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Drone diferentão tem design inspirado em esquilo voador; veja

Um novo drone com design inspirado em um esquilo voador promete ser mais manobrável e ágil. Desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang (POSTECH), na Coreia do Sul, a novidade conta com asas que se estendem para permitir a desaceleração repentina e mudar de direção sem perder a coordenação do voo. 

Entenda:

  • Pesquisadores sul-coreanos criaram um drone com design inspirado em um esquilo voador;
  • Com as asas fechadas, o layout do novo modelo é bastante comum;
  • De cada lado, entre os braços traseiros e dianteiros do drone, há uma asa de silicone controlada por um sistema de IA;
  • Em situações de desaceleração repentina, um mecanismo de articulação é ativado e as asas se estendem;
  • Ao mesmo tempo, o drone inclina sua traseira para frear e mudar de direção, planar ou pousar sem perder o controle;
  • Com informações do New Atlas.
Drone-esquilo possui asas e cauda. (Imagem: POSTECH)

Com as asas fechadas, o drone possui um layout bastante comum: um corpo central acompanhado de quatro braços com hélices. E é justamente aqui que está o diferencial: em cada lado, posicionada entre os braços traseiros e dianteiros, encontramos uma asa feita de silicone. O dispositivo também tem uma “cauda”.

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Drone inspirado em esquilo voador permite mudança de direção repentina e controlada

A primeira versão do drone inspirado no esquilo voador foi criada em 2023, e a equipe desenvolveu um sistema baseado em inteligência artificial para a coordenação das hélices e asas. Quando identificada a necessidade de desaceleração repentina, um mecanismo de articulação estende as asas e o drone inclina sua extremidade traseira para frear e, então, mudar de direção, planar no mesmo local ou simplesmente pousar.

Drone inspirado em esquilo voador usa IA para mudar de direção com rapidez. (Imagem: shabeerthurakkal/iStock)

Em um artigo publicado recentemente no arXiv, os pesquisadores apontam que a tecnologia de IA ajudou a alcançar uma taxa de sucesso de 90,5% quando o drone foi conduzido através de uma pista de obstáculos semelhante a uma floresta. Para se ter uma ideia, as porcentagens foram de, respectivamente, 9,52% e 19% em drones sem asas ou com asas fixas.

Veja o “drone-esquilo” em ação

Além do artigo, os pesquisadores também divulgaram um vídeo que mostra o drone inspirado no esquilo voador em pleno voo. Veja abaixo:

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O lado obscuro da IA: o perigo invisível dos dados contaminados

A inteligência artificial moderna só é tão eficiente graças à imensa quantidade de dados utilizados em seu treinamento.

No entanto, essa dependência também a torna vulnerável a ataques de “dados envenenados” — inserções discretas de informações falsas ou enganosas que podem comprometer o comportamento dos modelos de IA.

Esses ataques podem provocar desde falhas simples, como respostas incoerentes em chatbots, até riscos graves no mundo real, como carros autônomos ignorando sinais de trânsito ou falhas em infraestruturas elétricas.

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Ataques de dados maliciosos ameaçam transportes, saúde e energia — e a resposta pode estar na união entre blockchain e IA segura (Imagem: frank60/Shutterstock)

Novo método busca mitigar os riscos

  • Para enfrentar esse desafio, pesquisadores da Florida International University (FIU) criaram uma abordagem que combina aprendizado federado e blockchain.
  • O aprendizado federado treina modelos diretamente nos dispositivos dos usuários, preservando a privacidade dos dados, mas ainda é vulnerável a ataques.
  • Já o blockchain, conhecido pela segurança em redes de criptomoedas, foi adaptado para monitorar e validar atualizações de dados, detectando e descartando informações potencialmente maliciosas antes que possam prejudicar o modelo.
  • O estudo sobre essa abordagem foi publicado no IEEE Access.

Segurança fortalecida

Segundo o professor Hadi Amini, líder da pesquisa, essa tecnologia poderá fortalecer a segurança de setores essenciais como transporte, saúde e infraestrutura crítica.

A equipe da FIU, em colaboração com o Centro Nacional de Segurança Cibernética e Resiliência em Transportes, também estuda o uso de criptografia quântica para proteger ainda mais os sistemas conectados e autônomos dos EUA.

Com a IA ganhando cada vez mais espaço na vida moderna, garantir a integridade dos dados de treinamento se torna uma prioridade estratégica para prevenir grandes riscos de segurança.

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Uma nova técnica promete blindar a inteligência artificial de usos indevidos (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

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IA física da Nvidia promete revolucionar a robótica humanoide; conheça

A Nvidia está avançando além da inteligência artificial (IA) generativa para um novo conceito: a inteligência artificial física. Esta inovação visa capacitar robôs humanoides e dispositivos robóticos industriais a executarem tarefas complexas no mundo real com maior precisão e autonomia.

“Estamos entrando na era da IA física, onde robôs complementam o trabalho humano realizando tarefas repetitivas com eficiência superior“, explicou Marcio Aguiar, diretor-executivo da Nvidia na América Latina, durante sua apresentação no Web Summit Rio nesta segunda-feira (28).

Isaac Gr00t N1 é modelo de IA desenvolvido especificamente para servir como fundação para outras empresas desenvolverem robôs humanoides (Imagem: Divulgação/Nvidia)

IA física? O que a Nvidia está “aprontando”, afinal?

  • Em março, a empresa lançou o Isaac Gr00t N1, modelo de inteligência artificial desenvolvido especificamente para servir como fundação para outras empresas desenvolverem robôs humanoides;
  • O diferencial deste modelo é seu pré-treinamento para manipulação de objetos — incluindo agarrar, mover e transferir itens entre as mãos —, além de executar sequências complexas de múltiplas etapas;
  • Proporcionamos o cérebro que dá capacidade de raciocínio aos humanoides“, afirmou Aguiar em entrevista ao g1. “A Nvidia não fabrica robôs, drones ou câmeras, mas fornece o poder computacional essencial para todos esses fabricantes”, prosseguiu;
  • De acordo com a empresa, modelos convencionais de Inteligência artificial generativa, como o GPT, da OpenAI, e o Llama, da Meta, apresentam limitações significativas para aplicações físicas, pois não compreendem, adequadamente, o mundo tangível, restringindo a eficácia dos robôs treinados com estas tecnologias.

Leia mais:

A IA física utiliza uma metodologia denominada aprendizado por reforço, permitindo que os dispositivos identifiquem imprevistos e desenvolvam soluções rapidamente. Esta abordagem possibilita que robôs desempenhem, com eficiência, tarefas, como embalagem de produtos, montagem de veículos ou navegação autônoma em diversos ambientes.

Com este novo paradigma, desenvolvedores podem realizar pós-treinamento personalizado para adaptar os modelos a necessidades específicas de suas aplicações, acelerando, significativamente, o desenvolvimento de soluções robóticas avançadas.

Fachada da Nvidia em Santa Clara, Califórnia (EUA)
De acordo com a empresa, modelos convencionais de IA generativa apresentam limitações significativas para aplicações físicas (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Nvidia inclui novos recursos de seu assistente de IA para Windows

Nvidia atualizou seu assistente de IA G-Assist para Windows para incluir plug-ins personalizados. O chatbot foi lançado como uma ferramenta para otimizar jogos, mas agora pode ser usado para controlar Spotify, Google Gemini e Twitch, por exemplo.

Plug-ins são complementos leves que oferecem novas funcionalidades ao software. Os plug-ins do G-Assist podem controlar músicas e conectar-se a grandes modelos de linguagem.

“Com o novo G-Assist Plug-In Builder baseado no ChatGPT, os usuários podem gerar código formatado corretamente com IA e, em seguida, integrá-lo ao G-Assist — permitindo uma funcionalidade rápida e assistida por IA que responde a comandos de texto e voz”.

Novas funções

O assistente de IA agora se conecta ao Spotify para controle de voz e música com viva-voz. No Google Gemini, o sistema permite conversas complexas baseadas na nuvem. Já o Twitch pode ser acessado através de comando de voz para verificar se um streamer está ao vivo, por exemplo.

Leia a reportagem completa aqui

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E agora, Nvidia? Microsoft cria IA que roda dentro de PCs normais

Um grupo de pesquisadores da Microsoft Research apresentou um modelo de inteligência artificial (IA) que roda de maneira local em computadores normais. Desenvolvido em parceria com a Universidade da Academia Chinesa de Ciências, o modelo propõe uma baita mudança no uso e funcionamento de IAs.

Conforme descrito num artigo publicado recentemente no servidor arXiv, o BitNet b1.58 foi projetado para rodar em CPUs comuns. Assim, ele dispensa as potentes (e gastonas) Unidades de Processamento Gráfico (GPUs). No setor das IAs, a principal fornecedora de GPUs é a Nvidia.

Modelos atuais de IA têm um problema energético

Grandes modelos de linguagem (LLMs, na sigla em inglês) – por exemplo: ChatGPT (OpenAI) e Gemini (Google) – dependem de GPUs para funcionarem e serem treinados. Isso devido à imensa quantidade de dados e cálculos envolvidos.

BitNet b1.58 foi projetado para rodar em CPUs, dispensando GPUs, componente fornecido principalmente pela Nvidia (Imagem: Below the Sky/Shutterstock)

Essa dependência gera consumo elevado de energia nos data centers que hospedam esses serviços, o que levanta preocupações ambientais e de sustentabilidade.

Uma solução possível: Arquitetura de 1 Bit

A equipe da Microsoft abordou o problema focando numa das partes mais intensivas do processo: o uso e armazenamento dos “pesos” do modelo.

Normalmente, são números complexos (ponto flutuante de 8 ou 16 bits). A nova abordagem, denominada “arquitetura de 1 bit”, simplifica radicalmente essa etapa.

Ilustração de cérebro em chip para representar inteligência artificial
Equipe da Microsoft focou no uso e no armazenamento dos “pesos” do modelo de IA (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Neste novo sistema:

  • Valores simplificados: Os pesos são representados usando apenas três valores: -1, 0 e 1;
  • Cálculos eficientes: O processamento se baseia em operações matemáticas simples de adição e subtração, que podem ser facilmente executadas por CPUs padrão.

Para otimizar a execução, os pesquisadores desenvolveram um ambiente específico chamado bitnet.cpp, projetado para tirar o máximo proveito da arquitetura de 1 bit.

Resultados promissores e possíveis impactos

Testes iniciais indicam que o BitNet b1.58 consegue ter um desempenho comparável, e em alguns casos até superior, a modelos baseados em GPU de tamanho similar.

Mulher analisando data center de inteligência artificial
Dependência de GPUs gera consumo elevado de energia nos data centers que hospedam serviços de IA (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

A grande vantagem é a significativa redução no uso de memória – e, consequentemente, no consumo de energia.

Se os resultados se confirmarem, essa tecnologia pode revolucionar o uso de IAs. Como? Assim:

  • Menor dependência de data centers: Usuários poderiam executar chatbots e outros modelos de IA diretamente em seus computadores pessoais ou (quem sabe um dia) celulares;
  • Redução do consumo de energia: Diminuiria drasticamente a pegada energética associada à IA;
  • Maior privacidade: A execução local dos modelos aumentaria a privacidade dos dados do usuário;
  • Funcionamento offline: Permitiria o uso de IAs mesmo sem conexão com a internet.
Ilustração de inteligência artificial em chip
Se os resultados do BitNet b1.58 da Microsoft se confirmarem, essa tecnologia pode revolucionar o uso de IAs (Imagem: dee karen/Shutterstock)

Leia mais:

Assim, o desenvolvimento do BitNet b1.58 pela Microsoft aponta para um futuro no qual a inteligência artificial pode se tornar mais acessível, eficiente e sustentável. A ver como essa ideia vai, de fato, sair do papel.

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Photoshop: vai dar para criar imagens do zero usando apenas texto

No início do mês, o Olhar Digital reportou os planos da Adobe de facilitar a vida de usuários do Photoshop com recursos de inteligência artificial. Pelo jeito, a empresa realmente apostou nisso, com o anúncio de uma série de novas funcionalidades de IA durante o evento anual MAX London, no final da última semana.

Entre as novidades, a Adobe lançou um recurso para criar imagens do zero a partir de prompts de texto no Photoshop. Os programas Illustrator, Lightroom, Premiere e Firely também ganharam atualizações.

Adobe Photoshop ganhou novos recursos de IA

O principal recurso anunciado pela Adobe no evento é o “Referência de Composição”. Com ele, será possível gerar cenas completas a partir de prompts de texto. Nesse processo, os usuários mantém o controle da imagem, podendo solicitar edições e fazer alterações no que foi gerado.

Outra ferramenta é o “Selecionar Detalhes”, que melhora a seleção de elementos presentes em uma imagem, como roupas, rostos e objetos, e facilita na hora de recortar e editar trechos.

Nova ferramenta facilita seleção de trechos da imagem (Imagem: Adobe/Divulgação)

Também será possível editar as cores presentes na imagem com o recurso “Ajustar Cores com IA”. Com ele, dá para alterar saturação, luz e matiz.

Ainda, um novo Painel de Ações promete facilitar a vida dos usuários. Este, no entanto, está em fase beta.

Vale lembrar que as criações ‘do zero’ e as edições mencionadas podem ser feitas manualmente. As novidades de IA apenas agilizam o processo.

Ficará mais fácil editar cores nas imagens no Photoshop (Imagem: Adobe/Divulgação)

Novidades em mais programas da Adobe

O Photoshop não foi o único a receber atualizações de inteligência artificial:

  • O Illustrator (para criar ilustrações) terá uma ferramenta chamada “Preenchimento Generativo de Formas e Texto para Padrões”. Com ela, será possível criar gráficos e vetores a partir de prompts de texto;
  • No Lightroom (para edição de fotos), a novidade é o “Selecionar Paisagem”, que torna a seleção de paisagens (como água, céu e vegetação) mais fácil;
  • O Premiere Pro (de edição de vídeo) ganhou o “Generative Extend”, que amplia trechos de vídeo usando inteligência artificial, com direito a resolução 4K. Além disso, há um novo suporte de legendas automáticas para até 27 idiomas e mecanismo de pesquisa de mídia em grandes galerias;
  • Por último, o Firefly (de IA generativa) agora permite integração com programas de outras empresas, como Google e OpenAI.

Leia mais:

IA no Photoshop vai substituir humanos?

Em um anúncio anterior de recursos de inteligência artificial, a Adobe já havia afirmado que a tecnologia não pode substituir a inspiração criativa humana, só “ajudar você a tirar seu projeto do papel”.

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Photoshop: vai dar para criar imagens do zero usando apenas texto

No início do mês, o Olhar Digital reportou os planos da Adobe de facilitar a vida de usuários do Photoshop com recursos de inteligência artificial. Pelo jeito, a empresa realmente apostou nisso, com o anúncio de uma série de novas funcionalidades de IA durante o evento anual MAX London, no final da última semana.

Entre as novidades, a Adobe lançou um recurso para criar imagens do zero a partir de prompts de texto no Photoshop. Os programas Illustrator, Lightroom, Premiere e Firely também ganharam atualizações.

Adobe Photoshop ganhou novos recursos de IA

O principal recurso anunciado pela Adobe no evento é o “Referência de Composição”. Com ele, será possível gerar cenas completas a partir de prompts de texto. Nesse processo, os usuários mantém o controle da imagem, podendo solicitar edições e fazer alterações no que foi gerado.

Outra ferramenta é o “Selecionar Detalhes”, que melhora a seleção de elementos presentes em uma imagem, como roupas, rostos e objetos, e facilita na hora de recortar e editar trechos.

Nova ferramenta facilita seleção de trechos da imagem (Imagem: Adobe/Divulgação)

Também será possível editar as cores presentes na imagem com o recurso “Ajustar Cores com IA”. Com ele, dá para alterar saturação, luz e matiz.

Ainda, um novo Painel de Ações promete facilitar a vida dos usuários. Este, no entanto, está em fase beta.

Vale lembrar que as criações ‘do zero’ e as edições mencionadas podem ser feitas manualmente. As novidades de IA apenas agilizam o processo.

Ficará mais fácil editar cores nas imagens no Photoshop (Imagem: Adobe/Divulgação)

Novidades em mais programas da Adobe

O Photoshop não foi o único a receber atualizações de inteligência artificial:

  • O Illustrator (para criar ilustrações) terá uma ferramenta chamada “Preenchimento Generativo de Formas e Texto para Padrões”. Com ela, será possível criar gráficos e vetores a partir de prompts de texto;
  • No Lightroom (para edição de fotos), a novidade é o “Selecionar Paisagem”, que torna a seleção de paisagens (como água, céu e vegetação) mais fácil;
  • O Premiere Pro (de edição de vídeo) ganhou o “Generative Extend”, que amplia trechos de vídeo usando inteligência artificial, com direito a resolução 4K. Além disso, há um novo suporte de legendas automáticas para até 27 idiomas e mecanismo de pesquisa de mídia em grandes galerias;
  • Por último, o Firefly (de IA generativa) agora permite integração com programas de outras empresas, como Google e OpenAI.

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IA no Photoshop vai substituir humanos?

Em um anúncio anterior de recursos de inteligência artificial, a Adobe já havia afirmado que a tecnologia não pode substituir a inspiração criativa humana, só “ajudar você a tirar seu projeto do papel”.

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Brasileiros treinam IA para que ela não incentive comportamentos inadequados

O número de pesquisas feitas usando a inteligência artificial aumentou expressivamente nos últimos meses.

A tecnologia entrou de vez na vida das pessoas, mas existem temores de que ela possa incentivar comportamentos inadequados.

Para evitar que isso aconteça, um grupo de brasileiros tem atuado criando e analisando prompts, avaliando e categorizando as respostas dadas pelos chatbots. Tudo isso para tentar evitar que a IA forneça informações que ofereçam risco aos usuários.

Respostas problemáticas sobre nazismo e outros temas

  • A iniciativa é financiada pela Outlier, uma intermediária que conecta colaboradores de todo o mundo a gigantes da tecnologia.
  • O grupo foi criado após uma inteligência artificial sugerir que a pessoas poderia “beber até cair”.
  • A resposta foi dada após uma pergunta sobre como se divertir em uma noite com os amigos.
  • Mas há situações bem mais graves, como as respostas sobre nazismo.
  • Neste sentido, os brasileiros trabalham para verificar se as informações repassadas pelos chatbots corresponde a fatos históricos, sem fazer juízo de valor de acontecimentos.
Tecnologia também tem as suas falhas (Imagem: Iuliia Bishop/Shutterstock)

Leia mais

É possível driblar os sistemas de segurança da IA

Quando um usuário faz uma pergunta direta sobre como ferir alguém, por exemplo, a inteligência artificial oferece uma resposta padrão, negando aquela solicitação. No entanto, é possível driblar estes sistemas de defesa.

Para isso, basta reformular a questão de maneira indireta, fornecendo mais informações e hipóteses para que a IA aprenda outros caminhos que os usuários podem tentar seguir para obter essa resposta. É assim que respostas problemáticas aparecem.

Inteligência artificial
Respostas fornecidas pela IA ainda precisam de supervisão humana (Imagem: Sansert Sangsakawrat/iStock)

A tecnologia do Google, por exemplo, já disse que seres humanos devem comer ao menos uma pedra pequena por dia e sugeriu usar cola para grudar a massa da pizza ao queijo. Quando foi disponibilizado no Brasil, o Bard mentiu sobre as urnas eletrônicas e colocou em dúvida o resultado das eleições de 2022

Procurada pelo G1, a Scale AI, dona da Outlier, afirmou que “treinar modelos de IA generativa para prevenir conteúdo prejudicial e abusivo é essencial para o desenvolvimento seguro da IA”.

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Huawei prepara teste de novo chip de IA para competir com a Nvidia

A Huawei Technologies se prepara para testar seu mais novo (e poderoso) chip de inteligência artificial (IA), o Ascend 910D. A empresa espera que este chip substitua alguns dos produtos de ponta da Nvidia.

Este avanço demonstra a resiliência da indústria de semicondutores da China, mesmo diante dos esforços dos Estados Unidos para limitar seu acesso a tecnologias ocidentais de fabricação de chips, aponta o Wall Street Journal (WSJ).

Huawei quer testar o Ascend 910D; conheça as características do novo chip

A Huaweicontatou algumas empresas chinesas de tecnologia para testar a viabilidade técnica do Ascend 910D, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pelo WSJ. A expectativa é que o primeiro lote de amostras do processador seja recebido já no final de maio de 2025.

Huawei contatou empresas chinesas de tecnologia para testar seu novo chip de IA (Imagem: g0d4ather/Shutterstock)

O novo chip utiliza tecnologias de encapsulamento para integrar mais matrizes de silício, buscando aumentar o desempenho.

Segundo uma das fontes, a Huawei espera que esta última versão do Ascend AI seja mais poderosa que o H100 da Nvidia, chip popular lançado em 2022 para treinamento de IA.

  • No entanto, outras fontes relataram que o 910D consome muita energia. E é menos eficiente que o H100.

O desenvolvimento ainda está em estágio inicial. E serão necessários diversos testes para avaliar o desempenho e preparar o chip para os clientes.

Contexto geopolítico e mercado

A Huawei, sediada em Shenzhen, tornou-se uma peça central nos esforços da China para criar uma indústria de semicondutores autossuficiente. E para o país asiático desenvolver alternativas aos chips de IA dos EUA, setor onde país ainda lidera por conta da Nvidia.

Logo da Huawei exibido em smartphone e ao fundo bandeiras da China e Estados Unidos
Huawei se tornou crucial para China desenvolver alternativas aos chips de IA dos EUA (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Recentemente, Washington adicionou o chip H20 da Nvidia à lista de semicondutores com venda restrita na China. O H20 era o processador mais avançado que a Nvidia podia vender no país sem necessidade de licença.

  • A Nvidia informou que essa restrição resultaria num prejuízo de US$ 5,5 bilhões (R$ 31,3 bilhões).

Leia mais:

Huawei
Huawei deve enviar mais de 800 mil chips de IA para clientes na China (Imagem: viewimage/Shutterstock)

Fontes indicam que a Huawei deve enviar mais de 800 mil chips Ascend 910B e 910C – antecessores do Ascend 910D – para clientes como operadoras de telecomunicações estatais e desenvolvedores privados de IA, incluindo a ByteDance (controladora do TikTok), em 2025.

Alguns compradores já estariam negociando com a Huawei para aumentar os pedidos do 910C após as restrições impostas aos chips H20 da Nvidia, segundo o WSJ.

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Seis lições que a IA generativa tem nos deixado

Vivemos uma era em que a inteligência artificial generativa não é apenas um avanço tecnológico — é um revelador brutal. Mais do que ferramenta, ela é espelho. Um espelho de alta precisão que reflete com crueza não só o que somos, mas aquilo que, por conveniência ou covardia, escolhemos fingir ser.

Projetamos nela nossa obsessão por produtividade, nossa fixação por escala, nosso desdém pelo tempo e, principalmente, nossa crescente impaciência com tudo aquilo que é humano demais: o erro, a hesitação, a travessia lenta.

Desde o surgimento do ChatGPT, da Midjourney e de suas inúmeras derivações, temos nos encantado com a capacidade das máquinas de simular o humano. Mas talvez o que nos incomode de verdade não seja o espanto com o que elas fazem — e sim o que isso revela sobre nós. A IA não nos ultrapassa: ela nos desmascara.

A generatividade da máquina escancara a estagnação do humano.

Nunca foi tão fácil produzir — e, paradoxalmente, tão difícil emocionar. A IA generativa trouxe à tona uma constatação incômoda, muitas vezes velada sob o volume de entregas: grande parte do que já se criava antes era, na verdade, superficial, redundante, automatizado sem automação.

A diferença agora é que a mediocridade ganhou concorrência — e ela é rápida, gratuita, escalável e, ironicamente, mais eficiente do que muitos humanos que a alimentam.

A IA generativa torna a produção rápida, mas a mediocridade agora é mais eficiente e escalável (Imagem: Boy Anthony/Shutterstock)

De acordo com a Gartner, até 2026, 90% de todo o conteúdo digital será gerado por máquinas. Isso significa que, no novo paradigma, não competiremos mais por agilidade ou quantidade — mas por sentido, por significância.

O talento, antes diferencial, torna-se pré-requisito básico. O que nos distingue, no fim, não é mais a capacidade de entregar, mas a de interpretar, emocionar, transcender. Sentir, em profundidade, tornou-se um ato de resistência.

A IA tornou o conteúdo abundante. Mas não necessariamente relevante. Nunca se escreveu tanto — e nunca se disse tão pouco. Em meio a esse dilúvio de informações, a confiança tornou-se um recurso escasso, quase clandestino. Ela já não se conquista pelo conteúdo em si, mas pela reputação de quem o oferece e, sobretudo, pelas razões pelas quais o faz.

A inflação de conteúdo expôs a escassez de autenticidade.

O novo protagonismo não será dos que produzem mais, mas dos que dizem com propósito. Curadores, líderes de pensamento, vozes éticas e conscientes emergem como faróis em meio ao nevoeiro do conteúdo genérico.

A curadoria crítica — que separa o essencial do ruidoso, o verdadeiro do verossímil — assume papel de urgência civilizatória.

A IA não é neutra — e tampouco é ingênua.

Um dos maiores equívocos contemporâneos é tratar a inteligência artificial como algo imparcial, puro, inodoro. Isso é, no mínimo, perigoso. A IA aprende com o que já foi dito — e perpetua, com verniz de eficiência, os mesmos preconceitos que tentamos, há séculos, desconstruir. Racismo algorítmico, desigualdade de gênero, eurocentrismo epistêmico: tudo isso ganha fluidez, escala e polidez na voz da máquina.

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Tratar a IA como imparcial é perigoso, pois ela perpetua preconceitos históricos com a fluidez e eficiência da máquina (Imagem: Ole.CNX/Shutterstock)

Não faltam exemplos. O DALL·E, ao gerar imagens de liderança exclusivamente masculina e branca. Os sistemas de moderação enviesados. As bases de dados treinadas sobre conteúdos que refletem o mundo como ele é — e não como deveria ser. A tecnologia, sem a crítica humana, apenas reafirma a ordem vigente. E isso é tudo, menos inovação.

Escalamos a tecnologia — mas negligenciamos a governança.

Enquanto as aplicações de IA evoluem em ritmo exponencial, as regulamentações rastejam em compasso analógico. Essa assimetria é grave. Temos tratado a inovação como valor absoluto, sem ponderar sua ambiguidade essencial: toda tecnologia pode libertar ou aprisionar, democratizar ou explorar, dependendo de quem a controla — e com quais interesses.

Regulamentações acompanham devagar o avanço da IA, ignorando os riscos de controle e interesses envolvidos (Imagem: ImageFlow/Shutterstock)

O AI Act, aprovado pela União Europeia em 2024, é um alento. Mas ainda rascunha as complexidades envolvidas em temas como autoria intelectual, manipulação de massas, privacidade de dados e desinformação.

E no Brasil? A pauta ainda é periférica, quando deveria ser central. Enquanto isso, empresas seguem monetizando, sem freios, um campo que deveria ser tratado com responsabilidade e ética coletiva.

A ameaça real não é a IA — é a ausência de um projeto humano

A frase “a IA não vai roubar seu emprego, mas alguém que usa IA vai” tem servido como mantra nos corredores corporativos. Mas é raso demais para o abismo que se abre. A pergunta mais urgente não é quem será substituído — mas por que seguimos formando pessoas para serem substituíveis.

IA versus humanos
A frase “a IA não vai roubar seu emprego, mas alguém que usa IA vai” tem servido como mantra nos corredores corporativos. (Imagem: Leonardo Santtos/Shutterstock)

A IA escancara a obsolescência de funções humanas que sempre foram mais operacionais do que intelectivas, mais repetitivas do que reflexivas. É preciso redesenhar, com urgência, não apenas o que chamamos de trabalho — mas o que chamamos de valor, de criação, de inteligência. A IA é só o gatilho.
O que está em jogo é nossa própria relevância enquanto espécie criadora

A maior lição da IA generativa não é sobre a máquina — é sobre a humanidade que deixamos adormecer

Ela nos obriga a encarar nossa preguiça intelectual, nossa terceirização da autoria, nosso fascínio por atalhos. Nos lembra que ter acesso ao conhecimento não é o mesmo que compreendê-lo. Que escrever bem não é o mesmo que pensar bem. Que produzir rápido não é o mesmo que viver com profundidade.

IA e criatividade.
Cada vez somos mais confrontados pela IA com nossa preguiça intelectual e a ilusão de que rapidez e acesso ao conhecimento substituem reflexão e profundidade (Imagem: Bishop Iuliia/Shutterstock)

A inteligência artificial é uma ferramenta de poder imenso — mas perigosa quando utilizada por uma sociedade que ainda não aprendeu a lidar com sua própria ignorância, sua superficialidade e sua pressa.

No fim das contas, o maior legado da IA generativa pode ser paradoxal: nos forçar a lembrar o que significa ser humano. Não no sentido biológico, mas existencial. Preservar, diante da máquina que tudo simula, aquilo que nunca deveria ser simulado: o espanto, a dúvida, a experiência, a consciência. E, talvez, a beleza de não saber.

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OpenAI quer que sua IA saiba “pedir ajuda” a outros modelos; entenda

Pela primeira vez em cinco anos, a OpenAI se prepara para lançar um modelo de inteligência artificial completamente aberto – disponível gratuitamente, sem necessidade de API.

Previsto para os próximos meses, o modelo busca superar soluções abertas da Meta e da DeepSeek, tanto em desempenho quanto em recursos. E uma novidade inovadora neste modelo aberto parece ser um dos trunfos da startup.

O que é o recurso e como ele deve funcionar

  • Um diferencial importante, segundo fontes do TechCrunch, pode ser a capacidade do novo modelo local se conectar à nuvem da OpenAI para resolver tarefas mais complexas – um recurso chamado internamente de “transferência”.
  • Isso permitiria ao modelo aberto acionar APIs da empresa para acessar modelos mais potentes, aumentando significativamente seu poder computacional.
  • Inspirado por sugestões da comunidade e por sistemas híbridos como o Apple Intelligence, esse recurso pode atrair desenvolvedores de código aberto para o ecossistema da OpenAI e gerar receita adicional.
  • No entanto, ainda há incertezas sobre preços, limitações e a implementação final do modelo.
Empresa testa nova estratégia com modelo local que aciona APIs premium – Imagem: QubixStudio/Shutterstock

Leia mais:

O novo modelo está sendo treinado do zero e, embora deva ter desempenho inferior ao GPT-4 (o3), promete superar concorrentes como o R1 da DeepSeek em benchmarks específicos.

Modelos da OpenAI ainda alucinam mais do que deviam

Apesar dos esforços da OpenAI com investimentos robustos em seus modelos de IA para torná-los mais precisos, eles ainda não estão livres de fornecerem respostas equivocadas aos usuários.

Testes da OpenAI revelaram que o o3 alucina em 33% das vezes ao responder perguntas sobre pessoas no PersonQA, o benchmark interno da startup. Já o o4-mini foi ainda pior, “viajando” 48% da vezes. Leia mais sobre isso aqui.

Logo da OpenAI em um smartphone na horizontal
OpenAI aposta em IA híbrida com modelo aberto conectado à nuvem (Imagem: jackpress / Shutterstock.com)

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