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O TikTok restringiu o polêmico “chubby filter” (“filtro gordinho”, em tradução livre) após ele viralizar e atrair críticas e discussões. Por meio de inteligência artificial (IA), o filtro engordava pessoas em fotos. Nos vídeos com ele, pessoas magras geralmente riam após verem o resultado. E colocavam a música Anxiety, de Doechii, nas postagens.
Enquanto alguns se divertiram com o filtro, outros argumentaram que ele era uma forma de gordofobia. E, por isso, não deveria ser permitido na rede social. Usuários ouvidos pela BBC contaram que se sentiram desconfortáveis com o “chubby filter”. Uma nutricionista alertou que esse tipo de filtro pode impulsionar “cultura tóxica de dietas” e o surgimento de transtornos alimentares.
TikTok removeu ‘chubby filter’, mas cópias do filtro circulam por aí
O “filtro gordinho” apareceu originalmente no CapCut, aplicativo de edição de vídeo do TikTok. Embora a rede social tenha informado ao CNET que tinha removido o template do CapCut, versões semelhantes do filtro ainda circulam por plataformas e redes sociais.
Repórter da BBC testou ‘chubby filter’ no TikTok (Imagem: Reprodução/BBC)
A busca por “chubby filter” não mostra nada. Mas usuários encontraram maneiras de contornar a restrição ao escreverem termos parecidos na pesquisa – por exemplo: “chunk filter”.
Nina e Emma, usuárias do TikTok que experimentaram filtro que deixa pessoas mais gordas em fotos (Imagem: Reprodução/Redes sociais)
De acordo com o CNET, o “filtro gordinho” agora inclui disclaimer que diz: “Você é mais do que seu peso. Se você ou alguém que você conhece tem perguntas sobre imagem corporal, alimentação ou exercícios — é importante saber que ajuda está disponível e você não está sozinho. Se se sentir confortável, pode desabafar com alguém em quem confia ou consultar os recursos abaixo. Lembre-se de cuidar de si mesmos e uns dos outros.”
O Google começou a lançar recursos de vídeo em tempo real para o Gemini Live. Na prática, a inteligência artificial (IA) da big tech consegue “ver” o que está na tela do celular do usuário – inclusive, se ele usar a câmera do aparelho.
A (possível) utilidade dos novos recursos é permitir que o Gemini responda perguntas do usuário sobre o que estiver sendo exibido na tela do seu celular. Alex Joseph, um porta-voz do Google, confirmou a chegada das novidades ao The Verge.
Já dá para ter ideia de como Gemini consegue ‘ver’ o que está nas telas dos celulares
Um usuário do Reddit afirmou que o recurso apareceu em seu celular, da Xiaomi, conforme apontado pelo 9to5Google. No domingo (23), o mesmo usuário postou o vídeo abaixo no qual mostra a nova capacidade de leitura de tela do Gemini.
Este é um dos dois recursos que o Google anunciou, no início de março, que “começariam a ser lançados para os assinantes do Gemini Advanced como parte do plano Google One AI Premium” ainda no mesmo mês.
O outro recurso permite ao Gemini interpretar o que a câmera do smartphone captura em tempo real para responder perguntas do usuário.
No vídeo de demonstração acima, publicado pelo Google neste mês, uma pessoa usa o recurso para pedir ajuda ao Gemini para decidir qual cor de tinta usar em sua cerâmica.
O Gemini agora está disponível sem precisar de conta do Google
Em um movimento que visa ampliar o acesso à sua inteligência artificial, o Google anunciou recentemente a disponibilidade do Gemini sem a obrigatoriedade de login numa Conta Google.
Google anunciou recentemente a disponibilidade do Gemini sem a obrigatoriedade de login numa Conta Google (Imagem: mundissima/Shutterstock)
A partir de agora, usuários podem explorar as capacidades do Gemini diretamente através do navegador, em modo anônimo ou similar, sem a necessidade de fornecer credenciais.
A inteligência artificial está por toda a parte. Agora, também está tomando conta das plataformas de conteúdo adulto, como o OnlyFans e Privacy.
A tendência é observada internacionalmente desde o ano passado, mas chegou ao Brasil com força este ano, com pessoas ensinando a criar “mulheres virtuais” para produzir conteúdo pornográfico.
As plataformas permitem esse tipo de conteúdo, que, para especialistas, deve crescer nos próximos anos.
Sites especializados na criação de pornografia com IA estão se popularizando (Imagem: Adobe Stock)
‘Mulheres virtuais’ estão populares nas plataformas de conteúdo adulto
Segundo Cleber Zanchettin, especialista em IA e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ao g1, a tendência de avatares de IA imitando mulheres em sites de conteúdo adulto ganhou força nos Estados Unidos e na Europa no início do ano passado. No Brasil, demorou a chegar.
Por aqui, há uma onda de “IAs do job”, termo utilizado para se referir a garotas de programa. Sites de edição estão se especializando na criação desses avatares, que simulam mulheres nuas ou envolvidas em cenas de sexo.
Com isso, pessoas nas redes sociais começaram a ensinar como criar uma “IA do job” e lucrar com isso na internet, publicando os conteúdos em sites +18.
Uma dessas pessoas é Elaine Pasdiora, de 35 anos. Ela contou ao g1 que já faturou mais de R$ 20 mil entre janeiro e março deste ano, boa parte desse dinheiro vindo da venda de cursos ensinando a criar as ‘mulheres virtuais’. Em um de seus grupos do WhatsApp sobre o assunto, são mais de 900 interessados.
Não é difícil encontrar vídeos no YouTube e nas redes sociais, como no TikTok e Reddit, ensinando a criar uma “IA do job”. Os conteúdos incentivam a publicação em plataformas de conteúdo adulto para lucrar.
Por experiência própria de venda desses conteúdos, Elisabete Alves, de 40 anos, revelou que o público que mais consome os avatares de IA são homens com mais de 40 anos, estrangeiros (a maioria da Índia, Paquistão e Estados Unidos) e pessoas com dificuldades de se relacionar.
De acordo com o g1, são pelo menos cinco sites especializados na criação das “garotas do job” de IA. Dois deles são exclusivos para criação de fotos e vídeos de mulheres e homens nus ou fazendo sexo. A maioria oferece serviços gratuitos, com configurações avançadas restritas aos planos pagos, em dólar.
Um dos sites que permite a criação de conteúdo adulto com IA (Imagem: Reprodução)
Como é a criação dos conteúdos?
Os criadores desses avatares de IA explicaram as possibilidades:
Alguns sites já vêm com modelos prontos, mas, no geral, a criação acontece a partir de um prompt descrevendo o personagem;
Em alguns sites, é possível criar mais do que fotos, como vídeos com movimento e falas. Nesse caso, o próprio criador tem que gravar o áudio;
Já outros permitem configurar posições e movimentos sexuais. Normalmente, esses recursos estão restritos a planos pagos;
Quando o avatar está pronto, os criadores recomendam a criação de um perfil no Instagram para ‘divulgar’ a IA. Nesse caso, as imagens são menos explícitas, convidando os usuários a acessar o conteúdo na plataforma especializada;
Já nos sites de conteúdo adulto, como OnlyFans e Privacy, as imagens e vídeos são disponibilizados por completo, normalmente mediante uma assinatura.
Pessoas nas redes sociais ensinam como lucrar com essa criação (Imagem: metamorworks/Shutterstock)
OnlyFans e Privacy: o que as plataformas acham sobre isso?
Segundo Zanchettin, a indústria da IA para conteúdo adulto é um segmento gigantesco e deve continuar crescendo – inclusive com as próprias empresas do setor pornográfico investindo nisso. Por exemplo, elas estão trabalhando no treinamento de modelos para criar pornografia personalizada.
Nos termos de uso, as plataformas OnlyFans, Privacy e Fanvue permitem conteúdos gerados por inteligência artificial, contanto que os perfis deixem claro se tratar de imagens artificiais.
A China entrou de vez na corrida da inteligência artificial. Agora, foi a vez da gigante chinesa Tencent lançar a versão oficial de seu modelo de raciocínio, o T1, disponibilizado na noite da sexta-feira (21). A empresa alega que a ferramenta supera o R1, da DeepSeek, em alguns quesitos importante.
O lançamento acirra ainda mais a competição das chinesas no mercado da IA, depois do boom da DeepSeek no início do ano.
Modelos de raciocínio são a aposta atual do setor de IA (Imagem: Kitinut Jinapuck/Shutterstock)
Tencent lança modelo de raciocínio
A Tencent já havia disponibilizado uma versão prévia do T1 e do aplicativo de assistente de IA Yuanbao. O lançamento desta semana é a versão final e atualizada do modelo de raciocínio da empresa.
Esses modelos são a aposta atual do setor de inteligência artificial. Na prática, a tecnologia consegue dividir uma tarefa em diferentes etapas e revelar qual foi a linha de pensamento para chegar até uma resposta, permitindo a resolução de tarefas complexas com mais segurança.
De acordo com a Tencent, em uma postagem em seu perfil oficial do WeChat, a atualização do T1 oferece respostas mais rápidas e recursos aprimorados, como a possibilidade de processar documentos de texto maiores. O post também destaca que o modelo pode “manter a lógica do conteúdo clara e o texto limpo e organizado” com uma taxa de alucinação “extremamente baixa”.
Já um gráfico publicado junto ao anúncio mostra que o T1 teve desempenho superior ao DeepSeek R1 em alguns testes de conhecimento e raciocínio.
Tencent T1 superou DeepSeek em testes de desempenho e raciocínio (Imagem: Tencent/Divulgação)
Rivalidade entre empresas de inteligência artificial na China
No início do ano, a startup DeepSeek chamou atenção do mundo e colocou a China de vez na corrida da inteligência artificial global;
Gigantes chinesas do setor de tecnologia começaram a correr atrás, como a Alibaba e Baidu;
A Tencent foi outra. A empresa já havia revelado o modelo de linguagem Turbo S no final do mês passado, alegando que ele processa consultas mais rapidamente que o R1, da DeepSeek. Saiba mais aqui;
A rivalidade se instalou entre as chinesas. De acordo com a agência de notícias Reuters, a Tencent aumentou os investimentos em IA nos últimos meses.
Vivemos em um mundo onde a tecnologia avança mais rápido do que conseguimos processar. Inteligência artificial, automação, análise preditiva — todas essas inovações estão remodelando o mercado. Mas há um detalhe que não pode ser ignorado: nenhuma dessas ferramentas, por mais sofisticadas que sejam, substitui a inteligência humana. Na verdade, o verdadeiro diferencial competitivo hoje está na união entre a tecnologia e a capacidade cognitiva das pessoas.
Empresas que conseguem integrar o poder da automação com a criatividade, o pensamento crítico e a intuição humana não apenas sobrevivem, mas se tornam líderes em seus setores.
Isso acontece porque a tecnologia, sozinha, opera dentro dos limitves dos dados que possui. Ela pode processar informações, aprender padrões e executar tarefas com precisão, mas não consegue fazer julgamentos morais, tomar decisões estratégicas complexas ou criar conexões emocionais. Humanos, por outro lado, são imprevisíveis, adaptáveis e possuem a capacidade de enxergar além dos números. É exatamente nessa interseção que nasce a vantagem competitiva do futuro.
Inteligência artificial + inteligência humana
No mercado, essa simbiose entre inteligência artificial e humana já está em curso. No setor financeiro, algoritmos detectam fraudes em segundos, mas são analistas humanos que interpretam os dados e tomam as decisões críticas. No varejo, ferramentas preditivas analisam o comportamento do consumidor, mas são especialistas que criam campanhas personalizadas e constroem a experiência da marca. Na saúde, a IA auxilia diagnósticos, mas é a sensibilidade do médico que conduz o tratamento.
No mercado atual, a inteligência artificial e a inteligência humana trabalham juntas, aprimorando a análise de dados e as decisões estratégicas (Imagem: Summit Art Creations/Shutterstock)
O impacto dessa integração na produtividade e nos resultados das empresas é inegável. De acordo com um relatório da Accenture, as empresas que utilizam IA para complementar as capacidades humanas podem aumentar a produtividade em até 40%. Isso porque, quando os processos repetitivos são automatizados, sobra mais espaço para que os profissionais foquem em atividades estratégicas e de maior valor agregado.
Entretanto, para que essa combinação seja bem-sucedida, é essencial que as empresas mudem sua cultura organizacional. Não basta simplesmente investir em tecnologia; é preciso capacitar as equipes para que saibam trabalhar em conjunto com as ferramentas disponíveis.
Um estudo do World Economic Forum prevê que até 2025, 85 milhões de empregos serão eliminados devido à automação, mas, ao mesmo tempo, 97 milhões de novas oportunidades surgirão para aqueles que conseguirem se adaptar a essa nova realidade.
Atenção, empresas!
A grande questão para as empresas, então, não é escolher entre tecnologia ou inteligência humana, mas entender como potencializar uma através da outra. Isso exige uma abordagem estratégica, que valorize tanto a eficiência da automação quanto a profundidade do raciocínio humano.
A união entre máquinas e mentes é a chave para o sucesso. Empresas que não se adaptarem estarão em desvantagem (Imagem: maroke/Shutterstock)
O futuro pertence a quem souber orquestrar essa fusão. E as empresas que ainda resistem a essa transformação correm um risco real: tornarem-se obsoletas em um mercado que exige, mais do que nunca, a união entre máquinas e mentes.
Rodrigo Nogueira, um dos nomes de destaque na inteligência artificial (IA) no Brasil, teve seu visto para os Estados Unidos negado. Dessa forma, o paulista, fundador da startup Maritaca AI – especializada em modelos de linguagem semelhantes ao ChatGPT – não poderá palestrar na Universidade Harvard (EUA), evento marcado para 18 de abril.
Segundo Nogueira, o indeferimento deve estar ligado à sua área de atuação, que, hoje, é um ponto de disputa global entre grandes potências. Tanto a Embaixada dos EUA no Brasil quanto o Consulado em São Paulo optaram por não comentar o caso, justificando que, “por política do governo dos Estados Unidos, não comentamos sobre casos individuais de visto”.
Em conversa com o Estado de S.Paulo, Nogueira relatou que a entrevista ocorreu no consulado de São Paulo (SP), em 27 de fevereiro, e tudo transcorreu normalmente até mencionar seu trabalho com IA.
“No instante em que declarei minha atuação com chatbots, que atendem majoritariamente clientes brasileiros, a atmosfera da conversa mudou abruptamente, como se uma nuvem de chuva tivesse se formado,” afirmou. Ele também detalhou que precisou justificar uma viagem a Taiwan, realizada em 2023, para participar da conferência Sigir, focada em buscas.
Especialista teve visto negado após dizer quem era (Imagem: hafakot/Shutterstock)
Inicialmente, o visto havia sido aprovado, mas, no dia seguinte, o consulado passou a exigir esclarecimentos adicionais, como o motivo da viagem a Taiwan e informações sobre sua pesquisa na Universidade de Nova York (EUA).
Por lá, ele viveu por seis anos e realizou, durante cinco deles, seu doutorado. Nesse período, Nogueira integrou o mesmo laboratório que o renomado francês Yann LeCun, laureado com o Prêmio Turing em 2018, considerado o “Nobel da Computação.”
Em 10 de março, o consulado solicitou o currículo completo, uma cópia da tese elaborada nos EUA, cópias de todos os artigos publicados e o histórico de viagens do pesquisador.
Embora Nogueira tenha enviado todos os documentos – exceto os artigos, dos quais apresentou lista com os respectivos links –, em 12 de março, foi informado que o visto havia sido negado e que não poderia solicitar um novo por 12 meses.
Segundo ele, a negativa ocorreu sob a sessão 221 (g), que mantém os documentos em análise e abre a possibilidade de eventual reversão da decisão, embora o consulado não tenha estipulado prazo para nova resposta.
Com a negativa do visto, o pesquisador não poderá participar do painel “Inteligência Artificial no Brasil”, organizado em Harvard por professores brasileiros e apoiado por diversos centros acadêmicos e pelo Consulado Geral do Brasil em Boston (EUA).
O evento, que já teve sua realização transferida para o formato online, teria a presença de Nogueira para discutir os avanços da Maritaca AI – empresa que atende mais de 100 clientes no país, entre eles, o JusBrasil, que lançou nova ferramenta com a tecnologia da startup.
Rodrigo, que já havia obtido vistos de estudante, turismo e negócios anteriormente, destacou que fatores financeiros não influenciaram a decisão. “O que parece ter gerado maior atenção foi minha atuação na área de IA e a viagem a Taiwan.
Se eu atuasse em marketing, por exemplo, uma viagem similar, provavelmente, não teria sido questionada,” comentou.
Ele também sugeriu que algumas postagens feitas no LinkedIn podem ter contribuído para a situação, ressaltando seu compromisso com a criação de infraestrutura nacional de IA para reduzir a dependência do Brasil em relação a outras nações. Em artigo para o Estadão, já em 2024, ele defendia essa ideia.
A situação compartilhada pelo pesquisador em sua rede social surpreendeu a comunidade de IA no Brasil, que reconheceu que “estamos vivendo novos tempos”.
Isso já aconteceu antes!
A questão não é isolada. Em 9 de março, conforme noticiado pelo Le Monde, um pesquisador francês especializado em Espaço teve sua entrada nos EUA negada enquanto se deslocava para participar de uma conferência em Houston, Texas (EUA), como parte de uma missão do CNRS;
O motivo apontado pelas autoridades foi a divulgação de “mensagens de ódio e conspiratórias”, com críticas ao presidente Donald Trump, o que teria sido interpretado como incitação ao terrorismo;
Seus dispositivos eletrônicos foram confiscados e, em 10 de março, ele foi encaminhado de volta à Europa, além de ter sido alvo de uma investigação do FBI, que, posteriormente, foi arquivada;
O ministro francês da Educação e Pesquisa, Philippe Baptiste, expressou preocupação com o episódio e reafirmou seu compromisso com a liberdade de opinião, pesquisa e acadêmica, enquanto o renomado cientista Yann LeCun destacou, via LinkedIn, a violação da privacidade e da liberdade de expressão envolvida na situação.
Rodrigo Nogueira faria palestra nos EUA (Imagem: Divulgação)
Quem é Rodrigo Nogueira, especialista em IA
Rodrigo Nogueira, formado pela Unicamp, iniciou sua trajetória em IA em 2020, após concluir seu doutorado na Universidade de Nova York, onde trabalhou no laboratório de LeCun sob a orientação de Kyunghyun Cho – um dos criadores do mecanismo de atenção, fundamental para o desenvolvimento do Transformer, arquitetura revolucionária na área.
Durante esse período, ele criou o Bertinbal, modelo de IA voltado para o português, fundamentado no BERT, do Google. Em 2022, lançou a Maritaca AI, com a proposta de se tornar uma espécie de “OpenAI brasileira”, adaptando grandes modelos de linguagem para o contexto do português brasileiro. Entre seus produtos, destaca-se o Sabiá, que opera no chatbot MariTalk.
A Anthropic, empresa desenvolvedora que atua na área de inteligência artificial, implementou uma significativa atualização no Claude. Agora, o chatbot possui a capacidade de realizar buscas diretamente na internet, aprimorando suas respostas com dados atualizados e citações de fontes online.
A novidade, anunciada na quarta-feira (20), visa fornecer aos usuários informações mais precisas e em tempo real.
Busca na web do Claude apresenta informações atualizadas e citações de fontes
A nova ferramenta de busca permite que o Claude acesse eventos e informações recentes, possibilitando a entrega de respostas mais precisas e com dados atualizados provenientes de diversas fontes online, como jornais e comunicados de empresas.
Essa funcionalidade alinha o Claude a outros chatbots concorrentes, como ChatGPT e Gemini, que já oferecem recursos semelhantes.
Recurso de busca na web do Claude encontra-se em fase de pré-visualização. (Imagem: Anthropic)
Por enquanto, o recurso de busca na web encontra-se em fase de pré-visualização, inicialmente disponibilizado apenas para assinantes dos planos pagos do Claude nos Estados Unidos. A Anthropic planeja expandir o acesso a outros países e incluir os usuários da versão gratuita em um futuro próximo.
Vale mencionar que a versão básica do Claude, disponível no Brasil, ainda enfrenta dificuldades em fornecer informações atuais. O modelo Claude 3.7 Sonnet indica que seu conhecimento se limita até outubro de 2024.
Com a integração da busca na web, o chatbot supera essa limitação, oferecendo respostas mais precisas e atualizadas. Além disso, as respostas incluem citações das fontes utilizadas, permitindo que os usuários verifiquem a veracidade das informações.
O “chubby filter” (“filtro gordinho”, em tradução livre) viralizou no TikTok. E causou revolta. Por meio de inteligência artificial (IA), ele engorda pessoas em fotos. Enquanto alguns se divertem com o filtro, outros argumentam que ele é uma forma de gordofobia. E, por isso, não deveria ser permitido na rede social.
Usuários ouvidos pela BBC se sentiram desconfortáveis com o “chubby filter”. E acreditam que ele deveria ser banido do TikTok. A apuração também ouviu uma nutricionista. Ela alertou que esse tipo de filtro pode impulsionar “cultura tóxica de dietas”. Além disso, pode contribuir para o surgimento de transtornos alimentares.
O Olhar Digital contatou o TikTok para pedir um posicionamento sobre o assunto. E vai incluí-lo nesta matéria, caso chegue.
Usuários do TikTok pedem banimento do filtro que deixa pessoas mais gordas
A influenciadora digital Sadie, de 29 anos, está entre quem defende o banimento do “filtro gordinho” do TikTok. Para ela, o filtro é cruel. “Parecia que as garotas estavam dizendo: ‘ah, eu ganhei porque sou magra – e não seria horrível ser gorda?”.
Repórter da BBC testou ‘chubby filter’ no TikTok (Imagem: Reprodução/BBC)
Para a nutricionista Emma Beckett, a trend é “um grande retrocesso” no combate ao estigma contra pessoas gordas. “É só a repetição de velhos estereótipos e clichês falsos”, disse Emma, que também é cientista alimentar, à BBC.
Para exemplificar esses clichês e estereótipos, Emma cita “a ideia de que pessoas gordas são preguiçosas, falhas e que ser como elas é algo a ser evitado a todo custo”.
“O medo de engordar contribui para transtornos alimentares e insatisfação corporal”, explica a nutricionista. “[O filtro que engorda] alimenta a cultura tóxica da dieta, faz com que as pessoas fiquem obcecadas por comida e exercícios de maneira nada saudável, e as torna mais vulneráveis a produtos milagrosos e modismos alimentares.”
O “chubby filter” não é o primeiro e nem vai ser o último filtro que modifica a aparência a viralizar no TikTok. No caso deste, parece ser mais um criado por desenvolvedores independentes – isto é, sem ligação com o TikTok.
Nina e Emma, usuárias do TikTok que experimentaram filtro que deixa pessoas mais gordas em fotos (Imagem: Reprodução/Redes sociais)
Até a publicação desta matéria, postagens com o filtro tinham recebido milhares de curtidas, comentários e compartilhamentos. E milhares de críticas.
Pesquisadores que têm trabalhado com inteligência artificial há tempos não estão convencidos de que a tecnologia pode igualar ou superar as capacidades humanas. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Association for the Advancement of Artificial Intelligence, uma sociedade científica internacional sediada em Washington DC.
Ao consultar 475 acadêmicos da área, 76% deles responderam que era “improvável” ou “muito improvável” que o modelo atual tenha sucesso em atingir a chamada AGI, sigla para inteligência geral artificial em inglês.
O estudo define a AGI como um sistema que é “capaz de igualar ou exceder o desempenho humano em toda a gama de tarefas cognitivas”, mas ainda não parâmetros definidos para essa classificação.
“Não sei se atingir a inteligência de nível humano é o objetivo certo”, afirmou à Nature Francesca Rossi, pesquisadora de IA na IBM, que liderou a pesquisa em seu papel como presidente da associação. “A IA deve apoiar o crescimento, o aprendizado e a melhoria humana, não nos substituir.”
Pesquisadores não acreditam que modelo atual vai exceder o desempenho humano (Imagem: Alex Cristi/iStock)
Além disso, 80% dos entrevistados disseram que as percepções atuais das capacidades de IA não correspondem à realidade. Isso mesmo com os planos das empresas de tecnologia de gastarem mais de US$ 1 trilhão em data centers e chips nos próximos anos.
“Sistemas proclamados como equivalentes ao desempenho humano – como em problemas de codificação ou problemas de matemática – ainda cometem erros estúpidos”, disse Thomas Dietterich da Oregon State University, que contribuiu para o relatório, ao site NewScientist. “Esses sistemas podem ser muito úteis como ferramentas para auxiliar na pesquisa e codificação, mas não vão substituir nenhum trabalhador humano.”
Empresas de tecnologia anunciaram investimentos de mais de US$ 1 trilhão em data centers e chips (Imagem: Alexander Limbach/Shutterstock)
Destaques da pesquisa
Mais de 75% dos entrevistados disseram que buscar sistemas de IA com “um perfil de risco-benefício aceitável” deveria ser uma prioridade maior do que atingir AGI;
23% disseram que AGI deveria ser a principal prioridade;
Cerca de 30% dos entrevistados concordaram que o desenvolvimento da AGI deveria ser interrompido até que tenhamos uma maneira de controlar totalmente esses sistemas.
“O foco crescente em comportamentos emergentes de IA em vez de propriedades projetadas e validadas de sistemas de IA torna a avaliação empírica baseada em princípios mais importante do que nunca. Daí a necessidade de benchmarks bem projetados, metodologias de teste e processos sólidos para inferir conclusões dos resultados de experimentos computacionais”, defendeu Rossi em uma carta aberta.
Pesquisadores de uma equipe internacional, incluindo cientistas da Charles Darwin University (CDU), desenvolveram um modelo de inteligência artificial (IA) chamado ECgMPL, que identifica o câncer endometrial com uma precisão impressionante de 99,26%.
Este câncer é um dos tipos mais comuns de tumores reprodutivos e, se diagnosticado precocemente, tem boas chances de tratamento. O estudo foi publicado no jornal Computer Methods and Programs in Biomedicine Update.
Detalhes do estudo
O modelo supera os métodos tradicionais, que têm uma precisão de cerca de 79%, ao analisar imagens microscópicas de células e tecidos, melhorando a qualidade da imagem e focando em áreas específicas que podem passar despercebidas a olho nu.
O ECgMPL foi otimizado para ser computacionalmente eficiente e é capaz de identificar não só câncer endometrial, mas também cânceres colorretal, de mama e oral, com altas taxas de precisão (98,57%, 98,20% e 97,34%, respectivamente).
Os pesquisadores acreditam que esse modelo pode ser uma ferramenta valiosa para médicos, ajudando na detecção precoce do câncer, no acompanhamento do tratamento e na tomada de decisões clínicas.
Métodos tradicionais para detectar presença do câncer endometrial possuem precisão menor que o alcançado pela IA – Imagem: Peakstock/Shutterstock
Embora a IA não substitua os médicos, ela oferece uma solução rápida, acessível e econômica para o diagnóstico do câncer, com o potencial de melhorar os resultados dos pacientes.
A detecção precoce, especialmente do câncer endometrial, é crucial, pois facilita o tratamento eficaz e aumenta as chances de sobrevivência.
O modelo ECgMPL não só representa um avanço na luta contra o câncer, mas também abre portas para a aplicação dessa tecnologia em outros tipos de doenças, oferecendo uma nova abordagem no diagnóstico médico.
Modelo se apresenta como uma potencial ferramenta valiosa para médicos no diagnóstico precoce – Imagem: MUNGKHOOD STUDIO/Shutterstock