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Balde de 1.500 anos guarda histórias do Império Bizantino

Arqueólogos da Inglaterra encontraram uma peça que ajudou a desvendar o mistério do Balde de Bromeswell. Os primeiros fragmentos do valioso item bizantino foram escavados em 1986 no sítio de Sutton Hoo, no condado de Suffolk — desde então, os especialistas se perguntavam sobre qual seu propósito e uso.

É que o artefato foi encontrado na sepultura de um rei guerreiro anglo-saxão em um barco de 90 pés de comprimento, junto com metais preciosos e joias. E veio a dúvida: por que um objeto do século VI da Turquia foi enterrado em uma sepultura germânica do século VII?

Em junho do ano passado, uma equipe retornou a Sutton Hoo com mais de 80 voluntários do mundo todo para detectar metais no que se tornou o período mais intenso de escavação daquele sítio arqueológico desde os anos 2000, segundo o National Trust.

Ossos humanos e de animais encontrados na base do balde (Imagem: FAS Heritage/Divulgação)

A peça que faltava…

A descoberta mais importante foi a base do balde bizantino de Bromeswell, que foi erguido em um único bloco e enviado para análise em laboratório. Não se sabia quanto do objeto estaria intacto ou o que ele poderia conter, mas mais tarde foi revelado que estava completamente intacto e continha um objeto de cremação e pertences funerários.

O bloco foi escaneado por tomografia computadorizada (TC) e radiografado na Universidade de Bradford, onde a base do balde e seu conteúdo foram revelados pela primeira vez. 

Os visitantes podem ver o fragmento principal em exposição em Sutton Hoo. Ele é decorado com uma cena de caça, com homens armados com espadas e escudos, e animais como leões e cães. Os fragmentos mais recentes incluem pés, patas, a base de escudos e até mesmo o rosto desaparecido de um dos homens.

As formas das letras usadas no design do balde sugerem que ele foi feito no século VI, o que significa que já tinha cem anos quando chegou em Sutton Hoo. Acredita-se que tenha se originado em Antioquia, na atual Turquia, que na época fazia parte do Império Bizantino.

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Fim do mistério?

Os ossos humanos e de animais cremados descobertos confirmam que o objeto foi usado como recipiente de cremação. Eles agora estão sendo analisados ​​por especialistas para entender o processo de cremação e determinar o que havia na pira funerária.

“Sabíamos que este balde teria sido um bem raro e valioso na época anglo-saxônica, mas sempre foi um mistério por que ele foi enterrado. Agora sabemos que foi usado para guardar os restos mortais de uma pessoa importante na comunidade de Sutton Hoo. Espero que análises mais aprofundadas revelem mais informações sobre este sepultamento tão especial”, disse Angus Wainwright, arqueólogo do National Trust.

Cavalos eram frequentemente incluídos nas antigas piras de cremação anglo-saxônicas como um sinal de status, e os ossos indicam que eles pertencem a um animal maior que um porco.

Testes posteriores revelaram que, devido ao posicionamento compacto do osso cremado, é possível que ele estivesse originalmente contido dentro de um saco. A coloração de liga de cobre indica ainda que pode ter sido originalmente enterrado fora do balde.

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Veja momento em que pilotos realizam “pouso-caranguejo” de aviões com ventos de 80 km/h

Rajadas de vento que atingiram 80 km/h obrigaram os comandantes de aviões a empregar manobra especializada para garantir pousos seguros no Aeroporto de Birmingham (Inglaterra) na quarta-feira (16/4).

Aeronaves aterrissaram com “pouso-caranguejo” durante forte rajada de vento

  • Imagens registram, ao menos, quatro aviões oscilando devido às fortes rajadas;
  • A técnica adotada, conhecida como “pouso-caranguejo”, é essencial para pousos em situação de vento cruzado;
  • Nela, o piloto inclina o nariz da aeronave em ângulo contra o vento, alinhando as rodas apenas no momento do toque na pista.
Imagens registram, ao menos, quatro aviões oscilando devido às fortes rajadas (Imagem: joyfull/Shutterstock)

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Veja, a seguir, o vídeo do momento no qual o avião é pousado com a técnica do pouso-caranguejo:

Avião no céu
Nela, o piloto inclina o nariz da aeronave em ângulo contra o vento, alinhando as rodas apenas no momento do toque na pista (Imagem: w_p_o/Shutterstock)

Por que os aviões da Boeing começam e terminam com 7?

Quando pensamos em aviões comerciais, uma das marcas que imediatamente vêm à mente é a norte-americana Boeing. Reconhecida globalmente, essa fabricante produz algumas das aeronaves mais populares do mundo, como o Boeing 737, Boeing 747 e Boeing 787.

Uma característica curiosa dessas aeronaves é o fato de seus nomes começarem e terminarem sempre com o número sete. Mas por que exatamente a Boeing adotou essa convenção numérica peculiar para seus aviões?

Entenda por que os aviões Boeing começam e terminam em 7

Essa tradição numérica teve início nos anos 1950, uma época de grande expansão para a aviação civil. Originalmente, a Boeing separava seus produtos por categorias numéricas específicas.

Aeronaves movidas a hélice eram identificadas com séries 300 e 400, modelos com motores turbo usavam a série 500, enquanto mísseis e foguetes eram catalogados com o número 600. Quando chegou a vez dos aviões comerciais a jato, a empresa optou pela série 700, inaugurando essa fase com o emblemático modelo 707.

O número “707” não foi escolhido aleatoriamente. De início, o projeto do primeiro jato comercial da Boeing foi denominado 700, mas o departamento de marketing da companhia decidiu que “707” teria uma sonoridade melhor e mais memorável.

O número sete também carrega uma forte associação cultural com sorte e positividade, especialmente no Ocidente, fatores considerados importantes na promoção dos novos aviões.

O Boeing 707, lançado em 1957, tornou-se um sucesso global e firmou definitivamente a marca no mercado de aviação comercial.

Desde então, a empresa decidiu manter o padrão numérico com todos os novos aviões comerciais sendo batizados da mesma forma: começando e terminando com o número sete. Isso criou uma forte identidade visual e comercial para a Boeing, tornando seus modelos facilmente reconhecíveis em qualquer lugar do mundo.

A sequência continuou com modelos como o 717, 727, e assim sucessivamente até o 787 Dreamliner. Embora cada aeronave possua especificações técnicas diferentes, voltadas para diferentes perfis de passageiros e trajetos, todas mantiveram o mesmo padrão de nomenclatura estabelecido há quase 70 anos.

Essa convenção numérica tornou-se tão emblemática que é reconhecida por passageiros, empresas aéreas e até mesmo por concorrentes.

Leia a reportagem completa neste link

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Tecnologia revela manuscrito perdido sobre Merlin e o Rei Arthur na Inglaterra

Um raro manuscrito medieval com trechos sobre Merlin, o mago conselheiro do Rei Arthur, da Inglaterra, foi restaurado por especialistas da Biblioteca da Universidade de Cambridge. O projeto durou três anos e uniu tecnologia de ponta à pesquisa histórica para recuperar o conteúdo sem causar danos ao documento original. 

O fragmento foi reconhecido como parte do Suite Vulgata du Merlin, uma sequência em francês da lenda do Rei Arthur. A história fazia parte do ciclo Lancelot-Graal, um best-seller medieval, mas poucos agora permanecem.

Em poucas palavras:

  • Um manuscrito medieval com trechos sobre Merlin, conselheiro do Rei Arthur, foi encontrado em 2019 na capa de um livro antigo;
  • O material era frágil, dobrado e costurado, dificultando o acesso ao conteúdo original;
  • Especialistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, criaram métodos não invasivos para recuperar o texto;
  • Técnicas como modelagem 3D, tomografia e imagens multiespectrais revelaram trechos apagados.

O manuscrito escondido e o desafio da restauração

O manuscrito foi encontrado em 2019, escondido na encadernação de um livro antigo. Produzido à mão na Idade Média, em torno de 700 anos atrás, foi recuperado séculos depois. Estava dobrado, rasgado, manchado e costurado como parte estrutural da capa do livro, o que dificultava o acesso ao seu conteúdo. 

Diante da fragilidade do material, os conservadores optaram por não desmontar o livro fisicamente, para não comprometer ainda mais o manuscrito. O desafio levou ao desenvolvimento de uma abordagem inovadora, que permitiu a leitura do texto por meio de métodos não invasivos.

A equipe utilizou modelagem 3D e técnicas de digitalização industrial para mapear os vincos e as dobras do papel em detalhes precisos. Com esses dados, foi possível simular digitalmente o desdobramento do manuscrito, evitando qualquer contato direto com o material.

O Laboratório de Imagens do Patrimônio Cultural da universidade (CHIL) também usou espelhos, ímãs e câmeras especiais para fotografar cada parte do fragmento. As imagens foram reunidas e montadas digitalmente, formando uma réplica tridimensional do documento.

O fragmento medieval foi descoberto em 2019 nesta caixa de rolos judiciais durante a recatalogação de registros senhoriais e imobiliários. Crédito: Universidade de Cambridge

Segredos revelados sobre Merlin e o Rei Arthur

Em seguida, os pesquisadores aplicaram imagens multiespectrais (MSI), uma técnica que capta diferentes comprimentos de onda de luz, como ultravioleta e infravermelho. Essa tecnologia revelou palavras apagadas ou escondidas por manchas, trazendo trechos do texto de volta à visibilidade.

Para aprofundar a análise, a equipe recorreu a um scanner do departamento de Zoologia da universidade. O equipamento, geralmente usado em fósseis, realizou uma tomografia computadorizada do manuscrito. O resultado foi um modelo 3D detalhado da encadernação do século XVI.

Sally Kilby (Departamento de Conservação) e Błażej Mikuła (CHIL) fotografando cuidadosamente dentro das dobras do manuscrito. Crédito: Universidade de Cambridge

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Em um comunicado, Irène Fabry-Tehranchi, especialista da Biblioteca de Cambridge, explica que o objetivo não era apenas recuperar um texto antigo, mas também criar um método aplicável a outros casos semelhantes. Ela destacou que muitas bibliotecas enfrentam o mesmo desafio: fragmentos frágeis escondidos em encadernações históricas.

O fragmento conta dois episódios-chave do final do Suite Vulgata du Merlin. A primeira parte relata a vitória dos cristãos contra os saxões na Batalha de Cambénic. Conta a luta de Gauvain (com sua espada Excalibur, seu cavalo Gringalet e seus poderes sobrenaturais), seus irmãos e seu pai, o rei Loth, contra os reis saxões Dodalis, Moydas, Oriancés e Brandalus.

A segunda passagem apresenta uma cena mais cortês, ambientada na Festa da Assunção da Virgem Maria, com Merlin aparecendo na corte do Rei Arthur disfarçado de harpista – um momento que destaca suas habilidades mágicas e sua importância como conselheiro do rei.

A metodologia desenvolvida nesta abordagem serve como modelo para o estudo e acesso não invasivo a documentos delicados. A equipe espera que a iniciativa inspire novas buscas por manuscritos medievais esquecidos, como este sobre o universo do Rei Arthur e do mago Merlin.

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Ex-Tesla apresenta “os primeiros elétricos leves do mundo”; veja

Uma nova espécie nasce.” Foi com essa frase que a Longbow revelou o que chamou de os “primeiros elétricos leves do mundo”. A empresa se autointitula como a primeira fabricante britânica de carros esportivos elétricos.

São dois os modelos: Speedster e Roadster, com pré-reservas já abertas. “Velocidade, agilidade e segurança são inseparáveis ​​— cada uma moldada pela arte da engenharia leve”, diz o site da companhia, fundada em 2023 por ex-executivos da Tesla e da Lucid.

“Nossos dois primeiros carros, o Speedster e o Roadster, incorporam tudo o que um carro de motorista moderno deve ser: ágil, equilibrado, elétrico e emocionante. Estamos revivendo um ícone, o esportivo britânico leve”, disse o CEO da Longbow, Daniel Davey, ao NewAtlas.

Speedster é capaz de atingir 97 km/h em 3,5 segundos (Imagem: Divulgação/Longbow)

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Conhecendo a “nova espécie” de elétricos

  • Muitos carros esportivos pesam até 1,5 mil kg e os veículos elétricos a bateria (BEVs, na sigla em inglês) podem atingir quase o dobro disso, segundo Davey;
  • Ainda de acordo com ele, há demanda por veículos leves “atingíveis e acessíveis”. E suas invenções parecem ter dado conta do recado;
  • O modelo Speedster pesa 895 kg, é capaz de atingir 97 km/h em 3,5 segundos e tem autonomia de 442 km;
  • Já o Roadster pesa 995 kg, bate os 97 km/h em 3,6 segundos e ostenta autonomia de 280 km. Informações sobre bateria ou potência do trem de força ainda não foram fornecidas.

Preço e disponibilidade dos carrões

O preço inicial do Speedster é £ 84.995 (R$ 526 mil, na conversão direta). Serão produzidos apenas 150, incluindo dez modelos Luminary First Edition e 25 Autograph Edition.

Já o preço base do Roadster é ₤64.995 (R$ 402 mil). O pacote virá com 100 Autograph Editions ou 50 modelos Luminary 1st Edition. Ambas as versões serão construídas à mão no Reino Unido e devem ser colocadas à venda em 2026.

Preço base do Roadster é de ₤ 64.995 (R$ 402 mil) (Imagem: Divulgação/Longbow)

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