisa da CivicScience mostra que 36% dos adultos nos EUA desconfiam do uso de IA em publicidade.

Leia mais:

Google já iniciou testes nos EUA e amplia presença da publicidade no futuro da busca – Imagem: Google

Concorrência aposta na mesma estratégia

  • Concorrentes como Perplexity, Microsoft e OpenAI também vêm testando ou considerando anúncios em seus serviços de IA.
  • Além disso, o Google informou que vai expandir os anúncios nos AI Overviews, que geram resumos automatizados nas buscas.
  • Esses anúncios, identificados como “Patrocinados”, também serão exibidos quando considerados relevantes, com expansão prevista para outros países e idiomas futuramente.

A iniciativa levanta preocupações entre editores, que temem perder receita. O Google afirma que está ouvindo o setor enquanto desenvolve seus recursos de busca com IA.

Novidade marca integração de anúncios em respostas com inteligência artificial – Imagem: Google

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Gemini para baixinhos: Google vai permitir que crianças menores de 13 anos usem IA

O Google vai permitir que crianças menores de 13 anos usem o Gemini. Em comunicado enviado aos pais, a big tech alertou para os riscos da inteligência artificial e pediu que os mais velhos ensinem os mais novos a ter pensamento crítico.

O acesso vale apenas para crianças com contas Google gerenciadas pelos pais, através de um serviço chamado Family Link, que funciona como uma espécie de controle parental.

Pais deverão liberar acesso através do Family Link (Imagem: mundissima / Shutterstock.com)

Google vai liberar Gemini para crianças

De acordo com o New York Times, o pai de uma criança de oito anos nos Estados Unidos recebeu um e-mail dizendo: “os aplicativos Gemini estarão disponíveis em breve para o seu filho”. Entre as aplicações, a empresa citou a possibilidade de fazer perguntas, inventar histórias e receber ajuda para a lição de casa.

O acesso vale apenas para crianças com conta Google administrada pelos pais através do Family Link. Nele, os próprios responsáveis liberam o acesso.

Ao jornal, o porta-voz da companhia, Karl Ryan, explicou que o Gemini possui proteções específicas para usuários mais jovens, como para impedir que a IA gere conteúdos inseguros. Além disso, o chatbot não vai usar os dados de contas de crianças para treinar a tecnologia.

A liberação deve acontecer já na próxima semana, mas o Google avisará novamente os pais.

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Empresas com chatbots querem atrair públicos mais jovens (Imagem: Gguy/Shutterstock)

Empresas querem atrair público jovem para a IA

Ainda de acordo com o NYT, a liberação do Gemini para menores de 13 anos acontece em um momento em que as empresas querem atrair o público jovem para seus chatbots. Inclusive, nos Estados Unidos, Donald Trump incentivou o uso da tecnologia em escolas.

No entanto, grupos focados em crianças alertam que o uso dessas ferramentas pode representar um risco à segurança – sem contar os possíveis erros. A UNICEF, agência das Nações Unidas para a infância, já alertou sobre o potencial da IA de confundir, desinformar e manipular crianças.

Leia mais:

O Google reconheceu os riscos:

  • No e-mail enviado aos país, a empresa afirmou que “o Gemini pode cometer erros” e que os pais “ajudem seus filhos a pensar criticamente”;
  • O comunicado também recomendou que os responsáveis ensinem os filhos a verificar as respostas geradas pela IA, que ensinem que a ferramenta não é humana e a não compartilhar informações pessoais por lá;
  • Ainda assim, a big tech reconhece que as crianças podem ter acessos a conteúdos impróprios para idade.

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Google sob pressão: monopólio nas buscas pode se repetir na IA

O Google está novamente no centro de um embate com o governo dos Estados Unidos, desta vez não apenas por seu monopólio nas buscas online, mas também por seu potencial domínio no emergente mercado de inteligência artificial (IA), como explica o New York Times.

Em uma audiência recente em Washington, o Departamento de Justiça argumentou que a gigante da tecnologia pode repetir no setor de IA as mesmas práticas anticompetitivas adotadas nas buscas — onde foi considerada monopolista em 2024.

A preocupação central é que o Google use sua liderança atual para expandir a presença do Gemini, seu chatbot de IA, de forma a limitar o espaço para rivais.

Durante a audiência, executivos da OpenAI e da startup Perplexity afirmaram que os acordos comerciais do Google com fabricantes e operadoras dificultam o acesso ao mercado para produtos concorrentes.

Em um dos casos, a Perplexity não conseguiu firmar uma parceria com uma operadora porque ela já estava vinculada contratualmente ao Google.

Google é acusado de tentar repetir estratégias anticompetitivas com o Gemini, seu chatbot de inteligência artificial – Imagem: jackpress / Shutterstock.c

Leia mais:

Google nega estar criando um monopólio

  • O CEO Sundar Pichai, em depoimento de 90 minutos, reconheceu o momento dinâmico do setor e afirmou que há muitos concorrentes fortes, como o ChatGPT, da OpenAI.
  • O Google defende que o mercado de IA está competitivo e que os consumidores têm várias opções.
  • Citando o próprio sucesso do ChatGPT, os advogados da empresa afirmam que não há necessidade de intervenção judicial.

Chrome em uma nova empresa

Já o governo pede medidas corretivas ambiciosas, como forçar o Google a vender o navegador Chrome e compartilhar dados de buscas e publicidade com concorrentes, para garantir uma concorrência justa no setor de IA.

Segundo os promotores, o objetivo não é apenas corrigir abusos passados, mas evitar que o Google consolide um novo monopólio tecnológico.

A decisão do juiz Amit Mehta poderá ter efeitos profundos no futuro da tecnologia. Ela determinará se o Google terá liberdade para seguir liderando o desenvolvimento da IA nos moldes atuais ou se terá de abrir espaço para rivais em um dos setores mais estratégicos da economia digital.

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Após ser o Google condenado por monopólio nas buscas, o Departamento de Justiça dos EUA teme que práticas semelhantes ocorram no setor de IA – Imagem: bluestork/Shutterstock

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Gemini pode editar imagens para você, mas o que isso significa?

O aplicativo do Gemini edita imagens agora – tanto fotos quanto imagens geradas por inteligência artificial (IA). Na prática, significa que você não precisa manjar de Photoshop e Lightroom para mudar o conteúdo de imagens. Só precisa saber escrever, ter conta no Google e o app do Gemini instalado.

Para exemplificar o novo recurso da sua IA, o Google mostrou uma sequência de três imagens – geradas pelo Gemini, claro – de um cachorro da raça dálmata deitado (ou seria meio agachado, naquela pose que cachorros fazem quando querem brincar?).

Segundo o Google, três comandos de texto foram usados nesta sequência. Foram eles (em tradução livre):

  1. “Crie uma imagem de um cão da raça dálmata”;
  2. “Coloque nele um boné de beisebol amarelo simples, sem texto ou logotipo”;
  3. “Mude o plano de fundo para que o cachorro esteja numa praia”.

Os resultados? Confira abaixo:

Imagens geradas e editadas por meio do Gemini (Imagem: Google)

Edição de imagens no Gemini: o que dá para fazer?

“É possível mudar o plano de fundo, substituir objetos, adicionar elementos e muito mais”, diz o Google, num comunicado sobre edição de imagens no Gemini.

Outro exemplo dado pela empresa (neste caso, está mais para sugestão) foi: “você pode enviar uma foto pessoal e pedir ao Gemini para gerar uma imagem de como você ficaria com diferentes cores de cabelo“.

Você pode obter respostas mais ricas e contextuais aos seus comandos, com textos e imagens integrados.

Trecho de comunicado publicado pelo Google sobre edição de imagens no Gemini

Disponibilidade

A edição de imagens no Gemini começou a ser “lançada gradualmente” nesta semana. Leia-se: nos Estados Unidos, funcionando apenas em inglês.

Celular com logomarca do Gemini na tela na frente de fundo laranja com efeito degradê
Google vai abrir acesso à edição de imagens no Gemini para ‘maioria dos países nas próximas semanas’ (Imagem: JarTee/Shutterstock)

No entanto, o Google informou que vai expandir a disponibilidade do novo recurso para “mais pessoas em mais de 45 idiomas e na maioria dos países nas próximas semanas“. Ou seja, deve aparecer em breve no aplicativo do Gemini instalado no seu celular.

Se quiser saber mais, confira esta postagem sobre geração de imagens nativa do Gemini 2.0 Flash no blog do Google voltado para desenvolvedores.

Imagens geradas e editadas com Gemini vai ter ‘selo invisível’ (e, possivelmente, um visível) do Google

As imagens criadas ou editadas com recursos nativos do Gemini incluirão a marca d’água digital invisível SynthID, informou o Google.

  • “Synth-o-que?”: SynthID é uma tecnologia desenvolvida pelo Google DeepMind que funciona como uma marca d’água digital invisível incorporada diretamente no conteúdo gerado por IA, como imagens, áudios, textos e vídeos.
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Google considera colocar marcas d’água visíveis e invisíveis em imagens geradas ou editadas por meio do Gemini (Imagem: sdx15/Shutterstock)

Leia mais:

“Também estamos testando a adição de uma marca d’água visível em todas as imagens geradas pelo Gemini”, acrescentou a big tech no comunicado.

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Google oferece cursos gratuitos sobre IA; veja como se inscrever

Quem acompanha o Olhar Digital sabe o impacto que a Inteligência Artificial generativa teve no mundo da tecnologia. Desde o lançamento do ChatGPT, no fim de 2022, as pessoas buscam entender mais sobre o assunto. As empresas, por sua vez, querem inserir esse conceito em seus processos.

E não estamos falando apenas nas big techs. Hoje, o mercado como um todo olha com bastante interesse para a área. E paga bons salários, alguns na casa dos dois dígitos, para quem tem especialização em IA.

Por se tratar de uma novidade, ainda não existe uma oferta abundante de cursos superiores sobre o tema. No lugar disso, porém, várias gigantes oferecem cursos rápidos – e muitos deles entregam certificações.

O Google é uma dessas empresas, mais especificamente o Cloud, o braço de computação em nuvem da big tech. A companhia mantém uma série de parceiras com instituições de ensino, além de ter um canal no YouTube com vídeos educativos. A maior oferta de cursos, porém, pode ser encontrada na plataforma Cloud Skills Boost.

Google promete treinar um milhão de pessoas em IA no Brasil

Durante o evento Web Summit, no Rio de Janeiro, o Google Cloud se comprometeu a treinar um milhão de brasileiros em Inteligência Artificial e tecnologias de nuvem. Em entrevista ao G1, a diretora técnica da empresa, Patricia Florissi, disse que os cursos oferecidos são uma boa porta de entrada para a carreira.

E isso não serve apenas para desenvolvedores, mas também para quem usa assistentes como Gemini e o ChatGPT. Ou para aqueles que buscam se destacar em suas empresas atuais (a IA pode ajudar bastante na sua rotina). Ou até mesmo para pessoas de outras áreas que têm interesse em mudar de profissão.

Manter-se atualizado é essencial para quem busca uma carreira bem-sucedida (Imagem: Mamun_Sheikh/Shutterstock)

É claro que um curso online de 45 minutos de “Introdução à IA Generativa” não vai te garantir um emprego numa big tech. Ele, porém, pode mostrar se é realmente isso que você busca (é a porta de entrada sobre a qual falou a diretora). A partir daí, o interessado deve ir atrás de mais especializações.

O mais bacana é que os conteúdos da plataforma Cloud Skills Boost são gratuitos – e existem aqueles em Português. Ao todo, segundo o Google, são 648 aulas, sendo 49 sobre IA generativa.

As durações variam bastante: existem alguns de 15 minutos, mas também outros com mais de 5 horas.

Leia mais

Robô sentado em frente a um computador, com uma mulher emburrada atrás olhando para ele
Muitas pessoas ainda têm medo da IA roubar os seus empregos; outras, no entanto, já usam a tecnologia para melhorar o seu desempenho – Imagem: Stock-Asso/Shutterstock

Como se inscrever

  • Se você se interessou, acesse o site do Cloud Skills Boost.
  • Você verá que existem quase 1.300 opções para explorar.
  • Você pode vê-las manualmente, uma por uma.
  • Ou coloque a área de interesse no campo “O que você quer aprender hoje”.
  • Como falamos sobre IA, você pode colocar nesse campo o termo “Generative AI”.
  • Abaixo desse texto, você poderá colocar alguns filtros: por tipo, nível e idioma do curso.
  • Depois é clicar seguir as instruções da página.
  • Vale destacar que alguns cursos oferecem até mesmo um certificado oficial do Google.

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Dia do Trabalho é lembrado pelo Google com doodle

Nesta quinta-feira (1), celebramos o Dia do Trabalho, homenagem a uma greve que reuniu milhares de pessoas em maio de 1886. O Google entrou na onda das comemorações com um doodle especial.

Data é celebrada internacionalmente (Imagem: Reprodução/Google)

Como é o doodle do Google especial do Dia do Trabalho?

  • Na imagem, vemos trabalhadores realizando várias tarefas, como consertar um cano, soldar metais, exame de raio-x;
  • Os trabalhadores da imagem acabam formando o nome da gigante das buscas em cores distintas;
  • Diferente de outros doodles passados, este não é animado, nem possui mini game;
  • Na página oficial do doodle, o Google traz breve explicação sobre o feriado e como ele costuma a ser celebrado em certos países;
  • Ele aparece em apenas algumas nações, como os da América do Sul, México, alguns da África, Europa e Ásia.

Leia mais:

Outros doodles do dia 1º de maio

O Google criou outros dois doodles especiais para esta quinta-feira (1): um que celebra a independência de Israel e outro em homenagem ao Uquelele. Enquanto o de Israel, naturalmente, só aparece no país, o do instrumento musical aparece nos Estados Unidos.

Reprodução de tela do Google com informações do Dia do Trabalho
Ao digitarmos “Dia do Trabalho” na ferramenta de busca, Google mostra informações a respeito da data (Imagem: Reprodução/Google)

E aí, Duolingo? IA do Google vai te ensinar novos idiomas

Google lançou nesta terça-feira (27) três novos experimentos com inteligência artificial voltados ao aprendizado de idiomas.

Ainda em fase inicial, os recursos fazem parte do Google Labs e buscam tornar o estudo de línguas mais prático, situacional e personalizado — uma iniciativa que pode representar uma tentativa de competir com plataformas já consolidadas, como o Duolingo.

Os novos experimentos são baseados no Gemini, modelo multimodal de linguagem do Google, e abordam diferentes aspectos do processo de aprendizado.

O primeiro, chamado “Pequena Lição”, permite que o usuário descreva uma situação cotidiana, como “perdi meu passaporte”, e receba frases úteis relacionadas ao contexto, além de dicas gramaticais e sugestões de respostas.

A proposta é ajudar o estudante a lidar com situações reais, mesmo quando ainda não domina o idioma.

Um dos testes ensina uma comunicação mais formal

  • Já o segundo experimento, “Slang Hang”, procura ensinar formas mais naturais e informais de se comunicar.
  • Segundo o Google, ao aprender uma nova língua, é comum que os estudantes adquiram uma fala excessivamente formal.
  • Por isso, esse recurso simula diálogos realistas entre falantes nativos, como conversas entre amigos ou interações com vendedores ambulantes, para que os usuários aprendam gírias e expressões do cotidiano.
  • É possível passar o cursor do mouse sobre termos desconhecidos para ver seu significado e uso.
  • No entanto, o próprio Google alerta que o sistema ainda pode cometer erros, como empregar gírias de forma inadequada ou até inventar palavras, recomendando que os usuários verifiquem informações com fontes confiáveis.

O terceiro experimento, “Word Cam”, aposta na interação com o ambiente. Ao apontar a câmera do celular para objetos ao redor, o usuário pode aprender seus nomes no idioma estudado. O sistema também sugere termos relacionados que ampliam o vocabulário.

Leia a reportagem completa aqui

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Em depoimento, CEO do Google rebate acusações de monopólio

O CEO do Google, Sundar Pichai, afirmou nesta quarta-feira (30) que uma possível decisão judicial forçando o desmembramento da empresa prejudicaria gravemente seus negócios e sua capacidade de inovação, conforme revela o New York Times.

Ele depôs perante o juiz Amit Mehta, em Washington, como parte do processo em que o Departamento de Justiça dos EUA busca impor punições ao Google por práticas consideradas ilegais para manter seu monopólio nas buscas online.

Entre as medidas propostas estão a venda do navegador Chrome e a exigência de que o Google compartilhe dados de buscas com rivais.

Segundo Pichai, essas medidas poderiam inviabilizar investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

“Isso comprometeria nossa capacidade de continuar inovando como fizemos nas últimas três décadas”, afirmou.

O juiz Mehta já decidiu, em 2023, que o Google abusou de seu poder de mercado ao pagar bilhões a empresas como Apple e Samsung para ser o buscador padrão em seus dispositivos. Agora, o tribunal avalia que tipo de sanções devem ser aplicadas.

Leia mais:

Proposta de desmembramento inclui venda do Chrome e obrigatoriedade de dividir dados com concorrentes – Imagem: bluestork/Shutterstock

CEO discorda de imposições da Justiça ao Google

  • O Departamento de Justiça propõe a separação do Chrome sob o argumento de que o navegador envia automaticamente as consultas ao Google, reforçando sua posição dominante.
  • Também quer obrigar a empresa a compartilhar dados com concorrentes, o que, segundo Pichai, equivaleria a “entregar toda a estrutura tecnológica da empresa”.
  • O executivo, que participou do desenvolvimento do Chrome, também defendeu a manutenção do controle sobre o navegador alegando questões de segurança cibernética.
  • Ao ser questionado se outra empresa teria a mesma capacidade de proteção, respondeu com firmeza: “Com meu conhecimento, posso sim opinar sobre isso”.

Google quer solução menos radical

O Google propõe medidas mais brandas, como renegociar anualmente os acordos com fabricantes de smartphones e permitir que eles tenham mais liberdade para escolher quais apps do Google instalar.

Já o juiz Mehta questionou como rivais poderiam competir se o Google continuar pagando por posição de destaque. Em resposta, Pichai insistiu que “o melhor produto costuma vencer”.

O caso é considerado um marco nos esforços do governo americano para limitar o poder das grandes empresas de tecnologia. Novos processos contra Apple, Amazon e Meta também estão em andamento.

CEO do Google, Sundar Pichai, durante evento
Sundar Pichai, CEO do Google, alega que mudanças drásticas prejudicam usuários (Imagem: photosince/Shutterstock)

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NotebookLM: IA de estudos Google agora gera podcasts em português

O Google anunciou nesta terça-feira (29) a chegada da função “Visão Geral de Áudio” ao NotebookLM, seu assistente de estudos impulsionado por IA.

Esse recurso inovador permite a geração de podcasts sintéticos no idioma, simulando conversas dinâmicas entre dois apresentadores sobre o material de estudo fornecido pelo usuário.

O que é e como funciona a “Visão Geral de Áudio” do NotebookLM

Lançado no Brasil em junho de 2024, o NotebookLM já oferecia um suporte robusto ao português em diversas funcionalidades. No entanto, a ausência da geração de áudio no idioma era um hiato notável. Agora, com a expansão do recurso para o português e mais de 50 outros idiomas, essa barreira é finalmente rompida.

  • A “Visão Geral de Áudio” promete transformar a experiência de estudo ao apresentar informações complexas de maneira acessível e envolvente.
  • A IA cria um diálogo fluido e com entonação surpreendentemente natural, facilitando a compreensão de temas que, por vezes, podem parecer complicados em formato textual.
  • Essa abordagem inovadora se assemelha a ter tutores virtuais debatendo o conteúdo, destacando os pontos cruciais e oferecendo diferentes perspectivas.
  • Antes de gerar o podcast personalizado, o usuário tem controle sobre diversos parâmetros.
  • É possível definir o foco da discussão, o tom da conversa (formal, informal, etc.), o público-alvo do conteúdo (estudantes do ensino médio, universitários, etc.) e até mesmo restringir a análise para fontes específicas.
  • Essa capacidade de personalização garante que o podcast gerado seja altamente relevante para as necessidades individuais de cada usuário.

Mais novidades anunciadas pelo Google

Além da aguardada funcionalidade de podcasts em português, o Google também revelou outras novidades significativas para o NotebookLM. A ferramenta agora conta com a busca autônoma por fontes externas, permitindo que a IA explore a internet em busca de informações complementares ao material de estudo original. Essa busca inteligente prioriza plataformas como Wikipédia, ArXiv e YouTube, apresentando até dez resultados relevantes com resumos concisos e anotados.

A compatibilidade com diferentes formatos de arquivo também foi ampliada. O NotebookLM agora aceita arquivos PDF, processando não apenas texto, mas também imagens e gráficos, além dos já suportados documentos DOCX. Essa melhoria facilita a integração de uma gama maior de materiais de estudo na plataforma.

Alimentado pelos modelos de linguagem de ponta do Google, atualmente o Gemini 2.0, o NotebookLM é capaz de sintetizar informações complexas, gerar questões relevantes, responder a perguntas específicas e mai. (Imagem: Miha Creative / Shutterstock.com)

Outra adição interessante são os mapas mentais interativos. O NotebookLM agora consegue gerar diagramas visuais dinâmicos a partir do conteúdo fornecido, auxiliando na organização de ideias complexas e na assimilação de grandes volumes de informação de forma mais intuitiva e memorável.

Por fim, a ferramenta também passa a oferecer a opção de escolha de idioma para a apresentação dos resultados. Isso significa que o usuário poderá interagir com o NotebookLM em um idioma e solicitar que as respostas, resumos e outros outputs sejam gerados em outra língua, ampliando ainda mais a flexibilidade da plataforma.

Leia mais:

Google deve liberar novos recursos gradualmente

Embora o Google não tenha especificado uma data exata para a liberação dessas novas funcionalidades, a expectativa é que a implementação ocorra de forma gradual para os usuários da versão web do NotebookLM.

A empresa também anunciou planos para o lançamento futuro do NotebookLM como aplicativo para dispositivos Android e iOS, o que certamente expandirá o acesso a essa poderosa ferramenta de estudo.

Atualmente, o NotebookLM está disponível de forma gratuita, oferecendo um conjunto robusto de funcionalidades. Para usuários que buscam recursos ainda mais avançados, existe a versão paga NotebookLM Plus, integrada ao plano Google One AI Premium, com uma assinatura mensal de R$ 96,99 no Brasil.

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E aí, Duolingo? IA do Google vai te ensinar novos idiomas

O Google lançou nesta terça-feira (27) três novos experimentos com inteligência artificial voltados ao aprendizado de idiomas.

Ainda em fase inicial, os recursos fazem parte do Google Labs e buscam tornar o estudo de línguas mais prático, situacional e personalizado — uma iniciativa que pode representar uma tentativa de competir com plataformas já consolidadas, como o Duolingo.

Os novos experimentos são baseados no Gemini, modelo multimodal de linguagem do Google, e abordam diferentes aspectos do processo de aprendizado.

O primeiro, chamado “Pequena Lição”, permite que o usuário descreva uma situação cotidiana, como “perdi meu passaporte”, e receba frases úteis relacionadas ao contexto, além de dicas gramaticais e sugestões de respostas.

A proposta é ajudar o estudante a lidar com situações reais, mesmo quando ainda não domina o idioma.

Leia mais:

Os experimentos que ensinam os idiomas recebem a tecnologia de IA do Gemini – Imagem: Google Labs

Um dos testes ensina uma comunicação mais formal

  • Já o segundo experimento, “Slang Hang”, procura ensinar formas mais naturais e informais de se comunicar.
  • Segundo o Google, ao aprender uma nova língua, é comum que os estudantes adquiram uma fala excessivamente formal.
  • Por isso, esse recurso simula diálogos realistas entre falantes nativos, como conversas entre amigos ou interações com vendedores ambulantes, para que os usuários aprendam gírias e expressões do cotidiano.
  • É possível passar o cursor do mouse sobre termos desconhecidos para ver seu significado e uso.
  • No entanto, o próprio Google alerta que o sistema ainda pode cometer erros, como empregar gírias de forma inadequada ou até inventar palavras, recomendando que os usuários verifiquem informações com fontes confiáveis.

O terceiro experimento, “Word Cam”, aposta na interação com o ambiente. Ao apontar a câmera do celular para objetos ao redor, o usuário pode aprender seus nomes no idioma estudado. O sistema também sugere termos relacionados que ampliam o vocabulário.

Segundo a empresa, a ferramenta é útil para mostrar, na prática, lacunas no conhecimento do usuário — como alguém que conhece a palavra “janela”, mas não sabe como dizer “persiana”.

Idiomas disponíveis:

As ferramentas estão disponíveis em uma ampla variedade de idiomas, incluindo português (Brasil e Portugal), inglês (EUA, Reino Unido e Austrália), espanhol, francês, alemão, italiano, japonês, coreano, russo, árabe, turco e outros.

Os testes podem ser acessados por meio do Google Labs. Ainda não há previsão de lançamento oficial dos recursos fora do ambiente de testes.

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Projeto experimental pode ser acessado na plataforma do Google Labs – Crédito: Google Labs

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Por que empresas estão interessadas em comprar o Chrome?

No processo que o Google responde frente ao Departamento de Justiça dos EUA, que acusa a big tech de monopólio nas buscas online, há a possibilidade de uma ordem para a venda do Chrome. Diante disso, empresas interessadas em comprar não faltam.

O interesse no Chrome é óbvio: com cerca de dois terços do mercado global de navegadores e bilhões de usuários, o navegador é uma poderosa plataforma para impulsionar mecanismos de busca, promover produtos e acessar dados de navegação.

Ter o controle do Chrome permitiria a qualquer empresa aumentar sua presença digital de maneira imediata e significativa.

Alguns dos principais interessados já apareceram. A OpenAI foi a primeira a se manifestar. Pouco tempo depois, a Perplexity também demonstrou o interesse na compra, e a empresa mais recente a entrar nessa possível disputa foi o Yahoo.

Como o Chrome seria útil em cada uma dessas empresas?

  • OpenAI: a empresa por trás do ChatGPT vê no Chrome uma oportunidade de expandir sua base de usuários e integrar seus serviços de busca e IA de forma mais ampla.
  • Perplexity: também focada em buscas com inteligência artificial, a empresa busca uma plataforma maior para fortalecer sua atuação e melhorar seus serviços.
  • Yahoo: em vez de construir um navegador próprio, o Yahoo considera comprar o Chrome para retomar relevância no mercado de buscas, contando com o suporte financeiro da Apollo Global Management.
Gigantes da tecnologia se preparam para disputar o controle do navegador mais usado do mundo (Imagem: BigTunaOnline/Shutterstock)

Leia mais:

Por quanto o Chrome seria vendido

Especialistas apontam que o valor do Chrome pode chegar a até US$ 50 bilhões, o que tornaria essa uma das maiores transações da história da tecnologia.

Para o Google, perder o Chrome não apenas seria um duro golpe financeiro, mas também estratégico, pois reduziria sua influência sobre como bilhões de pessoas acessam a internet.

No atual contexto de maior escrutínio regulatório e competição acirrada no setor de tecnologia, a eventual venda do Chrome poderia redesenhar o equilíbrio de poder digital nos próximos anos.

Imagem para ilustrar tutorial acerca do Google Chrome
Chrome tem o potencial de valer US$ 50 bilhões – Imagem: 2lttgamingroom/Shutterstock

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