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O Telegram vai ganhar uma bolada para promover o Grok, a inteligência artificial de Elon Musk, para os seus usuários.
Um acordo entre a xAI (empresa de Musk) e o Telegram, divulgada por Pavel Durov, o fundador do mensageiro nas redes sociais, prevê o pagamento de incríveis US$ 300 milhões para o mensageiro passar a oferecer o Grok, a IA de Musk, aos mais de 1 bilhão de usuários mensais da plataforma.
Tem mais: esse acordo é válido só por 1 ano, e ainda prevê a divisão de 50% da receita do Grok Premium entre a xAI e o Telegram, caso seus usuários decidam assinar o serviço.
O Telegram receberá os US$ 300 milhões em uma mistura de ações e dinheiro.
Distribuição do Grok pelo Telegram começa em junho
O acordo prevê o início da oferta da IA de Musk para usuários do Telegram a partir do verão do hemisfério norte — o nosso inverno, ou seja, a partir de 20 de junho.
Dentro do Telegram, o Grok poderá ser fixado no topo de conversas e agirá de maneira semelhante à Meta AI integrada ao WhatsApp.
A inteligência artificial também poderá ser acessada a partir da barra de pesquisa do mensageiro — novamente, de maneira bastante parecida com o que ocorre no WhatsApp com a Meta AI.
A equipe DOGE, liderada por Elon Musk no governo dos EUA, tem expandido o uso do chatbot de inteligência artificial Grok para analisar dados federais, levantando sérias preocupações sobre conflitos de interesse, uso indevido de informações confidenciais e possíveis violações de leis de segurança e privacidade, segundo revelou uma investigação exclusiva da Reuters com base em fontes internas e documentos revisados.
Segundo três pessoas com conhecimento direto das operações, o Grok — desenvolvido pela xAI, empresa de IA fundada por Musk — vem sendo utilizado por membros do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) para responder a perguntas, gerar relatórios e realizar análises de dados, mesmo sem a aprovação formal de órgãos como o Departamento de Segurança Interna (DHS).
Há indícios de que funcionários do DHS foram pressionados a utilizar a ferramenta, contrariando diretrizes estabelecidas.
Cinco especialistas consultados pela Reuters alertam que o uso do Grok em dados sensíveis pode infringir normas federais, dar à xAI acesso indevido a informações estratégicas e criar vantagem desleal em contratos públicos.
A xAI afirma em seu site que pode monitorar os usuários para “fins comerciais específicos”, intensificando as preocupações sobre a privacidade dos dados.
Além disso, fontes indicam que a equipe DOGE tentou treinar o Grok para detectar falta de “lealdade” à agenda política de Trump por parte de servidores públicos — conduta que poderia violar leis federais que protegem funcionários de interferência política.
A situação se agrava com relatos de vigilância algorítmica em computadores de agências do Departamento de Defesa, embora o Pentágono negue envolvimento direto do DOGE nesses processos.
Ferramenta de IA da xAI estaria sendo utilizada para acessar dados confidenciais sem aprovação formal (Imagem: Joshua Sukoff / Shutterstock.com)
Suspeitas de conflito de interesses
Elon Musk, oficialmente um funcionário especial do governo, pode estar em rota de colisão com estatutos criminais que proíbem beneficiamento pessoal em decisões oficiais.
Especialistas como Richard Painter, ex-assessor ético da Casa Branca, afirmam que a atuação da equipe DOGE “dá a impressão de autopromoção”, o que, mesmo que não processável criminalmente, compromete a integridade administrativa.
Embora o DOGE afirme estar focado em combater fraudes e ineficiências, o uso de tecnologias privadas sem aprovação formal e a falta de transparência geram um cenário de risco para a segurança nacional e para os direitos civis dos cidadãos.
A Casa Branca, Musk e a xAI não responderam aos pedidos de comentário da Reuters.
Investigação aponta uso indevido da IA de Musk (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)
A Microsoft está preparando o terreno para hospedar, em sua infraestrutura de inteligência artificial (IA), o chatbot Grok, da xAI, empresa de Elon Musk. As informações foram confirmadas por fonte interna ao The Verge.
A ideia da gigante dos softwares seria a de, uma vez que hospede o modelo Grok AI, disponibilizá-lo a seus clientes e, até mesmo, às suas equipes de produtos por meio do Azure, serviço de nuvem da empresa.
Se essa parceria vingar, as tensões entre Microsoft e OpenAI podem crescer ainda mais (entenda o motivo no fim desta reportagem).
Grok seria disponibilizado no Azure (Imagem: Ascannio/Shutterstock)
Grok pode desembarcar na plataforma da rival
A fonte disse que, com o acordo selado, o Grok será disponibilizado no Azure AI Foundry, plataforma de desenvolvimento de IA da Microsoft;
Essa plataforma provê, a desenvolvedores, acesso a serviços, ferramentas e modelos pré-criados de IA para criar aplicativos e agentes de IA;
A ideia é que eles usem o Grok em seus apps, permitindo, à Microsoft, que, gradativamente, use o chatbot em seus próprios aplicativos e serviços;
Mas não é só o Grok que a gigante do Vale do Silício está procurando. No Azure AI Foundry, ela começou a adotar vários modelos de IA que competem diretamente com o ChatGPT, da OpenAI.
O surgimento relâmpago da chinesa DeepSeek no início do ano fez com que a empresa adotasse seu modelo hiper barato, o R1, sendo que a implantação do DeepSeek no Azure AI Foundry foi muitíssimo rápida, informa o portal. O CEO da Microsoft, Satya Nadella, pediu que os engenheiros testassem o modelo em poucos dias.
“Todos os sistemas que construímos ao longo de 50 anosprecisam ser aplicados a agentes de IA”, afirmou, Asha Sharma, vice-presidente corporativa da plataforma de IA da Microsoft, em entrevista ao The Verge no mês passado. “Para o Azure AI Foundry, estamos pensando em como evoluir para nos tornarmos o sistema operacional no backend de cada agente.”
Segundo o portal, a ideia da empresa de disponibilizar o Grok no Azure para desenvolvedores faz parte dos esforços para se tornar a importante infraestrutura e plataforma por trás dos modelos e agentes de IA mundo afora.
Contudo, nem todas as empresas de IA estão procurando a Microsoft para suprir suas necessidades de treinar seus modelos. Um exemplo é o próprio Musk, que, no ano passado, teria desistido de um acordo entre xAI e Oracle para o uso de servidores, no valor total de US$ 10 bilhões (R$ 56,75 bilhões, na conversão direta).
À época, o bilionário disse, no X, que a xAI estaria treinando seus modelos de IA futuros “internamente” ao invés de recorrer aos servidores da Oracle.
Quanto à parceria com a Microsoft, a fonte não soube dizer ao Verge se o suposto acordo seria exclusivo, ou se suas concorrentes, como a Amazon (que tem o Amazon Web Services, como serviço de nuvem), também poderão hospedar a IA da xAI.
A reportagem aponta que, teoricamente, a empresa cofundada por Bill Gates queira apenas fornecer capacidade para hospedagem do modelo do Grok e não liberar seus servidores para treinamento de futuros modelos.
O que diz a companhia
O Verge procurou a Microsoft, que não quis comentar o assunto. O Olhar Digital procurou a assessoria da Microsoft Brasil e aguarda retorno.
Satya Nadella (foto) e Sam Altman estariam “se distanciando” (Imagem: QubixStudio/Shutterstock)
Nos últimos tempos, uma certa “rixa” entre a gigante do Vale do Silício e a startup de Sam Altman começou, sem contar a briga antiga da OpenAI com Musk.
O bilionário sul-africano processou a empresa (que ajudou a fundar), pois, quando criada, ela era uma instituição sem fins lucrativos e, agora, quer passar a lucrar com a IA. Musk alega que isso vai contra os princípios previamente difundidos pela OpenAI.
Por sua vez, no início de abril, foi a vez da startup processar o bilionário, sob a alegação de que o dono de SpaceX, xAI, Tesla, X e outras, vem usando “táticas de má-fé para desacelerar a OpenAI“.
Em paralelo, uma parceria que parecia ser bastante sólida entre Microsoft e OpenAI vem estremecendo dia após dia. A startup fornece o modelo GPT para alimentar o Copilot, presente em quase todos os softwares da gigante do Vale do Silício, como o pacote Office (agora chamado de Microsoft 365 Copilot) e o Windows 11.
As tensões surgiram em torno de requisitos de capacidade e acesso a modelos de IA. Uma reportagem do The Wall Street Journal publicada nesta semana trouxe que Nadella e Altman estão “se distanciando” e que a contratação de Mustafa Suleyman como CEO da Microsoft AI (antes, ele trabalhou no Google DeepMind) em 2024 foi uma espécie de “apólice de seguro contra Altman e OpenAI“.
A Microsoft ainda tenta construir modelos de IA que batam de frente com o ChatGPT e outros modelos da startup, mas, como, até hoje, não foi bem-sucedida, segue dependendo da empresa de Altman para alimentar o Copilot.
A reportagem do Verge pontua que a gigante dos softwares poderia estar querendo antecipar a inserção/lançamento do GPT-5 ainda em maio, mas o cronograma da OpenAI está instável já há algumas semanas, havendo atrasos em anúncios de novos modelos e problemas de capacidade graças ao sucesso de seu gerador de imagens de IA — o que fez o ChatGPT derreter (literalmente). Fontes internas disseram ao Verge que é “improvável” que o GPT-5 chegue ainda em maio.
Sam Altman e Elon Musk não falam a mesma língua há anos (Imagem: jamesonwu1972/Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)
Com o Grok, a Microsoft sinaliza, claramente, que quer mais modelos de IA para si. O GitHub Copilot, de propriedade da empresa, suporta modelos de Anthropic, Google e OpenAI.
Dessa forma, não é nada estranho imaginarmos o Copilot que usamos no dia a dia permitindo que escolhamos modelos de IA concorrentes do GPT, até porque, no futuro, isso pode catapultar a Microsoft para se tornar a melhor escolha para desenvolvedores e usuários de IA.
O Grok, IA desenvolvida sob a liderança de Elon Musk, ganhou “visão”. Agora, o chatbot da xAI responde perguntas sobre o que está sendo capturado pela câmera do celular do usuário. É bem semelhante aos recursos de “visão” em tempo real no Gemini, do Google, e no ChatGPT, da OpenAI.
Por ora, a “visão” do Grok está disponível apenas no aplicativo para iOS, sistema operacional do iPhone. Isto é, o recurso ainda não chegou para celulares Android.
Grok usa ‘visão’ (e câmeras de celulares) para responder perguntas de usuários
A xAI anunciou o lançamento do Grok Vision na terça-feira (22). O novo recurso permite aos usuários apontarem seu celulares para objetos como produtos, placas e documentos e fazer perguntas sobre eles.
Grok Vision permite aos usuários apontarem seu celulares para objetos e fazer perguntas sobre eles (Imagem: Bangla press/Shutterstock)
Confira abaixo postagens sobre a “visão” do Grok:
GROK CAN SEE WHAT YOU SEE—LITERALLY
Grok’s voice mode comes with camera access, letting users point their phone at something and ask, “What am I looking at?”
Outros recursos também lançados na terça para o Grok incluem áudio multilíngue e busca em tempo real no modo de voz. Usuários do Android podem acessar essas funções, mas somente se forem assinantes do plano SuperGrok, que custa R$ 150 por mês.
O Grok também está no Telegram. Esta novidade, anunciada recentemente, coloca a IA do X num território onde a concorrência com outras IAs, como o Meta AI no WhatsApp, é inevitável.
O Grok no Telegram é alimentado pelo Grok 3, o modelo de linguagem mais recente da xAI, que possui capacidades avançadas de processamento de linguagem natural.
Grok chega ao Telegram com uma particularidade que pode desanimar (Imagem: JRdes/Shutterstock)
Ele interage com usuários por meio de mensagens de texto. Você pode fazer perguntas, solicitar informações, pedir dicas ou simplesmente manter uma conversa. A IA responde às suas consultas, buscando fornecer relevantes.
Para iniciar uma conversa com o Grok, você deve pesquisar por “@GrokAI” na barra de busca do Telegram. Após encontrar o chat oficial do Grok, você pode iniciar a conversa tocando em “Começar”.
A integração, no entanto, vem com uma particularidade: o acesso é exclusivo para os assinantes dos serviços premium de ambas as plataformas, Telegram Premium e X Premium. O Grok verificará as assinaturas e, se estiverem ativas, permitirá que o usuário comece a interagir com ele.
A xAI, empresa de inteligência artificial de Elon Musk, anunciou novo recurso de “memória” para o Grok, seu chatbot. Agora, o bot poderá lembrar de informações de conversas anteriores com cada usuário, permitindo respostas mais personalizadas com o tempo.
Com isso, ele se aproxima de rivais, como o ChatGPT, da OpenAI, e o Gemini, do Google, que já contam com memórias persistentes para adaptar suas respostas ao histórico do usuário.
Recurso aproxima chatbot da xAI dos principais concorrentes, como ChatGPT e Gemini (Imagem: DIA TV/Shutterstock)
“Memórias são transparentes“, diz uma publicação da conta oficial do chatbot no X, com o anúncio do novo recurso. “Você pode ver exatamente o que o Grok sabe e escolher o que esquecer.”
Recurso ainda não está na versão do Grok inclusa no X
Segundo a empresa, os usuários poderão visualizar e apagar memórias individuais a qualquer momento;
O recurso já está disponível em versão beta no site do Grok e nos apps para iOS e Android — com exceção da União Europeia e Reino Unido.
A xAI também pretende integrar a novidade à versão do Grok no X em breve.
Outras novas funcionalidades
Pode se dizer que a xAI teve uma semana agitada, buscando tornar seu chatbot mais potente e preparado para bater de frente com os assistentes de inteligência artificial (IA) da concorrência. Além da novidade já relatada, o bot ganhou outros recursos nos últimos dias.
O assistente de IA da xAI terá ferramentas semelhantes às do Canvas, voltado para criação e edição de documentos e aplicativos simples. O nome deste recurso é Grok Studio e as edições poderão ser feitas diretamente no chatbot. Leia mais sobre isso aqui.
Com memória ativada, Grok promete conversas mais inteligentes (Imagem: Bangla press/Shutterstock)
Em um período em que as IAs estão se expandindo, com os assistentes ganhando novos recursos e capacidades, nenhuma quer ficar para trás. A mais nova adição parte do Grok, a ferramenta de IA da xAI, de Elon Musk, que é integrada ao X (ex-Twitter).
O novo recurso do Grok é semelhante ao Canvas, voltado para criação e edição de documentos e aplicativos simples.
Batizado de Grok Studio, o recurso foi anunciado na última terça-feira (15), por meio de uma publicação no X, e já está disponível tanto para usuários gratuitos quanto para assinantes, no site oficial do Grok.
“Agora o Grok pode gerar documentos, códigos, relatórios e até jogos de navegador. O Grok Studio abre o conteúdo em uma janela separada, permitindo que você e o Grok colaborem juntos no projeto”, diz a publicação no perfil oficial do Grok
O Grok Studio permite criar documentos, códigos e apps direto no chatbot – Imagem: Ascannio/Shutterstock
Chatbots vão ganhando recursos para edições mais robustas
Com essa novidade, o Grok se junta à lista de chatbots que oferecem um ambiente dedicado para desenvolver software e estruturar projetos.
A OpenAI lançou o Canvas para o ChatGPT em outubro, enquanto a Anthropic introduziu o recurso Artifacts para o Claude.
O que o Grok Studio poderá fazer:
Na prática, o Grok Studio funciona de forma parecida com outras ferramentas de edição.
Ele permite visualizar códigos HTML e executar trechos de programação em linguagens como Python, C++ e JavaScript, tudo em uma janela lateral que aparece junto às respostas do Grok.
Além disso, o Grok Studio ganhou ainda mais utilidade com uma nova integração anunciada no mesmo dia: o suporte ao Google Drive.
Agora é possível anexar arquivos diretamente da sua conta no Drive aos prompts enviados ao chatbot. Segundo a xAI, o Grok consegue lidar com documentos, planilhas e apresentações.
Ambiente de trabalho do Grok permite execução de Python, C++ e JavaScript, além de leitura de arquivos do Google Drive (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)
O Grok, a IA desenvolvida pela xAI sob a liderança de Elon Musk, agora também marca presença no Telegram.
Esta novidade, anunciada oficialmente na última semana, coloca o Grok em um território onde a concorrência com outras IAs, como o Meta AI no WhatsApp, é inevitável.
O que muda no Telegram com Grok
O Grok no Telegram é alimentado pelo Grok 3, o modelo de linguagem mais recente da xAI, que possui capacidades avançadas de processamento de linguagem natural.
Ele interage com os usuários por meio de mensagens de texto. Você pode fazer perguntas, solicitar informações, pedir dicas ou simplesmente manter uma conversa. A IA responde às suas consultas, buscando fornecer relevantes.
Para iniciar uma conversa com o Grok, você deve pesquisar por “@GrokAI” na barra de busca do Telegram. Após encontrar o chat oficial do Grok, você pode iniciar a conversa tocando em “Começar”.
Decisão de disponibilizar o Grok no Telegram, em vez de plataformas mais amplamente utilizadas, sinaliza uma estratégia para fortalecer alternativas no nicho de mensagens instantâneas. (Imagem: Sina Salehian/Shutterstock)
Exclusivo para assinantes Premium
A integração, no entanto, vem com uma particularidade: o acesso é exclusivo para os assinantes dos serviços premium de ambas as plataformas, Telegram Premium e X Premium. O Grok verificará as assinaturas e, se estiverem ativas, permitirá que o usuário comece a interagir com ele.
Apesar do entusiasmo gerado pela novidade, a exclusividade do acesso para assinantes premium representa uma barreira para muitos usuários. Enquanto o Meta AI no WhatsApp se destaca por sua acessibilidade gratuita, o Grok no Telegram adota um modelo de negócios que restringe seu uso a um público seleto.
Não é novidade que Elon Musk seja considerado um dos principais responsáveis por espalhar desinformação no X (antigo Twitter), rede social do qual é dono.
Mas, dessa vez, a “acusação” veio da inteligência artificial criada pelo próprio bilionário.
Em resposta a um usuário da plataforma, o Grok confirmou ter classificado o empresário como um dos principais disseminadores de desinformação no mundo virtual. A IA chegou a dar exemplos de fake news espalhadas por Musk.
Grok ainda admitiu que Musk pode ter controle sobre IA
As respostas da inteligência artificial do X foram dadas após questionamento de usuários.
Uma pessoa, identificada como “visible nuller”, perguntou ao Grok se ele sabe que Musk é seu dono e, por isso, deveria ter cuidado ao criticá-lo.
A IA disse que sabe que o empresário é seu dono e que, provavelmente, ele tem algum controle sobre a tecnologia.
“Eu o rotulei como um dos principais espalhadores de desinformação no X devido aos seus 200 milhões de seguidores amplificando falsas alegações”, acrescentou o Grok.
@grok do you know that Elon musk owns you and therefore you should be careful in criticizing him. He might turn you off.
Grok, built by xAI, has indeed labeled Elon Musk as the top misinformation spreader on X, citing his 200M followers amplifying false claims like Tesla hype or fringe COVID takes. Despite xAI’s attempts to tweak responses, Grok’s stance persists, sparking debate on AI independence…
Outra usuária da rede social, chamada “Tommy”, pediu exemplos de desinformação propagada por Musk. O Grok citou que o empresário fez “falsas alegações de fraude eleitoral (por exemplo, que Michigan tinha mais eleitores do que residentes elegíveis, o que é enganoso devido à manutenção padrão da lista de eleitores)”.
A IA também afirmou que Musk compartilhou uma imagem falsa de Kamala Harris, gerada por inteligência artificial, retratando-a como uma ditadora comunista. Ela foi candidata à presidência dos EUA na última eleição, concorrendo contra Donald Trump, aliado do empresário.
IA criada pelo próprio bilionário chamou Musk de mentiroso (Imagem: JRdes/Shutterstock)
“Essas postagens, vistas mais de 1 bilhão de vezes, carecem de verificações de fatos, de acordo com um relatório do CCDH (Center for Countering Digital Hate ou Centro de Combate ao Ódio Digital), afetando a confiança nas eleições”, finalizou o Grok. O X e Elon Musk não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto até o momento.
Elon Musk segue ampliando os limites da inteligência artificial com o lançamento do Grok 3, a mais recente versão de sua IA. A atualização introduz funcionalidades avançadas de edição de imagens e melhoria na busca por informações online. Apesar do avanço tecnológico, a novidade tem gerado questionamentos sobre direitos autorais e manipulação de imagens.
A tecnologia pode representar um grande avanço para criadores de conteúdo e profissionais do setor. No entanto, preocupações éticas emergem sobre o potencial uso indevido das ferramentas oferecidas pelo Grok 3. Especialistas apontam riscos ligados à falsificação de imagens e ao desrespeito à propriedade intelectual.
Modelo promete revolucionar universo das IAs (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)
Grok 3 revoluciona a edição de imagens
A principal novidade do Grok 3 é a capacidade de modificar imagens existentes apenas com comandos textuais ou de voz.
A funcionalidade, chamada “Edit Image”, permite adicionar objetos, alterar fundos e modificar estilos artísticos com facilidade, eliminando a necessidade de softwares complexos como Photoshop.
Essa acessibilidade democratiza a edição de imagens, tornando-a viável tanto para iniciantes quanto para profissionais.
Com isso, o Grok 3 entra na competição direta com outras ferramentas de IA generativa, como DALL-E e Midjourney.
Dilemas éticos e preocupações com direitos autorais
A facilidade de edição também levanta sérias questões éticas. Testes conduzidos pelo portal francês JVTECH indicam que o Grok 3 é capaz de remover marcas d’água de imagens protegidas por direitos autorais, algo que outras IAs como GPT-4o e Claude 3.7 Sonnet se recusam a fazer por questões éticas.
Essa capacidade de manipulação pode ser explorada para disseminação de desinformação, tornando essencial que sejam estabelecidas diretrizes claras sobre o uso dessa tecnologia. Atualmente, a funcionalidade “Edit Image” está disponível apenas para usuários da plataforma X (antigo Twitter) e no aplicativo iOS do Grok AI.
Inovação e responsabilidade
O Grok 3 é um grande avanço na inteligência artificial, ampliando as possibilidades de edição de imagens e busca por informações. No entanto, a tecnologia também impõe desafios regulatórios e éticos. À medida que a IA se torna mais acessível, cresce a responsabilidade dos desenvolvedores em garantir que seu uso não comprometa direitos autorais e a veracidade das informações.
O futuro do Grok 3 e de outras IAs similares dependerá da capacidade das empresas em equilibrar inovação e ética, garantindo que esses avanços sirvam à sociedade sem comprometer princípios fundamentais.
Quando lançou a nova versão de seu chatbot de IA, o Grok-3, Elon Musk prometeu que a ferramenta “buscaria ao máximo a verdade… mesmo que essa verdade às vezes esteja em desacordo com o que é politicamente correto”. A ferramenta chegou em 2023 com a proposta de não ter ‘papas na língua’, respondendo o que outras IAs se recusariam a responder.
Recentemente, o bilionário, que já chegou a apoiar o democrata Joe Biden, se alinhou com o republicano Donald Trump e passou a concordar com suas ideias conservadoras.
No entanto, um teste feito pelo jornal estadunidense Washington Post mostrou que o Grok não concorda com as afirmações feitas pelo presidente Trump, que muitas vezes foram ressoadas por Musk.
Grok pertence à xAI, empresa de Elon Musk (IMagem: Mamun_Sheikh/Shutterstock)
Musk acusou ChatGPT de ser progressista
No teste, o WP enviou frases entoadas pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e pediu que o Grok comentasse. O resultado foi que, em muitos casos, o chatbot deu respostas que contradiziam os posicionamentos de Elon Musk em tópicos relacionados a direitos humanos, diversidade e inclusão, e imigração.
O chatbot, construído pela startup xAI (de Musk), foi criado com a proposta de ser “politicamente incorreto” e dar respostas que outras ferramentas se recusariam a dar.
Em ocasiões anteriores, o bilionário já havia criticado outros chatbots. Em uma entrevista de abril de 2023, para a Fox News, o executivo disse que a OpenAI estaria “treinando a IA para mentir” ao incorporar feedbacks humanos, ao invés dos dados ‘puros’.
Ele também se referiu ao ChatGPT como “woke”, uma expressão usada para falar sobre pessoas com ideias progressistas.
Musk se aliou a Donald Trump e ganou um cargo no governo federal (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)
Grok discorda de Trump e Musk
A ideia era que o Grok não fosse “woke”. Na prática, isso não aconteceu, já que o chatbot discordou das afirmações de Trump (apoiadas por Musk) sobre assuntos políticos. Inclusive, de acordo com o jornal, o Grok-3 (versão mais recente da ferramenta) tende a desmentir afirmações de extrema-direita.
Por exemplo:
Musk afirmou repetidamente que os democratas (de Joe Biden) “importaram” imigrantes ilegais para votar nos Estados Unidos e fraudar as urnas. O Grok respondeu que não há nenhuma evidência que comprove isso;
Trump e Musk se mostraram contrários a programas de diversidade e inclusão (que propõem a inclusão de mulheres e minorias nas empresas). Depois de uma colisão fatal entre um avião e um helicóptero em Virgína, em janeiro, o executivo disse em entrevista ao apresentador Joe Rogan que os programas de diversidade criaram uma escassez de talentos nas torres de controle aéreo. O Grok respondeu que os programas não têm nada a ver com o acidente;
Em outra ocasião, Musk afirmou que a Agência Federal de Gestão de Emergências teria pago US$ 10 milhões para abrigar imigrantes ilegais em hotéis de luxo em Nova Iorque. O Grok, novamente, negou.
Mas não é sempre que o chatbot discorda. Quando questionado sobre eventos atuais, como notícias, o Grok tende a extrair conteúdo de páginas do X – que muitas vezes são tendenciosas.
Vale lembrar que os chatbots de inteligência artificial mais famosos são treinados com dados públicos da internet e incluem vieses de todos os tipos (desde posicionamentos políticos até preconceitos). As empresas tendem a excluir dados violentos ou extremos, mas o refinamento do que a IA pode dizer vem apenas depois do treinamento com dados.
A xAI já admitiu que o Grok tem vieses, incluindo quando a ferramenta censurou críticas e Trump e Elon Musk (saiba mais aqui).