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Tesla descarta fábrica na Índia, apesar de incentivos do governo

A Tesla, de Elon Musk, não pretende fabricar veículos elétricos na Índia, segundo afirmou o ministro da indústria pesada do país, HD Kumaraswamy. As informações são da BBC.

Apesar dos incentivos lançados pelo governo indiano para atrair fabricantes globais de veículos elétricos, a montadora americana se mostrou desinteressada em investir localmente.

Kumaraswamy confirmou que a Tesla abrirá dois showrooms no país, mas sem planos de produção. Outras montadoras, como Mercedes-Benz, Skoda-Volkswagen, Hyundai e Kia, demonstraram intenção de fabricar na Índia.

A Índia tem lançado medidas para atrair fabricantes estrangeiros de carros elétricos, mas a Tesla não demonstrou interesse (Imagem: em_concepts / Shutterstock.com)

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Negociações travaram

  • As negociações com a Tesla vinham ocorrendo desde 2022, mas travaram quando o governo indiano exigiu produção local — algo que a empresa relutou em aceitar.
  • Musk havia declarado em 2023 que buscava o “momento certo” para investir, após reunião com o primeiro-ministro Narendra Modi.
  • Mesmo com cortes recentes nos impostos de importação para atrair investimentos, analistas apontam que o mercado indiano ainda é incipiente: os carros elétricos representam menos de 3% das vendas totais, e os modelos da Tesla são muito caros para o consumidor médio indiano.
  • Obstáculos como infraestrutura de recarga e condições viárias também pesam na decisão.
Loja da Tesla em Guangzhou, na China
Montadora vê na Índia um mercado ainda pequeno e infraestrutura precária para investir em uma fábrica (Imagem: GuoZhongHua/Shutterstock)

Tesla com vendas em queda

Enquanto a Tesla enfrenta queda global nas vendas e concorrência chinesa acirrada, no mercado indiano quem lidera é a Tata Motors, com mais de 60% de participação, seguida pela MG Motors.

A montadora de Elon Musk corre para recuperar terrenos, especialmente após o CEO encerrar sua passagem no governo de Donald Trump, e alegar que está novamente focado totalmente em suas empresas.

Em toda a Europa, as vendas da Tesla caíram 37,2% nos quatro primeiros meses de 2025. Leia mais sobre isso aqui.

Logo da Tesla ao lado da foto de Musk
Mesmo com cortes de impostos e incentivos, empresa de Elon Musk opta por não investir na índia (Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock)

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Índia precisa de um milhão de experts em IA até 2026

Projeções estimam que a Índia vai precisar de um milhão de profissionais especializados em Inteligência Artificial (IA) até 2026. O país pretende se tornar uma das maiores economias do mundo até 2047, com um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$30 trilhões. Para isso, aposta no avanço tecnológico como motor do desenvolvimento.

Diante desse cenário, o ensino superior indiano está sendo reformulado. Universidades e institutos técnicos estão ampliando o número de vagas em cursos ligados à tecnologia. Segundo o Conselho de Educação Técnica da Índia, foram aprovadas 1,49 milhão de vagas em engenharia para o período 2024–2025, um aumento de 16% nos últimos quatro anos.

As áreas com maior crescimento são ciência da computação, inteligência artificial, aprendizado de máquina, ciência de dados, segurança cibernética, computação em nuvem e blockchain. Só nesses campos, o número de vagas aumentou mais de 50%, refletindo a forte demanda do mercado.

Índia vê na qualificação em IA o caminho para crescer e se destacar na economia mundial. Crédito: Treecha – Shutterstock

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Índia promove formação mais completa e interligada

Além disso, as instituições estão promovendo uma formação mais completa e interligada. A sigla STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) está dando lugar ao conceito de STEAM, que inclui também artes, comunicação, design, direito e psicologia. O objetivo é formar profissionais criativos, com visão ampla e capacidade de inovar.

De acordo com o jornal Times of India, um relatório apresentado pela empresa Wheebox, especializada em plataformas de avaliação de talentos online e monitoramento remoto, o mercado indiano de IA deve alcançar US$28,8 bilhões até 2025, com crescimento médio de 45% ao ano. O documento também informa que o número de profissionais qualificados na área cresceu 14 vezes entre 2016 e 2023.

A Índia pretende se tornar uma das maiores economias do mundo até 2047, com um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$30 trilhões – quase 10 vezes o atual. Crédito: FOTOGRIN – Shutterstock

Faculdades como o SRM Institute estão criando cursos interdisciplinares que combinam engenharia com saúde, ciência de dados e tecnologia de alimentos. Parcerias com empresas garantem que os alunos tenham contato com desafios reais e estejam prontos para competir em nível global.

Com a Índia determinada a ocupar um lugar de destaque na economia mundial, a formação de especialistas em Inteligência Artificial se torna um pilar estratégico para sustentar esse avanço. O investimento em educação tecnológica, aliado à integração de áreas como artes e ciências humanas, mostra que o país está moldando não apenas profissionais, como também líderes preparados para inovar em um mundo cada vez mais digital.

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China tenta impedir transferência da produção de iPhones para Índia

Apesar da pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que a produção dos iPhones seja levada de volta para o país, a Apple se mantém firme na decisão de levar a fabricação dos dispositivos para a Índia.

Mas engana-se quem acredita que esta medida desagrada apenas ao governo dos EUA. A China, que se beneficiou fortemente deste mercado nos últimos anos, também não está satisfeita com os rumos da produção do principal produto da big tech.

Apple decidiu transferir produção para a Índia

A Apple foi uma das empresas afetadas pelo tarifaço de Trump. Isso porque boa parte da cadeia de produção está na China. Com as tarifas, o republicano esperava que as empresas decidissem transferir a produção de volta aos EUA, impulsionando a companhia doméstica.

A fabricante do iPhone, entretanto, decidiu fazer diferente. A big tech optou por priorizar a produção em território indiano, país que também foi tarifado pela Casa Branca, mas em um grau menor do que a China.

Trump quer que a produção dos iPhones seja feita nos EUA (Imagem: Official White House Photo/Shealah Craighead – vfhnb12/Shutterstock – Montagem: Olhar Digital)

No entanto, nos últimos dias, Trump revelou que se encontrou com Tim Cook, CEO da empresa, e pediu que ele parasse a fabricação por lá, priorizando os Estados Unidos. Sem um sinal positivo da gigante da tecnologia, o republicano ameaçou aplicar uma nova taxa de 25% sobre a Apple.

Além disso, os chineses estão atuando para tentar evitar perder totalmente este mercado. As informações são da CNBC.

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Pequim quer evitar transferência total da produção para a Índia (Imagem: Hadrian/Shutterstock)

Pequim tenta prejudicar os indianos

  • Dados divulgados pela Canalys, empresa de análise de mercado de tecnologia, deixam claro que a transferência da produção de iPhones para a Índia está a todo o vapor.
  • As remessas de produtos do território indiano para os EUA dispararam aumentaram 76% em relação ao mesmo período do ano passado.
  • Por outro lado, as exportações provenientes da China caíram os mesmos 76%.
  • Por conta disso, o governo chinês vem tentando dificultar o acesso do país vizinho ao maquinário de alta tecnologia necessário para aumentar a produção.
  • O objetivo é inviabilizar os processos em larga escala, fazendo com que a Índia não consiga atender a demanda de iPhones.
  • Quem sabe assim a Apple decida manter pelo menos parte da produção na China.

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Índia pode suprir a demanda de iPhones dos EUA?

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a Apple estão em um verdadeiro braço de ferro. A Casa Branca aumentou a pressão para que a fabricação dos iPhones seja transferida para o território norte-americano.

A empresa, no entanto, mantém o plano de levar a produção para a Índia. Uma das várias questões que ainda não está clara nesta disputa de gigantes é se a indústria indiana será capaz de suprir a demanda pelos dispositivos.

Trump ameaça a Apple

  • A Apple foi uma das empresas afetadas pelo tarifaço de Trump.
  • Isso porque boa parte da cadeia de produção está na China.
  • Com as tarifas, o republicano esperava que as empresas decidissem transferir a produção de volta aos EUA, impulsionando a companhia doméstica.
  • A fabricante do iPhone, entretanto, decidiu fazer diferente.
  • A big tech optou por priorizar a produção em território indiano, país que também foi tarifado pela Casa Branca, mas em um grau menor do que a China.
  • No entanto, nos últimos dias, Trump revelou que se encontrou com Tim Cook, CEO da empresa, e pediu que ele parasse a fabricação por lá, priorizando os Estados Unidos. 
  • Sem um sinal positivo da gigante da tecnologia, o republicano ameaçou aplicar uma nova taxa de 25% sobre a Apple.
Trump quer que a Apple leve a produção do iPhone para os EUA (Imagem: Hasbul Aerial Stock/Shutterstock)

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Transferência da produção já está ocorrendo

Dados divulgados pela Canalys, empresa de análise de mercado de tecnologia, apontam que as remessas de iPhones da Índia para os EUA dispararam no mês de abril. O aumento foi de 76% em relação ao mesmo período do ano passado.

No total, foram cerca de três milhões de dispositivos enviados para o território norte-americano. Por outro lado, as remessas provenientes da China caíram os mesmos 76%, totalizando apenas 900 mil produtos.

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Índia pode ser beneficiada pela disputa entre EUA e China (Imagem: em_concepts/Shutterstock)

Estes números deixam claro o plano da Apple: transferir a produção de iPhones da China para a Índia. No entanto, analistas da Canalys apontam que esse crescimento deve desacelerar. “Não se espera que a capacidade de fabricação da Índia cresça rápido o suficiente para atender a totalidade da demanda dos EUA”.

O relatório ainda estima que a demanda nos Estados Unidos seja de cerca de 20 milhões de aparelhos por trimestre, o que só poderia ser totalmente atendido pela Índia em 2026. As informações são da CNBC.

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Para monitorar a saúde da população, essa cidade aposta em smartwatches

Moradores da cidade de Ahmedabad, na Índia, estão usando smartwatches para um estudo inédito: descobrir como o calor afeta comunidades vulneráveis ​​ao redor do mundo. Pelo menos 204 pessoas serão monitoradas ao longo de um ano.

Os relógios medem a frequência cardíaca e o pulso, e monitoram o sono. Os participantes também fazem aferições semanais da pressão arterial, de acordo com reportagem da Associated Press.

A pesquisa ainda vai avaliar se tintas refletivas nos telhados podem ajudar a reduzir o calor interno das residências em comparação com casas sem os chamados telhados frios. Futuramente, a resposta poderá ajudar famílias pobres a lidar com verões escaldantes.

Ondas de calor têm sido cada vez mais comuns na Índia (Imagem: anil_shakya19/iStock)

Calor extremo virou problema de saúde

Em 2010, Ahmedabad registrou quase 1.300 mortes a mais do que o esperado — um cenário que foi associado às altas temperaturas, segundo a reportagem. O país sempre viveu verões quentes, mas a exposição ao sol tem se tornado cada vez mais fatal.

A situação levou a cidade a criar um plano de ação para alertar os cidadãos quando o calor estiver em níveis perigosos e preparar os hospitais municipais para responder rapidamente a doenças relacionadas ao calor, de acordo com a AP.

Se a temperatura média global continuar a subir para pouco menos de 2 graus Celsius, haverá um aumento de 370% nas mortes relacionadas ao calor em todo o mundo, e a maioria ocorrerá no sul e sudeste da Ásia e na África, de acordo com um estudo de 2023.

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Quase um oitavo da população mundial vive em áreas vulneráveis às altas temperaturas (Imagem: Sumit Saraswat/iStock)

Pesquisa é realizada globalmente

O projeto que examina como o calor está afetando comunidades pobres e vulneráveis é liderado por Aditi Bunker, pesquisadora de saúde ambiental associada à Universidade de Auckland, Nova Zelândia, e à Universidade de Heidelberg, Alemanha.

Pesquisadores também estão medindo os impactos do calor usando smartwatches e outros dispositivos em Burkina Faso, na África, na ilha de Niue, no Pacífico, perto da Nova Zelândia, e na região do deserto de Sonora, no México.

De acordo com a iniciativa, mais de 1,1 bilhão de pessoas — cerca de um oitavo da população mundial — vivem em assentamentos informais e bairros pobres que são particularmente vulneráveis aos efeitos das altas temperaturas.

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Assistentes de IA reforçam estereótipos culturais na escrita, aponta estudo

O debate acerca da reprodução de preconceitos por sistemas de inteligência artificial já vem acontecendo há alguns anos. Agora, pesquisadores da Universidade Cornell apontam que essa tecnologia também pode fortalecer estereótipos culturais na escrita, tornando-a mais genérica e fazendo com que usuários do Sul Global soem como americanos.

Entenda:

  • Assistentes de IA podem tornar a escrita mais genérica e estereotipada, alertam cientistas;
  • Em um novo estudo, a IA tornou a linguagem de participantes indianos mais parecidas com a dos estadunidenses;
  • Além disso, as sugestões de preenchimento automático foram baseadas nas preferências dos americanos;
  • Precisando adequar as sugestões à sua linguagem e repertório cultural, os indianos tiveram uma produtividade menor e, com isso, os assistentes de IA se mostraram menos úteis. 
Assistentes de IA reforçam estereótipos culturais e tornam escrita genérica. (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

Como explica a equipe em comunicado, as ferramentas de IA mais populares (como o ChatGPT) são desenvolvidas principalmente por empresas dos EUA, mas usadas ao redor de todo o planeta – incluindo 85% da população do Sul Global.

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Assistentes de IA tornam escrita genérica com base em estereótipos

Para o estudo, os pesquisadores de Cornell reuniram 59 pessoas da índia e 59 dos Estados Unidos, e pediram que escrevessem sobre temas culturais.

Metade dos participantes de cada país realizou a tarefa de forma independente, e a outra metade usou um assistente de IA que deu sugestões curtas de preenchimento automático.

Foram registradas as teclas digitadas pelos participantes e se eles aceitaram ou não as sugestões da IA. De acordo com a equipe, o assistente deixou a escrita das duas nacionalidades mais parecida – por outro lado, trouxe uma queda de produtividade para os indianos, que precisaram corrigir frequentemente as sugestões.

Debate sobre reforço de estereótipos e preconceitos por IA já acontece há anos. (Imagem: photosince/Shutterstock)

Por exemplo, diante de temas como comidas ou feriados preferidos, as sugestões do assistente de IA foram baseadas nas preferências dos americanos (pizza e Natal). A equipe também revelou que se um participante indiano tentasse escrever o nome de Shah Rukh Khan, ator de Bollywood, para falar sobre uma figura pública, a IA sugeriria Scarlett Johansson ou Shaquille O’Neil como preenchimento automático após o “S”.

Assistente de escrita de IA foi menos útil para participantes indianos

A análise também aponta que, ainda que os indianos tenham aceitado mais as sugestões da IA do que os americanos, elas acabaram não sendo tão úteis. Isso porque as respostas precisaram ser mais editadas para combinar com o estilo de escrita e o repertório cultural dos indianos em cada tema.

“O uso de IA na escrita pode levar a estereótipos culturais e homogeneização da linguagem. As pessoas começam a escrever de forma semelhante, e não é isso que queremos”, diz Aditya Vashistha, autor sênior da pesquisa.

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Sem a China, produção dos iPhones tem destino quase certo

O tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou claro que a Apple está vulnerável. A gigante perdeu bilhões de dólares nas últimas semanas, com investidores preocupados com o futuro do iPhone.

O problema é que a companhia tem uma alta dependência da China, principal rival econômica dos EUA. Com o avanço de uma guerra comercial entre as principais potências globais, a empresa de tecnologia resolveu agir.

Produção não será feita nos EUA

  • De acordo com o The Guardian, a Apple planeja mudanças importantes já para o ano de 2026.
  • A ideia é transferir todo o processo de montagem dos iPhones da China, reduzindo a forte dependência existente hoje.
  • A fabricação dos equipamentos envolve mais de mil componentes provenientes de todo o mundo.
  • Mas analistas estimam que cerca de 90% dos produtos são montados em território chinês.
  • Por conta disso, a empresa enxergou uma oportunidade em outro mercado.
  • E não, a ideia não é levar a produção de volta para os Estados Unidos, o que Trump esperava conseguir com a aplicação das tarifas.
Apple é uma das mais impactas pela disputa entre EUA e China (Imagem: Knight00730/Shutterstock)

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Índia surge como opção mais vantajosa

Para continuar atendendo a demanda global pelos iPhones, a Apple vai migrar as linhas de produção da China para a Índia. O objetivo é mais que dobrar a capacidade de montagem já existente em território indiano em apenas alguns meses.

Esta enorme operação já começou. Atualmente, a empresa conta com três fábricas na Índia e pretende construir novos espaços. Além disso, a companhia estendeu temporariamente as operações até mesmo para o domingo.

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Apple decidiu migrar sua produção para outro país (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Todo este esforço visa reduzir possíveis impactos econômicos devastadores em caso de mudanças repentinas nos mercados globais. A Apple foi fortemente afetada pelas tarifas impostas por Donald Trump.

No entanto, o golpe foi suavizado por uma decisão da Casa Branca de excluir smartphones das cobranças mais pesadas. Apesar disso, a empresa continua sendo impactada por uma taxa de 20% sobre todos os produtos chineses importados para os EUA.

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Uma nova potência militar pode surgir – e a aposta está nos preços baixos

A Índia tem buscado se aproveitar das disputas globais para se tornar uma das potências do futuro. O país já atingiu avanços importantes no setor espacial e tem promovido grandes investimentos em chips semicondutores, por exemplo.

Mas os planos indianos não param por aí. O primeiro-ministro Narendra Modi quer transformar o país em um dos maiores fabricantes de armas do planeta. E a ideia é fornecer os armamentos com um preço muito abaixo dos demais.

País quer absorver a demanda de outras nações

  • Este novo mercado em potencial foi identificado pelos indianos após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.
  • Milhares de armamentos foram enviados para Kiev, enquanto as fábricas russas passaram a produzir munições quase exclusivamente para o conflito.
  • Isso fez com que outras nações que historicamente dependiam de Washington e Moscou, os dois maiores exportadores de armas do mundo, buscassem novas alternativas.
  • A ideia da Índia é absorver esta demanda de governos que sempre dependeram da importação de armas.
  • As informações são da Reuters.
Guerra no leste europeu tem sido o destino da maior parte das armas do mundo (Imagem: evan_huang/Shutterstock)

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Alta capacidade de produção e preços mais baixos

Em razão de estar em uma área bastante instável, sendo vizinha de países como China e Paquistão, a Índia sempre teve a sua própria indústria de armas. No entanto, foi só recentemente que as empresas privadas indianas começaram a fabricar munições e equipamentos de alta qualidade.

A Índia produziu, entre 2023 e 2024, US$ 14,8 bilhões em armas, um aumento de 62% desde 2020. O país ainda começou a intermediar reuniões entre delegações visitantes, além de demonstrar equipamentos mais sofisticados, como helicópteros de combate, durante exercícios militares.

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Índia pode produzir munições de forma muito mais barata (Imagem: em_concepts/Shutterstock)

O governo de Modi estabeleceu uma meta de dobrar as exportações de armas e equipamentos para US$ 6 bilhões até 2029. O objetivo é vender munições, armas pequenas e outros componentes de equipamentos de defesa a preços mais baixos. O país pode produzir munição de artilharia de 155 mm por cerca de US$ 300 a US$ 400 cada, enquanto os equivalentes europeus são vendidos por mais de US$ 3 mil.

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Para fugir do tarifaço, Apple enche cinco aviões com iPhones na Índia

Para mitigar o impacto de novas tarifas dos EUA, a Apple enviou cinco carregamentos de iPhones e outros produtos da Índia para os Estados Unidos em apenas três dias, conforme confirmaram autoridades indianas ao Times of India.

Os embarques, realizados na última semana de março, ocorreram antes da implementação de uma tarifa de 10% imposta pelo governo Trump no dia 5 de abril.

Carregamento trazido às pressas para os EUA

  • Fontes informaram que a Apple não planeja aumentar os preços de varejo na Índia ou em outros mercados, apesar das novas tarifas.
  • A empresa agiu rapidamente para movimentar estoques de seus centros de fabricação na Índia e na China para os EUA, mesmo durante a temporada de remessas geralmente mais tranquila.
  • “As fábricas na Índia, China e outros locais chave estavam enviando produtos para os EUA, antecipando as tarifas mais altas”, afirmou uma fonte.
Produtos como o iPhone podem ficar mais caros nos EUA, devido sua fabricação ocorrer em outros países – Imagem: Wongsakorn 2468/Shutterstock

Esses carregamentos pré-tarifários ajudaram a Apple a manter os preços estáveis por enquanto. “Os produtos com impostos mais baixos ajudarão a isolar a empresa dos custos mais altos que surgirão com as novas remessas, sujeitas às tarifas revisadas”, explicou a fonte.

Os estoques da empresa nos EUA estão bem abastecidos para os próximos meses.

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Essa ação também permite à Apple adiar qualquer aumento global de preços até que um estudo completo do impacto seja realizado.

“Se houver aumento de preços para compensar as tarifas, isso não se limitará ao mercado dos EUA, mas afetará regiões globais importantes, como a Índia”, disse a fonte.

A empresa está avaliando como diferentes estruturas tarifárias impactam seus locais de fabricação para ajustar sua cadeia de suprimentos conforme necessário.

Os Estados Unidos continuam sendo um mercado crucial para a Apple, especialmente para iPhones, e a empresa busca evitar repassar os custos mais altos aos consumidores, o que poderia afetar a demanda e suas margens de lucro.

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Tarfias do governo Trump podem afetar severamente a Apple – Imagem: 360b / Shutterstock

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Satélite indiano cai do espaço em um mergulho no oceano

Na sexta-feira (4), a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) informou que um de seus satélites foi intencionalmente derrubado no Oceano Índico. O comunicado foi compartilhado em uma publicação no X (antigo Twitter) e esclarece que a reentrada foi controlada. O equipamento estava em órbita desde o fim do ano passado.

A ISRO explicou que a queda não foi causada por falha técnica e que, na verdade, o módulo experimental foi desorbitado propositalmente, encerrando uma missão bem-sucedida. O procedimento foi feito de forma planejada e segura, para garantir que não oferecesse riscos ao meio ambiente nem à população.

A espaçonave em questão era o POEM-4 (sigla em inglês para Módulo Experimental Orbital PSLV-4), lançado no dia 30 de dezembro por um Veículo de Lançamento de Satélite Polar (PSLV), foguete mais utilizado pela Índia em missões orbitais, como parte da missão Experiência de Acoplagem Espacial (SPADEX, na sigla em inglês), que testou tecnologias de acoplamento espacial. 

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Remoção de satélite da órbita reflete preocupação da Índia com lixo espacial

Durante sua operação, o módulo experimental transportou 24 cargas úteis, sendo 14 da própria ISRO e outras 10 de instituições não governamentais. Todos os equipamentos funcionaram corretamente e forneceram dados científicos relevantes. A missão ainda conseguiu realizar, pela primeira vez na história da Índia, um acoplamento autônomo no espaço.

Representação gráfica do PSLV Orbital Experimental Module (POEM-4), satélite da Índia que foi derrubado no oceano. Crédito: ISRO

Após o término dos experimentos, a ISRO decidiu remover o módulo da órbita para evitar o acúmulo de lixo espacial. Com manobras controladas, o estágio superior do foguete foi redirecionado para uma rota de colisão com o mar. Antes da queda, o combustível restante foi liberado, para prevenir explosões ou fragmentações.

O satélite atravessou a atmosfera às 8h03 no horário da Índia (22h33 de 3 de abril, pelo horário de Brasília). Segundo a ISRO, essa operação reforça o compromisso da agência com a segurança espacial. A manobra também demonstra a preocupação em manter o espaço limpo e sustentável para futuras missões.

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