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Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram alvo de um esquema criminoso que desviou bilhões. A fraude envolvia a liberação de descontos indevidos de mensalidades associativas e foi descoberta pela Polícia Federal.
As investigações continuam e agora apontam que os golpistas utilizam robôs na ação criminosa. A estratégia combinou dois recursos distintos: a Unidade de Resposta Audível Digital, conhecida como URA, e os robocalls.
Esquema envolveu descontos indevidos de mensalidades associativas do INSS (Imagem: ettore chiereguini/Shutterstock)
Ferramentas ampliaram significativamente os ganhos dos criminosos
A URA Digital é uma tecnologia capaz de entender comandos de voz e responder a eles conforme instruções previamente programadas. Ela é amplamente utilizada no telemarketing receptivo, quando o consumidor fala opções que o direcionam em menus de atendimento de empresas.
Neste caso, no entanto, a ferramenta foi utilizada em conjunto com os robocalls, sistemas que realizam chamadas automáticas a partir de grandes bancos de dados. Quando a ligação é atendida por uma pessoa, ela é automaticamente transferida para a URA, que conduz a interação.
Mais de um milhão de pedidos de reembolso foram feitos até agora (Imagem: rafastockbr/Shutterstock)
Essa combinação ajudou as entidades associativas envolvidas no esquema a ampliar significativamente os ganhos, segundo reportagem da CNN. Procurada, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) diz que prepara uma série de medidas robustas para endurecer a fiscalização e aprimorar a segurança.
Já o INSS ressalta que não autoriza qualquer tipo de abordagem irregular, como ‘ligações relâmpago’, confusas ou que induzam o segurado ao erro para a efetivação de descontos em seus benefícios. O órgão ainda destaca que os descontos só podem ser realizados com autorização expressa do titular do benefício.
O atendimento presencial para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que queiram contestar descontos indevidos em seus benefícios começou nesta sexta-feira (30). No entanto, o sistema do INSS ficou fora do ar, com suspeita de ataque hacker.
A informação foi revelada pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, durante visita a uma agência dos Correios em Brasília. Ele estava lá justamente para averiguar o funcionamento do atendimento aos idosos.
Idosos não conseguiram ser atendidos de imediato
Após o escândalo envolvendo as fraudes no INSS (relembraremos o caso abaixo), o ressarcimento aos aposentados lesados começou na segunda-feira (26). O atendimento presencial, para aqueles que optaram por comparecer presencialmente, começou nesta sexta-feira em mais de 5 mil agências dos Correios espalhadas pelo país.
No entanto, durante a visita, Jorge Messias revelou que o sistema do INSS estava fora do ar, com suspeita de ataque hacker. Segundo o portal Metrópoles, os idosos que compareceram às agências não conseguiram ser atendidos de imediato.
Messias revelou que a previsão de reestabelecimento era de 10 a 15 minutos. O Olhar Digital entrou em contato com a assessoria de imprensa do INSS para entender qual a situação do sistema e novas atualizações.
Já estão em vigor as novas regras para a solicitação de empréstimos consignados do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). A partir de agora, aposentados e pensionistas terão que usar biometria para desbloquear os recursos.
A medida foi adotada após a descoberta de um esquema que atuava a partir de descontos irregulares nos benefícios dos segurados. Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller, o objetivo é aprimorar a segurança e implementar medidas corretivas no processo.
Saiba o que muda no processo
O crédito consignado permite que segurados do INSS peguem empréstimos de bancos e instituições financeiras, e paguem o valor por meio de parcelas descontadas diretamente da folha de seus benefícios, como aposentadoria, pensão ou Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Após a descoberta da fraude, o Instituto Nacional da Seguridade Social bloqueou novas autorizações para os empréstimos, independentemente da data de concessão do benefício. A medida atendeu uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU).
Pedido de desbloqueio deve ser feito no aplicativo Meu INSS (Imagem: rafastockbr/Shutterstock)
Antes, os segurados do INSS não precisavam tomar nenhuma medida para que bancos e instituições financeiras tivessem acesso a sua margem consignável. Agora, estas informações só poderão ser consultadas depois que o próprio segurado autorizar o acesso. Outra mudança é que, após o empréstimo ser concedido, a margem volta a ficar bloqueada.
A identificação biométrica para o desbloqueio dos serviços deverá ser feita no site ou no aplicativo Meu INSS, o mesmo canal por onde as vítimas podem registrar o pedido de reembolso por descontos não autorizados. A plataforma também vai informar sobre taxas de juros para pedidos de empréstimos, mas o órgão ainda não divulgou como realizar essas ações no aplicativo.
Investigação da PF descobriu o esquema criminoso (Imagem: StockphotoVideo/Shutterstock)
Fraude no INSS desviou valor bilionário
No fim de abril, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto para desarticular o esquema de descontos irregulares em benefícios de segurados do INSS.
As investigações apontam para prejuízos de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
O caso levou à demissão do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, além da exoneração do então presidente do INSS Alessandro Stefanutto.
Quatro dirigentes da autarquia foram afastados, assim como um policial federal lotado em São Paulo.
Já foram registrados quase 2 milhões de pedidos de reembolso de descontos não autorizados feitos por entidades associativas, segundo o governo federal.
Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devem ficar atentos a um novo golpe: e-mails e mensagens fraudulentas com promessas de acelerar a devolução de dinheiro desviado em fraude. Essas mensagens são falsas e contêm links perigosos.
Criminosos têm se aproveitado do temor causado pela descoberta de um esquema bilionário de fraudes no INSS. A fraude foi revelada na quarta-feira (23), após operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU).
Fraude do INSS: o que dizem as mensagens falsas?
Os comunicados fraudulentos mencionam um suposto “ressarcimento de descontos de mensalidades associativas”. E incluem um link para a vítima clicar e cair no golpe.
Associações e sindicatos descontaram benefícios de aposentados e pensionistas do INSS de maneira irregular, segundo investigações (Imagem: Reprodução/Gov.br)
Dose de contexto: Investigações apontaram que, entre 2019 e 2024, associações e sindicatos descontaram benefícios de aposentados e pensionistas de maneira irregular e sem autorização.
Essas entidades alegavam oferecer serviços, como descontos em academias e planos de saúde. Mas não possuíam estrutura para isso. As mensalidades eram cobradas diretamente na folha de pagamento. E os desvios podem alcançar R$ 6,3 bilhões.
Por que é golpe e qual a posição oficial?
Suspensão e ressarcimento: O governo federal anunciou, na quinta-feira (24), a suspensão imediata de todos os descontos de associações e sindicatos na folha de pagamento do INSS, garantindo também o ressarcimento integral dos valores. O INSS informou que elaborará um plano para essa devolução;
Ministério da Previdência publicou um alerta em sua página no site do governo federal sobre os novos golpes relacionados à fraude revelada nesta semana (Imagem: Angela_Macario/Shutterstock)
Como será feita a devolução oficial?
Descontos de abril de 2025: Os valores descontados neste mês ficarão retidos e serão devolvidos automaticamente na folha de pagamento de maio (que ocorre entre 26 de maio e 6 de junho).
Descontos anteriores a abril de 2025: A devolução de valores descontados antes de abril, e não reconhecidos pelos beneficiários, será analisada por um grupo da Advocacia Geral da União (AGU), que definirá a melhor forma para o ressarcimento.
Como verificar se houve desconto indevido?
Se você tem dúvidas se sofreu algum desconto de mensalidade associativa não autorizada, siga estes passos:
Acesse o site ou aplicativo Meu INSS;
Faça login com seu CPF e senha;
Clique na opção “Consultar Benefício”;
Em seguida, clique em “Extrato de Pagamento”;
Escolha o mês que deseja verificar.
Na tabela de detalhes do pagamento, procure por algum valor descontado referente a mensalidades associativas.
Dá para verificar se houve desconto indevido no site ou aplicativo “Meu INSS” (Imagem: rafastockbr/Shutterstock)
O INSS e o Ministério da Previdência reforçam que qualquer comunicação sobre devoluções será feita exclusivamente pelos canais oficiais do governo. Por isso, desconfie de mensagens que peçam dados pessoais, senhas ou ofereçam links suspeitos.
O uso de ferramentas baseadas em inteligência artificial (IA) no Brasil tem sido cada vez mais comum em diversas áreas, incluindo o sistema previdenciário. O Meu INSS, aplicativo criado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), foi implementado em 2018 com o objetivo de agilizar o processo de concessão de benefícios, como aposentadoria e auxílio-doença, por meio de uma análise automatizada. Recentemente, o INSS passou a usar IA no processo.
Contudo, o sistema tem gerado problemas para muitos brasileiros, principalmente para trabalhadores rurais e aqueles com pouca familiaridade com tecnologia, como mostra uma reportagem do Rest of World.
A publicação norte-americana sem fins lucrativos contou o caso de Josélia de Brito, uma ex-trabalhadora rural do nordeste brasileiro, viveu na pele os desafios impostos pelo sistema de IA. Ao solicitar a aposentadoria através do app, Josélia teve seu pedido negado de forma automática devido a um erro de identificação, sendo registrada como homem no sistema.
Esse tipo de falha tem se tornado comum para trabalhadores com pouco acesso a recursos tecnológicos, que enfrentam dificuldades para corrigir as inconsistências, já que o sistema não oferece alternativas eficazes de revisão.
A implementação da IA no Meu INSS
O Meu INSS foi desenvolvido com o intuito de reduzir a burocracia e acelerar a concessão de benefícios.
Desde sua introdução, a ferramenta tem sido utilizada para processar um grande volume de solicitações, com a meta do governo de que até 2025, 55% das solicitações sejam analisadas de forma automatizada.
Em muitos casos, o sistema tem conseguido acelerar o processamento de pedidos simples.
Porém, isso também tem levado à recusa automática de pedidos com pequenos erros ou inconsistências, o que afeta especialmente aqueles em áreas remotas do país.
A introdução da IA no processo foi vista inicialmente como uma inovação positiva, com a promessa de tornar o sistema mais ágil.
No entanto, como destacam especialistas, o uso de tecnologia sem uma análise crítica e sem a capacitação adequada dos cidadãos tem resultado em exclusão digital.
Josélia de Brito, por exemplo, que sofre de doenças crônicas e precisa de benefícios previdenciários, relatou sua frustração ao ver seus pedidos recusados repetidamente, mesmo tendo toda a documentação necessária.
Para ela, o processo de solicitar benefícios tornou-se humilhante e cada erro no sistema parecia resultar em uma negação sem explicações claras.
A IA do app Meu INSS agiliza a vida de muita gente, mas pode ser um problema para outros (Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com)
O impacto sobre trabalhadores rurais
A implementação de IA no Meu INSS tem se mostrado especialmente problemática para trabalhadores rurais, que muitas vezes não possuem acesso a internet de qualidade e enfrentam dificuldades de alfabetização digital.
Dados indicam que a taxa de analfabetismo em áreas rurais do Brasil é três vezes maior do que nas zonas urbanas, o que aumenta as dificuldades desses trabalhadores ao interagir com sistemas digitais. Além disso, muitos casos complexos, como aqueles envolvendo propriedades rurais de difícil documentação, acabam sendo rejeitados pela IA, que não consegue processar essas solicitações com precisão.
Especialistas afirmam que, apesar dos esforços para agilizar o processo, a automação não está preparada para lidar com as particularidades do trabalho rural. Edjane Rodrigues, secretária da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, destacou ao Rest of World que esses casos deveriam ser analisados por seres humanos, já que a legislação social prevê uma série de nuances que a IA não consegue interpretar corretamente.
Trabalhadores rurais podem ser prejudicados pelo modelo atual de revisão de solicitações (Imagem: elpidio costa junior / iStock)
A tecnologia pode ser uma solução ou um obstáculo?
Embora o governo brasileiro tenha investido milhões para aprimorar o sistema, com o objetivo de tornar os serviços mais eficientes, a dependência crescente de inteligência artificial também gerou receios. No início de 2025, a empresa responsável pela criação do app, a Dataprev, anunciou um investimento de aproximadamente 10,5 milhões de dólares para melhorar as capacidades de análise de dados e detecção de fraudes do Meu INSS.
Apesar das críticas, o Meu INSS continua sendo amplamente utilizado no Brasil, com 84 milhões de acessos mensais. No entanto, especialistas alertam que um aumento da dependência da tecnologia pode resultar em ineficiência e exclusão para aqueles mais vulneráveis, que não têm os recursos ou o conhecimento para navegar por sistemas automatizados.
Em um cenário em que a digitalização das funções públicas é vista como uma solução para aumentar a eficiência, surge a necessidade de um equilíbrio entre a automatização e a análise humana. Isso é especialmente importante em casos onde o processo de concessão de benefícios envolve elementos que não podem ser reduzidos a simples critérios algorítmicos. Sem esse equilíbrio, a inovação pode se transformar em um obstáculo para os cidadãos que mais necessitam de assistência.
A Polícia Federal orientou que aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que tiverem desconto indevido de mensalidade associativa peçam a exclusão do débito de forma automática. Isso pode ser feito pelo aplicativo ou site Meu INSS (saiba mais a seguir).
A manifestação ocorreu após a realização de uma operação contra fraudes que culminou no afastamento do presidente do órgão, Alessandro Stefanutto. Investigações apontam que houve desconto irregular de um valor estimado de R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024.
Descontos aconteciam mesmo sem autorização
No total, cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão.
Ainda não foi detalhado como o esquema funcionava na prática. No entanto, sabe-se que tinha relação com as mensalidades associativas aplicadas sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.
Investigações da PF apontam que houve desconto irregular de um valor estimado de R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024 (Imagem: StockphotoVideo/Shutterstock)
A mensalidade associativa é uma contribuição de aposentados que se filiam a associação ou sindicato para ter benefícios como plano de saúde, academia e descontos em farmácias, por exemplo. O valor é descontado diretamente da renda previdenciária.
Para fazer esse desconto, a associação precisa ter convênio com o INSS e fechar um contrato com o segurado. Em outras palavras, é preciso de um autorização do aposentado ou pensionista. O órgão afirma que cancelou todos os descontos nos quais os segurados informaram não ter dado autorização para o débito.
Pedido pode ser feito no aplicativo Meu INSS (Imagem: rafapress/Shutterstock)
Como pedir exclusão do débito
O pedido pode ser feito a partir do aplicativo ou site do Meu INSS.
Na página inicial, basta selecionar a opção ‘Novo pedido’ e, em seguida, clicar em ‘Excluir mensalidade de associação ou sindicato no benefício’.
Após, clique em ‘Atualizar’ para conferir e atualizar seus dados, se necessário.
O serviço também pode ser solicitado pela Central 135, assim como diretamente às entidades associativas.
Além disso, é possível pedir o bloqueio do desconto por meio do serviço “bloqueio/desbloqueio de mensalidade de associativa”.
Os beneficiários ainda podem pedir a devolução de descontos indevidos realizados por entidades associativas pelo 0800 que aparece ao lado do nome da associação ou do sindicato no holerite.