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Conheça a nova arma “caçadora de drones” do Reino Unido

As novas tecnologias modificaram as guerras. Ainda existem soldados, infantaria, tanques, caças, bombas e lançamento de mísseis. Mais da metade do conflito, porém, pode ocorrer por detrás de um computador, ou de um controle remoto.

Segundo especialistas, os drones representam o futuro dos confrontos. Muito embora já sejam realidade. A Guerra na Ucrânia dá uma medida disso. Os exércitos ucraniano e russo já lançaram mais de 20 mil veículos do tipo, que são mais baratos, escapam de linhas de defesa inimigas e possuem um alto poder destrutivo.

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Diante desse quadro, os países começam a estudar novas formas de enfrentar a nova ameaça – e o Reino Unido acaba de apresentar o seu candidato. Esse canhão da imagem acima atende pelo nome de RF DEW, sigla para Radiofrequency Directed Energy Weapon.

A ideia é exatamente o que diz o nome: uma arma que dispara ondas de radiofrequência. São ondas inofensivas para nós, seres humanos. Elas, no entanto, podem fritar os componentes eletrônicos de vários drones de uma só vez.

Os drones merecem um capítulo à parte na extensa Guerra Russo-ucraniana – Imagem: Drop of Light/Shutterstock

O que sabemos sobre a nova arma

  • Os primeiros testes foram muito bem-sucedidos.
  • Num experimento no País de Gales, o Exército Britânico conseguiu eliminar 100 drones de uma só vez – e com um único disparo.
  • O projeto em si custou algo em torno de 40 milhões de euros (cerca de R$ 250 milhões).
  • Cada disparo, entretanto, não custa quase nada para os cofres públicos: aproximadamente 10 centavos de euro por tiro.
  • Isso ajudaria a equilibrar as contas da guerra: uma arma barata para lidar com drones “baratos” (que custam infinitamente menos do que bombas e aviões).
  • Vale destacar que já existem mecanismos para enfrentar esses veículos aéreos não tripulados.
  • A maioria dos equipamentos, porém, trabalha com interferência de sinal.
  • Na Guerra na Ucrânia, por exemplo, essa interferência é capaz de neutralizar cerca de 75% dos drones.
  • A outra parte, e isso inclui os chamados Lancet, são “imunes” ao processo, uma vez que são totalmente autônomos depois que um alvo é definido.
  • É justamente aí que entraria o RF DEW: suas ondas de rádio são capazes de fritar qualquer tipo de drone dentro de um raio de 1 quilômetro.
  • E, embora estejamos falando de guerra apenas, essa máquina também teria sua utilidade em outras situações.
  • É o caso de um aeroporto civil, onde drones podem causar acidentes graves com aeronaves.
Em testes, o Exército Britânico conseguiu eliminar 100 drones de uma só vez. Imagem: Andrey_Popov/Shutterstock

Os drones e a Guerra na Ucrânia

Voltando a falar no conflito, por se tratar de um novidade, muita gente não sabe como atuam os drones numa guerra. Na da Ucrânia, eles têm uma série de utilidades. Podem fazer reconhecimento de território. Seu uso principal, no entanto, é para destruição de alvos.

Esses drones receberam o apelido de kamikaze, pois se atiram contra instalações, veículos e até mesmo soldados inimigos. Existem vários tipos, mas, na maioria dos casos, eles carregam entre 1 e 2 quilos de explosivos, além de estilhaços.

Sabe aquele drone que filma casamento? Alguns deles foram adaptados e fazem parte da guerra na Europa. Outros, porém, são muito maiores, mais modernos e tecnológicos.

Segundo informa uma reportagem da BBC, os objetos possuem ainda câmeras que enviam vídeos em tempo real para seus operadores remotos. E as gravações indicam o impacto dessa nova tecnologia no conflito.

De acordo com a matéria, as últimas imagens das câmeras de drones normalmente mostram homens em pânico, com seus braços se debatendo e disparando tiros contra o drone antes da morte. Eis por que equipamentos como o RF DEW são tão importantes.

As informações são do New Atlas.

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Otan não está preparada para guerra de drones, diz Ucrânia

Parece haver uma divisão clara quando o assunto é a guerra entre Rússia e Ucrânia. Enquanto os Estados Unidos agora defendem uma proposta de acordo de paz ou de cessar-fogo, a Europa aumenta a ajuda financeira para Kiev.

Uma das marcas deste conflito tem sido o uso massivo de drones. E, segundo o governo ucraniano, as Forças Armadas dos países que compõem a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não estão preparadas para este tipo de guerra.

Disputa tecnológica em meio ao conflito

A declaração foi dada por Vadym Sukharevskyi, comandante militar responsável pelos sistemas não tripulados da Ucrânia. Ele destacou que Kiev está se esforçando para ficar à frente do inimigo, empregando inteligência artificial, implantando mais drones terrestres e testando lasers para derrubar veículos aéreos não tripulados russos.

Uma das marcas da guerra na Ucrânia tem sido o uso massivo de drones (Imagem: evan_huang/Shutterstock)

Desde o início da guerra, há três anos, os ucranianos fabricaram 2,2 milhões pequenos drones de visão em primeira pessoa (FPV) e 100 mil dispositivos maiores e de longo alcance. Já a Rússia produziu mais de 1,4 milhão equipamentos.

Ainda de acordo com Sukharevskyi, neste momento “mais de 60% dos alvos são destruídos por drones” no conflito. As afirmações do comandante ucraniano ocorrem no momento em que alguns membros da Otan na Europa aumentam os gastos com defesa em meio ao temor de uma expansão do conflito.

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Alguns membros da Otan defendem o aumento da ajuda militar à Ucrânia (Imagem: Alexandros Michailidis/Shutterstock)

Drones são mais baratos

  • Para Sukharevskyi, “nem um único Exército da Otan está pronto para resistir à cascata de drones”.
  • Ele disse que a aliança militar deveria reconhecer a vantagem econômica dos equipamentos, que geralmente custam muito menos para serem construídos do que o armamento convencional necessário para derrubá-los.
  • Os drones de longo alcance podem custar apenas alguns milhares de dólares.
  • Por outro lado, os mísseis interceptadores de defesa aérea geralmente custam seis ou sete dígitos de dólares norte-americanos e muitos países mantêm apenas estoques limitados.

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