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Qual o papel das moscas na natureza? Veja por que esses insetos são importantes

A mosca-doméstica (Musca domestica) é um inseto bastante comum para os seres humanos, podendo ser encontrado em todas as áreas do planeta onde há população de pessoas.

A presença desses animais é bastante incômoda na maior parte das vezes, pois além de serem inconvenientes, ainda podem transmitir doenças. Isso faz com que possamos questionar: para que as mocas existem?

Bom, acredite: por mais irritantes que sejam, as moscas também possuem seu papel determinado no planeta. O inseto faz parte da família Muscidae, e estima-se que cerca de 90% de todas as moscas em residências humanas são domésticas, de acordo com a Encyclopaedia Britannica, uma plataforma de conhecimentos gerais do Reino Unido.

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Confira na matéria abaixo mais informações a respeito desses insetos que, apesar de serem um incômodo, são importantes para o ecossistema assim como outros animais.

Ainda que causem incômodo, as moscas também desempenham um papel importante na natureza. (Imagem: giansu/Shutterstock)

Qual o papel das moscas na natureza?

Além do incômodo, as moscas também oferecem um grande risco à saúde das pessoas, uma vez que podem transmitir diversas doenças perigosas. Entretanto, elas também desempenham um importante papel no nosso planeta.

O Animal Diversity Web (ADW), um banco de dados on-line da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, descreve com detalhes o inseto: “sua estrutura física conta com antenas curtas, tórax cinza com quatro listras longitudinais mais escuras, abdômen cinza ou amarelo com uma linha mediana mais escura, uma mancha irregular amarelada pálida nas margens laterais anteriores e asas transparentes.”

As moscas-domésticas, assim como outros tipos de moscas, são responsáveis por uma função importante na natureza, de acordo com um texto publicado na Universidade de La Serena, no Chile.

Jaime Pizarro, entomologista da entidade chilena, diz no artigo: “elas atuam como decompositoras, ajudando a quebrar os detritos orgânicos e a reciclar os nutrientes no solo.” Sendo assim, podemos perceber que a presença do inseto na natureza ajuda a manter o equilíbrio dos compostos orgânicos.

Ainda assim, o pesquisador deixa claro que esse inseto pode ser perigoso e disseminar enfermidades, especialmente em lugares onde as condições sanitárias são precárias.

Com isso, reforça a importância de termos cuidado para evitar problemas maiores causados por sua presença. Veja abaixo algumas curiosidades sobre esses insetos.

As moscas atuam como decompositoras, ajudando a quebrar os detritos orgânicos e a reciclar os nutrientes no solo. (Imagem: Diaz Aragon – Shutterstock)

Moscas-domésticas podem produzir centenas de ovos em poucos dias

Uma fêmea de mosca-doméstica consegue colocar mais de 100 ovos de cada vez, podendo produzir entre 600 e 1 mil durante sua vida. O inseto costuma colocar seus ovos em materiais em decomposição, como grama, lixo e excrementos humanos e animais.

Especificamente, esses insetos vivem por aproximadamente 15 a 30 dias em condições favoráveis, mas “podem sobreviver um pouco mais em ambientes controlados”, de acordo com o artigo da Universidade de La Serena.

As moscas-domésticas estão em todo o mundo

Não pense que esses insetos são exclusividade de lugares específicos: eles estão por todo lugar. Isso porque as larvas da mosca-doméstica se desenvolvem principalmente no lixo e nas fezes humanas, materiais que são encontrados pelo mundo todo. Entretanto, elas são encontradas principalmente em áreas urbanas.

As moscas vivem principalmente nas regiões temperadas e, mesmo que tenham a tendência de se desenvolverem durante as estações quentes, alguns dos adultos podem sobreviver durante o inverno em áreas temperadas. Segundo a ADW, as moscas-domésticas são mais ativas e vivem por mais tempo em temperaturas entre 10 ºC e 26,6 ºC, e as temperaturas extremas são prejudiciais à espécie.

São uma ameaça à saúde pública

Pode parecer impressionante, mas esses pequenos insetos voadores são capazes de carregar milhões de micro-organismos em suas pernas que, em grandes doses, podem causar muitas doenças. Por conta disso, as moscas são consideradas uma ameaça potencial à saúde pública.

A Universidade da Pensilvânia detalha que as moscas-domésticas conseguem transmitir uma diversidade de doenças por conta do conteúdo de seu estômago que é regurgitado, e também excretam onde pousam para descansar. Com isso, elas passam adiante os organismos microscópicos que causam as enfermidades.

Entretanto, a velocidade e o nível de contaminação dos alimentos por esses insetos dependem de muitos fatores, como a concentração de bactérias que carregam, o tempo de contato com o alimento e a atração que exercem sobre ele. Seja como for, diversas fontes científicas são unânimes ao ressaltar que é preciso evitar, ao máximo, o contato das moscas com os alimentos.

Ainda que não seja possível eliminar por completo as moscas-domésticas, podemos adotar medidas que ajudem que elas se tornem um problema de saúde pública, como o controle de resíduos e a manutenção da higiene em casa e em espaços públicos.

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Esses pequenos insetos voadores são capazes de carregar milhões de micro-organismos em suas pernas que, em grandes doses, podem causar muitas doenças. (Imagem: Danny Radius/Shutterstock)

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Amazônia esconde um mundo perdido no topo das árvores

A Amazônia é um dos biomas com maior diversidade de animais do mundo – e os insetos têm grande importância nisso. Só no Brasil, eles são 73% das espécies nacionais catalogadas. Ainda assim, alguns dos insetos da Floresta Amazônica são pouco conhecidos pela ciência… principalmente aqueles que vivem no topo das árvores.

Parte disso acontece pela dificuldade em acessar e capturar esses animais para estudo, criando uma verdadeiro mundo perdido muitos metros acima do solo.

Duas iniciativas pretendem mudar isso, com uma expedição de seis dias e mais de 30 pesquisadores na Amazônia Central, voltada justamente para coletar e estudar os insetos.

(Imagem: O.Kemppainen/Shutterstock)

Insetos vivem em um mundo perdido na Amazônia

Apesar da grande diversidade de insetos na Amazônia, eles ainda são pouco conhecidos pela ciência. Os que vivem no dossel, a copa das árvores, ficam ainda mais difíceis de estudar.

Segundo o biólogo Dalton de Sousa Amorim, pesquisador da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador de um dos projetos, isso acontece pela falta de acesso a esses animais e pela inexistência de técnicas de coleta ideais. Ele conversou com o Jornal da USP.

É aí que entram os projetos BioInsecta (coordenado por Amorim) e BioDossel. A ideia é monitorar espécies de insetos em uma área de 10 mil hectares da floresta, ajudando na conservação.

Para isso, uma equipe de 34 pesquisadores passou seis dias durante o final de novembro de 2024 na Estação Experimental de Silvicultura Tropical, também conhecida como Reserva ZF2 do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a cerca de 80 km de Manaus. A expedição foi formada exclusivamente por entomólogos (especialistas em insetos).

Além da coleta no topo das árvores, os pesquisadores realizaram a amostragem detalhada de insetos em outros habitats específicos da Amazônia, como corpos d’água e troncos.

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Projetos coletaram mais de 1.400 amostras de insetos (Imagem: Curioso.Photography / Shutterstock)

Como os pesquisadores coletaram os insetos

  • Os pesquisadores combinaram uma diversidade de mais de 30 técnicas, que resultaram na coleta de mais de 1.400 amostras de insetos;
  • Algumas delas coletaram exemplares um a um. Já outras permitiam a coleta de milhares de exemplares ao mesmo tempo. Cada uma era pensada considerando o micro-habitat e as ordens dos insetos (como besouros, abelhas e formigas);
  • Uma delas foi a armadilha em cascata, a principal técnica utilizada em ambos os projetos. Ela consiste em um sistema de cinco armadilhas integradas em cascata, içadas até a copa das árvores, e que ficam montadas durante 14 meses;
  • Outra, utilizada por Simeão de Souza Moraes, pesquisador de pós-doutorado da Fapesp na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), usou armadilhas de luz em lençóis para atrair especificamente mariposas no dossel;
  • O trabalho aconteceu nos períodos diurno e noturno, com revezamento entre equipes. A intenção era encontrar insetos com diferentes hábitos.

Depois da coleta, os exemplares foram levados até um alojamento improvisado em campo para análise, registro fotográfico e conservação para análise posterior do DNA.

De acordo com José Albertino Rafael, pesquisador do Inpa e coordenador do projeto BioDossel, também ao Jornal da USP, a amostragem das espécies coletadas deve demorar um pouco, mas é previsto o estudo do DNA de cerca de 500 mil exemplares. Estima-se que metade deles ainda sejam desconhecidos.

Armadilha em cascata para capturar os insetos (Foto: Larissa Queiroz/Jornal da USP/Reprodução)

Monitoramento dos insetos da Amazônia é um desafio

Revelar a dimensão do número de espécies que vivem na Amazônia, desde o solo até o topo das árvores, é considerado pelos coordenadores dos projetos um dos grandes desafios das florestas tropicais.

Para Rafael, além da importância em revelar a biodiversidade da Floresta Amazônia, a expedição vai criar um banco de dados que será muito útil no futuro, quando precisarmos analisar o impacto das mudanças climáticas na natureza.

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Esse será um banco de dados muito útil para daqui a seis, dez anos, fazermos novas coletas e vermos qual o impacto do aumento da temperatura, da diminuição de chuvas e das queimadas na população dos insetos.

José Albertino Rafael, pesquisador do Inpa e coordenador do projeto BioDossel

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Insetos estão sumindo da Terra – e há mais de um motivo por trás disso

Em 2017, um grupo de cientistas apontou que as populações de insetos diminuíram 75% em menos de 30 anos. Com a revelação, uma série de outros estudos surgiram para tentar compreender o motivo por trás desse sumiço – e, se você pensou na agricultura, está parcialmente correto. A verdade é que o problema tem muitas outras raízes.

Entenda:

  • Um novo estudo reuniu mais de 3 mil razões por trás do desaparecimento em massa de insetos;
  • Os autores analisaram uma série de artigos científicos sobre o assunto e criaram uma lista interconectada de motivos relacionados ao problema;
  • Em primeiro lugar – e não exatamente um choque – ficou a agricultura;
  • Fatores como a expansão urbana, variáveis ​​relacionadas ao habitat e perturbações humanas também foram citados.
Insetos estão sumindo rapidamente, alertam cientistas. (Imagem: Davide Bonora/Shutterstock)

Ainda que a agricultura seja apontada como a principal causadora do rápido desaparecimento dos insetos, cientistas sugeriram, ao longo dos anos, uma série de outros fatores.

E, agora, pesquisadores da Universidade de Binghamton e da Universidade Estadual de Nova York organizaram uma lista com mais de 3 mil deles.

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Agricultura é a principal causa do desaparecimento de insetos

Em um estudo publicado hoje na BioScience, os autores analisaram mais de 175 artigos científicos com mais de 500 hipóteses acerca do declínio em massa dos insetos. Com base nesses dados, a equipe criou uma rede com mais de 3 mil possíveis razões interconectadas – que incluem desde a já citada agricultura (líder em número de menções) até a expansão urbana, variáveis ​​relacionadas ao habitat e perturbações humanas.

“A ideia era extrair o que as pessoas chamam de ‘caminhos causais’. Por exemplo, a agricultura leva à poluição, que leva ao declínio da população de insetos. Então, construímos uma rede gigante a partir deles para ver quais ideias estão mais frequentemente conectadas entre si e quais estressores são mais frequentemente vistos como as causas raízes”, diz Christopher Halsch, autor principal do estudo, em comunicado.

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Insetos estão sumindo por causa da agricultura – e por mais de 3 mil outros motivos. (Imagem: Vitaliy Andreev/Shutterstock)

Ações de conservação devem visar diferentes grupos de insetos

A equipe também destaca que, geralmente, estudos sobre o desaparecimento dos insetos são focados em comunidades mais “populares”, como borboletas e abelhas, essenciais para a polinização. Isso faz com que a busca por ações de conservação se limite a uma minoria, enquanto outros grupos permanecem, de certa forma, negligenciados.

“Um dos pontos importantes que tentamos destacar no artigo é que ações de conservação excessivamente tendenciosas em relação a certos insetos ou certos estressores provavelmente serão negativas para muitos outros insetos. Se nos concentrarmos demais em abelhas e borboletas e sua conservação, deixaremos de lado muitas outras espécies, a maioria delas, na verdade”, alerta Halsch.

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Alerta: precisamos evitar um ‘armagedom’ de insetos

Os insetos são essenciais para os ecossistemas, oferecendo serviços de polinização, alimentação e reciclagem, mas, apesar de sua importância, pouco se sabe sobre a maioria das espécies.

Estima-se que existam cerca de um milhão de espécies de insetos, mas apenas 1% delas foi avaliado quanto ao risco de extinção, com cerca de 20% das avaliadas sendo ameaçadas.

O monitoramento está concentrado em algumas regiões, como Europa e América do Norte, e em poucas espécies, como borboletas e abelhas, deixando lacunas significativas em outros lugares, como África e Ásia.

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Insetos ameaçados de extinção são essenciais para os ecossistemas e a agricultura – Imagem: Robert Ross/Shutterstock

Estudo propõe solução

  • Um estudo liderado pelo UK Centre for Ecology & Hydrology e pela Zoological Society of London propõe uma nova abordagem para monitorar as populações de insetos e entender os impactos das mudanças climáticas, poluição e espécies invasoras.
  • A pesquisa, publicada na revista Science, sugere usar métodos diversos, como monitoramento de tendências populacionais, comparações entre habitats, experimentos controlados e a coleta de opiniões de especialistas.
  • O objetivo é preencher as lacunas de dados e fornecer uma visão mais precisa do estado das populações de insetos globalmente.

Os pesquisadores destacam que, embora o foco geralmente esteja em espécies carismáticas como abelhas e borboletas, outros insetos também desempenham papéis cruciais, como o controle de pragas e a manutenção da saúde do solo.

A nova abordagem visa encontrar soluções em larga escala que beneficiem a maioria das espécies, levando em consideração as limitações de dados e a complexidade da biodiversidade dos insetos.

O próximo passo será aplicar esse método para avaliar como os insetos estão respondendo às ameaças atuais.

Monitoramento global de insetos se faz necessário para compreensão completa de quais espécies estariam ameaçadas – Imagem: Aliaksei Marozau/Shutterstock

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Robô minúsculo é capaz de voar – mesmo sem asas

Se você vir, no futuro, alguns pequenos pontos brancos voando por aí, eles provavelmente devem ser este robô da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Olhando de longe, você pode até confundir com um inseto, mas a foto acima deixa claro que se trata de outra coisa.

O minúsculo corpo de polímero mede apenas 9,4 mm de largura e saiu de uma impressora 3D. A estrutura total pesa cerca de 21 mg. Isso mesmo com as pequenas hélices e ímãs.

De acordo com os cientistas, este é o menor robô voador sem asas do mundo. O vídeo a seguir mostra a pequena máquina em ação:

O robô tem inspiração nas abelhas e zangões. Ele voa de forma similar e pode pairar no ar, mover-se vertical e horizontalmente e até atingir alvos pequenos.

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Mas como ele voa?

  • O segredo está nos ímãs e no campo magnético criado por eles.
  • Como as imagens deixam claro, o robô consiste em uma hélice de quatro pás, circundada por um “anel de equilíbrio”.
  • Esse anel segura dois ímãs permanentes de neodímio em forma de disco – e cada um tem 1 mm de largura por 0,5 mm de espessura.
  • Como os dois ímãs são simultaneamente atraídos e repelidos por esse campo, eles fazem a hélice acoplada girar, criando sustentação.
  • Para movimentar o robô, basta mexer com a força do campo magnético.
  • O autor da invenção é o professor de Engenharia Mecânica Liwei Lin.
  • Você pode ler o artigo na íntegra na revista Science Advances.
Essa foto do professor Liwei Lin (à direita) mostra o tamanho do robô: ele é realmente minúsculo! – Imagem: Reprodução/Universidade de Berkeley

Aplicações práticas

Os cientistas acreditam que, um dia, esses robôs possam atuar em áreas de resgate estreitas, onde um drone tradicional não consegue alcançar. Eles ainda poderiam fazer até mesmo um trabalho focado de polinização, substituindo insetos.

Isso, no entanto, ainda está distante de acontecer. Os pesquisadores sabem que ainda tem muitas etapas a percorrer.

O próximo passo será adicionar sensores que permitirão que o robô mantenha um voo estável mesmo com algumas variáveis, ​​como rajadas de vento.

Eles também esperam tornar o dispositivo ainda menor, reduzindo assim seus requisitos de energia ao utilizar um campo magnético mais fraco.

As informações são do New Atlas.

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O que acontece se as borboletas sumirem completamente de um país?

No mundo, existem mais de 28 mil espécies de borboletas, sendo que cerca de 80% vive em regiões tropicais. Elas desempenham um papel crucial nos ecossistemas, atuando como polinizadoras, fonte de alimento e indicadoras do bem-estar ambiental. 

No entanto, a população de borboletas vem diminuindo drasticamente nos últimos anos, especialmente nos Estados Unidos. Mas o que aconteceria se esses insetos sumissem completamente de um país?

Borboleta parada em um folha / Crédito: Marv Vandehey (Shutterstock/reprodução)

Se as borboletas sumirem completamente de um país, as consequências seriam sentidas em diferentes aspectos:

Impacto na polinização e na biodiversidade

Com menos borboletas para polinizar as flores, muitas espécies de plantas poderiam ter sua reprodução comprometida. Isso levaria à diminuição da biodiversidade e afetaria outros animais que dependem dessas plantas para se alimentar.

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Arte digital sobre a evolução de uma larva até tornar-se borboleta/ Crédito: Kevin Wells Photography (Shutterstock/reprodução)

Redução na qualidade ambiental

A presença de borboletas em um ambiente é um forte indicativo de que o local está saudável e bem conservado. Isso porque elas são extremamente sensíveis a alterações como poluição, desmatamento e uso excessivo de agrotóxicos.

Em áreas degradadas ou com alto uso de produtos químicos, as borboletas tendem a desaparecer, o que afeta diretamente a biodiversidade e a estabilidade dos ecossistemas. Para além disso, o abuso de agentes tóxicos no ambiente não apenas limitaria ou extinguiria esses insetos, mas influenciaria negativamente na fauna e flora local como um todo.

Por outro lado, ambientes com vegetação nativa, sem poluentes e agentes químicos tóxicos, e com alta diversidade de plantas floríferas oferecem condições ideais para que as borboletas se alimentem e se reproduzam.

Isso fortalece o ecossistema como um todo, beneficiando não apenas as borboletas, mas também outras espécies que dependem delas direta ou indiretamente.

Desequilíbrio na cadeia alimentar

As borboletas servem de alimento para uma variedade de animais, incluindo pássaros, répteis e pequenos mamíferos. Sem elas, muitas espécies perderiam uma fonte importante de nutrição, o que poderia levar a um desequilíbrio ecológico.

Borboleta em um campo de flores, alimentando-se
Borboleta em um campo de flores, alimentando-se / Crédito: Chan2545 (Shutterstock/reprodução)

A redução na população de predadores que se alimentam de borboletas poderia, por sua vez, afetar outras partes do ecossistema, criando um efeito dominó de extinções e declínios populacionais.

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Perda cultural e econômica

Borboletas têm um grande valor estético e cultural. São fonte de inspiração para artistas e cientistas, e possuem um apelo turístico significativo, como é o caso de borboletários e eventos voltados à observação desses insetos. Além disso, sua ausência impactaria diretamente a educação ambiental.

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Ilustração de uma borboleta e uma mão humana / Crédito: LedyX (Shutterstock/reprodução)

Ameaças às borboletas e o caso dos EUA

Nos Estados Unidos, o desaparecimento das borboletas tem sido associado a fatores como a perda de habitat, mudanças climáticas e o uso intensivo de agrotóxicos. A destruição de áreas naturais para a expansão urbana e agrícola reduz os espaços onde as borboletas podem viver e se reproduzir.

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