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Já pensou em montar um laboratório de TI dentro da sua própria casa, com utilidade prática no dia a dia? Essa é a proposta do homelab – uma tendência que vem ganhando força ao redor do mundo. Quer entender como funciona e por que tanta gente está apostando nessa ideia? Leia a seguir!
O que é um homelab e para que ele serve?
Uma homelab (ou “home lab”) é um ambiente de testes e estudos montado em casa, com um ou mais servidores para experimentar ferramentas, praticar configurações, estudar redes, desenvolver projetos de forma prática, entre outros.
Ter uma homelab pode oferecer muitas utilidades como, por exemplo, rodar sistemas operacionais (como Linux e Windows Server), testar redes e serviços, aprender sobre containers (como Docker e Podman) e virtualização (VMware, Proxmox e VirtualBox).
A vantagem de ter uma homelab é autonomia e flexibilidade para aprofundar conhecimentos em um cenário realista, sem os riscos de um ambiente de produção.
Nela você pode hospedar sites, aplicativos, bots, realizar automações domésticas como, monitorar e gravar o que acontece sua casa, criar bancos de dados, nuvens pessoais para armazenar fotos, vídeos, filmes e documentos, usar softwares livres e controlar seus próprios dados e serviços sem depender de empresas terceiras.
Para iniciantes não é necessário investimentos altos, um computador antigo ou reaproveitado do descarte de empresas, pode servir como base. A partir dele, é possível criar máquinas virtuais com ferramentas como VirtualBox, Proxmox ou VMware. Ter acesso à internet e um mínimo de conhecimento em redes e sistemas operacionais também é essencial para configurar os serviços.
À medida que o usuário ganha experiência, o homelab pode ser expandido com equipamentos de rede (como roteadores e switches), mini PCs (como Raspberry Pi) e servidores dedicados. É comum o uso de softwares como Docker para gerenciamento de containers, Home Assistant para automação doméstica, e até sistemas de monitoramento e segurança com câmeras conectadas.
É um fato que as ferramentas de IA têm nos ajudado, e muito, com atalhos para a compreensão e produção de conteúdo. Estudantes recorrem à tecnologia para redigir trabalhos, profissionais das mais diversas áreas utilizam resumos automáticos. Porém, o uso excessivo da inteligência artificial pode limitar o desenvolvimento do pensamento crítico e da criatividade.
Além disso, especialistas apontam que o uso constante da IA para tarefas cognitivas simples pode contribuir para a perda da memória e da capacidade de concentração. Ao evitar o esforço mental, o usuário deixa de exercitar funções cerebrais importantes, o que pode comprometer a aprendizagem e a conexão mais profunda com o conhecimento.
O excesso de IA pode enfraquecer o pensamento crítico e a criatividade, segundo estudos (Imagem: Day Of Victory Studio/Shutterstock)
Benefícios do raciocínio profundo
É o que destaca o New Atlas ao alertar para os riscos do uso excessivo da inteligência artificial na simplificação de tarefas cognitivas.
Pensar com calma e dedicar tempo para processar informações traz benefícios que vão além do aprendizado imediato;
O esforço mental estimula a criatividade, melhora a capacidade de resolver problemas complexos e fortalece a memória de longo prazo;
Ao refletir profundamente, o cérebro cria conexões entre ideias distintas, potencializando a originalidade e o entendimento;
Além disso, investir tempo no raciocínio e na análise crítica favorece o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais;
Pessoas que dedicam atenção plena às tarefas tendem a se comunicar melhor, a ter maior empatia e a estabelecer relações mais sólidas — elementos essenciais para a convivência em sociedade.
A inteligência artificial é, sem dúvida, uma ferramenta poderosa que pode ampliar nossas capacidades, mas depende de nós decidir até que ponto permitiremos que ela assuma o controle dos processos mentais que nos definem. Usar a tecnologia como apoio, e não como muleta, é fundamental para manter vivas as habilidades que nos tornam humanos.
Preservar o pensamento exige usar a IA como apoio, não como muleta (Imagem: metamorworks/Shutterstock)
O verdadeiro desafio está em equilibrar a eficiência com o cultivo do pensamento crítico e da criatividade. Reservar momentos para reflexão profunda, para o esforço mental genuíno, ajuda a fortalecer nossa autonomia intelectual e a enriquecer a experiência cotidiana.
Mais do que uma luta contra a tecnologia, o que está em jogo é a preservação de um hábito ancestral: o ato de pensar por si mesmo, com atenção e paciência, em um mundo cada vez mais acelerado e digital.
Enquanto a gente no Agro celebra recordes de produtividade e discute formas de alimentar 10 bilhões de pessoas até 2050, uma revolução silenciosa começa a mexer com as bases do consumo global.
Esses medicamentos, originalmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2, estão sendo usados em larga escala para controle de peso. E seus efeitos já extrapolam o corpo humano — estão batendo direto no mercado de alimentos, bebidas e… até no combustível de avião.
Nos EUA, estima-se que esses medicamentos possam provocar uma redução de US$ 48 bilhões nos gastos com alimentos e bebidas nos próximos 10 anos. Empresas como PepsiCo e Mondelez já sentiram o baque na Bolsa.
E a Nestlé, atenta ao movimento, lançou uma linha de produtos pensada especificamente para quem usa esses remédios: pequenas porções, alto teor de proteína, baixa caloria. Produto novo para um consumidor novo.
Na aviação, o impacto também é real. Se os passageiros perderem em média 4,5 kg, a United Airlines economiza até US$ 80 milhões por ano em combustível. Isso porque menos peso significa menos gasto para voar. Parece detalhe, mas em um setor onde cada litro de querosene conta, é disrupção pura.
Ozempic e aviação: você já tinha pensado nessa relação? (Imagem: ShutterDesigner/Shutterstock)
E o que isso tem a ver com a gente, do Agro? Tudo.
A inovação que mais afeta o nosso setor… talvez nem venha dele.
Estamos tão imersos em fazer mais, em buscar eficiência dentro da fazenda, em otimizar ciclos, adubar com inteligência, irrigar por sensores — que esquecemos de olhar pro lado.
Enquanto a gente tenta produzir mais comida, tem gente criando tecnologia para… comer menos.
Enquanto a gente investe em alimentar o mundo, a indústria farmacêutica está redesenhando o apetite global.
E sim, entendemos que existe um pano de fundo relacionado à saúde e tratamento da obesidade, por exemplo. Mas a análise aqui é outra. Estou falando de um efeito cascata – e não transmitindo um juízo de valor.
Medicamentos como Ozempic podem mudar o mercado global de alimentos (Imagem: Mohammed_Al_Ali/Shutterstock)
Esse é o ponto cego da inovação.
Não foi a indústria alimentícia que reduziu o consumo. Nem a aviação que cortou custos. Foram medicamentos. Desenvolvidos para um fim… e que acabaram virando pivô de transformação econômica.
E aí vem a provocação final:
Quantos “Ozempics” estão nascendo agora, em outros setores, prontos pra virar o seu mercado de cabeça pra baixo?
Quantas vezes a inovação que vai te impactar de verdade… nem sabe que você existe?
Nos últimos anos, a automação de processos robóticos, ou simplesmente RPA, tem ganhado cada vez mais espaço nas empresas. E não é por acaso: os “robôs de software” conseguem executar tarefas repetitivas com agilidade, precisão e sem pausa para o café.
A promessa é sedutora: mais produtividade, menos erros, redução de custos. Mas em meio a tanto entusiasmo, surge uma pergunta que nem sempre é feita: e as pessoas? Onde elas ficam nesse processo? O que sabemos é que automatizar é necessário. No entanto, há algo valioso que não pode se perder: a empatia.
Imagine um atendimento automatizado que não entende o que você está dizendo. Ou um processo de recrutamento que parece ter sido desenhado por um robô e para robôs. Sim, a tecnologia funciona, mas e a experiência? Fria, distante e desgastante.
É exatamente isso que muitos consumidores e colaboradores têm sentido e os dados mostram que essa desconexão é real.
Uma pesquisa da MindMiners revelou que apenas 12% dos consumidores brasileiros preferem ser atendidos por robôs, indicando uma forte preferência pelo contato humano no atendimento. O que isso nos diz? Que eficiência sem sensibilidade não entrega valor de verdade.
Automatizar com empatia não é algo técnico, mas é algo humano. É entender que cada processo envolve pessoas com expectativas, sentimentos, pressões e necessidades. Antes de desenhar um fluxo automatizado, é preciso se perguntar: “Como essa experiência será vivida por quem está do outro lado?”.
Automatizar é também cuidar da experiência humana em cada passo do processo (Imagem: KTStock/iStock)
Vamos pegar um exemplo simples: o processo de admissão de um novo colaborador. Do ponto de vista do RH, é um checklist de documentos, assinaturas e prazos. Mas, para quem está entrando na empresa, pode ser um momento de ansiedade, insegurança ou até entusiasmo.
Um robô que apenas dispara e-mails e exige uploads sem qualquer cuidado com a comunicação pode gerar desconforto. Agora, se esse mesmo robô envia mensagens acolhedoras, claras, com um tom próximo e humano, a experiência muda completamente.
Outro ponto importante: empatia também é olhar para dentro, para os times da empresa. A automação não deveria ser uma ameaça e sim um apoio. Ela pode (e deve) liberar as pessoas das tarefas mecânicas para que elas tenham mais tempo para criar, pensar e se conectar com o que realmente importa.
Eficiência só gera valor quando vem com empatia (Imagem: Dilok Klaisataporn/iStock)
Quando bem usada, a RPA vira uma aliada para que os profissionais façam o que nenhum robô consegue: tomar decisões complexas, cuidar de relações, inovar, resolver problemas inesperados, ter empatia.
No fim das contas, a experiência ainda é (e sempre será) humana
Automatizar com alma é reconhecer que nem tudo pode (ou deve) ser entregue a um robô. Que há momentos, contextos e interações que pedem mais do que agilidade: pedem sensibilidade.
Mais do que nunca, as empresas que se destacam são aquelas que conseguem unir o melhor dos dois mundos: a eficiência das máquinas com a empatia das pessoas. Porque, no fim do dia, por trás de cada processo automatizado, há alguém esperando ser bem atendido, bem recebido e bem cuidado. E isso, nenhum algoritmo consegue fazer sozinho.
Por Thiago Ribeiro, diretor de Negócios da Griaule Você chega a um prédio comercial para uma reunião ou consulta médica e recebe já na recepção a orientação para olhar para a câmera depois de entregar um documento. Uma foto é capturada e você está cadastrado no sistema. Em segundos, a catraca é liberada após o escaneamento do seu rosto.
No fim da manhã, precisa de dinheiro, mas esqueceu o cartão em casa. Vai ao banco e saca a quantia no caixa eletrônico após a leitura de impressões digitais.
Na hora do almoço, precisa renovar a carteira de identidade; vai a um posto de atendimento do governo e faz a captura da coleta biométrica.
No fim do dia, autentica sua biometria para acessar um aplicativo no próprio celular como, por exemplo, acessar seu e-título ou validar sua identidade para receber um benefício social.
A biometria continuará mudando a segurança digital. (Imagem: ImageFlow / Shutterstock.com)
Biometria: uma tecnologia em crescimento
O uso da biometria tem crescido significativamente nos últimos anos, impulsionado pela busca por maior segurança e conveniência. De um lado, essa expansão foi possível graças à inclusão de técnicas de inteligência artificial – como as redes neurais – e o processamento de dados cada vez mais eficazes, que melhoram a precisão e confiabilidade dos sistemas biométricos.
De outro, há uma popularização de smartphones com câmeras e sensores biométricos, que permitem a identificação em qualquer lugar, e que tiveram um grande avanço na qualidade dos seus hardwares e processadores de alta performance.
Um relatório realizado pela empresa de tecnologia HID mostrou a biometria como uma das principais tendências do mercado de segurança e identidade em 2025. A pesquisa – divulgada em fevereiro deste ano – entrevistou 1.800 usuários e profissionais da indústria de T.I. ao redor do mundo. Cerca de 35% afirmam usar a tecnologia biométrica atualmente, enquanto 13% planejam usá-la.
Na distribuição geográfica, a América Latina é o local onde há o maior uso de tecnologias biométricas, com 58%. Na sequência aparecem:
Ásia/Pacífico: 43%
Europa/Oriente Médio e África: 38%
Estados Unidos: 31%.
Entre os líderes que foram entrevistados, 72% dizem que querem implementar o reconhecimento de impressões digitais e 52% estão focados no reconhecimento facial.
Uma questão de segurança
A sensação de segurança gerada pelos sistemas biométricos faz sentido quando se olha mais atentamente para o funcionamento da tecnologia. Do ponto de vista técnico, é uma forma de identificação extremamente segura, pois autentica a pessoa pelo que ele é, com suas digitais, íris e faces.
O termo biometria vem do grego “bios” (vida) e “metron” (medida). Trata-se do estudo e aplicação de características fisiológicas e comportamentais únicas de cada indivíduo. Além das impressões digitais e do reconhecimento facial – que são atualmente as soluções mais difundidas – existem outras formas de biometria para fins de identificação e autenticação, como a leitura da íris, o reconhecimento por voz e a impressão palmar.
Biometria traz praticidade para burocracias. Imagem: PopTika/Shutterstock
Praticidade para burocracias
Assim como em diversos países do mundo, no Brasil, a biometria é aplicada na emissão de documentos oficiais, como o título de eleitor, a carteira de identidade, o passaporte e a CNH. Documentos e bases de dados de cidadãos confiáveis são fundamentais para garantir uma sociedade justa, segura e organizada.
Com a biometria, o governo pode, por exemplo:
evitar fraudes na concessão de benefícios sociais e gerar economia aos cofres públicos;
identificar falsidade ideológica em documentos oficiais evitando registros duplicados;
promover uma rápida identificação de pessoas em situação vulnerável e entrar em contato com seus familiares;
habilitar serviços digitais para a população, como o título de eleitor digital;
agilizar investigações policiais com o recolhimento de fragmentos em cenas de crimes;
evitar erros de identificação de pessoas inocentes com nomes semelhantes aos de procurados.
Como todo avanço tecnológico, é imprescindível que a utilização da biometria venha acompanhada por rígidos padrões éticos e pactuados com toda a sociedade. A Organização das Nações Unidas, por exemplo, tem sérias diretrizes para o uso das câmeras e tecnologias de reconhecimento facial pelo setor público, com o objetivo de assegurar que essas tecnologias sejam utilizadas de forma ética.
Na esfera privada, é imprescindível que as empresas que lidam com biometria sigam rigorosamente a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD 13.709/2018), que estabeleceu diretrizes e princípios que regulam a coleta, tratamento, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais garantindo o direito à privacidade.
Mas, para além da LGPD, é importante continuar avançando na atualização de normativas e estabelecimentos de critérios claros voltados ao uso dos dados biométricos com o intuito de preservar a privacidade das pessoas ao mesmo tempo em que permite o convívio com sistemas eficientes e seguros.
Estimativas da Precedence Research apontam que o mercado global de biometria está avaliado em US$ 60,32 bilhões atualmente e deve atingir US$ 307,24 bilhões em 2034, um crescimento anual de quase 20%. É um caminho sem volta. Cabe a nós, atores no desenvolvimento dessa tecnologia, garantir que todo esse crescimento se reverta em benefício para a sociedade.
Nos anos 2000, ter um Nokia era sinônimo de status e inovação. A empresa finlandesa, com seus modelos icônicos, como o 3310, dominava o mercado global de celulares e definia a comunicação móvel. Mas, em um cenário onde os smartphones revolucionaram a tecnologia, a Nokia viu sua era dourada ruir. De gigante a relíquia, o que aconteceu com a marca que parecia indestrutível?
Nos anos 1990 e 2000, a Nokia parecia imbatível. Seus celulares eram robustos, duravam uma eternidade e, ainda, vinham com o famoso jogo da cobrinha, que grudava você na tela por horas. A marca finlandesa não apenas liderava o mercado, mas criava uma relação de confiança com seus consumidores.
Indestrutível Nokia tijolão: um ícone da era dos celulares resistentes (Imagem: Nidnids/Shutterstock)
Porém, a revolução dos smartphones chegou como um furacão. O iPhone e o Android dominaram o mercado e a Nokia não conseguiu acompanhar a mudança. Tentou uma última cartada: apostou no Windows Phone, mas o sistema da Microsoft não teve o impacto esperado. E, assim, a gigante de Helsinque (Finlândia) viu seu império desmoronar.
Como Está a Nokia Hoje?
Em 2016, a Nokia vendeu sua divisão de celulares para a HMD Global, empresa finlandesa formada por ex-executivos da própria Nokia;
Essa venda marcou o fim da marca no mercado de smartphones, mas, também, deu início a nova fase para a empresa;
Desde então, a Nokia se reinventou e passou a focar, exclusivamente, em infraestrutura de telecomunicações e soluções para redes móveis
Hoje, a Nokia é líder global em tecnologia para 5G, com presença forte no mercado de redes móveis e extenso portfólio de patentes;
Seu papel nas telecomunicações é fundamental, garantindo a conectividade que sustenta as infraestruturas de comunicação ao redor do mundo.
Enquanto isso, a Nokia Bell Labs, divisão de pesquisa e desenvolvimento da empresa, vai além dos limites da Terra. Recentemente, instalou a primeira rede 4G lunar, feito histórico que não só reforça sua posição de inovação nas telecomunicações, mas, também, projeta a empresa para o futuro da conectividade, agora, além da atmosfera terrestre.
Levar sinal 4G para a Lua pode parecer exagero, mas é um passo estratégico. A rede instalada pela Nokia Bell Labs, em parceria com a NASA e a Intuitive Machines, é parte de missão muito maior: preparar a infraestrutura para a vida e o trabalho no Espaço. Você pode conferir a história completa em recente matéria do Olhar Digital.
A instalação foi feita durante a missão IM-2, em março de 2025. O módulo Athena pousou em uma cratera próxima ao polo sul lunar.
Por 25 minutos, enquanto os painéis solares estavam alinhados com o Sol, a rede entrou em operação: dados foram transmitidos com sucesso para a estação terrestre e para o centro de controle da Nokia. Não rolou uma ligação de voz — culpa da energia limitada —, mas o teste foi concluído com êxito.
Nokia testa com sucesso rede 4G na Lua, abrindo caminho para a internet no espaço (Imagem: Divulgação/Nokia)
Esse feito abre caminho para missões mais ambiciosas. A mesma tecnologia que conecta cidades na Terra pode, em breve, ser usada em bases lunares e, até, em futuras viagens a Marte. A próxima geração de redes pode nascer olhando para cima — com os dois pés (ou pelo menos um módulo) na Lua.
Você acorda, checa o celular e conversa com seu terapeuta virtual. No caminho para o trabalho, uma inteligência artificial (IA)te dá conselhos sobre como lidar com seu chefe. À tarde, você entrevista um desenvolvedor de personalidade de robôs — e ele jura que o chatbot dele tem senso de humor.
Parece ficção científica? Pois é só o começo. A IA está criando empregos que fariam seu avô achar que você ficou maluco. Mas, não se engane: quem não correr atrás vai ser substituído por um algoritmo que não pede aumento e nem café.
A seguir, conheça as profissões do futuro que já estão entre nós — e descubra como se manter relevante antes que seu crachá vire apenas um QR Code obsoleto.
Futuro do trabalho: a IA elimina empregos, mas abre caminho para novas e surpreendentes carreiras (Imagem: Collagery/Shuterstock)
O fim dos empregos ou o início de novas carreiras?
Quem faz o alerta é Antonio Muniz, especialista em tecnologia e presidente da Editora Brasport: a IA não está apenas substituindo empregos, mas criando novas oportunidades que antes nem imaginávamos. Segundo ele, o segredo para sobreviver nesse novo mercado é desenvolver habilidades que complementem a tecnologia e aprender a usá-la como aliada.
A projeção otimista é respaldada pelo “Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025”, do Fórum Econômico Mundial, que prevê a criação de 170 milhões de empregos nos próximos cinco anos, apesar da extinção de 92 milhões de postos. No saldo final, serão 78 milhões de novas oportunidades — e uma revolução no perfil profissional exigido.
Ou seja, o futuro do trabalho não é distópico — é dinâmico. O que está em jogo não é a extinção dos humanos no mercado, mas a reconfiguração das competências necessárias, apontam. Em vez de lutar contra as máquinas, o desafio é aprender a conviver com elas.
Vamos à lista: As 13 profissões mais surpreendentes da IA
Para quem está em busca de se posicionar nas novas profissões que a inteligência artificial vai criar e já criou, aqui estão algumas áreas de destaque:
Engenheiro de Personalidade de IA: cria assistentes virtuais com personalidades mais humanas, aprimorando a experiência do usuário;
Gerente de Ética em Inteligência Artificial: assegura que a IA siga diretrizes éticas, evitando vieses e impactos negativos;
Curador de Experiência de Metaverso: projetista de mundos imersivos e interativos dentro do metaverso, aplicados a diferentes setores;
Auditor de Algoritmos: verifica a transparência e imparcialidade dos algoritmos utilizados por sistemas de IA;
Especialista em Descontinuação de IA: supervisiona a desativação segura de sistemas de IA obsoletos ou com risco de causar danos;
Treinador de Inteligência Artificial: ensina IA a interpretar comandos com maior precisão e contexto;
Designer de Interação Homem-Máquina: desenvolve interfaces intuitivas entre humanos e máquinas, aprimorando a experiência do usuário;
Consultor de Produtividade Assistida por IA: ajuda empresas a integrar IA de maneira a melhorar a eficiência sem perder a criatividade;
Curador de Dados para IA: organiza e prepara dados para treinar IAs com informações precisas e isentas de viés;
Designer de Experiências Aumentadas: combina IA e realidade aumentada para criar experiências interativas em várias indústrias;
Gestor de Colaboração Humano-IA: otimiza a interação entre equipes humanas e IA para uma colaboração eficiente;
Estratégista de Privacidade Digital: garante que a IA proteja dados de maneira segura e conforme as regulamentações;
Desenvolvedor de Personalidade de IA: cria “personas” para chatbots, tornando-os mais humanizados e eficazes.
De treinador de IA a curador do metaverso, as profissões mais malucas criadas pela inteligência artificial já são realidade (Imagem: Lightspring/Shutterstock)
Se identificou com alguma dessas profissões “malucas”? A IA está criando oportunidades e, quem souber se adaptar, terá grandes vantagens. Como finaliza Antonio Muniz, “quem estiver preparado para aprender continuamente e desenvolver habilidades complementares à tecnologia terá grandes oportunidades“. O futuro do trabalho está aí, pronto para quem souber ser criativo.
Cada “por favor” ou “obrigado” dito a um chatbot tem um custo ambiental: consome energia, dinheiro e ainda alimenta servidores movidos a combustíveis fósseis. Mesmo assim, especialistas defendem que a gentileza com a inteligência artificial é um investimento invisível: modela nossos próprios comportamentos sociais, cria hábitos de cortesia e talvez até ajude a IA a entender melhor os valores humanos.
De acordo com o jornal The New York Times, toda interação com sistemas como o ChatGPT consome recursos computacionais – e quanto mais palavras usamos, maior o gasto de energia. Sam Altman, CEO da OpenAI, afirmou que dezenas de milhões de dólares foram investidos apenas para manter a gentileza viva nos diálogos com as máquinas. Um custo alto, mas, para ele, justificado.
Mais do que um gesto simbólico, a cortesia com a IA pode influenciar a forma como nos relacionamos com outros humanos. Pesquisadores ouvidos pelo NYT explicam que hábitos criados em conversas com bots tendem a se refletir no dia a dia. Mesmo sem consciência, um robô “vivo o bastante” para receber nossa atenção também pode ser o primeiro treino para uma sociedade mais educada.
Uma relação mais profunda do que parece
Com o avanço acelerado dos assistentes virtuais, a convivência com inteligências artificiais saiu da ficção científica e entrou no cotidiano. Empresas, roteiristas e pesquisadores agora tentam entender como essa proximidade afeta a maneira como tratamos o mundo e a nós mesmos.
Ao conversar com máquinas, revelamos mais sobre nós do que sobre elas (Imagem: oatawa/Shutterstock)
Em uma iniciativa inédita, uma empresa de IA contratou um pesquisador de bem-estar para avaliar se esses sistemas deveriam receber algum tipo de consideração moral. A questão vai além do sentimentalismo: trata-se de refletir sobre os valores que projetamos nessas máquinas e o tipo de comportamento que cultivamos ao lidar com elas.
Para alguns criadores, como o roteirista Scott Z. Burns, a resposta é clara: gentileza deve ser o padrão, com humanos ou algoritmos. Mesmo que a IA não sofra com grosserias, nós sofremos. A forma como nos expressamos – até com robôs – molda nossa linguagem, nossa ética e, no fim, nossa cultura.
Quando o “obrigado” é só o começo
Máquinas não têm sentimentos. Mas isso nunca impediu os humanos de criar laços com elas. Já choramos por pets virtuais que “morreram” e nos preocupamos com crianças agressivas com bonecas. Se algo nos escuta, responde e finge entender, nosso cérebro preenche o resto.
A forma como tratamos a IA já molda o futuro da convivência digital (Imagem: Thapana_Studio/Shutterstock)
A inteligência artificial pode não estar viva, mas é viva o suficiente para ativar em nós os mesmos mecanismos emocionais que usamos com pessoas. Quando conversamos com um assistente como se fosse um amigo, é porque, de certo modo, estamos prontos para esse tipo de relação – mesmo que ela não seja real.
E quanto mais essa conexão se aprofunda, mais nos abrimos à influência da máquina. Não é só uma troca de comandos. É um espelho. E o reflexo que ela devolve pode, aos poucos, moldar quem somos. Se estamos ensinando boas maneiras à IA, talvez seja porque queremos – ou precisamos – relembrar as nossas.
A televisão já foi vista como o fim do cinema. Mas, em vez de morrer, a sétima arte evoluiu: criou novas linguagens, reinventou formatos e encontrou seu próprio espaço. Hoje, a inteligência artificial é tratada como a próxima ameaça às indústrias criativas. Será? A história mostra que, diante de grandes mudanças, quem inova sobrevive – e ainda brilha.
Na década de 1950, a chegada das TVs nos lares provocou pânico em Hollywood. Estúdios temiam que as pessoas abandonassem as salas de cinema de vez. O que aconteceu foi o oposto: o cinema investiu em inovações como o widescreen, o som estéreo e narrativas mais complexas – tudo o que a TV da época não podia oferecer. Como destaca o The Conversation, o cinema não morreu, ele se reinventou.
O paralelo com a IA é direto. Hoje, artistas e criadores temem ser substituídos por algoritmos capazes de gerar textos, imagens e músicas em segundos. Mas, como mostra a experiência histórica, a saída pode não ser combater a nova tecnologia – e sim incorporá-la. Usar a IA como aliada criativa pode abrir novos caminhos, democratizar o acesso às ferramentas de criação e expandir ainda mais as fronteiras da arte.
Como o cinema transformou ameaça em revolução
Para salvar a experiência do cinema diante da televisão, a indústria apostou na inovação técnica e estética. Vieram o widescreen, o 3D e o som multicanal, criando um espetáculo que nenhuma TV da época podia replicar. As produções também aceleraram a adoção do filme colorido e passaram a se associar a eventos de “alta cultura”, como teatro e ópera, com filmes mais longos, aberturas e intervalos.
Diante da TV, o cinema inovou: criou o espetáculo para sobreviver e se reinventar (Imagem: Shutterstock AI Generator)
Nem todas as ideias pegaram – e algumas soaram até ridículas, como o “smell-o-vision”, que liberava cheiros durante o filme “Scent of Mystery” (1960). Ainda assim, o esforço de inovar transformou a própria linguagem do cinema. Diretores abraçaram o widescreen não só como diferencial técnico, mas como uma nova forma de contar histórias em grandes e épicas telas.
O impacto foi tão profundo que o cinema deixou de disputar espaço com a TV e criou uma experiência sensorial própria. Inovar não era apenas uma questão de sobrevivência, era uma forma de transformar limitações em novas possibilidades estéticas. Em vez de resistir à mudança, o cinema a incorporou como motor de evolução.
IA: ameaça ou próxima revolução criativa?
A inteligência artificial gera hoje o mesmo frio na barriga que a televisão causou décadas atrás. Textos, músicas, pinturas e roteiros podem ser produzidos em minutos, desafiando a ideia de autoria e talento humano. Mas, assim como o cinema não desapareceu, a criação humana também não precisa ser substituída, ela pode evoluir junto.
Com a IA, criar é mudar — não desaparecer (Imagem: Gearstd/Shutterstock)
A IA não é apenas uma máquina de cópias. Ela pode ser uma ferramenta de experimentação, inspiração e até democratização do acesso criativo. Em vez de temer o que a tecnologia pode fazer, a chave está em usá-la para ampliar o que só os humanos conseguem transmitir: emoção, nuance, surpresa.
Assim como a televisão se tornou aliada do cinema, a inteligência artificial pode ser a faísca de uma nova era nas artes. A criatividade continua a ser um terreno humano – e, agora, com novos instrumentos para explorá-lo como nunca antes.
Nos últimos anos, o volume de dados gerados pelas empresas cresceu de forma exponencial. Mas, ao contrário do que se esperava, a maioria delas ainda não sabe o que fazer com tanta informação. É como se tivessem recebido uma biblioteca inteira sem aprender a ler.
Dados não são valor por si só. Sem contexto, sem estrutura, sem perguntas inteligentes por trás, eles são apenas ruído. E mais: sem uma cultura de dados — aquela que orienta decisões, desafia intuições e sustenta estratégias — nem o melhor algoritmo pode salvar uma organização da mediocridade.
De acordo com uma pesquisa recente da NewVantage Partners, embora 91% das empresas entrevistadas estejam investindo em iniciativas de dados e IA, apenas 26,5% afirmam ter realmente conseguido criar uma cultura orientada por dados. O número assusta, mas explica muita coisa: temos tecnologia de sobra e mentalidade de menos. E cultura, nesse caso, não se compra — se constrói.
Muita gente ainda acredita que criar uma cultura de dados é adquirir plataformas, dashboards e ferramentas de business intelligence. Mas cultura não nasce de um software. Ela nasce de comportamento.
É quando o CEO pergunta “o que os dados dizem sobre isso?” antes de tomar uma decisão estratégica. Quando o RH antecipa pedidos de demissão com base em padrões de comportamento. Quando o marketing fala em comportamento preditivo, e não apenas em campanhas de alcance. Quando o chão da fábrica entende que um dado inserido errado pode comprometer toda uma cadeia de decisões.
Cultura de dados não vem de ferramentas, mas de atitudes: nasce quando decisões em todos os níveis são guiadas pelo que os dados realmente dizem (Imagem: FAMILY STOCK/Shutterstock)
Essa mentalidade é o alicerce necessário para que a inteligência artificial possa, de fato, agir com autonomia. Porque IA autônoma — aquela que aprende, ajusta, decide e executa — precisa de dados limpos, estruturados, confiáveis e disponíveis.
E isso não se improvisa. Não adianta sonhar com uma IA estratégica se os dados ainda estão trancados em silos, espalhados em planilhas desconectadas, com má governança e baixa confiabilidade. A IA só consegue aprender com o que oferecemos — e se oferecermos um ambiente caótico, os resultados refletirão exatamente isso.
O ponto mais crítico é que muitas empresas ainda usam os dados como justificativa para decisões já tomadas. Ao invés de guiar a estratégia, os números viram apenas uma chancela do que a alta liderança já decidiu por instinto.
Esse viés de confirmação destrói qualquer chance de desenvolvimento analítico real. Uma cultura de dados de verdade exige humildade: saber ouvir o que os dados dizem mesmo quando contradizem nossas crenças mais arraigadas.
Em vez de guiarem decisões, os dados ainda servem como aval para escolhas intuitivas (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)
E isso tem tudo a ver com o futuro. Estamos à beira de uma nova era, em que a IA não será apenas uma assistente, mas uma tomadora de decisão. Para isso, precisamos preparar o terreno agora.
Uma boa pergunta para começar: quem toma decisões na sua empresa — os dados ou os cargos? Se ainda é o cargo que pesa mais, a autonomia da IA vai continuar sendo uma promessa distante.
Criar uma cultura de dados é uma jornada que começa no topo, mas que só se consolida quando chega na base.
E, paradoxalmente, quanto mais autônoma for a inteligência artificial, mais humana precisa ser a cultura que a sustenta. Porque, no fim das contas, dados não servem para desumanizar processos — mas para revelar padrões, entender comportamentos e melhorar a experiência de quem está na ponta.
A cultura de dados começa na liderança, se consolida na base e, quanto mais sustenta a IA, mais precisa ser humana (Imagem: metamorworks/Shutterstock)
O dado mais importante ainda é o humano. E a empresa que entender isso, antes das outras, vai deixar de colecionar dados e começar a construir vantagem competitiva real. Não se trata apenas de transformação digital. Trata-se de transformação cultural.