openAI-1024x682

Nubank aposta em parceria com OpenAI para uso de IAs em seus serviços

O Nubank, um dos vários bancos digitais do Brasil, visando manter bom padrão de serviço e impulsionar a produtividade interna, passou a apostar em soluções de inteligência artificial (IA) desenvolvidas em parceria com a OpenAI. A seguir, confira quais são esses recursos.

Nubank e OpenAI: o que a parceria trouxe?

Busca interna

Uma das primeiras iniciativas adotadas pela fintech foi a criação de uma solução de busca corporativa customizada, integrada ao ambiente de trabalho dos funcionários.

Utilizando os modelos GPT‑4o e GPT‑4o mini e técnicas de Retrieval-Augmented Generation (RAG), o sistema permite o acesso instantâneo a informações essenciais, como FAQs, diretrizes de marca e políticas internas.

Essa ferramenta foi refinada com modelos treinados especificamente com conteúdo da área de atuação do Nubank, garantindo respostas precisas e contextualizadas, aponta a OpenAI.

Com interface de chat intuitiva, mais de cinco mil colaboradores já utilizam a ferramenta mensalmente. O sistema acelera o processo de integração de novos funcionários e auxilia os agentes de atendimento e desenvolvedores, “proporcionando decisões mais rápidas e informadas“.

Segundo a empresa de Sam Altman, essa abordagem elimina a necessidade de navegar por repositórios fragmentados e desatualizados, otimizando o fluxo de trabalho e elevando a eficiência operacional.

Startup de Sam Altman reforça parcerias com importantes empresas do mundo (Imagem: jackpress/Shutterstock)

Atendimento ao cliente com soluções de IA

A base sólida construída com a busca interna permitiu ao Nubank expandir o uso da IA para um dos maiores desafios enfrentados por empresas em crescimento: manter um bom atendimento ao cliente.

Em parceria com a OpenAI, a fintech desenvolveu o Call Center Copilot, ferramenta que integra a base de conhecimento e o histórico de conversas do banco para oferecer suporte, em tempo real, aos agentes de atendimento.

Desenvolvido com o GPT‑4o, o copiloto utiliza recursos multimodais – combinando texto e voz – para fornecer respostas rápidas e contextualizadas. Entre suas funcionalidades, destacam-se:

  • Sugestões de respostas: recomenda as melhores respostas para que os agentes possam fornecer atendimento preciso e empático;
  • Resumo de conversas: gera resumos de diálogos em andamento ou já finalizados, facilitando a compreensão do contexto;
  • Orientação passo a passo: auxilia na resolução de questões técnicas ou consultas complexas, reduzindo o esforço cognitivo dos atendentes.

Além disso, a própria ferramenta de chat alimentada por IA lida com mais de duas milhões de interações mensais, conseguindo resolver até 50% das dúvidas de primeiro nível sem necessidade de intervenção humana. Segundo a startup, essa automatização reduziu o tempo de resposta em cerca de 70%, proporcionando “experiência de atendimento mais ágil e satisfatória para os clientes”.

Assistente de IA para interações diretas com clientes

Paralelamente ao copiloto para os agentes, o Nubank implementou um assistente de IA, também alimentado pelo GPT‑4o, para interagir diretamente com os clientes.

Esse assistente é capaz de gerenciar até cinco interações automáticas antes de encaminhar o atendimento para um humano, permitindo que questões mais simples sejam resolvidas de forma rápida e eficiente.

Com média de mais de dois milhões de chats mensais, a ferramenta não só alivia a demanda sobre os atendentes, mas, também, eleva a precisão e a velocidade na resolução de problemas.

Graças a essas inovações, o Nubank conseguiu reduzir o tempo de resolução de consultas em até 2,3 vezes, mantendo índices elevados de satisfação, medidos pelo Transactional Net Promoter Score (tNPS). Segundo a OpenAI, “essa estratégia não só preserva o alto padrão de atendimento da empresa, como, também, sustenta seu crescimento em um mercado cada vez mais competitivo”.

Leia mais:

Combate à fraude: visão computacional para análise de transações e documentos

O banco digital de origem brasileira está também testando uma solução que utiliza visão computacional aliada à IA para detectar fraudes.

A tecnologia GPT‑4o vision combina processamento de linguagem natural com reconhecimento de imagens, possibilitando análise conjunta de dados textuais e visuais.

Essa inovação é aplicada na verificação de registros de transações, comunicações com clientes e documentos enviados, identificando padrões e anomalias que possam sinalizar tentativas de fraude.

O uso dessa tecnologia “segue rigorosamente as políticas internas de prevenção, além de atender às exigências regulatórias e contar com a supervisão de equipes especializadas”, descreve a startup estadunidense. Ao integrar essa camada extra de segurança, o Nubank visa garantir serviço mais seguro e confiável para seus usuários.

Exemplo de uso de IA por colaboradores do Nubank
Soluções servem para clientes e funcionários da fintech (Imagem: Divulgação/OpenAI)

Nova era no setor financeiro com parceria de fintech com OpenAI

Com a implementação dessas soluções de IA, o Nubank otimiza processos internos e redefine o padrão de atendimento ao cliente no mercado financeiro.

A parceria com a OpenAI demonstra como a tecnologia pode ser utilizada para criar sistemas mais inteligentes, eficientes e seguros, que atendem tanto às necessidades dos colaboradores quanto às expectativas dos clientes.

Resta esperarmos para ver se as demais fintechs e bancos disponíveis no mercado seguirão a nova onda inaugurada pelas empresas e passarão a criar soluções de IA para seus colaboradores e clientes.

O que diz o Nubank

O Olhar Digital pediu, ao Nubank, um posicionamento oficial sobre a parceria com a empresa de Sam Altman e aguarda retorno.

O post Nubank aposta em parceria com OpenAI para uso de IAs em seus serviços apareceu primeiro em Olhar Digital.

image-67

IAs compartilham seus dados com outras empresas, diz pesquisa

As suas conversas com chatbots de inteligência artificial (IA) podem não ser tão seguras quanto parecem. Um estudo da Surfshark revelou que um terço das 10 maiores empresas de IA compartilham dados dos usuários sem que eles saibam exatamente como essas informações são usadas.

Além de expor quais dados são coletados, o relatório da empresa de cibersegurança apontou quais tipos de informações são as mais coletadas.

Estudo da Surfshark sobre uso de dados de empresas de I.A (Imagem: Surfshark/Reprodução)

De acordo com o estudo, cerca de 40% das IAs consideradas utiliza a localização dos consumidores, sendo que 30% delas rastreiam os dados pessoais, entre eles contatos, histórico e interações com chatbots. Além disso, boa parte dessas companhias também reúnem informações comportamentais dos usuários.

Saiba como proteger seus dados

  • Utilize IAs confiáveis, muitos bots coletam suas informações sem nem informar o usuário.
  • Verifique as configurações de privacidade do seu chatbot, algumas empresas disponibilizam suas diretrizes de uso, confira se você está de acordo.
  • Evite compartilhar informações sensíveis, como: endereços, senhas e dados pessoais.
  • Desative opções de rastreamento em seus dispositivos.
  • Use extensões de privacidade, como uBlock Origin, Privacy Badger ou Ghostery.
  • Ative a opção “Do Not Track” no seu navegador.
  • Utilize uma VPN confiável para ocultar seu endereço IP.
  • Desative o rastreamento de anúncios em Google, Facebook e outros serviços.
Logos de inteligências artificiais em um smartphone
Empresas de inteligência articifial compartilham dados de usuários para terceiros (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Como cada IA rastreia dados de usuários

Google Gemini

O Gemini é o chatbot que mais coleta dados, registrando 22 dos 35 tipos possíveis. Ele é um dos poucos que coleta localização precisa e reúne informações como nome, e-mail, número de telefone, histórico de navegação e contatos salvos no dispositivo.

ChatGPT

O ChatGPT coleta 10 tipos de dados, incluindo informações de contato, conteúdo das interações, identificadores e informações de uso. No entanto, ele não rastreia usuários para publicidade e não compartilha com terceiros para fins de anúncios. Além disso, há a opção de usar chats temporários, que se apagam automaticamente após 30 dias.

Copilot

O Copilot coleta IDs de dispositivos. Essa informação pode ser usada para associar o comportamento do usuário ao longo do tempo e vinculá-lo a outros bancos de dados para fins de publicidade ou análise de comportamento. Além disso, Copilot pode compartilhar essas informações com terceiros.

Poe

O Poe também realiza rastreamento de usuários, coletando IDs de dispositivos. Essa prática permite que os dados dos usuários sejam cruzados com outras informações coletadas por terceiros, permitindo a exibição de anúncios personalizados ou até mesmo a venda desses dados para corretores de informações digitais.

Jasper

O Jasper é o chatbot que mais rastreia usuários entre os analisados, coletando IDs de dispositivos, dados de interação com o produto, informações publicitárias e outras informações de uso. Ele pode compartilhar essas infos com terceiros ou usá-los para segmentação de anúncios, tornando-o um dos mais invasivos nesse aspecto.

Leia mais:

DeepSeek

O DeepSeek coleta 11 tipos de dados, incluindo histórico de chat e infos do usuário, armazenando-os em servidores. Embora não seja mencionado o uso explícito para rastreamento publicitário, seus servidores já sofreram um vazamento de mais de 1 milhão de registros, incluindo conversas e chaves de API.

O post IAs compartilham seus dados com outras empresas, diz pesquisa apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_2515675571

Nova metodologia com IA revoluciona mapeamento do uso da terra

A inteligência artificial está transformando o modo como enxergamos o planeta. Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma nova metodologia de inteligência geoespacial que usa algoritmos avançados para mapear o uso da terra com precisão inédita. O sistema processa imagens de satélite em tempo recorde, permitindo um monitoramento quase em tempo real das mudanças ambientais.

A técnica, desenvolvida na Unesp de Tupã, foi testada em Mato Grosso e aprimorou a delimitação de áreas de vegetação natural e produção agrícola, classificando-as por tipo de cultura. Os resultados indicaram 95% de precisão no mapeamento.

Os pesquisadores apostam que a tecnologia pode revolucionar a gestão ambiental e urbana. Com decisões mais rápidas e baseadas em dados concretos, governos e empresas terão uma ferramenta poderosa para planejar o futuro da terra – e evitar impactos irreversíveis.

Agro sob lupa: como IA e satélites estão mudando o jogo

A precisão nos mapeamentos ambientais nunca foi tão alta. Isso porque, ao substituir a análise tradicional de pixels isolados por uma abordagem que identifica geo-objetos inteiros, os cientistas conseguiram reduzir erros comuns em imagens de satélite.

Nova metodologia de inteligência geoespacial melhora a precisão no monitoramento do uso da terra, facilitando a detecção de mudanças ambientais e a gestão territorial (Imagem: BEST-BACKGROUNDS/Shutterstock)

Além disso, a metodologia também otimiza o processamento de grandes volumes de dados geoespaciais, permitindo análises mais rápidas e detalhadas. Com isso, amplia significativamente a capacidade de monitoramento contínuo, aspecto essencial para o planejamento agrícola e a fiscalização ambiental.

Leia mais:

Segundo o professor Michel Eustáquio Dantas Chaves, da Unesp, em entrevista à Agência FAPESP, a inovação soluciona um dos principais desafios do mapeamento remoto: as indefinições nas bordas das imagens. Para isso, o modelo segmenta as imagens como peças de um quebra-cabeça, aprimorando a precisão sem a necessidade de resoluções espaciais mais altas.

Aplicação na prática: mapeamento em grande escala

O Mato Grosso, escolhido para testar a nova pesquisa, abrange parte da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal. Essa diversidade de biomas resulta em uma ampla variedade de usos do solo, desafiando os métodos tradicionais de mapeamento.

Geoprocessamento de imagem de pesqusia sobre IA e solo.
A nova metodologia foi testada em Mato Grosso com dados da safra estratégica de 2016/2017 (Imagem: Michel Eustáquio Dantas Chaves/Divulgação)

Com 95% de precisão, o modelo conseguiu diferenciar culturas agrícolas, áreas urbanas e corpos d’água, além de identificar perturbações na vegetação. Além disso, a técnica mostrou potencial para estimar áreas cultivadas dentro de uma mesma safra, facilitando previsões de produtividade e ações de planejamento territorial.

Mais do que mapear terras e lavouras, a nova metodologia melhora a identificação de desmatamentos e degradações ambientais, permitindo respostas mais rápidas e precisas. Ao integrar inteligência geoespacial e aprendizado de máquina, a técnica reduz incertezas e contribui para uma gestão territorial mais eficiente, baseada em dados mais confiáveis.

O post Nova metodologia com IA revoluciona mapeamento do uso da terra apareceu primeiro em Olhar Digital.

Como criar vídeos com IA para o YouTube Shorts

O Veo 2 é uma IA do Google que permite a criação de vídeos a partir de prompts de texto para utilizar em postagens no YouTube Shorts. A tecnologia foi desenvolvida pelo Google DeepMind e possui capacidade para criar clipes com até 2 minutos de duração e resolução 4K. 

Inicialmente, o recurso está disponível apenas nos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, mas deve ser expandido futuramente para outros países. 

Como criar vídeos com IA para o YouTube Shorts

Ficou curioso para saber como utilizar a ferramenta? Ela deve ser disponibilizada futuramente no Brasil. De acordo com o YouTube, para criar vídeo e adicioná-lo a um Short, você deve abrir a câmera do Shorts, tocar em “Adicionar” para abrir o seletor de mídia e apertar em “Criar” na parte superior. Na sequência, é necessário inserir o seu prompt, escolher a imagem que deseja, tocar em “Criar vídeo” e, por último, definir a duração.

Leia mais:

Também conforme orientações da big tech, caso você queira criar fundos de vídeo para seus Shorts, abra a câmera do Shorts, vá em “Green Screen”, depois em “Dream Screen”, digite o seu prompt e selecione a imagem. Por último, toque em “Criar vídeo”.

O YouTube ainda divulgou um conteúdo no qual um usuário utiliza a Veo 2 para gerar um vídeo de seu cachorro, que fica em um gigante. Confira abaixo!

Como a ferramenta vai ajudar os criadores de conteúdo?

A ferramenta pode otimizar a criação de vídeos para produtores de conteúdo no YouTube Shorts. Isso porque ela vai aprimorar a construção de conteúdos apenas recursos visuais. Além disso, como a própria big tech diz, ela ajuda a por em prática toda a sua criatividade.

“Precisa de uma cena específica, mas não tem a filmagem certa? Quer transformar sua imaginação em realidade e contar uma história única? Basta usar um prompt de texto para gerar um videoclipe que se encaixe perfeitamente na sua narrativa ou criar um mundo totalmente novo de conteúdo. É fácil assim!”, disse o YouTube em uma postagem em seu blog para o lançamento da ferramenta.

“O Veo 2 entende melhor a física do mundo real e o movimento humano, tornando sua saída mais detalhada e realista. Você pode até mesmo especificar um estilo, lente ou efeito cinematográfico, tornando o Dream Screen uma maneira fácil e divertida de se expressar”, completou a big tech.

O post Como criar vídeos com IA para o YouTube Shorts apareceu primeiro em Olhar Digital.

siri_apple_intelligence-e1741436886390-1024x577

Turbinar Siri com IA útil vai demorar mais do que a Apple tinha pensado

Quando a Apple anunciou a Apple Intelligence, na WWDC de 2024, mostrou uma versão da Siri muito mais avançada que a atual. A assistente virtual entendia contextos do usuário e agia com base no que estava na tela do aparelho. Mas concretizar essa visão vai levar mais tempo do que a big tech tinha imaginado.

Pelo menos, é o que disse a porta-voz da Apple, Jacqueline Roy, ao Daring Fireball na sexta-feira (07).

Jacqueline disse o seguinte: “Estamos trabalhando numa Siri mais personalizada, dando a ela mais consciência do seu contexto pessoal, além da capacidade de agir por você dentro e fora dos seus aplicativos. Vai levar mais tempo do que imaginávamos para entregar esses recursos e esperamos lançá-los no próximo ano.”

Até então, a expectativa era que essa Siri turbinada aparecesse em algum momento entre março e junho de 2025. Isso porque a Apple tinha afirmado, em 2024, que esse update na Siri seria lançado “ao longo do próximo ano”. Ficou para o ano depois dele. Mas quando, exatamente?

Lançamento da Siri turbinada com IA fica para ‘próximo ano’, segundo a Apple

Até a publicação desta matéria, a Apple não tinha divulgado uma estimativa mais precisa de quando a Siri turbinada com IA seria lançada. Mas dá para ter uma ideia, com base nas informações apuradas pelo analista Mark Gurman, da Bloomberg.

Siri turbinada com IA útil pode chegar apenas no iOS 20, segundo analista da Bloomberg (Imagem: PixieMe/Shutterstock)

Segundo a edição mais recente da newsletter Power On, de Gurman, uma “versão modernizada, conversacional da Siri” pode não chegar até o iOS 20 “no melhor dos casos”. Atualmente, o sistema operacional do iPhone está na versão 18.

O analista também relatou, numa reportagem publicada na sexta, que executivos da Apple, incluindo o chefe de software Craig Federighi, “expressaram fortes preocupações internamente de que os recursos [da nova Siri] não funcionavam corretamente — ou como anunciado — nos testes pessoais“.

Pessoa segurando iPhone 15 Pro com Siri com Apple Intelligence ativada
Executivos da Apple estão preocupados que recursos da nova Siri não funcionam como anunciado (Imagem: Reprodução/YouTube/Apple)

Leia mais:

Ainda segundo o analista, pessoas na divisão de IA da Apple “acreditam que o trabalho nos recursos poderia ser completamente descartado”. E que eles podem ter que ser reconstruídos “do zero”.

O post Turbinar Siri com IA útil vai demorar mais do que a Apple tinha pensado apareceu primeiro em Olhar Digital.

inteligencia_artificial-1024x539

Nova IA pode ‘traduzir’ emoções de animais

O uso da inteligência artificial pode abrir caminho para decifrar os sentimentos de animais. Esta é a conclusão de um novo estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.

A equipe levou em conta fatores como a duração, distribuição de energia, frequência e modulação da amplitude destes padrões vocais. A partir disso, segundo os cientistas, foi possível desenvolver um modelo IA com alta capacidade de precisão.

Padrões vocais dos animais foram divididos em duas categorias

  • O trabalho analisou milhares de vocalizações de sete espécies diferentes mamíferos herbívoros com cascos: vacas, ovelhas, cavalos, cavalos de Przewalski, porcos, javalis e cabras.
  • Os pesquisadores, então, classificaram os padrões vocais dos animais em duas categorias: estados emocionais positivos e negativos. 
  • De acordo com a equipe, foi possível notar que os padrões eram consistentes entre as diferentes espécies.
  • Isso sugere que a expressão básica das emoções foi conservada durante a evolução dos animais. 
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista iScience.
Modelo de IA apresentou 89,49% de precisão ao identificar os padrões vocais (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Leia mais

IA pode monitorar as emoções dos animais em tempo real

Os pesquisadores afirmaram que o modelo de IA apresentou 89,49% de precisão ao identificar os padrões vocais. Eles defendem que a técnica pode ser usada para desenvolver ferramentas que monitorem as emoções dos animais em tempo real.

Os autores disponibilizaram publicamente o banco de dados das vocalizações, categorizadas como “chamados emocionais”. O objetivo de tornar os dados de acesso aberto é acelerar a pesquisa sobre como a IA pode nos ajudar a entender melhor os animais e melhorar seu bem-estar.

Vacas em um estábulo
Entender o que os animais estão sentindo pode ajudar a aumentar a produtividade (Imagem: Parilov/Shutterstock)

Os próprios cientistas destacam que saber o que os animais estão sentindo ou “falando” pode ser muito útil. Isso permitira, por exemplo, a adoção de melhores cuidados veterinários e também poderia ajudar na conservação de algumas espécies.

O post Nova IA pode ‘traduzir’ emoções de animais apareceu primeiro em Olhar Digital.

Casa-Branca

EUA avaliam restrições a DeepSeek por questões de segurança nacional

A Casa Branca está avaliando restrições ao chatbot DeepSeek, de inteligência artificial chinesa, devido a preocupações com a segurança nacional, especialmente em relação ao manuseio de dados de usuários. As informações são de uma matéria exclusiva do jornal The Wall Street Journal.

Autoridades dos EUA temem que os dados sejam armazenados em servidores na China e não estejam suficientemente protegidos ou esclarecidos quanto ao seu uso.

Outros países já anunciaram restrições sobre a DeepSeek

  • O governo dos EUA considera banir o aplicativo em dispositivos governamentais, proibir o download nas lojas de aplicativos e restringir o uso dos modelos de IA da DeepSeek por provedores de nuvem.
  • A DeepSeek, que ganhou atenção ao lançar um modelo de IA poderoso a um custo menor que os rivais dos EUA, já enfrentou restrições em outros países, como Itália, Coreia do Sul, Austrália, Canadá e Taiwan, devido a preocupações de privacidade e segurança.
  • Embora o uso geral do aplicativo não tenha sido proibido nos EUA, várias agências governamentais já o restringiram.
Casa Branca planeja limitar uso do modelo da DeepSeeek por provedores de nuvem e proibir download do chatbot em lojas de aplicativos – Imagem: Andrea Izzotti/Shutterstock

Leia mais:

Uma possível proibição do DeepSeek ao público em geral é mais complexa devido à natureza de código aberto dos modelos da empresa, que são gratuitos e podem ser executados por empresas em sua própria infraestrutura.

No entanto, algumas restrições aos provedores de nuvem dos EUA podem ser adotadas. A situação é inédita, e as autoridades enfrentam desafios sobre como lidar com modelos de código aberto em questões de segurança nacional.

deepseek
Preocupações sobre privacidade e segurança criam obstáculos para a DeepSeek em outros países (Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

O post EUA avaliam restrições a DeepSeek por questões de segurança nacional apareceu primeiro em Olhar Digital.

Hypes-tecnologia-2024-Armas-autonomas-1024x576

Palantir lança sistemas de IA para o exército dos EUA

A Palantir anunciou o lançamento de seus dois primeiros sistemas habilitados para inteligência artificial (IA) para o exército dos EUA, chamados Tactical Intelligence Targeting Access Node (TITAN).

Esses sistemas móveis foram projetados para coletar dados de sensores espaciais e ajudar na estratégia militar, melhorando a precisão e a eficácia dos ataques, segundo informou a CNBC.

O contrato de US$ 178 milhões, conquistado pela Palantir em março, marca um grande passo para a empresa, pois é a primeira vez que ela atua como contratada principal em um programa de hardware significativo, superando concorrentes como a RTX Corp.

IA vai ganhando espaço no exército americano

  • Cada sistema TITAN inclui equipamentos avançados, como caminhões maiores e veículos, que permitem aos soldados tomar decisões de inteligência sem depender da nuvem, colocando toda a tecnologia diretamente em seus veículos.
  • Além disso, a Palantir se associou com empresas como Northrop Grumman, L3Harris e Anduril Industries para aprimorar os recursos do programa.
  • O contrato com o Exército reflete um crescente interesse por soluções de IA no campo de batalha, com a empresa se beneficiando de uma demanda crescente por tecnologias baseadas em IA.
Sistemas da Palantir tem foco em precisão militar (Imagem: TSViPhoto/Shutterstock)

Leia mais:

Embora as ações da Palantir tenham enfrentado um período de volatilidade no mercado, a empresa viu um crescimento significativo de 45% no segmento de defesa no último trimestre, além de um aumento de 340% em seu valor no último ano.

O CEO Alex Karp tem sido um defensor vocal da necessidade de investimentos no setor de tecnologia dos EUA, especialmente em um cenário de crescente concorrência com empresas internacionais, como a DeepSeek.

A Palantir continua a trabalhar em estreita colaboração com o Exército dos EUA, recebendo feedback dos soldados para entregar os sistemas dentro do prazo e do orçamento estipulado.

drones militares
Avanços de IA vão entrando cada vez mais no setor militar – Imagem: Mike Mareen/Shutterstock

O post Palantir lança sistemas de IA para o exército dos EUA apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_1918702550_Easy-Resize.com_-1024x682

Fim da Guerra dos Chips? A bola da vez está mudando

O mercado de chips semicondutores é considerado um setor estratégico e é alvo de uma grande disputa entre Estados Unidos e China. No entanto, alguns grandes investimentos podem migrar para outro lugar num futuro próximo.

De acordo com analistas ouvidos pela Reuters, existe uma explicação para este cenário: as incertezas geradas pelas sanções dos EUA e uma perspectiva de demanda fraca após o surgimento de modelos de inteligência artificial de baixo custo, como o DeepSeek.

Procura pela nova “mina de ouro” da IA

A ideia dos investidores parece bem simples: procurar uma nova grande aposta ligada ao setor de IA. É as grandes favoritas neste momento são as empresas de software. Esta mudança ocorre em meio aos questionamentos de por quanto tempo os chips podem manter a grande taxa de crescimento de 2024.

O mercado já indica esse temor. O índice Philadelphia SE Semiconductor, por exemplo, caiu 5,6% neste ano. Já as ações da Nvidia, principal player do setor, acumulam uma desvalorização de quase 13% deste o início de 2025.

Os investidores estão procurando as próximas histórias de três a cinco anos … as empresas que vão se beneficiar do que a Nvidia já fez.

David Russell, chefe global de estratégia de mercado da TradeStation

Os enormes investimentos em chips semicondutores podem estar com os dias contados (Imagem: H_Ko/Shutterstock)

Por outro lado, as empresas de software têm melhorado seus resultados. O ETF iShares Expanded Tech-Software Sector arrecadou mais de US$ 1,87 bilhão até o dia 28 de fevereiro deste ano, de acordo com dados da Morningstar.

O segundo estágio do ciclo de inovação é quando as pessoas começam a utilizar produtos e é quando as empresas de software começam a ser pagas … agora estamos começando a ver a ascendência da parte de software da equação.

Keith Weiss, analista de ações do Morgan Stanley

Leia mais

Montagem sobre Guerra dos Chips com bandeiras da China e dos Estados Unidos
EUA querem impedir acesso da China aos chips semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

O post Fim da Guerra dos Chips? A bola da vez está mudando apareceu primeiro em Olhar Digital.

computador_neuronios_2-1024x769

Computação dá grande salto com o primeiro computador biológico do mundo

Em avanço que promete transformar o cenário da tecnologia e da ciência, a empresa australiana Cortical Labs lançou o CL1, o primeiro computador a integrar neurônios humanos em seu funcionamento.

Oficialmente apresentado em Barcelona (Espanha) no domingo (2), o dispositivo inaugura nova era ao unir biologia e tecnologia para criar uma inteligência artificial (IA) biológica.

Cada unidade hospeda uma célula viva (Imagem: Cortical Labs)

Fusão entre silício e neurônios humanos na combinação computador-neurônios

Diferente dos computadores tradicionais, que se baseiam em circuitos eletrônicos de silício, o CL1 utiliza um sistema híbrido inovador.

A máquina emprega biochips equipados com microeletrodos para estimular e monitorar a atividade dos neurônios cultivados a partir de células-tronco. Esse arranjo possibilita processamento de informações mais dinâmico e adaptável, assemelhando-se ao funcionamento natural do cérebro humano.

O funcionamento do CL1 apoia-se em três pilares fundamentais:

  • Hardware bio-híbrido: biochips que possibilitam a comunicação direta com os neurônios;
  • Sistema de suporte vital: unidade responsável por manter os neurônios ativos, regulando temperatura, circulação de nutrientes e trocas gasosas, garantindo a viabilidade celular por até seis meses;
  • Software biOS: plataforma que cria ambiente simulado onde os neurônios interagem, aprendem e se organizam, replicando, de maneira surpreendente, os processos de um cérebro em funcionamento.

De acordo com o CEO da Cortical Labs, Dr. Hon Weng Chong, “hoje, é a culminação de uma visão que nos impulsionou nos últimos seis anos“. Além de ser um marco tecnológico, o CL1 apresenta vantagens significativas em comparação aos sistemas convencionais. Enquanto supercomputadores exigem altas quantidades de energia, um rack com 40 unidades do CL1 consome apenas entre 850 e mil watts, reduzindo, consideravelmente, a pegada de carbono.

Os neurônios, com sua capacidade natural de auto-organização e aprendizado rápido, permitem que o computador biológico supere as limitações dos modelos tradicionais de IA. Essa eficiência abre novas possibilidades para estudos em doenças neurológicas, desenvolvimento de medicamentos e, até mesmo, para a medicina personalizada, com a criação de avatares neurais específicos para cada paciente.

Um rack com vários CL1s
Um rack com 40 CL1s consome menos energia e, consequentemente, tem menos pegada de carbono (Imagem: Cortical Labs)

Leia mais:

Próximos passos

O New Atlas aponta que a Cortical Labs não pretende parar no CL1. Com investimentos que já ultrapassam US$ 25 milhões (R$ 143,70 milhões, na conversão direta), a empresa projeta expandir sua tecnologia por meio do lançamento da Cortical Cloud, que permitirá acesso remoto aos biocomputadores.

Essa estratégia, conhecida como “Wetware-as-a-Service” (WaaS), possibilitará que pesquisadores e empresas adquiram o dispositivo ou utilizem seu potencial pela nuvem, democratizando o acesso à tecnologia e incentivando novas pesquisas.

Paralelamente, a equipe trabalha no desenvolvimento do conceito de “Cérebro Mínimo Viável” – modelo neural que combina a eficiência dos neurônios cultivados com a complexidade necessária para avançar ainda mais na integração entre biologia e tecnologia.

Segundo o CSO da empresa, Brett Kagan, essa abordagem representa “forma diferente de inteligência, utilizando a base biológica dos neurônios para criar sistemas que se comportam de maneira mais orgânica e natural.”

A chegada do CL1 marca ponto de virada na história da computação, com potencial para revolucionar áreas tão diversas quanto a descoberta de fármacos, testes clínicos e até a construção de inteligências para robótica.

Ao possibilitar compreensão mais profunda dos mecanismos cerebrais, a tecnologia pode reduzir a dependência de testes em animais e oferecer novas abordagens para tratar doenças, como epilepsia e Alzheimer.

Células cerebrais vivendo em um chip de silicone
Células cerebrais vivendo em um chip de silicone (Imagem: Cortical Labs)

Com regulamentações e desafios éticos em discussão, a comunidade científica aguarda ansiosamente os próximos passos dessa tecnologia disruptiva.

O CL1, que estará amplamente disponível na segunda metade de 2025, demonstra como a fusão entre o biológico e o tecnológico pode abrir caminho para inovações que, até então, pareciam pertencer apenas à ficção científica.

O post Computação dá grande salto com o primeiro computador biológico do mundo apareceu primeiro em Olhar Digital.