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Jovens criam clube para apoiar “detox” das redes sociais

Em 2021, três amigos decidiram passar um fim de semana no interior da Holanda para fazer um experimento: deixar o celular de lado e focar no momento presente. O resultado foi um retorno para casa com inspiração e leveza — e que daria o pontapé inicial do Offline Club.

Jordy, Ilya e Valentijn são os nomes por trás do clube que organiza eventos sociais para incentivar a “desintoxicação das redes sociais”. Lançada em fevereiro de 2024, a plataforma atua em 11 países: Holanda, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Alemanha, Portugal, Dinamarca, Bélgica e Emirados Árabes Unidos.

“Você está pronto para abandonar seu telefone?”, diz uma postagem no Instagram. Os encontros ocorrem em parques e cafés, promovendo atividades como leitura e pintura, acompanhado de música e piquenique. 

Há reuniões gratuitas, com ingressos distribuídos pela internet e vagas limitadas. Já as experiências imersivas são pagas: ​€ 425 (R$ 2,7 mil) para um fim de semana em uma casa para 12 pessoas em meio à natureza, com sauna, jardim e espaço para cozinhar.

Jovens criaram o clube após passar um fim de semana longe do celular no interior da Holanda (Imagem: Offline Club/Reprodução)

Tendência?

O clube poderia ser um efeito colateral da hiperconectividade: jovens entre 16 e 29 anos passam mais de três horas por dia em seus smartphones, segundo levantamento de 2024 realizado pela associação alemã de telecomunicações Bitkom.

Ao mesmo tempo, muitos deles gostariam de reduzir o tempo em frente às telas. Uma pesquisa recente da organização britânica British Standards Institution (BSI) mostrou que quase 70% dos jovens entre 16 e 21 anos se sentem pior quando passam tempo na internet.

Metade diz ser a favor de um “toque de recolher digital” que restringiria o acesso a determinados aplicativos e sites após as 22h. E 46% até afirmaram que prefeririam viver em um mundo sem internet, como destaca uma reportagem da DW.

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Plataforma também oferece retiros em casas compartilhadas com até 12 pessoas (Imagem: Offline Club/Reprodução)

Impondo limites

Como já discutido aqui no Olhar Digital, o uso excessivo de tecnologias pode causar dependência em seus usuários, levando à solidão gradual, ao isolamento social e a problemas familiares. A conexão constante desencadeada pelo uso de smartphones, em alguns casos, pode estar associada ao vício e ao uso compulsivo.

O adoecimento mental tem levado governos de várias partes do mundo a limitar o acesso aos celulares. Recentemente, a Dinamarca anunciou que vai proibir a entrada dos aparelhos nas escolas de todo o país, assim como foi definido no Brasil.

Já a Austrália foi além: proibiu menores de 16 anos de acessarem as redes sociais — uma medida polêmica que entrará em vigor em novembro deste ano. No Reino Unido, o governo estuda criar toques de recolher obrigatórios, apesar da resistência do Parlamento.

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Energia limpa: Holanda instala projeto eólico-solar em alto-mar

Começaram as obras do primeiro projeto solar offshore do mundo dentro de um parque eólico offshore. O sistema de ancoragem foi instalado para manter o parque solar operado pela Oceans of Energy, fornecedora de energia verde na Holanda.

Já o parque eólico offshore Hollandse Kust Noord, operado pela Crosswind, uma joint venture entre a Shell e a Eneco, está localizado a 22 km da costa, no Mar do Norte holandês, e é o local onde a inovação estará operando, com profundidade de água de 25 metros e 1.500 painéis solares.

“A confiabilidade do sistema de ancoragem é fundamental, não apenas para a segurança e estabilidade do parque solar flutuante, mas também para garantir que ele opere perfeitamente com as turbinas eólicas ao redor”, afirma Jeroen van Loon, Gerente de Projetos de Energia Solar Offshore da CrossWind.

Parque eólico offshore está localizado a 22 km da costa, no Mar do Norte holandês (Imagem: CrossWind)

Promessa de mais energia

De acordo com as empresas envolvidas, a combinação proporciona um fluxo mais contínuo de eletricidade para a terra e significa um aumento potencial da produção de energia em até 5 vezes, utilizando a mesma área de mar.

O projeto pioneiro foi desenvolvido para enfrentar “desafios de intermitência da energia eólica”. O parque eólico Hollandse Kust Noord está em operação desde dezembro de 2023,  e possui uma capacidade instalada de 759 MW, gerando pelo menos 3,3 TWh anualmente. 

O sistema de ancoragem manterá o parque solar enquanto um cabo elétrico conectará o parque solar offshore a uma fundação de turbina eólica. O cabo foi desenhado e produzido exclusivamente para o projeto pela NKT sueca.

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Cabo elétrico foi projetado exclusivamente para interligar os sistemas offshore (Imagem: Oceans of Energy)

Sucesso em testes

Em 2019, a Oceans of Energy instalou o primeiro parque solar offshore do mundo em ondas altas na costa de Haia. “Provou ao mundo que a energia solar offshore em condições de ondas altas é uma realidade, tendo operado continuamente por quatro anos no agitado Mar do Norte – incluindo durante mais de 10 tempestades categorizadas (de inverno)”, diz o comunicado divulgado à imprensa.

Fundada em 2016, a empresa também lidera uma ampla gama de pesquisas ecológicas para “entender o contexto ambiental e explorar ativamente oportunidades de melhoria da natureza”.

O primeiro contrato comercial da empresa para um parque solar offshore foi assinado com a Crosswind em 2023, para o qual as fases de engenharia, licenciamento e fabricação foram concluídas com sucesso, com a instalação começando em abril deste ano.

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