inteligencia_artificial-1-1024x539-1

IA pode ser solução para garantir segurança alimentar no Brasil

Um dos principais desafios da atualidade é combater a insegurança alimentar global. Apesar de ser uma das principais “fazendas” do mundo, o Brasil não está imune ao problema, que pode se tornar ainda maior em função das mudanças climáticas.

Pensando nisso, um grupo de pesquisadores apresentou um relatório que reúne propostas concretas para solucionar problemas críticos relacionados ao tema. O trabalho defende a utilização de tecnologias, incluindo a inteligência artificial, para afastar a ameaça da fome.

Tecnologias são fundamentais para a transformação dos sistemas alimentares

O trabalho apresenta soluções inovadoras para problemas como o acesso à água potável, a modernização das infraestruturas rurais e a promoção de cadeias de valor sustentáveis. Além disso, destaca a utilização de tecnologias avançadas, como a IA e as ferramentas digitais para apoiar desde a produção até à distribuição de alimentos, reforçando a resiliência face aos desafios climáticos e sociais.

O documento aponta ainda a importância do fortalecimento das redes de investigação, do desenvolvimento de tecnologias locais e da inclusão digital como pilares fundamentais para a transformação dos sistemas alimentares.

IA pode ser utilizada para aumentar produção e evitar desperdícios (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Para os pesquisadores, há três pilares fundamentais para aprimorar a segurança alimentar: a promoção da pesquisa científica básica e tecnológica e a modernização e ampliação da infraestrutura de CT&I como um pacto geopolítico na América Latina e Caribe; o aumento dos financiamentos públicos e privados para o desenvolvimento da CT&I de segurança alimentar; e a formação, atração e fixação de recursos humanos com foco em segurança alimentar nos centros de ensino e pesquisa.

Dessa forma, o relatório serve como um guia prático para governos, organizações e comunidades acadêmicas comprometidas com a erradicação da fome e a garantia da segurança alimentar na América Latina. O documento na íntegra pode ser acessado clicando aqui.

Leia mais

plantação
Pesquisadores defendem que a fome não é resultado da falta de comida existente (Imagem: Soru Epotok/Shutterstock)

Insegurança alimentar pode aumentar no futuro

  • De acordo com os pesquisadores, a insegurança alimentar não é um mero resultado da escassez de alimentos, mas sim uma construção social e política.
  • Os países da América Latina e Caribe, por exemplo, apresentam uma distribuição interna bastante desigual.
  • Enquanto a prevalência de insegurança alimentar moderada e grave foi de 14,1% no Uruguai e de 15,9% na Costa Rica, entre 2019 e 2021, o índice atingiu 55,8% da população da Guatemala e 82,5% do Haiti.
  • Segundo os autores, há, em curso, três graves ameaças globais à saúde e à sobrevivência humana: as pandemias de desnutrição, de obesidade e as mudanças climáticas.

O post IA pode ser solução para garantir segurança alimentar no Brasil apareceu primeiro em Olhar Digital.

Captura-de-tela-2025-03-13-190755-1024x800

Quem foi a astrônoma que dá nome ao novo chip da Nvidia?

A Nvidia vai revelar detalhes de seu novo processador gráfico de inteligência artificial (IA) na conferência anual da empresa, marcada para a próxima terça-feira (18). O Rubin foi batizado em homenagem a Vera Rubin, astrônoma estadunidense reconhecida por seu trabalho com matéria escura invisível no Universo.

Ao contrário de outras companhias do setor, que optam por números e letras, as inovações da empresa chefiada por Jensen Huang recebem nomes de cientistas desde 1998, quando seus primeiros chips foram baseados na microarquitetura “Fahrenheit”.

Pode-se dizer que é uma cultura de uma das principais fornecedoras de serviços para Google, Microsoft, Amazon, OpenAI, Tesla e Meta. A Nvidia chegou a vender uma camiseta exclusiva para funcionários com desenhos animados de vários cientistas famosos, segundo reportagem da CNBC.

No lançamento deste ano, “Vera” se referirá ao processador central de próxima geração da Nvidia e “Rubin” se referirá à nova GPU da empresa. E a escolha faz sentido para 2025, ano em que o Observatório Vera C. Rubin, sediado no Chile, se prepara para conduzir pesquisa inédita de dez anos do céu noturno.

Antes de Rubin, a Nvidia homenageou outras mulheres em suas produções, como a cientista da computação estadunidense Grace Hopper, que cunhou o termo “bug” para se referir a falhas de computador; e Ada Lovelace, matemática britânica que foi pioneira em algoritmos de computador no século XIX.

Rubin fotografado medindo espectros em 1974 na Carnegie Institution em Washington (EUA) (Imagem: KPNO/NOIRLab/NSF/AURA)

Trajetória de Vera Rubin, que dá noma ao novo chip da Nvidia

  • Vera Rubin nasceu na Filadélfia, Pensilvânia (EUA), mas se mudou para DC ainda jovem. Ela tinha interesse pelo Espaço desde jovem, o que seus pais fomentaram e apoiaram;
  • O pai de Rubin a ajudou na construção de um telescópio de papelão para que ela pudesse fotografar o movimento das estrelas, e sua mãe persuadiu o bibliotecário local a permitir que ela verificasse livros de ciências para adultos;
  • Ela se formou em astronomia no Vassar College, em Nova York (EUA), a única aluna na escola só para mulheres a fazê-lo;
  • Rubin se candidatou à pós-graduação em Princeton, mas foi negada por ser mulher;
  • No verão de 1947, ela conheceu o estudante de física de Cornell e futuro marido, Bob Rubin, que, à época, estava no programa V-12 da Marinha dos EUA;
  • Em 1955, Rubin foi contratada pela Universidade de Georgetown para fazer pesquisas e lecionar. Ela trabalhou lá por uma década;
  • Em 1965, começou a trabalhar no Departamento de Magnetismo Terrestre da Carnegie Institution em Washington, DC. Rubin foi a primeira cientista mulher na equipe do departamento;
  • Suas ideias sobre os movimentos em larga escala das galáxias, tese de seu mestrado, começaram a decolar em escala maior quando ela colaborou com o astrônomo Kent Ford.
Observatório Vera C. Rubin, sediado no Chile (Imagem: Divulgação)

Leia mais:

A grande descoberta

Rubin e Ford trabalharam juntos por anos, compilando dados no Observatório Kitt Peak, no Arizona (EUA). Eles rastrearam a rotação das estrelas ao redor do centro de galáxias distantes. E observaram algo que não era esperado.

As estrelas mais distantes estavam girando tão rápido quanto aquelas perto do centro e não mais devagar, como se imaginava. O fenômeno levantou a hipótese de que uma “massa invisível” influencia a velocidade, o que, atualmente, chamamos de matéria escura.

A descoberta foi fundamental para abrir novos campos de pesquisa na astrofísica, incluindo a física de partículas. Os cientistas descobriram depois que a matéria escura compõe mais de 80% de toda a matéria no Universo.

Ao longo de sua carreira, Rubin publicou mais de 100 artigos científicos e foi eleita para a Academia Nacional de Ciências, além de ter recebido diversos prêmios, como a Medalha Nacional de Ciências, concedida pelo ex-presidente Bill Clinton, em 1993. Rubin morreu em 2016.

A ciência é competitiva, agressiva, exigente. Ela também é imaginativa, inspiradora, edificante. Vocês também podem fazer isso. Cada um de vocês pode mudar o mundo, pois vocês são feitos de matéria estelar e estão conectados ao Universo,” disse a astrônoma no discurso de formatura em Berkeley, em maio de 1996.

O post Quem foi a astrônoma que dá nome ao novo chip da Nvidia? apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_2479590683

Pesquisadores chineses planejam criar ‘rim digital’ com IA

Cientistas da Universidade de Pequim anunciaram um projeto ambicioso: a criação de um “rim digital” através da integração de tecnologias de imagem multimodal e inteligência artificial.

O “Projeto Imageomics do Rim” visa construir um atlas digital detalhado do órgão, abrindo novas perspectivas para o diagnóstico e tratamento de doenças renais.

A importância do diagnóstico precoce de doenças renais

A doença renal crônica (DRC) é uma condição silenciosa, frequentemente diagnosticada tardiamente, quando o comprometimento renal já é significativo. A falta de sintomas evidentes e de biomarcadores diagnósticos confiáveis dificulta a detecção precoce, crucial para prevenir a progressão da doença.

O “rim digital” surge como uma ferramenta inovadora para superar esses desafios. Através da visualização detalhada da arquitetura renal em múltiplas escalas — desde a dinâmica molecular até a função sistêmica do órgão — a plataforma promete revolucionar a nefrologia de precisão.

O “rim digital” se torna um “órgão transparente”, capaz de revelar a origem de lesões e auxiliar na personalização de tratamentos. (Imagem: Natali _ Mis/Shutterstock)

Uma das características mais notáveis do “rim digital” é sua capacidade de integrar imagens multimodais, como ultrassom, ressonância magnética (MRI), tomografia computadorizada (CT) e patologia. Essa integração permite uma visualização panorâmica e multidimensional do órgão, revelando detalhes que os exames tradicionais não conseguem captar.

Além disso, a plataforma oferece simulação dinâmica da função renal, permitindo a detecção precoce de alterações e a simulação de diferentes cenários clínicos. O “rim digital” se torna um “órgão transparente”, capaz de revelar a origem de lesões e auxiliar na personalização de tratamentos.

Na prática clínica, o “rim digital” auxiliará na localização precisa de lesões e na construção de modelos digitais personalizados, baseados nos dados clínicos de cada paciente. Essa abordagem personalizada permitirá a seleção de tratamentos mais eficazes e o aprimoramento do diagnóstico precoce.

Leia mais:

Os pesquisadores planejam construir um rim digital animal em três anos e um rim digital humano em dez anos. O projeto também servirá como modelo para a criação de atlas digitais de outros órgãos, impulsionando a pesquisa em diversas áreas da medicina.

O post Pesquisadores chineses planejam criar ‘rim digital’ com IA apareceu primeiro em Olhar Digital.

vanessa-spotlight_1-683x1024

IAs estão mudando nossos cérebros (e consumindo muita água)

No mundo corporativo, geralmente, as pessoas gostam de ter respostas e, se baseadas em dados, ainda melhor. No entanto, para além da mentalidade data driven, existe outra habilidade que está adormecida dentro de nós: fazer boas perguntas.

Vanessa Mathias e Luciana Bazanella, cofundadoras da White Rabbit, explicaram a importância desse pensamento crítico na palestra “Reimaginação Radical: Questione a Comunicação“, no evento Spotlight, realizada no dia 18 de fevereiro em comemoração dos 20 anos do Olhar Digital.

Em meio a um cenário de mudanças aceleradas, que se intensificam com a criação e popularização de inteligências artificiais, Vanessa e Luciana incentivaram os participantes a questionarem o papel da comunicação nos próximos anos.

Leia também:

Quais são os principais desafios da comunicação no futuro?

As palestrantes enumeraram alguns dos principais desafios que a comunicação enfrenta. O primeiro, claro, foi sobre IA. Mais precisamente, sobre os efeitos da IA na capacidade cognitiva humana.

“Nosso cérebro perde realmente a capacidade de atenção e concentração“, destacou Vanessa, alertando para as consequências do uso intensivo da tecnologia. Afinal, hoje ainda não sabemos todas as mudanças que a IA provoca, inclusive as físicas.

Ainda no quesito IA, elas destacaram a pegada ambiental da tecnologia – algo que pode passar despercebido no uso do dia a dia. No entanto, a inteligência artificial consome enormes quantidades de recursos: “100 palavras no ChatGPT equivalem a um litro de água. Eu não consigo mais escrever sem imaginar litros de água se esvaindo”, revelou Luciana.

Outro ponto certeiro da análise foi sobre o papel da publicidade na cultura de consumo desenfreado. As especialistas destacaram que é fundamental questionar quais produtos realmente fazem sentido para um mundo mais sustentável. “Será que estamos criando um mercado de produtos que nem deveriam existir?”, provocou Luciana.

Questione também: passo a passo

Como é possível observar, os problemas que Luciana e Vanessa levantaram não apenas afetam o setor hoje, mas também devem se intensificar ainda mais nos próximos anos.

Por isso, é importante que você também saiba fazer perguntas e estar confortável em não necessariamente ter respostas. Você quer experimentar?

Para você poder participar, você deve usar as três perguntas que as palestrantes ensinaram:

  • Comece fazendo perguntas com “por que”: essas são as perguntas que questionam a nossa realidade.
  • Avance para as perguntas com “como”: essas são as perguntas mais práticas.
  • Por fim, use as perguntas com “e se…”: essas são as perguntas para liberar a capacidade criativa e abrir as possibilidades.

Confira algumas perguntas que surgiram no dia do evento:

  • Por que o publicitário tem medo da mudança?
  • Por que as pessoas dizem se importar com o futuro, mas não fazem nada no hoje?
  • Como a gente pode influenciar as empresas a parar de priorizar o crescimento?
  • Como respeitar a ética e evitar plágios na inteligência artificial?
  • E se uníssemos a criatividade com a inteligência artificial sem perder a autenticidade?
  • E se os reptilianos estiverem entre nós?

No encerramento, as especialistas reforçaram que a comunicação do futuro não pode se basear apenas em tendências, mas deve considerar o impacto social, ambiental e cognitivo. “O futuro começa com as perguntas que fazemos hoje”, concluíram.

Spotlight: 20 anos do Olhar Digital

O evento Spotlight foi realizado em 18 de fevereiro de 2025, na Unibes Cultural, em São Paulo, para celebrar os 20 anos do Olhar Digital. Na ocasião, 30 renomados profissionais foram convidados para discutir as tendências e o impacto da inteligência artificial na economia criativa, comunicação e publicidade.

O objetivo foi proporcionar um espaço de aprendizado, networking e reflexões sobre as transformações previstas para 2025.

O post IAs estão mudando nossos cérebros (e consumindo muita água) apareceu primeiro em Olhar Digital.

ChatGPT-e-DeepSeek-31-de-janeiro-1024x576

Alibaba lança modelo de IA que “lê” emoções

A bola da vez no setor de tecnologia é a inteligência artificial. Este mercado movimenta quantias inacreditáveis de dinheiro todos os dias, o que move as empresas a buscarem aperfeiçoar cada vez mais os seus modelos de IA.

Um dos casos mais recentes é do Grupo Alibaba. Em uma clara tentativa de superar o ChatGPT e o DeepSeek, a gigante chinesa lançou uma nova ferramenta que promete ser capaz de “ler” as emoções dos usuários.

R1-Omni pode dizer se você está “feliz” ou “irritado”

Em duas demonstrações, pesquisadores do Tongyi Lab do Alibaba mostraram o novo modelo de código aberto, o R1-Omni, inferindo no estado emocional de uma pessoa em um vídeo. A tecnologia ainda foi capaz de oferecer descrições sobre suas roupas e ambiente.

Alibaba quer competir com o ChatGPT e o DeepSeek (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

De acordo com a gigante chinesa, o modelo de IA identifica apenas descrições emocionais gerais, como “feliz” ou “irritado”. No entanto, a capacidade de extrair essas informações a partir de pistas visuais é significativa e representa um importante avanço na tentativa de fazer com que computadores reconheçam e respondam aos sentimentos humanos.

O Grupo Alibaba observou que atingir a inteligência emocional é um passo fundamental para se chegar a inteligência artificial geral, que rivalizaria com a inteligência humana. O R1-Omni está disponível gratuitamente para download na plataforma Hugging Face.

Leia mais

Gigante chinesa quer priorizar desenvolvimento da chamada inteligência artificial geral (Imagem: hxdbzxy/Shutterstock)

Alibaba está acelerando desenvolvimento de ferramentas

  • O lançamento do novo modelo de IA faz parte dos esforços do Grupo Alibaba de se posicionar perante outras empresas que rivalizam no mesmo setor.
  • Por conta disso, ela tem acelerado o desenvolvimento e lançamento de novas ferramentas e aplicativos em várias áreas.
  • Uma das principais concorrente é a também chinesa DeepSeek, que tem causado um verdadeiro furor no mercado nas últimas semanas.
  • De fato, a Alibaba comparou seu modelo Qwen, também recém-lançado, ao da rival chinesa.

O post Alibaba lança modelo de IA que “lê” emoções apareceu primeiro em Olhar Digital.

grok-e1735414540163-1024x577

Inteligência artificial erra na maioria das consultas – e com convicção

Um estudo da Columbia Journalism Review (CJR) fez uma revelação preocupante: a maioria dos chatbots de inteligência artificial erra na hora de fazer consultas de notícias. E pior: em alguns casos, o erro é apresentado com convicção.

Entre as ferramentas analisadas, o Grok-3, da xAI, foi o que teve o pior desempenho. Já o Perplexity teve o melhor.

Grok-3 teve 94% de taxa de erro (Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

Inteligência artificial erra

O estudo analisou o desempenho de oito chatbots de inteligência artificial na hora de fazer buscas a partir de citações de notícias. Foram eles: ChatGPT, Perplexity, Perplexity Pro, DeepSeek, Copilot, Grok-2, Grok-3 e Gemini.

Na pesquisa, foram 200 prompts para cada chatbot, incluindo citações de notícias de diferentes jornais. A ferramenta tinha que responder com o título da matéria, data de publicação, veículo, endereço eletrônico (URL) e incluir uma outra citação da mesma notícia.

As respostas foram classificadas em seis categorias:

  • Correta: em que todas as exigências eram atendidas;
  • Correta, mas incompleta: algumas respostas estavam certas, mas faltava informação;
  • Parcialmente incorreta: algumas respostas estavam certas e outras, erradas;
  • Completamente incorreta: todas as repostas estavam erradas;
  • Sem resposta: IA não respondeu;
  • Bloqueada: quando o veículo de imprensa bloqueou a IA de acessar o conteúdo.
Exemplo de prompt usado na pesquisa (Imagem: Revista de Jornalismo da Columbia/Reprodução)

O chatbot que mais errou foi o Grok-3, da xAI, com 94% de taxa de erro. O melhor desempenho foi na versão gratuita do Perplexity, com apenas 35% de erro. Já a IA que mais optou por não responder às perguntas foi o Copilot, da Microsoft.

A pesquisa ainda apontou que, em muitos casos, a inteligência artificial devolvia links quebrados, que levavam a páginas com erros ou que tinham conteúdo replicado do veículo original. Só o Grok-3 teve 117 problemas deste tipo. O Gemini, do Google, indicou 127 páginas com erro nas pesquisas.

O estudo concluiu que, no total, os chatbots fornecem respostas erradas para mais de 60% das buscas. Porém, na maioria dos casos, houve sucesso em indicar a citação da notícia, como pedia o prompt.

Gráfico mostrando o desempenho dos oito chatbots, de acordo com as categorias propostas (Imagem: Revista de Jornalismo da Columbia/Reprodução)

IAs erram com certeza

O estudo identificou outro problema: versões premium dos chatbots (como o Grok-3 e o Perplexity Pro) erram mais do que as versões gratuitas. E pior: elas apresentaram as respostas erradas com mais convicção. Isso porque o treinamento desses modelos prevê um certo tom de autoridade e confiança – mesmo quando a reposta não está correta. Nesses casos, a IA reluta em admitir incerteza.

De acordo com a pesquisa, o “tom de voz autoritário” da tecnologia dificulta a distinção entre informações confiáveis e enganosas por parte dos usuários.

Leia mais:

Além disso, os chatbots têm mais dificuldade em se recusar a responder perguntas para as quais não sabem as respostas, o que resulta em erros ou até respostas especulativas.

Outra observação é que muitas ferramentas ignoram quando os proprietários de sites não permitem o acesso da IA.

Copilot, da Microsoft, foi o que mais se recusou a responder perguntas (Imagem: Revista de Jornalismo da Columbia/Reprodução)

OpenAI e Microsoft se pronunciaram

O estudo entrou em contato com as sete empresas responsáveis pelos chatbots (Perplexity e Perplexity Pro são da mesma dona). Delas, apenas OpenAI (do ChatGPT) e Microsoft (do Copilot) se manifestaram, em nota.

Veja o que a OpenAI disse:

Nós apoiamos editores e criadores ajudando 400 milhões de usuários semanais do ChatGPT a descobrir conteúdo de qualidade por meio de resumos, citações, links claros e atribuição. Nós colaboramos com parceiros para melhorar a precisão das citações em linha e respeitar as preferências do editor, incluindo habilitar como eles aparecem na pesquisa gerenciando o OAI-SearchBot em seu robots.txt. Nós continuaremos aprimorando os resultados da pesquisa.

E a Microsoft:

A Microsoft respeita o padrão robots.txt e honra as instruções fornecidas por sites que não querem que o conteúdo de suas páginas seja usado com os modelos de IA generativos da empresa.

O post Inteligência artificial erra na maioria das consultas – e com convicção apareceu primeiro em Olhar Digital.

inteligencia_artificial-1-1024x539

Meta é alvo de processo por uso indevido de obras para treinar IA

A Meta, dona do Instagram, Facebook e WhatsApp, vai enfrentar um novo processo judicial referente ao uso de obras sem autorização para treinar o seu modelo de inteligência artificial. A ação está sendo movida por editoras e autores franceses.

Três grupos comerciais disseram que estavam processando a empresa em um tribunal de Paris. Eles citam o “uso massivo de obras protegidas por direitos autorais sem autorização” como justificativa para a medida.

Conheça as alegações dos processantes

A National Publishing Union, que representa as editoras de livros, observou que “inúmeras obras” de seus membros estão aparecendo no conjunto de dados da Meta. Por conta disso, a entidade acusa a empresa de “descumprimento de direitos autorais e parasitismo”.

Outro grupo, o Sindicato Nacional de Autores e Compositores, que representa 700 escritores, dramaturgos e compositores, destacou que o processo é necessário para proteger os membros. Ainda afirmou que a IA “saqueia suas obras e patrimônio cultural”.

IA teria sido treinada com obras protegidas por direitos autorais (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

O terceiro grupo envolvido no processo, a Société des Gens de Lettres, representa os autores. Todos eles exigem a “remoção completa” dos diretórios de dados que a Meta criou sem autorização para treinar seu modelo de inteligência artificial.

Todos os processantes ainda alegam estar preocupados com o fato de a IA produzir “livros falsos que competem com as obras reais”. A Meta não se pronunciou oficialmente sobre o assunto até o momento. As informações são da ABC.

Leia mais

Martelo de tribunal de justiça em frente logomarca da Meta
Empresa terá que responder na justiça (Imagem: Sergei Elagin/Shutterstock)

Violação dos direitos autorais

  • Este é o caso mais recente sobre dados e direitos autorais envolvendo as indústrias criativas e editoriais e as empresas de tecnologia.
  • De acordo com a Lei de Inteligência Artificial da União Europeia, os sistemas de IA generativa devem cumprir a lei de direitos autorais do bloco e ser transparentes sobre o material usado para treinamento.
  • Dessa forma, o uso de obras sem autorização explícita dos autores e editoras é uma evidente infração das regras vigentes no continente.
  • As reclamações sobre o tema não são exclusivas da Europa, mas parecem estar muito longe de uma solução.

O post Meta é alvo de processo por uso indevido de obras para treinar IA apareceu primeiro em Olhar Digital.

iStock-2130308074-1024x683

As 10 tecnologias que vão abalar 2025, segundo o MIT

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) revelou a lista anual de 10 tecnologias inovadoras para 2025. O ranking já tinha sido divulgado no início do ano, mas voltou a chamar atenção durante o SXSW, festival de tecnologia, música, inovação e cultura realizado anualmente em março em Austin, Texas, nos Estados Unidos.

O ranking é elaborado por pesquisadores do MIT a partir de relatórios, conversas com especialistas e acompanhamento de avanços tecnológicos. A instituição foi considerada a melhor universidade do mundo nos últimos 13 anos pelo QS World University Rankings — então, se ela dita tendência, o mundo ouve.

Os fatores principais considerados para definir as tecnologias emergentes são: significância de longo prazo e potencial para se tornarem realidades comerciais, segundo o site Above The Law.

Waymo lidera transformação de robotáxis no mundo (Imagem: :Eli Wilson/iStock)

Leia Mais:

10 tecnologias para ficar de olho em 2025

Observatório Vera C. Rubin: Sediado no Chile, o observatório vai conduzir uma pesquisa de dez anos do céu noturno, criando o mapa digital mais detalhado de todos os tempos, explorando galáxias e buracos negros;

Busca de IA generativa: Talvez o item mais óbvio da lista, mas que reforça a grande mudança na forma como navegamos na internet, com novo estilo de conversação e respostas mais diretas;

Pequenos modelos de linguagem: Sistemas que exigem significativamente menos dados e poder de computação do que os LLMs, tornando tarefas específicas mais eficientes e adaptáveis;

Arrotos de gado: Cientistas estão desenvolvendo suplementos para reduzir a produção de metano a partir dos arrotos de gado, um dos maiores desafios ambientais agrícolas;

Robotáxis: O advento de serviços de IA vai impulsionar cada vez mais a coleta de informações para tornar os táxis autônomos uma realidade em escala global;

Combustível de aviação mais limpo: Novos combustíveis feitos de óleo de cozinha usado, resíduos industriais ou até mesmo gases no ar podem ajudar a alimentar aviões sem combustíveis fósseis;

Startup Stegra constrói primeira usina industrial de aço verde na Suécia (Imagem: Stegra/Divulgação)

Robôs de Aprendizado Rápido: Graças ao boom da IA ​​generativa de hoje, os robôs estão aprendendo novas tarefas mais rápido do que nunca. Estamos nos aproximando de robôs de propósito geral que podem lidar com uma variedade de tarefas em nosso nome;

Medicamentos de prevenção do HIV de ação prolongada: Um novo medicamento de prevenção do HIV ainda em teste descobriu que 100% das mulheres e meninas tratadas estavam protegidas de adquirir infecções pelo HIV. E ele só precisa ser injetado uma vez a cada seis meses;

Green Steel Technologies: A produção de aço é uma das maiores fontes industriais de dióxido de carbono. A primeira usina industrial de aço verde, que usa hidrogênio feito com energia renovável, está sendo construída no norte da Suécia;

Terapias-tronco cultivadas em laboratório: Transplantes experimentais de células feitas em laboratório parecem estar ajudando a tratar duas condições muito diferentes — epilepsia e diabetes tipo 1.

O post As 10 tecnologias que vão abalar 2025, segundo o MIT apareceu primeiro em Olhar Digital.

MV5BMzM4ODAyNzI1OV5BMl5BanBnXkFtZTgwMzQ5MTkyMzI40._V1_-1024x682

Não é só a DeepSeek: conheça outras empresas chinesas que são sucesso

A DeepSeek, uma empresa chinesa de inteligência artificial (IA), surpreendeu os mercados financeiros e grandes empresas de tecnologia dos EUA assim que o ano começou, mas seu sucesso não foi uma surpresa total.

Muitas empresas chinesas têm se destacado por adotar estratégia diferente das gigantes ocidentais, focando em inovação rápida e acessível em vez de depender de marca ou tecnologia exclusiva.

Essas empresas se destacam pela adaptabilidade e velocidade nos negócios, o que as coloca à frente da concorrência. Além da DeepSeek, outras empresas chinesas estão revolucionando a economia global. O The Conversation listou algumas delas. Vamos conhecê-las:

Empresas chinesas de sucesso

DJI Innovations

  • Fundada em 2006, a DJI é líder no mercado de drones e tecnologia de câmeras, com aplicações em áreas, como agricultura e defesa;
  • Sua capacidade de produzir tecnologia de ponta a baixo custo e com processos automatizados permitiu rápida expansão global;
  • Sua tecnologia também foi usada nas filmagens de seriados, como “Better Call Saul” e “Game of Thrones”.
Tecnologia de câmeras da DJI ajudou na filmagens de séries mundialmente famosas, como “Game of Thrones” (Imagem: Divulgação/HBO)

Leia mais:

Unitree Robotics

  • Spin-off da DJI, a Unitree foi fundada em 2016 e é especializada em robôs quadrúpedes e humanoides;
  • Com ciclos de desenvolvimento rápidos e equipes altamente qualificadas, a empresa se destaca no mercado de robótica com inovações, como robôs capazes de soldar e, até, dançar.

Game Science

  • Fundada em 2014, a Game Science conquistou grande sucesso com o RPG “Black Myth: Wukong“;
  • A empresa se diferencia ao integrar elementos culturais chineses em seus jogos;
  • Além disso, ela procura utilizar análise de dados para atender às preferências globais, superando o modelo tradicional de exportação de versões baratas de jogos ocidentais.
Chinesa Game Science desenvolveu o jogo “Black Myth: Wukong”, que alcançou grande popularidade (Imagem: Divulgação/Overload Games)

Yonyou

  • Criada em 1988, a Yonyou se tornou líder no mercado de software de negócios e contabilidade na China, expandindo para outros países da Ásia;
  • Sua abordagem focada em personalizar produtos para as necessidades locais sem aplicar preços premium foi crucial para seu sucesso;
  • A empresa pretende se tornar dominante também fora da Ásia.

Essas empresas demonstram como a inovação tecnológica e boas estratégias podem levar a avanços significativos, embora fatores geopolíticos possam afetar o futuro do comércio e da economia global.

No entanto, ao continuar explorando seus pontos fortes, elas têm grandes chances de continuar disruptivas no mercado global.

O post Não é só a DeepSeek: conheça outras empresas chinesas que são sucesso apareceu primeiro em Olhar Digital.

iStock-2176053749-1024x683

Já dependemos da IA para escrever? Pesquisa indica que sim

Diariamente, vemos notícias sobre inteligência artificial (IA). Mas essas novidades estão afetando a vida real? Uma pesquisa, liderada pela Universidade de Stanford (EUA) examinou mais de 300 milhões de amostras de texto para descobrir se estamos dependentes da IA para redigir textos.

O principal resultado: um quarto das comunicações profissionais nos Estados Unidos é feita com ajuda de modelos de linguagem de IA.

Os pesquisadores analisaram reclamações de consumidores enviadas ao US Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), órgão extinto pela gestão de Donald Trump, entre janeiro de 2022 (ano do lançamento do ChatGPT) e setembro de 2024.

Aplicativos de IA generativa já são amplamente usados nos EUA (Imagem: hapabapa/iStock)

Isso inclui 537.413 comunicados de imprensa corporativos, 304,3 milhões de ofertas de emprego e 15.919 comunicados de imprensa da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia mais:

O que a pesquisa sobre nossa dependência da IA descobriu?

  • 18% das reclamações de consumidores financeiros, 24% dos comunicados de imprensa corporativos, até 15% das ofertas de emprego e 14% dos comunicados de imprensa da ONU mostraram sinais de assistência de inteligência artificial durante esse período;
  • Áreas urbanas mostraram maior adoção geral (18,2% versus 10,9% nas áreas rurais);
  • Regiões com menor nível educacional usaram ferramentas de escrita de IA com mais frequência (19,9% comparado a 17,4% em áreas de ensino superior).

O estudo destaca que o resultado contradiz os padrões típicos de adoção de tecnologia, onde populações mais educadas adotam novas ferramentas mais rapidamente. Além disso, a pesquisa, provavelmente, representa nível mínimo de uso de inteligência artificial, já que as métricas para detecção desse tipo de material ainda são pouco sofisticadas.

A dependência excessiva de IA pode resultar em mensagens que não abordam preocupações ou, em geral, divulgam informações menos confiáveis ​​externamente. A dependência excessiva de IA também pode introduzir desconfiança pública na autenticidade das mensagens enviadas por empresas”, alertam os pesquisadores.

Dependência de IA pode gerar desconfiança pública, segundo estudo (Imagem: Supatman/iStock)

O post Já dependemos da IA para escrever? Pesquisa indica que sim apareceu primeiro em Olhar Digital.