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Alguns hábitos podem estar acabando com os seus rins

Na sua lista de preocupações com a saúde, você provavelmente não colocou os rins como prioridade. Nós, leigos, costumamos ligar o sinal de alerta para outros órgãos, como o cérebro e o coração.

Os rins, no entanto, desempenham um papel fundamental no bom funcionamento do nosso corpo.

São eles que filtram resíduos do sangue, controlam a quantidade de água no organismo e ajudam a regular a nossa pressão arterial. Os rins também auxiliam na absorção de cálcio e fósforo e produzem hormônios importantes, como a eritropoetina, que estimula a produção de glóbulos vermelhos.

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Pois é, eles são importantes de verdade. E a mesma preocupação e cuidados que temos com outros órgão devemos ter com os rins também. É o que afirma a professora Dipa Kamdar, da Universidade Kingston, de Londres.

Em um artigo para o site The Conversation, elas enumera 7 hábitos comuns que podem ser prejudiciais para o órgão. E que devemos evitar.

Orientações da professora

  • Você vai perceber que muitos itens dessa lista dizem respeito também a outros órgãos e partes do corpo.
  • Isso quer dizer que você precisa mesmo rever alguns desses hábitos.
  • O primeiro deles é beber pouca água.
  • A água é necessária para que os rins removam os resíduos e a escassez dela pode levar a problemas como infecções ou até mesmo pedras no órgão.
  • A dica da doutora é que as pessoas devem beber pelo menos de 1 litro e meio a 2 litros de água por dia.
Beber bastante água deveria fazer parte da rotina de todas as pessoas – Imagem: Yaroslav Olieinikov/iStock
  • E é água mesmo: nada de substitui-la por refrigerante, por exemplo.
  • Nem por bebidas alcoólicas! O álcool, aliás, é o próximo item dessa lista.
  • Além de desidratar o corpo, ele sobrecarrega os rins, que precisam trabalhar mais para lidar com a substância.
  • Vale destacar que a mais recente nota técnica do Ministério da Saúde sobre o tema afirma que não existe quantidade de álcool que seja completamente segura para a saúde.
  • A recomendação, portanto, é de não ingerir bebidas alcóolicas.
  • Antes, Organização Mundial da Saúde falava em até duas taças de vinho por dia (ou um litro de cerveja de baixo teor alcóolico) – e sem dias consecutivos.
  • Agora, porém, a OMS também condena a prática e encara o consumo como problema de saúde pública.

Mais dicas

De acordo com a doutora Kamdar, as pessoas também devem passar longe do tabagismo (que pode levar a lesões renais) e devem cuidar do peso corporal. A obesidade pode prejudicar os rins diretamente ao interferir nas substâncias químicas do tecido adiposo.

A próxima recomendação da doutora tem a ver também com a alimentação: segundo ela, devemos evitar os ultraprocessados. Ela mostrou um estudo americano que acompanhou 14 mil adultos durante 24 anos. Aqueles que consumiram muitos alimentos ultraprocessados apresentaram um risco 24% maior de doença renal. E cerca de 5 mil deles desenvolveram doença renal crônica.

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Quem não gosta da facilidade e até do sabor de um ultraprocessado? O consumo em excesso, porém, pode fazer mal à saúde, inclusive dos rins – Imagem: Niloo/Shutterstock

As duas últimas dicas da especialista são as mais diferentes, por assim dizer. Dipa Kamdar explica que o sono ruim pode aumentar o risco de doença renal crônica. É o que aponta esse estudo de 2019. E entenda sono ruim como dormir menos de 6 horas por dia ou mais de 10 horas.

Por fim, a doutora critica o uso indiscriminado de analgésicos, como ibuprofeno e aspirina. Como são medicamentos que não precisam de receita médica, tem gente que os toma de forma irresponsável. De acordo com a doutora, esses remédios podem danificar os túbulos renais.

‘Ah, mas quer dizer então que eu não devo tomá-los nunca?’. A resposta é: claro que não. Mas não precisa usá-los sem necessidade, como algo preventivo. E, se for tomar, faça pelo menor tempo necessário e na dose recomendada na embalagem.

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