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Quais os tipos de diabetes? Conheça cada um e seus sintomas

A maneira como vivemos mudou drasticamente nas últimas décadas. As cidades cresceram, os alimentos industrializados se tornaram parte do dia a dia e a rotina acelerada deixou pouco espaço para hábitos saudáveis.

Essas transformações afetaram diretamente a saúde da população, contribuindo para o aumento de diversas condições crônicas. Entre elas, uma se destaca pelo crescimento silencioso e pela capacidade de se instalar sem alarde: a diabetes.

Essa doença muitas vezes evolui de forma lenta, sem apresentar sintomas aparentes durante muito tempo. Ainda assim, seus efeitos podem ser devastadores se não for identificada e acompanhada adequadamente. A boa notícia é que existem exames simples e acessíveis para detectá-la, permitindo iniciar rapidamente o cuidado necessário.

O que é a diabetes?

A diabetes é uma condição crônica caracterizada por níveis elevados de glicose (açúcar) no sangue. Esse desequilíbrio ocorre devido a uma deficiência na produção ou na ação da insulina, o hormônio responsável por ajudar a glicose a entrar nas células e ser utilizada como fonte de energia.

Após liberada pelo pâncreas, a insulina entra na corrente sanguínea. Esse hormônio estimula a entrada de glicose nas células, especialmente as musculares. Isso permite que as células usem a glicose como energia e ajuda a reduzir o nível de açúcar no sangue. Imagem: VectorMine / iStock

Quando a glicose se acumula no sangue, pode causar danos progressivos ao corpo, afetando órgãos como coração, rins, olhos e nervos.

Embora a diabetes seja muitas vezes relacionada à alimentação ou ao estilo de vida, nem todos os casos têm essas origens. A doença pode surgir por predisposição genética, por alterações autoimunes ou ainda por condições específicas que afetam a forma como o corpo utiliza a insulina.

A identificação precoce e o controle adequado são essenciais para prevenir complicações graves e manter a qualidade de vida do paciente.

Quais os tipos de diabetes?

Imagem: Shutterstock/Proxima Studio

Diabetes tipo 1

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que o sistema imunológico do corpo ataca e destrói as células beta do pâncreas, responsáveis por produzir insulina. Isso impede que o organismo regule os níveis de glicose no sangue de forma natural. Esse tipo é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens, embora possa surgir em qualquer idade.

Os principais sintomas incluem sede excessiva, aumento da frequência urinária, perda de peso inexplicada, fraqueza e visão embaçada. Como o organismo não produz insulina suficiente, o tratamento exige o uso diário de insulina injetável. A causa exata da reação autoimune ainda é desconhecida, mas acredita-se que fatores genéticos e ambientais desempenham um papel importante.

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Diabetes tipo 2

A diabetes tipo 2 é a forma mais comum da doença e ocorre quando o corpo não utiliza adequadamente a insulina produzida, condição conhecida como resistência à insulina. Com o tempo, o pâncreas também pode produzir menos insulina, agravando o quadro. Esse tipo está geralmente associado ao sobrepeso, à obesidade, à falta de atividade física e a fatores genéticos.

Os sintomas podem se desenvolver lentamente e, por isso, muitas vezes passam despercebidos por anos. São semelhantes aos do tipo 1, incluindo sede aumentada, fome frequente, fadiga, infecções recorrentes e feridas que demoram a cicatrizar.

O tratamento envolve mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável, exercícios físicos regulares, controle do peso e, em alguns casos, medicamentos orais ou injetáveis.

Diabetes gestacional

A diabetes gestacional é diagnosticada durante a gravidez e, geralmente, desaparece após o parto. Ela ocorre quando os hormônios produzidos pela placenta interferem na ação da insulina, levando ao aumento dos níveis de glicose no sangue. Esse tipo de diabetes afeta principalmente mulheres com histórico familiar da doença, obesidade ou idade superior a 25 anos no momento da gestação.

Mulher grávida com as mãos em sua barriga
Mesmo assim, estudo não é definitivo (Imagem: mojo cp/Shutterstock)

Embora muitas vezes seja assintomática, pode causar riscos tanto para a mãe quanto para o bebê, como parto prematuro, excesso de peso ao nascer e maior chance de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro. O tratamento inclui dieta controlada, prática de atividade física e, em alguns casos, o uso de insulina.

Pré-diabetes

O pré-diabetes é uma condição em que os níveis de glicose no sangue estão acima do normal, mas ainda não são altos o suficiente para ser diagnosticado como diabetes tipo 2. Ele indica um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e outras complicações.

Muitas pessoas com pré-diabetes não apresentam sintomas evidentes. No entanto, é possível reverter esse quadro com mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada, perda de peso, aumento da atividade física e abandono do sedentarismo. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar a progressão da doença.

Diabetes tipo 3c

Um tipo menos conhecido, a diabetes tipo 3c, resulta de danos diretos ao pâncreas, muitas vezes causados por doenças como pancreatite crônica, cirurgia pancreática ou câncer pancreático. Nesses casos, as células do pâncreas responsáveis por produzir insulina e outras enzimas digestivas são afetadas.

Esse tipo pode ser confundido com o tipo 2, mas o tratamento é diferente, pois envolve não apenas o controle da glicemia com insulina ou outros medicamentos, como também a reposição de enzimas pancreáticas para auxiliar na digestão. O diagnóstico preciso é essencial para evitar complicações.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

Com informações de CDC.

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Anvisa autoriza uso de insulina semanal para pacientes com diabetes

Os pacientes com diabetes tipo 1 e 2 agora poderão utilizar uma insulina semanal para o tratamento da doença. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do medicamento icodeca, comercializado como Awiqli e produzido pela farmacêutica Novo Nordisk, a mesma do Ozempic.

Atualmente, o tratamento padrão de pessoas com diabetes tipo 1 consiste em usar insulinas basais (de ação lenta), aplicadas uma vez ao dia, e insulinas de ação rápida ou ultrarrápida durante as refeições. Já os pacientes com diabetes tipo 2 que necessitam de insulina, usam apenas a basal.

Melhora na qualidade de vida dos pacientes

  • O novo tratamento substitui a insulina basal, aplicada uma vez ao dia.
  • Dessa forma, pacientes com diabetes tipo 1 continuariam precisando das injeções de insulina rápida ou ultrarrápida antes das refeições, mas não teriam mais necessidade das injeções diárias de insulina basal, assim como os pacientes com diabetes tipo 2.
  • Segundo a Novo Nordisk, a aprovação no Brasil “oferece ainda mais qualidade de vida e autonomia aos pacientes, visto que esse novo medicamento proporciona a redução de 7 aplicações semanais para 1, ou seja, de 365 para 52 aplicações em um ano”.
  • O Awiqli age da mesma forma que a insulina do próprio corpo e ajuda a glicose a entrar nas células, controlando o nível de glicose no sangue e reduzindo os sintomas e complicações do diabetes.
Anvisa liberou o uso do medicamento (Imagem: rafastockbr/Shutterstock)

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Medicamento é seguro e eficaz contra diabetes

Os testes com o medicamento foram realizados com 582 adultos com diabetes tipo 1. Os resultados mostraram que a insulina semana foi tão eficaz quanto a insulina diária degludeca. Já em pacientes com diabetes tipo 2, os estudos envolveram mais de 3.500 participantes e também demonstraram que o tratamento teve eficácia semelhante à da foi semelhante à das insulinas degludeca ou glargina, ambas diárias.

De acordo com a Novo Nordisk, o medicamento se mostrou eficaz em pacientes com diferentes perfis, incluindo aqueles com disfunção renal. Os efeitos colaterais mais comuns incluem hipoglicemia (baixos níveis de glicose no sangue). Em pacientes com diabetes tipo 1, esse efeito colateral seria mais comum do que com a insulina basal. No entanto, a farmacêutica afirma que tanto para diabetes tipo 1 quanto para tipo 2, o tratamento não demonstrou aumento significativo de eventos adversos graves, incluindo hipoglicemia.

Novo medicamento promete melhorar a qualidade de vida dos pacientes com diabetes (Imagem: Africa Studio/Shutterstock)

O Awiqli é administrado como uma injeção sob a pele da barriga, coxa ou parte superior do braço uma vez por semana, no mesmo dia e horário. A dose é ajustada com base no nível de glicose no sangue do paciente, que deve ser testado regularmente.

Não há data prevista de lançamento do produto no Brasil. O próximo passo para que o medicamento possa estar disponível no mercado nacional é a definição do preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

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Adoçante artificial pode aumentar o risco de doenças cardíacas

Uma pesquisa recentemente publicada no jornal Cell Metabolism revela que o aspartame, um adoçante comum em produtos como refrigerantes diet e sorvetes sem açúcar, pode afetar negativamente a saúde vascular.

O estudo descobriu que o consumo de aspartame aumenta os níveis de insulina em animais, o que pode contribuir para a aterosclerose (acúmulo de gordura nas artérias), elevando o risco de inflamação e doenças cardíacas.

Detalhes do estudo

  • Os pesquisadores alimentaram camundongos com doses diárias de aspartame (equivalente a três latas de refrigerante diet para humanos) por 12 semanas.
  • Os camundongos que consumiram o adoçante desenvolveram placas maiores nas artérias e mostraram sinais de inflamação.
  • O aumento nos níveis de insulina foi identificado como o principal fator, já que o aspartame, sendo 200 vezes mais doce que o açúcar, parece induzir a liberação excessiva de insulina, levando ao acúmulo de gordura nas artérias.
Aspartame causa liberação excessiva de insulina, o que pode levar a problemas de saúde (Imagem: Highwaystarz-Photography/iStock)

O estudo também apontou o CX3CL1, um sinal imunológico, como um fator crucial na ligação entre insulina elevada e acúmulo de placas arteriais. Quando os receptores desse sinal foram removidos dos camundongos, o acúmulo de placas foi interrompido.

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Os pesquisadores pretendem investigar os efeitos do aspartame em humanos e explorar o CX3CL1 como alvo para o tratamento de doenças crônicas, como derrames, diabetes e artrite. O estudo destaca a necessidade de compreender os impactos a longo prazo dos adoçantes artificiais na saúde.

“Os adoçantes artificiais penetraram em quase todos os tipos de alimentos, então temos que saber o impacto na saúde a longo prazo”, afirmou autor sênior do estudo, Yihai Cao.

Adoçantes artificiais, presentes em muitos dos alimentos e bebidas consumidas em nosso cotidiano, podem ser perigosos causadores de doenças cardíacas – Imagem: Josep Suria/SHutterstock

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