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Dieta saudável na meia-idade protege contra demência, aponta pesquisa

Adotar hábitos alimentares mais saudáveis, mesmo na meia-idade, pode reduzir significativamente o risco de desenvolver demência, segundo um novo estudo apresentado durante o encontro anual da Sociedade Americana de Nutrição (ASN), em Orlando, nos Estados Unidos.

Como mostra o MedicalXpress, pesquisadores analisaram dados de quase 93 mil adultos com idades entre 45 e 75 anos no início do estudo, na década de 1990. Ao longo dos anos, mais de 21 mil participantes desenvolveram Alzheimer ou outras formas de demência.

Resultados animadores

Segundo os resultados, pessoas que passaram a seguir uma alimentação mais saudável ao longo do tempo apresentaram um risco 25% menor de desenvolver demência, em comparação com aquelas cuja dieta piorou.

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Saúde cerebral pode ficar mais protegida com mudança de hábitos após os 40 anos – Imagem: LightField Studios/Shutterstock

“Os resultados do nosso estudo confirmam que padrões alimentares saudáveis na meia-idade e sua melhora ao longo do tempo podem prevenir o Alzheimer e outras demências”, afirmou a pesquisadora Song-Yi Park, professora associada da Universidade do Havaí em Manoa, em nota à imprensa.

“Isso sugere que nunca é tarde para adotar uma dieta saudável.”

Padrões alimentares saudáveis conseguiram diminuir em até 25% o risco de demência – Imagem: margouillat photo/Shutterstock

Dieta personalizada

  • Os pesquisadores avaliaram a adesão dos participantes à dieta MIND — uma combinação da dieta mediterrânea com a dieta DASH (voltada ao controle da pressão arterial) — conhecida por seus benefícios à saúde cerebral.
  • O plano alimentar enfatiza o consumo de grãos integrais, vegetais, nozes, frutas vermelhas, peixes e aves, e limita doces, carnes vermelhas, frituras, queijos e manteiga.
  • Participantes que já seguiam a dieta MIND desde o início do estudo apresentaram um risco 9% menor de demência, enquanto entre negros, hispânicos e brancos essa redução chegou a 13%.

Entre asiático-americanos e nativos havaianos, os efeitos foram menos evidentes, o que, segundo Park, sugere a necessidade de abordagens personalizadas para diferentes grupos populacionais.

Embora as conclusões sejam promissoras, os autores ressaltam que os resultados ainda são preliminares e aguardam publicação em revista científica com revisão por pares.

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Pesquisadores celebraram resultados, mas indicam que revisões ainda são necessárias (Imagem: SewCreamStudio/Shutterstock)

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Alguns hábitos podem estar acabando com os seus rins

Na sua lista de preocupações com a saúde, você provavelmente não colocou os rins como prioridade. Nós, leigos, costumamos ligar o sinal de alerta para outros órgãos, como o cérebro e o coração.

Os rins, no entanto, desempenham um papel fundamental no bom funcionamento do nosso corpo.

São eles que filtram resíduos do sangue, controlam a quantidade de água no organismo e ajudam a regular a nossa pressão arterial. Os rins também auxiliam na absorção de cálcio e fósforo e produzem hormônios importantes, como a eritropoetina, que estimula a produção de glóbulos vermelhos.

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Pois é, eles são importantes de verdade. E a mesma preocupação e cuidados que temos com outros órgão devemos ter com os rins também. É o que afirma a professora Dipa Kamdar, da Universidade Kingston, de Londres.

Em um artigo para o site The Conversation, elas enumera 7 hábitos comuns que podem ser prejudiciais para o órgão. E que devemos evitar.

Orientações da professora

  • Você vai perceber que muitos itens dessa lista dizem respeito também a outros órgãos e partes do corpo.
  • Isso quer dizer que você precisa mesmo rever alguns desses hábitos.
  • O primeiro deles é beber pouca água.
  • A água é necessária para que os rins removam os resíduos e a escassez dela pode levar a problemas como infecções ou até mesmo pedras no órgão.
  • A dica da doutora é que as pessoas devem beber pelo menos de 1 litro e meio a 2 litros de água por dia.
Beber bastante água deveria fazer parte da rotina de todas as pessoas – Imagem: Yaroslav Olieinikov/iStock
  • E é água mesmo: nada de substitui-la por refrigerante, por exemplo.
  • Nem por bebidas alcoólicas! O álcool, aliás, é o próximo item dessa lista.
  • Além de desidratar o corpo, ele sobrecarrega os rins, que precisam trabalhar mais para lidar com a substância.
  • Vale destacar que a mais recente nota técnica do Ministério da Saúde sobre o tema afirma que não existe quantidade de álcool que seja completamente segura para a saúde.
  • A recomendação, portanto, é de não ingerir bebidas alcóolicas.
  • Antes, Organização Mundial da Saúde falava em até duas taças de vinho por dia (ou um litro de cerveja de baixo teor alcóolico) – e sem dias consecutivos.
  • Agora, porém, a OMS também condena a prática e encara o consumo como problema de saúde pública.

Mais dicas

De acordo com a doutora Kamdar, as pessoas também devem passar longe do tabagismo (que pode levar a lesões renais) e devem cuidar do peso corporal. A obesidade pode prejudicar os rins diretamente ao interferir nas substâncias químicas do tecido adiposo.

A próxima recomendação da doutora tem a ver também com a alimentação: segundo ela, devemos evitar os ultraprocessados. Ela mostrou um estudo americano que acompanhou 14 mil adultos durante 24 anos. Aqueles que consumiram muitos alimentos ultraprocessados apresentaram um risco 24% maior de doença renal. E cerca de 5 mil deles desenvolveram doença renal crônica.

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Quem não gosta da facilidade e até do sabor de um ultraprocessado? O consumo em excesso, porém, pode fazer mal à saúde, inclusive dos rins – Imagem: Niloo/Shutterstock

As duas últimas dicas da especialista são as mais diferentes, por assim dizer. Dipa Kamdar explica que o sono ruim pode aumentar o risco de doença renal crônica. É o que aponta esse estudo de 2019. E entenda sono ruim como dormir menos de 6 horas por dia ou mais de 10 horas.

Por fim, a doutora critica o uso indiscriminado de analgésicos, como ibuprofeno e aspirina. Como são medicamentos que não precisam de receita médica, tem gente que os toma de forma irresponsável. De acordo com a doutora, esses remédios podem danificar os túbulos renais.

‘Ah, mas quer dizer então que eu não devo tomá-los nunca?’. A resposta é: claro que não. Mas não precisa usá-los sem necessidade, como algo preventivo. E, se for tomar, faça pelo menor tempo necessário e na dose recomendada na embalagem.

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