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Com a inflação, quanto custaria um PC de 1981 com Windows hoje?

Em 1985, a Microsoft lançava a primeira versão do Windows, um marco na história da computação pessoal. Vendido inicialmente por 99 dólares, esse sistema operacional revolucionário rodava em computadores da época, que não eram nada baratos.

Mas, afinal, quanto custaria um computador com o Windows 1.0 hoje, considerando a inflação?

Quanto custava um PC nos anos 1980?

Para responder a essa pergunta, precisamos analisar alguns fatores. Um computador considerado “aceitável” na época poderia custar em torno de 750 dólares, sem incluir o monitor. Os preços variavam entre 1.000 e 1.500 dólares por um sistema completo, ou seja, com CPU, memória, teclado e monitor.

  • Para se ter uma ideia, o IBM PC 5150, lançado em 1981, custava 1.565 dólares. Esses valores mostram o quão inacessível a tecnologia era para a maioria da população brasileira.
  • Trazendo esse valor para os dias atuais, com a correção da inflação do dólar americano desde 1985 até 2025, esse montante equivaleria a aproximadamente 4.744 dólares.
  • Convertendo para a nossa moeda, utilizando a taxa de câmbio média do dólar em abril de 2025 (cerca de R$ 5,70), o primeiro PC com Windows custaria hoje cerca de R$ 27 mil.
O IBM PC 5150 foi um dos computadores pessoais mais populares e influentes da época. Ele rodava principalmente o MS-DOS. Com o lançamento do Windows 1.0, os usuários poderiam adquirir e instalar a nova versão para ter uma interface gráfica sobre o sistema operacional de linha de comando. (Imagem: IBM)

É importante lembrar que esse valor representa apenas o custo do hardware da época, com uma configuração básica, e o software Windows 1.0. Hoje, com esse valor, seria possível adquirir um computador com tecnologia muito mais avançada e um sistema operacional mais moderno.

Essa comparação nos mostra o quanto a tecnologia evoluiu e como os preços de computadores se tornaram mais acessíveis ao longo dos anos, mesmo com a inflação. O que antes era um item de luxo, hoje é uma ferramenta essencial para muitas pessoas.

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Como era o primeiro PC com Windows

O primeiro IBM PC, lançado em 1981, marcou o início da computação pessoal para muitos. Ele tinha um design relativamente simples e funcional para a época.

  • O gabinete era de metal, com um visual robusto e retangular. Ele utilizava um processador Intel 8088 rodando a uma velocidade de 4.77 MHz.
  • A configuração básica vinha com apenas 16 KB de memória RAM, expansível até 256 KB em alguns modelos. Isso é incrivelmente pouco comparado aos gigabytes de memória dos computadores de hoje.
  • Inicialmente, o modelo não possuía disco rígido. O armazenamento principal era feito por um ou dois drives de disquete de 5 ¼ polegadas, com capacidade de 160 KB ou 320 KB cada. Alguns modelos posteriores podiam ter um disco rígido opcional de 10 MB.
  • O teclado, com 83 teclas, incluia 10 teclas de função na lateral esquerda e um teclado numérico separado.
  • O monitor não era incluído no preço base. Os usuários podiam optar por um monitor monocromático (verde ou âmbar) ou um monitor colorido CGA (Color Graphics Adapter), que oferecia gráficos básicos.
  • A placa de vídeo CGA era comum para gráficos coloridos (com resolução de 320×200 ou 640×200), e a MDA (Monochrome Display Adapter) para monitor monocromático.
  • O IBM 5150 possuía cinco slots de expansão ISA de 8 bits, permitindo aos usuários adicionar placas para funcionalidades como mais memória, placa de vídeo aprimorada, placa de som ou interfaces para periféricos.
  • Inicialmente, ele rodava o PC-DOS (desenvolvido pela Microsoft), mas também podia executar outros sistemas como o CP/M-86 e Windows 1.0.
  • Incluía portas para teclado, monitor, e uma porta para gravador cassete (que era uma opção de armazenamento mais barata na época).
Configuração básica vinha com apenas 16 KB de memória RAM. (Imagem: IBM)

Vale mencionar que não existiu um “primeiro PC com Windows 1.0” em um sentido específico. Quando o sistema foi lançado em 20 de novembro de 1985, ele era um ambiente operacional gráfico que rodava sobre o MS-DOS.

O IBM PC 5150 foi um dos computadores populares da época em que o Windows 1.0 poderia ser executado. Outros computadores do mesmo período, de diferentes fabricantes, também conseguiam rodar o Windows 1.0, contanto que atendessem aos requisitos mínimos de hardware e tivessem o MS-DOS instalado.

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Computação quântica: IBM prevê investimento de US$ 150 bilhões nos EUA

A IBM anunciou que vai investir US$ 150 bilhões nos Estados Unidos ao longo dos próximos cinco anos. Esse grande aporte tem um foco principal: expandir as fábricas de mainframes e sistemas de computação quântica. Só para esta área, a empresa pretende destinar mais de US$ 30 bilhões.

Computadores quânticos, que são milhares de vezes mais poderosos do que as máquinas tradicionais, prometem ser uma das prioridades das big techs nos próximos anos. O Google, por exemplo, apresentou recentemente seu chip Willow, que promete dar uma vantagem estratégica à companhia, sobretudo nas questões envolvendo Inteligência Artificial.

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Assim como outras empresas do setor, a IBM não quer ficar para trás e indicou esse mega investimento. A gigante dos PCs já opera uma das maiores frotas de computadores quânticos do mundo e deve melhorar ainda mais sua posição no mercado.

As cifras estratosféricas, no entanto, também teriam outro objetivo.

A computação quântica pode impulsionar a medicina, oferecendo novas possibilidades para tratamentos mais rápidos e precisos – Imagem: Treecha/Shutterstock

Uma questão política

  • Analistas veem o anúncio como um aceno político ao governo Donald Trump.
  • As tarifas do republicano ameaçam prejudicar as cadeias de suprimentos e aumentar os custos para a indústria de tecnologia.
  • Isso porque muitos componentes são importados hoje em dia, principalmente da Ásia.
  • Com esse mega investimento, a IBM faz um afago à política de fabricação local do presidente, ao mesmo tempo em que tenta se blindar da guerra comercial.
  • Outras gigantes, como a Nvidia e Apple, também adotaram posturas similares.
  • A diferença é que elas prometeram aportes ainda maiores, na casa dos US$ 500 bilhões cada, nos próximos 4 anos.
  • É dinheiro pesado para não ficar para trás na corrida da IA e da tecnologia quântica.
  • E para evitar prejuízos no caso da manutenção dessas taxas de mais de 100% sobre os produtos chineses.
Donald Trump falando
O tarifaço de Trump forçou uma movimentação das big techs – Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock

A computação quântica e o futuro

Se você ainda não está habituado a esse novo conceito, a gente te ajuda a entender. Segundo a Amazon, a “computação quântica é um campo multidisciplinar que compreende aspectos da ciência da computação, da física e da matemática e que utiliza a mecânica quântica para resolver problemas complexos mais rapidamente do que em computadores tradicionais”.

De modo bem simples, são máquinas poderosas capazes de realizar cálculos e resolver problemas complexos milhares de vezes mais rápido do que os PCs comuns.

Isso acontece por causa do chamado qubit, a unidade básica dessa tecnologia. Nos computadores normais, o bit opera apenas com duas “informações”: 0 e 1 (falso ou verdadeiro). O qubit, por sua vez, consegue ir além desses números, utilizando conceitos como superposição, emaranhamento e interferência quântica.

Ao permitir o processamento de variáveis extremamente complexas em tempo real, a tecnologia pode acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos ou, até mesmo, amenizar alguns assuntos cotidianos no futuro.

Você pode ler mais sobre computadores quânticos neste outro texto do Olhar Digital.

As informações são da Reuters.

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