O primeiro satélite de uma rede financiada pelo Google com o objetivo de monitorar incêndios florestais estabeleceu contato com a Terra. O dispositivo foi lançado da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos.
A rede FireSat utiliza inteligência artificial para analisar dados em tempo real e compará-los com registros históricos. Isso permite diferenciar queimadas reais de interferências, como reflexos de luz ou falhas técnicas.
Dados poderão ser utilizados por bombeiros do mundo todo
Novos lançamentos de satélites da Earth Fire Alliance, organização sem fins lucrativos criada para coordenar o projeto, estão previstos para 2026.
A expectativa é que a constelação completa, com mais de 50 unidades, deve estar operando até 2030.
Até o momento, o Google investiu US$ 13 milhões (cerca de R$ 73 milhões) no projeto.
A ideia é impulsionar o uso da IA na prevenção de incêndios florestais.
De acordo com a gigante da tecnologia, os dados do sistema serão disponibilizados gratuitamente para bombeiros e equipes de emergência ao redor do mundo, inclusive no Brasil.
Comparação entre precisão de satélites atuais e da constelação FireSat para vasculhar queimadas e incêndios florestais (Imagem: reprodução/Google)
Iniciativa promete revolucionar monitoramento de incêndios florestais
Uma série de testes preliminares com fogueiras domésticas demonstrou a alta precisão do sistema. Pesquisadores chegaram a equipar um avião com sensores para avaliar o desempenho e também tiveram resultados positivos.
Segundo o Google, uma das maiores dificuldades no trabalho de combate a incêndios envolve o monitoramento. Imagens de alta resolução costumam ter baixa frequência de atualização, enquanto as atualizações mais rápidas geralmente oferecem baixa definição.
Até o momento, o Google investiu US$ 13 milhões no projeto (Imagem: Tada Images/Shutterstock)
Em alguns casos, os dados podem demorar até 12 horas para serem renovados, o que prejudica qualquer tipo de ação contra as queimadas. O novo sistema, no entanto, promete atualizar as imagens a cada 20 minutos, cobrindo qualquer ponto do planeta.
Em um movimento estratégico para fortalecer sua posição no mercado de segurança cibernética, o Google anunciou a aquisição da Wiz, startup israelense fundada por ex-oficiais militares, por um valor recorde de US$ 32 bilhões.
Este acordo, o maior já registrado no setor, marca um passo significativo para o Google em sua busca por aprimorar seus recursos de proteção contra as crescentes ameaças digitais e o avanço da inteligência artificial generativa.
O que você precisa saber sobre a Wiz
A Wiz é uma startup israelense de segurança cibernética que se destaca por sua plataforma inovadora de segurança em nuvem. Fundada em 2020 por veteranos da Unidade 8200 das Forças de Defesa de Israel, a Wiz oferece soluções que ajudam empresas a identificar e mitigar riscos de segurança em seus ambientes de nuvem de forma rápida e eficiente.
A plataforma da Wiz se concentra em fornecer visibilidade e controle sobre a segurança de dados e aplicativos em ambientes de nuvem pública e privada. Para isso, a startup utiliza tecnologia avançada para identificar vulnerabilidades e riscos de segurança em tempo real, permitindo que as empresas tomem medidas proativas para proteger seus ativos.
A plataforma da Wiz é projetada para ser fácil de usar, com uma interface intuitiva que simplifica a gestão da segurança na nuvem. (Imagem: Urbano Creativo/Shutterstock)
A companhia experimentou um crescimento rápido desde a sua fundação, atraindo clientes de grandes empresas e conquistando reconhecimento no mercado de segurança cibernética.
A aquisição da Wiz representa não apenas um marco financeiro, mas também um reforço significativo para a infraestrutura de segurança do Google. O acordo bilionário também representa um feito notável para os fundadores da Wiz, que agora se juntam ao seleto grupo de ex-militares israelenses que conquistaram grande sucesso no Vale do Silício.
A venda da startup renderá a cada um dos fundadores mais de US$ 3 bilhões, consolidando a Wiz como a maior venda de uma empresa privada de capital de risco da história, superando a aquisição do WhatsApp pela Meta em 2014.
A negociação entre o Google e a Wiz não foi isenta de desafios. As conversas, que haviam sido interrompidas, foram retomadas no fim do ano passado, impulsionadas pelo interesse de outras empresas na Wiz. O Google se mostrou disposto a oferecer um valor superior e condições mais favoráveis, incluindo uma taxa de rescisão de mais de US$ 3 bilhões em caso de falha no acordo.
Vale mencionar que o negócio ainda está sujeito à aprovação das autoridades regulatórias, mas, se concretizado, representará um marco na história da segurança cibernética.
A aquisição da Wiz ocorre em um momento crucial, em que as ameaças cibernéticas se tornam cada vez mais sofisticadas e a inteligência artificial generativa impulsiona a demanda por soluções de segurança robustas. Com a integração da tecnologia da Wiz, o Google espera fortalecer sua posição no mercado de serviços em nuvem e atrair mais clientes corporativos.
O Gemini ganhou duas novas ferramentas que prometem melhorar a experiência do usuário com a plataforma de inteligência artificial do Google. O Audio Overview transforma arquivos e documentos em uma conversa de podcast, enquanto o Canvas permite a edição e criação de códigos pelo chatbot.
A tecnologia do Audio Overview já estava disponível para usuários do NotebookLM, que, segundo a big tech, tem gerado uma “empolgação incrível” no entendimento de “informações complexas.”
O recurso transforma documentos, slides e até mesmo relatórios de Deep Research em discussões de áudio no estilo podcast, com dois anfitriões de IA. A ideia é resumir o material, estabelecer conexões entre os tópicos e fornecer insights sobre o assunto.
Anfitriões de IA vão resumir material em formato de podcast (Imagem: Google/Reprodução)
A ferramenta está disponível para assinantes Gemini e Gemini Advanced globalmente apenas em inglês, com mais idiomas sendo disponibilizados em breve. O acesso é feito na web e no aplicativo, e também é possível baixar e compartilhar o arquivo para ouvir em qualquer lugar.
Já o Canvas foi projetado para facilitar a edição do conteúdo do texto gerado pela IA diretamente no chatbot, ajustando o tom de um texto ou resumindo-o, por exemplo. As mudanças são feitas em tempo real dentro do prompt criado como rascunho.
Chatbot vai simular criação de jogos a partir de código criado pelo usuário (Imagem: Google/Reprodução)
Além disso, a ferramenta promete simplificar o processo de transformar ideias de codificação em protótipos funcionais para aplicativos da web, scripts Python, jogos e simulações.
“Por exemplo, digamos que você queira criar um formulário de assinatura de e-mail para seu site. Você pode pedir ao Gemini para gerar o HTML para o formulário e, em seguida, visualizar como ele aparecerá e funcionará em seu aplicativo da web”, explica a empresa.
Diferentemente do Audio Overview, o Canvas já está disponível em todos os idiomas para assinantes Gemini e Gemini Advanced.
A lista de cineastas, escritores, atores e músicos inclui nomes como Ben Stiller, Mark Ruffalo, Cynthia Erivo, Cate Blanchett, Cord Jefferson, Paul McCartney, Ron Howard e Taika Waititi.
A carta foi redigida em resposta a recentes submissões feitas pela OpenAI e pelo Google defendendo que a lei de direitos autorais dos EUA deveria permitir o treinamento de IA usando obras protegidas sem a necessidade de permissão de seus autores.
(Imagem: photoquest7/iStock)
“Acreditamos firmemente que a liderança global em IA dos Estados Unidos não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais”, diz o texto. “A América não se tornou uma potência cultural global por acidente. Nosso sucesso decorre diretamente do nosso respeito fundamental pelos direitos autorais.”
A OpenAI propôs que os Estados Unidos “tomem medidas para garantir que o sistema de direitos autorais continue a apoiar a liderança americana em IA e a segurança econômica e nacional americana”, incluindo “trabalhar para impedir que países menos inovadores imponham seus regimes legais às empresas americanas de IA e retardem a taxa de progresso”.
O Google defendeu “regras de direitos autorais equilibradas, como exceções de uso justo e mineração de texto e dados”, que a empresa disse ter sido “essencial para permitir que sistemas de IA aprendam com conhecimento prévio e dados disponíveis publicamente, desbloqueando avanços científicos e sociais”.
Artistas acusam empresas de tecnologia de pedir “isenção especial” para explorar lei (Imagem: Chiarascura/Shutterstock)
A gigante da tecnologia alega ainda que a mudança não impactaria “significativamente os detentores de direitos e evitam negociações frequentemente altamente imprevisíveis, desequilibradas e demoradas com detentores de dados durante o desenvolvimento de modelos ou experimentação científica”.
Recentemente, uma discussão semelhante sobre alterações em regras de direitos autorais no Reino Unido mobilizou a indústria criativa do país e uniu jornais em uma campanha inédita, como relatou o Olhar Digital.
Íntegra do documento
Olá amigos e estranhos. Como vocês devem saber, recentemente houve uma recomendação da OpenAI e do Google para a atual Administração dos EUA que está ganhando força alarmante para remover todas as proteções legais e barreiras existentes em torno das proteções da lei de direitos autorais para o treinamento de Inteligência Artificial. Esta reescrita da lei estabelecida em favor do chamado “Uso Justo” precisava de uma resposta inicial até as 23h59 ET de sábado, então enviamos uma carta inicial com os signatários que tínhamos naquela época. Agora continuamos aceitando assinaturas para uma emenda à nossa declaração inicial. Sinta-se à vontade para encaminhar isso a qualquer pessoa que você ache que possa estar investida na manutenção ética de sua propriedade intelectual. Você pode adicionar seu nome e quaisquer guildas ou sindicatos ou descrição de si mesmo que achar apropriado, mas não edite a carta em si. Muito obrigado por divulgar isso em uma noite de sábado!
A resposta de Hollywood ao Plano de Ação de Inteligência Artificial do governo e a necessidade de que a lei de direitos autorais seja mantida.
Nós, os membros da indústria do entretenimento dos Estados Unidos — representando uma intersecção de diretores de fotografia, diretores, produtores, atores, escritores, estúdios, produtoras, músicos, compositores, figurinistas, designers de som e produção, editores, chefes, membros do sindicato e da academia, e outros profissionais de conteúdo criativos e dedicados — enviamos esta declaração unificada em resposta à solicitação da Administração por contribuições sobre o Plano de Ação de IA.
Acreditamos firmemente que a liderança global em IA dos Estados Unidos não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais. A indústria de artes e entretenimento dos Estados Unidos sustenta mais de 2,3 milhões de empregos americanos com mais de US$ 229 bilhões em salários anualmente, ao mesmo tempo em que fornece a base para a influência democrática americana e o soft power no exterior. Mas as empresas de IA estão pedindo para minar essa força econômica e cultural enfraquecendo as proteções de direitos autorais para filmes, séries de televisão, obras de arte, textos, músicas e vozes usadas para treinar modelos de IA no cerne de avaliações corporativas multibilionárias.
Não se engane: essa questão vai muito além da indústria do entretenimento, pois o direito de treinar IA em todo conteúdo protegido por direitos autorais impacta todas as indústrias de conhecimento dos Estados Unidos. Quando empresas de tecnologia e IA exigem acesso irrestrito a todos os dados e informações, elas não estão apenas ameaçando filmes, livros e música, mas o trabalho de todos os escritores, editores, fotógrafos, cientistas, arquitetos, engenheiros, designers, médicos, desenvolvedores de software e todos os outros profissionais que trabalham com computadores e geram propriedade intelectual. Essas profissões são o cerne de como descobrimos, aprendemos e compartilhamos conhecimento como sociedade e como nação. Essa questão não é apenas sobre liderança em IA ou sobre economia e direitos individuais, mas sobre a liderança contínua dos Estados Unidos na criação e posse de propriedade intelectual valiosa em todos os campos.
Está claro que o Google (avaliado em US$ 2 trilhões) e a OpenAI (avaliada em mais de US$ 157 bilhões) estão argumentando por uma isenção especial do governo para que possam explorar livremente as indústrias criativas e de conhecimento dos Estados Unidos, apesar de suas receitas substanciais e fundos disponíveis. Não há razão para enfraquecer ou eliminar as proteções de direitos autorais que ajudaram os Estados Unidos a florescer. Não quando as empresas de IA podem usar nosso material protegido por direitos autorais simplesmente fazendo o que a lei exige: negociando licenças apropriadas com detentores de direitos autorais — assim como todas as outras indústrias fazem. O acesso ao catálogo criativo de filmes, textos, conteúdo de vídeo e música dos Estados Unidos não é uma questão de segurança nacional. Eles não exigem uma isenção obrigatória do governo da lei de direitos autorais existente nos Estados Unidos.
A América não se tornou uma potência cultural global por acidente. Nosso sucesso decorre diretamente do nosso respeito fundamental pela PI e direitos autorais que recompensam a tomada de riscos criativos por americanos talentosos e trabalhadores de todos os estados e territórios. Por quase 250 anos, a lei de direitos autorais dos EUA equilibrou os direitos do criador com as necessidades do público, criando a economia criativa mais vibrante do mundo. Recomendamos que o Plano de Ação de IA Americano mantenha as estruturas de direitos autorais existentes para manter a força das indústrias criativas e de conhecimento dos EUA, bem como a influência cultural americana no exterior.
O Google lançou uma nova atualização crucial para corrigir um problema generalizado que afetou os dispositivos Chromecast de 2ª geração e Chromecast Audio na última semana.
Um bug ainda impedia a atualização de dispositivos restaurados para o padrão de fábrica. A nova atualização lançada na segunda-feira (17) visa resolver essa questão, permitindo que os usuários configurem seus Chromecasts normalmente após a restauração para as configurações de fábrica.
O que aconteceu com o Chromecast?
O problema começou no domingo (9), quando usuários relataram nas redes sociais a incapacidade de transmitir conteúdo para seus Chromecasts.
Um erro impedia o uso dos dispositivos mencionados, exibindo uma mensagem de “dispositivo não confiável” e apontando para um firmware desatualizado.
A causa do problema foi identificada como a expiração do certificado de autorização do Chromecast, que bloqueou a transmissão de conteúdo.
O Google, ciente do transtorno, liberou uma atualização na última sexta-feira (14) que está sendo distribuída automaticamente para dispositivos que não foram restaurados.
A empresa recomendou que os proprietários dos aparelhos não restaurassem as configurações de fábrica, dado que essa operação desabilitaria a possibilidade de receber atualizações de forma automática.
O Chromecast Audio também foi afetado pelo problema. (Imagem: Colin Hui / Shutterstock)
Como resolver o bug em Chromecasts restaurados
A correção foi implementada na versão mais recente do aplicativo Google Home, disponível para dispositivos Android e iOS. Para restaurar a funcionalidade dos Chromecasts afetados, os usuários devem atualizar o aplicativo e refazer a configuração dos dispositivos.
É importante observar que o Google descontinuou oficialmente o Chromecast em agosto de 2024. Embora os dispositivos continuem recebendo atualizações essenciais por tempo limitado, o Google não especificou até quando esse suporte será mantido.
O mecanismo de busca de IA Perplexity não parece se intimidar pelo Google. A plataforma acaba de estrear um novo anúncio que tem como alvo uma gafe cometida por um dos sistemas de inteligência artificial da gigante americana no ano passado.
No comercial, a estrela de Round 6, da Netflix, Lee Jung-jae aparece preso em uma sala e precisa responder a uma série de perguntas para escapar. Ele, então, usa o Perplexity para questionar: “Como faço para que o queijo grude em uma pizza?”.
Personagem se mostra decepcionado com resultados no “Poogle”, referência ao Google (Imagem: Perplexity/Reprodução)
Foi justamente a pergunta que evidenciou falhas nas “Visões Gerais de IA” no Google Search. Usuários encontraram uma resposta específica que dizia “Misture cerca de 1/8 de xícara de cola Elmer no molho” para fazer o queijo grudar na pizza.
O anúncio mostra Lee decepcionado com os resultados do “Poogle” (uma clara referência ao Google) antes de recorrer ao Perplexity. “Use mussarela fresca e com pouca umidade. Não use cola”, diz o assistente de IA.
Esse não foi o único caso em que o assunto “queijo” deu dor de cabeça para o Google. No início do ano, um dos anúncios do Gemini no Super Bowl sobre como pequenas empresas usam a IA da empresa mostrou que uma informação que foi apontada como “imprecisa”.
Um dos textos dizia que o Gouda é responsável por “50 a 60% do consumo mundial de queijo” — mas não é bem assim. “Embora o Gouda seja provavelmente a variedade única mais comum no comércio mundial, é quase certo que não é o mais amplamente consumido”, disse Andrew Novakovic, professor emérito de Economia Agrícola da EV Baker na Universidade Cornell, ao site The Verge.
Estrela de Round 6, da Netflix, Lee Jung-jae precisa responder perguntas para sair da sala em novo comercial (Imagem: Perplexity/Reprodução)
À época, o Google indicou à reportagem uma resposta do presidente de aplicativos do Google Cloud, Jerry Dischler, sobre o assunto. “Não é uma alucinação. O Gemini é baseado na Web — e os usuários sempre podem verificar os resultados e referências. Neste caso, vários sites na web incluem a estatística de 50-60%”, disse Dischler.
Apesar disso, a big tech silenciosamente apagou o trecho polêmico do vídeo postado no YouTube, de acordo com o site Ars. A nova versão do anúncio simplesmente mostra Gemini chamando o Gouda de “um dos queijos mais populares do mundo”, sem entrar em números específicos.
Quem nunca usou o Google para pesquisar sobre problemas de saúde e, quem sabe, obter um diagnóstico por conta própria? Isso não é recomendado, mas também não é nada incomum. A empresa anunciou nesta terça-feira (18) que facilitará esse tipo de pesquisa, permitindo que usuários comparem experiências com outras pessoas com a mesma condição.
A medida faz parte de um recurso chamado “What People Suggest” (O que as pessoas sugerem, em tradução livre), para melhorar a assistência médica no Google.
Google vai facilitar pesquisas de saúde usando IA (Imagem: LALAKA/Shutterstock)
Google vai facilitar pesquisas médicas
De acordo com o site CNBC, o What People Suggest usa IA para reunir comentários online de pacientes com diagnósticos parecidos. Assim, quando você faz uma pesquisa de saúde, será possível comparar sugestões, dicas e comentários com outros pacientes. Um exemplo do próprio Google: um paciente com artrite pode pesquisar como outras pessoas com a mesma condição fazem exercícios.
Segundo a empresa, o recurso está disponível apenas para dispositivos móveis nos Estados Unidos e permite que o Gemini melhore as visões gerais de IA para tópicos de saúde.
Outras atualizações
O Google também está expandindo os “painéis de conhecimento”, aquela seção à direita da página, que apresenta um resumo dos principais resultados de uma pesquisa;
Agora, ele poderá cobrir “milhares” de tópicos de saúde a mais;
A expansão começará em dispositivos móveis nos idiomas espanhol, japonês e português (além do inglês).
Google investe em recursos de saúde (Imagem: JHVEPhoto/Shutterstock)
A novidade não é uma surpresa, já que o Google parece estar focado em suas divisões de saúde. Nos últimos anos, a big tech lançou vários projetos e recursos de assistência médica, incluindo uma divisão própria para isso: o Google Health, de 2018.
A iniciativa foi dissolvida em 2021, mas a diretora de saúde da empresa, Karen DeSalvo, afirmou à CNBC nos meses seguintes que o Google ainda estava “totalmente focado em saúde”.
Alguns dos lançamentos da companhia nesse sentido são o MedLM, um conjunto de modelos projetados especialmente para assistência médica, e o Vertex AI Search for Healthcare, ferramenta de IA para pesquisa de informações em registros médicos.
A Alphabet, empresa dona do Google, anunciou, nesta terça-feira (18), planos para comprar a Wiz, startup de cibersegurança fundada em Israel, por US$ 32 bilhões (aproximadamente R$ 182 bilhões). A aquisição – ainda sujeita a aprovações regulatórias – seria a maior da história da big tech.
A ideia é trazer a Wiz para a divisão Google Cloud, conforme divulgado pela empresa em seu blog. Em outras palavras, a Alphabet planeja investir mais de 30 bilhões de dólares para incrementar a segurança da sua nuvem.
Alphabet oficializa segunda tentativa de comprar Wiz, startup de cibersegurança fundada em Israel
Esta é a segunda tentativa da empresa de comprar a Wiz. Em 2024, quando a oferta era mais baixa (US$ 23 bilhões), as negociações estagnaram. A compra foi cancelada no ano passado após diretores e investidores da Wiz ficarem receosos de que ela pudesse violar requisitos antitruste, segundo o Financial Times.
Wiz é uma startup de cibersegurança que trabalha com empresas como Microsoft e Amazon (Imagem: Urbano Creativo/Shutterstock)
A Wiz é uma startup que trabalha com empresas como Microsoft e Amazon para fornecer soluções de cibersegurança baseadas na nuvem.
“Ser parte do Google Cloud é, efetivamente, colocar um foguete nas nossas costas: isso acelerará nossa taxa de inovação mais rápido do que conseguiríamos como uma empresa independente”, disse o cofundador e CEO da Wiz, Assaf Rappaport, na postagem do Google.
Alphabet e a Wiz esperam que a administração atual dos EUA e o novo presidente da FTC adotem abordagem mais branda no escrutínio (Imagem: Ascannio/Shutterstock)
A compra da Wiz ainda enfrentará escrutínio. Mas a Alphabet e a Wiz esperam que a administração atual dos EUA e o novo presidente da Comissão Federal de Comércio (FTC), Andrew Ferguson, adotem abordagem mais branda.
Além disso, o Google informou que os produtos da Wiz continuarão disponíveis nas plataformas de nuvem concorrentes – por exemplo: Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Oracle Cloud.
Praticamente todo mundo já usou o Google. Você deve se lembrar que, até pouco tempo atrás, uma pesquisa simples resultava nos principais links aparecendo logo na primeira página. Isso está mudando, com o buscador passando a apostar nos resultados gerados pela inteligência artificial, através do Gemini.
Pode fazer o teste. Agora, ao realizar uma mesma pesquisa simples, o primeiro item da tela será um resultado gerado por IA.
Mas isso não é necessariamente ruim. Um novo levantamento da Adobe revelou que a pesquisa por IA está aumentando – e melhorando – o tráfego de sites varejistas, sendo um importante canal de acessos. Os consumidores também estão aproveitando o recurso, com resultados mais personalizados e sem anúncios para atrapalhar.
Agora, pesquisas do Google contam com resultado de IA logo no topo da página (Imagens: Nwz/Shutterstock)
Resultados de pesquisa gerados por IA são positivos para empresas e consumidores
O levantamento da Adobe analisou “mais de um trilhão de visitas a sites de varejo dos Estados Unidos” através de uma plataforma própria de análise. Além disso, entrevistou mais de 5 mil pessoas no país, para entender como elas usam IA.
Veja os resultados do relatório:
Os acessos através das referências de IA (quando a própria pesquisa de IA do Google apresenta o site de referência) aumentou em 1.300% durante as férias de 2024 em comparação com 2023. Só durante a Cyber Monday (em dezembro), o salto foi de 1.950%;
Os usuários que chegam a um site a partir da pesquisa de IA (seja do Google ou Bing) permanecem 8% mais tempo no site, navegam 12% mais em páginas diferentes e têm 23% menos probabilidade de clicar no link e fechar logo em seguida;
Já as entrevistas com consumidores revelaram que 39% das pessoas usa a pesquisa de IA para fazer compras online, 55% usa para fazer pesquisas gerais e 47% usa para encontrar recomendações de compra.
Como lembrou o The Verge, o aumento expressivo nos resultados da inteligência artificial tem a ver com a implementação recente, já que, no ano passado, as ferramentas ainda estavam em estágios iniciais. Já o aumento na retenção de usuários mostra que a IA está direcionando pessoas para páginas mais relevantes do que a antiga pesquisa tradicional do Google (aquela dos links na primeira tela).
Google não é o unico: OpenAI lançou um recurso de pesquisas dentro do ChatGPT (Imagem: Divulgação/OpenAI)
Qual o futuro da pesquisa no Google?
As ferramentas de pesquisa de IA não são exatamente novas, mas tiveram avanços recentes. No caso do Google, o recurso funciona através do Gemini, logo na primeira página do buscador, e teve que superar alguns erros bizarros antes de operar adequadamente. A expectativa é que isso se torne um mecanismo de pesquisa real daqui para frente.
O Google não é o único investindo nisso. A startup de IA Perplexity aposta em um chatbot focado em pesquisa, mas com publicidade. No entanto, os primeiros casos de uso apontaram erros e relatos de plágio, inclusive por parte de um editor da Forbes acusando a empresa de copiar reportagens. Na época, o CEO Araving Srinivas respondeu que o produto “será aprimorado” ao longo do tempo.
A OpenAI é outra. A desenvolvedora lançou o Deep Research, capaz de realizar pesquisas aprofundadas. Para diminuir os relatos de erros, a empresa deixou claro se tratar de um protótipo e que os próprios donos de uma conteúdo poderiam controlar como eles eram apresentados nos resultados do ChatGPT.
Por ora, a OpenAI não conta com anúncios, mas esse já foi um assunto debatido. O CEO Sam Altman afirmou que a implementação de anúncios no ChatGPT seria um “último recurso”, para não atrapalhar a experiência dos usuários.
As empresas devem continuar investindo nas pesquisas. Mas e os consumidores? O levantamento da Adobe mostrou que eles também estão se beneficiando da IA, possivelmente com melhoras na busca do Google, com menos anúncios e spams, e mais sugestões mais personalizadas.
O Googleincluiu nova funcionalidade do recurso Encontre Meu Dispositivo para Android: agora, é possível compartilhar sua localização com amigos e familiares. A versão beta está disponível na nova aba “Pessoas”.
Nela, o usuário verá um layout de planilha com a capacidade de filtrar por “Compartilhando com você” e “Você está compartilhando com”. As configurações podem ser acessadas no menu do perfil, onde também é possível alternar contas, entrar como convidado e visualizar usuários bloqueados.
Assim como ocorre em outras plataformas, como o WhatsApp, é possível selecionar a duração de compartilhamento: “Por uma hora”, “Somente hoje”, “Até você desativar isso” e “Duração personalizada”.
Também será necessário “conceder permissões de localização ao aplicativo para exibir um ponto azul no seu mapa e calcular a distância dos seus amigos até você”. Os nomes das pessoas aparecem com endereço e proximidade.
Nova função é ativada manualmente (Imagem: Reprodução/Google)
“O compartilhamento de localização ao vivo mostra onde seus amigos estão em visualização de mapa, não importa qual telefone ou tablet você e seus amigos usam. Os dados de localização são armazenados com segurança — com lembretes regulares sobre as pessoas com quem você está compartilhando”, diz o comunicado.
A aba “Dispositivos” também foi alterada, com filtros menores para acompanhar telefones, tablets, smartwatches, fones de ouvido e rastreadores, acompanhados de um mapa. A versão 3.1.277-4 do Encontre Meu Dispositivo já está disponível no Google Play.
Aplicativo pode ser usado para localizar itens do dia a dia (Imagem: Reprodução/Google)
Conhecendo outras funções do app além da localização
Localize dispositivos offline: o recurso permite localizar aparelhos mesmo quando estiverem offline ou se a bateria estiver descarregada;
Acompanhe itens do dia a dia: é possível localizar chaves, carteira ou bagagem com etiquetas rastreadoras Bluetooth da Chipolo e Pebblebee no aplicativo;
Encontre itens próximos: o botão “Encontrar nas proximidades” ajuda a encontrar itens que podem estar bem debaixo do nosso nariz;
Identifique dispositivos em casa: o aplicativo mostra a proximidade de um dispositivo perdido aos seus dispositivos Nest domésticos, dando um ponto de referência fácil;
Compartilhe acessórios: é possível compartilhar a chave de casa com um colega de quarto, o controle remoto da TV com um amigo ou a bagagem com um companheiro de viagem.